Além de participar do projeto, a Shell vai fornecer para a usina o gás natural que será produzido nos campos do pré-sal, na Bacia de Santos. A Shell é um dos sócios do consórcio operado pela Petrobras que explora a área gigante de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos.
A entrada da Shell no consórcio Marlim Azul foi antecipada por Lauro Jardim em sua coluna no Globo do último domingo. O Pátria Investimentos ficará com 50,1% do projeto, a Shell, com 29,9% e o Mitsubishi, com 20%.
A usina termelétrica Marlim Azul terá 565 megawatts (MW) de capacidade, suficiente para atender o consumo de uma população de 2,5 milhões de habitantes. Os investimentos estimados são de US$ 700 milhões, e previsão para entrar em operação em 2022.
O negócio com a entrada da Shell já foi aprovado pelo conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em dezembro do ano passado. Antes da entrada da Shell, o consórcio Marlim Azul Energia era formado pela Mitsubishi Hitachi Power Systems Americas, e a Pátria Infraestrutura (fundo de investimentos em participações Pátria Infra FIP), que ganhou a concessão no leilão de energia realizado pelo governo em 2017.
A Shell deu o primeiro passo para atuar no setor elétrico em 2017 quando criou a Shell Energy Brasil (SEB) com objetivo de expandir os negócios de energia do grupo Shell. A SEB já atua como comercializadora de energia. Procurada, a companhia não comentou o assunto.