domingo, 31 de maio de 2015

Sem acordo, Senado dos EUA não prorroga lei de vigilância

O Globo com agências internacionais

Coleta de dados da NSA expira à meia-noite de segunda-feira



Votação. O senador republicano John McCain fala com repórteres na chegada ao Senado para votar a Lei Patriótica, que expirou à meia-noite - Drew An


WASHINGTON - O Senado dos Estados Unidos deu neste domingo um importante passo para limitar a espionagem de dados de cidadãos comuns, iniciado após os atentados do 11 de setembro de 2001, em nome do combate ao terrorismo. Numa rara sessão extraordinária realizada, os senadores não prorrogaram a coleta não autorizadas de metadados (que iria expirar às 0h desta segunda-feira) e ainda acabaram com um impasse: 
com 77 votos a favor e apenas 17 contra, decidiram permitir que a Câmara de deputados comece a discussão sobre a Lei da Liberdade, que limita substancialmente a espionagem por parte do governo. Apesar do avanço, a lei não foi aprovada automaticamente como pedia o presidente Barack Obama, isso quer dizer que não evita que a coleta de dados de telefone fique em suspenso por algumas horas ou dias.

Já aprovada pela Câmara dos deputados por uma margem esmagadora e com forte apoio de Obama, a lei, formulada a partir de uma proposta bipartidária, permite que as autoridades americanas continuem tendo acesso aos dados de cidadãos. A grande diferença, porém, é que o governo passa a ter que pedir autorização para obter essas informações, que seriam armazenadas pelas empresas de telefonia.

— Permaneceremos determinados a trabalhar para o melhor resultado possível para o povo americano, dadas as circunstâncias — disse o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, após a votação.

Conforme prometido, o senador Rand Paul, que está em campanha para se tornar candidato republicano na eleição presidencial de 2016, bloqueou a extensão da legislação até então em vigor, a seção 215 da Lei Patriótica (a que expirou à meia noite), classificada por ele com uma intromissão do governo nos direitos à privacidade. Com isso, as agências de espionagem do país não podem mais varrer informações sobre chamadas telefônicas dos americanos e outros documentos profissionais.

“Não precisamos abrir mão de quem somos para derrotar os terroristas. tem que haver outra maneira”, escreveu o senador em sua conta no Twitter antes da votação.


Sancionada pelo presidente republicano George W. Bush após os ataques de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos, a Lei Patriótica foi uma resposta ao terrorismo, com o objetivo de aumentar a segurança do país. Renovada em 2005, a lei teve alguns pontos estendidos em 2011, sob o comando de Obama. Uma das polêmicas é a possibilidade de deter imigrantes por um um período indeterminado, o que é inconstitucional.

Já a seção 215 que expirou ontem, obrigava as empresas a enviar ao governo americano dados sem o conhecimento dos cidadãos, sempre sob a justificativa de que a medida era parte da proteção contra o terrorismo. Quando o analista de sistemas Edward Snowden revelou em 2013 a espionagem feitas pela NSA (agência de Segurança Nacional), o órgão usou exatamente a seção 215 para justificar as suas ações. De lá para cá muitos analistas já se manifestaram sobre um ponto: nunca ficou provado que a invasão de privacidade de cidadãos em território americano pela NSA tenha evitado ataques terroristas.

Esforços para renovar algumas seções da lei ficaram parados no Senado, que também não conseguia avançar no projeto de Lei da Liberdade que começou a ser votada ontem. 
Quando estiver em vigor, a nova lei prevê que registros telefônicos sejam realizados por empresas de telecomunicações, e não pelo governo, e a NSA teria de consultá-las para procurar dados específicos.

REFORMA FOI MOTIVADA POR REVELAÇÕES DE SNOWDEN

A existência do programa da NSA foi revelada por Snowden em 2013, o que motivou a reforma do programa. O líder republicano e presidente da Câmara de deputados John Boehner incitou o Senado dos Estados Unidos a aprovar imediatamente a lei. Num comunicado na tarde de ontem, ele alertou sobre o perigo de deixar que o país não deixe de lado um programa de vigilância.

“A al-Qaeda, o Estado Islâmico e outros terroristas ao redor do mundo continuam a tramar ataques contra os Estados Unidos e nossos aliados”. Quem está satisfeito em deixar a capacidade de Inteligência na escuridão não está levando a sério a ameaça terrorista”, disse Boehner, num comunicado.

O presidente Obama e o seu diretor de inteligência, James R. Clapper Jr., fizeram nos últimos dias várias advertências sobre os perigos de deixar a lei expirar sem outra em seu lugar, e pediram a aprovação imediata do projeto de lei de vigilância aprovado pela Câmara.

— Isso não é um assunto político. É uma questão de segurança nacional — disse Obama durante o seu discurso semanal no rádio.

O diretor da CIA, John O. Brennan, também fez coro aos apelos de Obama e, numa entrevista ontem, num programa da rede de TV “CBS” disse que houve um pouco de arrogância política e que essas ferramentas seriam de vital importância para a vida dos americanos.

— Deixar que um programa de vigilância expire sem a aprovação de outro pode implicar em um aumento de ameaças terroristas — afirmou Brennan.




Meme de Beyoncé prova que ela nunca erra a dança; assista

Veja aqui  http://migre.me/q5XN7

Joaquim Barbosa diz que política virou uma 'coisa desagradável'

Daniela Kresch - UOL


Em Israel para receber o título de doutor honoris causa da Universidade Hebraica de Jerusalém, outorgado neste domingo (31), o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, disse que "política no Brasil se tornou uma coisa desagradável".

Vem dessa avaliação sua falta de vontade para disputar qualquer cargo eletivo. 

"Nada em vida pública me encanta mais".

Para Barbosa, que se tornou célebre com o julgamento do mensalão, o país "aprendeu muito" com o escândalo que financiava deputados da base aliada do PT com recursos desviados de contratos públicos.

"No Brasil, os operadores do sistema de Justiça têm mecanismos de defesa. Juízes têm garantias de independência muito forte. O Ministério Público também, sem interferência de governo", disse Barbosa.

Ele, no entanto, se recusa a falar sobre o julgamento que lhe trouxe fama: "Quanto ao mensalão, isso é coisa do meu passado. Agora estou em outra".

Barbosa contou não acompanhar as apurações da Operação Lava Jato, sobre desvios na Petrobras.

Disse, no entanto, não acreditar que o mensalão teria tido um final diferente caso houvesse tantos casos de delação premiada como ocorre atualmente. "São momentos diferentes".

O ministro aposentado, que abriu uma empresa de palestras e tem se apresentado no Brasil e no exterior desde que deixou o cargo em 2014 após 11 anos de Supremo, afirmou que os críticos do Judiciário "esperneiam", mas não vão conseguir que ele deixe de cumprir seu papel de vigia do poder.

"Existe instituições que são permanentes, independem de que esteja ali no momento político e assume o poder temporariamente. Ele tem que ser vigiado".

Barbosa foi escolhido para receber o título honoris causa, o primeiro internacional de sua carreira, juntamente com o ex-presidente de Israel Shimon Peres, o ministro do Exterior da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, e o presidente do Museu do Holocausto, Avner Shalev.

Barbosa, que foi indicado pela Sociedade Brasileira dos Amigos da Universidade Hebraica de Jerusalém para receber o título de doutor, foi descrito pelos organizadores como "proeminente figura pública cuja história do triunfo sobre a desigualdade e a firme oposição à corrupção tem inspirado milhões".

Luis Enrique e Piqué reprovam carretilha de Neymar

UOL


Vídeo  http://migre.me/q5SF7






A tentativa de uma carretilha deixou Neymar no centro de uma discussão dentro do próprio Barcelona. O lance polêmico, que irritou os jogadores do Athletic Bilbao na decisão da Copa do Rei, também não repercutiu bem dentro do Barça. O técnico Luis Enrique e o zagueiro Piqué reprovaram a ação do atacante brasileiro.
"Estes tipos de coisas estão muito mal vistas na Espanha. Se eu fosse jogador do Athletic Bilbao, responderia da mesma forma ou pior. É preciso entender que Neymar não faz isso para humilhar o rival. No Brasil, isto é visto de outra forma. Com o tempo, tentaremos controlar isso", afirmou o treinador.
Piqué seguiu a linha de Luis Enrique, mas tentou colocar panos quentes no assunto. "Talvez Neymar não devesse fazer tanto espetáculo, mas eles estavam muito nervosos pela derrota. Não se deve dar mais importância a isso", opinou o zagueiro.
O lance ocorreu já no fim da partida, vencida pelo Barcelona por 3 a 1. Irritados, os jogadores do Athletic Bilbao cercaram Neymar, discutiram de forma ríspida com ele e houve muita confusão.
Neymar pareceu não dar muita importância para a jogada e toda a repercussão. "Que se irritem, eu não vou mudar", disse ao canal Tele 5.

Dono do jornal ‘El Nacional’ afirma que Venezuela vive uma ‘ditadura mais sofisticada’

Janaína Figueiredo - O Globo

Miguel Henrique Otero está sendo processado por publicar que presidente da Assembleia é investigado no exterior


Otero diz que 2.500 não podem sair do país
Foto: HENRY DELGADO / HENRY DELGADO/ EL NACIONAL/GDA
Otero diz que 2.500 não podem sair do país - HENRY DELGADO / HENRY DELGADO/ EL NACIONAL/GDA


BUENOS AIRES - Desde meados de maio, quando a Justiça aprovou uma liminar que impediu 22 diretores de jornais venezuelanos de saírem do país por uma denúncia de suposta difamação apresentada pelo presidente da Assembleia Nacional (AN), o militar reformado Diosdado Cabello, o dono do jornal “El Nacional”, Miguel Henrique Otero, um dos acusados, realiza um périplo por ONGs, organismos internacionais e associações jornalísticas para denunciar o que considera “uma ditadura do século XXI”. Otero estava nos Estados Unidos quando os tribunais de Caracas confirmaram sua resolução e decidiu iniciar uma intensa campanha “para alertar o mundo sobre as gravíssimas violações que estão sendo cometidas na Venezuela”. 

O diretor não sabe quando retornará e assegurou, em entrevista ao GLOBO, “que hoje existem 2.500 pessoas proibidas de sair do país pelo governo do presidente Nicolás Maduro”, além de 72 presos políticos. No caso dos jornais, todos foram alvo da denúncia de Cabello após terem reproduzido uma reportagem do diário espanhol “ABC” na qual um ex-chefe de segurança do presidente da AN o acusou de lavagem de dinheiro e de comandar um cartel de drogas.

O senhor teme voltar à Venezuela?
Vou voltar, ainda não sei quando.

O senhor teme ser preso?
Este é um governo muito autoritário, que usa a Justiça como quer. Já fui acusado de magnicídio três vezes, e um juiz poderia ordenar minha prisão, sem exigir qualquer tipo de prova. No caso da denúncia por suposta difamação, uma juíza de Caracas aprovou uma liminar sem que fôssemos declarados culpados. Hoje temos 72 presos políticos e 2.500 pessoas que não podem sair do país. São manifestantes, pessoas que escrevem no Twitter. A única coisa que fizemos foi publicar uma denúncia que agora está sendo investigada por promotores federais em Nova York e Miami. Não dissemos que Cabello é um narcotraficante, apenas que está sendo investigado.
Hoje Cabello tem mais poder do que Maduro?Existem três famílias que governam a Venezuela: Maduro, Cabello e Chávez. As decisões são tomadas porque Maduro, Cabello ou algum Chávez manda.

Essas perseguições estão afetando a imagem do país...
Sim, e o respaldo à dissidência é cada vez maior no exterior. Desde que Maduro reprime e viola os direitos humanos, o apoio à oposição cresceu.

O senhor está tendo muitas reuniões nos EUA?
Estive com meios, autoridades do governo e organizações que defendem direitos humanos. O governo Obama está muito preocupado e defende uma solução democrática e eleitoral.

O “El Nacional” corre risco de fechar por perseguição e falta de papel?
Chegamos a ter uma circulação de 150 mil exemplares e hoje estamos em 40 mil. Tínhamos 1.100 trabalhadores e hoje temos 350. Sobrevivemos pela solidariedade de outros jornais da região, como O GLOBO, “El Mercurio”, “La Nación” e “El País”, entre outros.

O senhor diz que a Venezuela vive hoje uma ditadura...
É uma ditadura, todos os poderes públicos estão sequestrados, são cometidas violações dos direitos humanos, as decisões são autoritárias, é uma ditadura do século XXI, mais sofisticada do que as que conhecemos no passado.

As próximas eleições parlamentares poderiam equilibrar o poder?
Uma vitória opositora seria importante, mas não mudaria tudo. O governo fortaleceu o Tribunal Supremo de Justiça e o usará para declarar inconstitucionais as leis que não aprovar. O desequilíbrio e autoritarismo continuarão.

Qual é a saída que o senhor vê para o país?
A melhor saída seria que a crise obrigasse Maduro a renunciar e adiantar as eleições presidenciais, sempre com o respaldo da comunidade internacional. Mas não se pode descartar uma enorme onda de pressão popular que termine derrubando o governo. Já aconteceu muitas vezes na região e na própria Venezuela.

Qual é o horizonte para os próximos meses?
Vejo um governo que está se contradizendo. Maduro não tem a liderança de Chávez, a crise econômica é uma catástrofe e o governo não muda o rumo. Pode acontecer qualquer coisa. Esperamos que seja uma saída negociada, sem violência. Mas eles estão levando isso a uma crise terminal que pode ser muito perigosa.




Nunca houve compra de votos

Diogo Mainardi e Mário Sabino - O Antagonista


De acordo com o Sunday Times, Joseph Blatter será interrogado pelo Ministério Público da Suíça sobre a compra de votos para realização das Copas de 2018, na Rússia, e 2022, no Qatar.
O Antagonista antecipa que Joseph Blatter dirá que não sabe de nada, que nunca houve compra de votos, que tudo não passa de armação dos americanos e que a culpa é das elites.
Blatter dirá que nunca houve compra de votos

O desencanto de Joaquim Barbosa

Diogo Mainardi e Mário Sabino - O Antagonista


Joaquim Barbosa disse, ao receber título de doutor honoris causa da Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, que a política no Brasil se tornou uma coisa desagradável. "Nada na vida pública me encanta mais", afirmou o ex-ministro do STF.
Evitou falar sobre o mensalão, alegando ser assunto de seu passado. "Agora estou em outra", finalizou.
Será?

África do Sul pagou 10 milhões à Concacaf

Diogo Mainardi e Mário Sabino - O Antagonista


Danny Jordaan, presidente da Federação de Futebol da África do Sul, confirmou ter pago 10 milhões de dólares à Concacaf, depois que o país foi escolhido para ser a sede da Copa do Mundo de 2010. Mas, segundo Danny Jordaan, não se tratou de propina, não. "Vocês podem perguntar aos dirigentes da Fifa com quem tratei", disse ele.
Ah, bom.

Prefeito de Buenos Aires se firma como a principal aposta contra kirchneristas

Janaína Figueiredo - O Globo

Ex-presidente do Boca Juniors, Mauricio Macri é a esperança da oposição




Macri durante uma ‘timbreada’ em Ezeiza, na Grande Buenos Aires: candidato vai de porta em porta e já estaria em empate técnico com Scioli
Foto: Janaína Figueiredo / Janaína Figueiredo
Macri durante uma ‘timbreada’ em Ezeiza, na Grande Buenos Aires: candidato vai de porta em porta e já estaria em empate técnico com Scioli - Janaína Figueiredo / Janaína Figueiredo


BUENOS AIRES - Depois de ter sido presidente do Boca Juniors, um dos times de futebol mais importantes da Argentina, deputado e duas vezes eleito prefeito de Buenos Aires (cargo que ocupa atualmente), Mauricio Macri é hoje a principal esperança da oposição argentina para derrotar o kirchnerismo nas presidenciais de 25 de outubro, depois de mais de 12 anos de governo. Mas Macri sabe que não será fácil e dedica cinco dos sete dias da semana a fazer campanha nas ruas, principalmente na província de Buenos Aires. É ali onde vive um terço do eleitorado nacional e o kirchnerismo ainda pisa forte. 

Semana passada, O GLOBO foi o primeiro meio de comunicação estrangeiro a acompanhar o candidato e líder do PRO (Proposta Republicana) numa timbreada (timbre em espanhol significa campainha). Essa é uma das estratégias centrais da campanha em que busca, no encontro cara a cara, romper o atual empate técnico com o governador da província de Buenos Aires, o kirchnerista Daniel Scioli. Com cerca de 30% dos eleitores ainda indecisos, Macri, de 56 anos, se apresenta como "o candidato da mudança" e promete "outra forma de fazer política".

Na maioria das caminhadas por municípios e províncias argentinas, o modus operandi é o mesmo. O opositor anuncia sua atividade através das redes sociais, recebe convites para visitar famílias e uma delas é escolhida. Em Ezeiza, na Grande Buenos Aires, Macri conversou com Carlos e Carolina, pais de sete filhos, que há um ano e meio decidiram abandonar a Espanha e retornar ao país. Acompanhado por sua terceira mulher, a estilista Juliana Awada, mãe de sua caçula, Antonia, de apenas 3 anos, o candidato ouviu as demandas do casal de classe média, entre elas melhorar a educação, a segurança e o combate à inflação, e prometeu grandes transformações se o PRO chegar ao poder.

— Claramente será uma disputa entre continuidade e mudança. O governo dizendo que os argentinos devem se lembrar como estávamos em 2003 e tudo o que fizemos juntos, e nós dizendo que merecemos viver melhor. Não podemos eternamente nos comparar com a crise de 2001, que foi uma catástrofe — comentou Macri, depois de conversar com os moradores de Ezeiza.

Após a visita agendada, o candidato improvisa e busca surpreender seguidores e opositores que, em geral, reagem de forma civilizada quando ele aparece na porta de suas casas. Segundo seus assessores, alguns kirchneristas são mais antipáticos, mas a estratégia está dando certo, e o PRO pretende intensificar a campanha nos próximos meses. O foco será, cada vez mais, o contato direto com os eleitores.

De acordo com recente pesquisa da empresa de consultoria Management & Fit, o candidato opositor tem 32,2% das intenções de voto, contra 33,3% de Scioli. O PRO assegura ter outras pesquisas nas quais Macri está na frente. A realidade é que ambos são os únicos que superam 30%, e a maioria dos analistas locais coincide em afirmar que protagonizarão a queda de braço decisiva das presidenciais.

Scioli ainda deverá enfrentar as primárias da governista Frente para a Vitória (sublegenda do Partido Justicialista fundada pelo ex-presidente Néstor Kirchner) e obter o respaldo contundente da presidente Cristina Kirchner. Já Macri tem pela frente uma eleição interna com outros dois candidatos opositores, a deputada Elisa Carrió e o senador Ernesto Sanz (da União Cívica Radical). Mas ninguém duvida que Macri e Scioli serão os grandes vencedores das primárias do dia 9 de agosto.

— Nosso crescimento é impressionante. Não é minha candidatura, é a ideia de que juntos podemos construir a Argentina que merecemos — disse o líder opositor.

Macri conhece bem suas fraquezas, entre elas, a falta de uma estrutura partidária nacional. 

Nos últimos meses, o PRO, que nasceu em 2003, selou várias alianças em províncias importantes como Córdoba e Mendoza, mas o kirchnerismo é superior em termos de presença nacional. O candidato está concentrando esforços na província de Buenos Aires, governada há quase oito anos por Scioli. Trata-se do principal distrito eleitoral da Argentina, e analistas locais costumam dizer que quem ganha em Buenos Aires ganha a eleição.

Ezeiza, por exemplo, é um município tradicionalmente governado pelo peronismo e hoje em mãos de um prefeito kirchnerista, vinculado a Scioli. Um território hostil, como muitos outros pelos quais Macri caminhou e continuará caminhando até outubro. Perguntado sobre o apoio popular que ainda preserva o kirchnerismo, o candidato opositor afirmou que jamais pensou que enfrentaria "um governo absolutamente enfraquecido como pensaram outros".

— O oficialismo sempre tem um piso entre 25% e 30%, e aqui é assim. Mas a maioria dos argentinos está convencida sobre a necessidade de uma mudança. São 25 anos de promessas não cumpridas - enfatizou Macri.

Segundo ele, "é preciso pensar no que queremos para nosso futuro, sobretudo levando em consideração o que aconteceu em outros países, como Brasil, Peru, Colômbia e Uruguai":
— Em todos, o crescimento foi maior do que na Argentina. Isso significa que podemos fazer mais do que fizemos e estamos fazendo.

Macri lidera um partido que surgiu no século XXI, que não é herdeiro do peronismo nem de outro partido ou figura importante da História política argentina. Filho de um empresário poderoso, formado na Argentina e nos Estados Unidos, o candidato sonha em ser o primeiro dirigente de um partido novo que chega à Casa Rosada. Por essa e outras razões, rechaçou uma aliança desejada por muitos com o deputado e ex-kirchnerista Sergio Massa, a grande revelação das Legislativas de 2013, mas que perdeu força na campanha presidencial.

— Estamos propondo uma mudança cultural, outra forma de fazer política. Massa é parte de uma discussão de poder dentro do Partido Justicialista. Eles governaram juntos nos últimos 25 anos e estão discutindo poder, não uma mudança cultural como queremos — explicou Macri, hoje o maior pesadelo de Cristina e seus seguidores.

Os principais adversário de Macri

Daniel Scioli — O governador da província de Buenos Aires é o nome mais forte entre os kirchneristas para sair candidato à Presidência. Segundo a última pesquisa, ele tem 33,3% das intenções de voto, contra 32,2% de Macri. Peronista de centro, Scioli diz que é preciso deixar as políticas de choque na economia para trás.

Sergio Massa — O deputado peronista vem perdendo terreno. Líder da Frente Renovadora, Massa aparece em terceiro nas pesquisas, com 13,8%, e em uma tendência de queda. Foi chefe de gabinete de Cristina Kirchner, mas hoje ataca o kirchnerismo. Apesar disso, Macri descarta uma aliança com o peronista dissidente.

Margarita Stolbizer — A deputada nacional e presidente do Partido GEN corre por fora, mas tem poucas chances. Mas a candidata de esquerda não peronista vem atraindo o apoio dos socialistas e de intelectuais. Ela defende maior transparência na política, a apuração dos crimes contra a Humanidade e a igualdade de gêneros.




Mario Covas Neto é eleito presidente do diretório municipal do PSDB de São Paulo

Pedro Venceslau - O Estado de São Paulo


Pré-candidato a prefeito pelo PSDB, Matarazzo celebrou a vitória do aliado na disputa pela presidência do partido na capital paulista

O vereador Mario Covas Neto, o Zuzinha, filho do falecido governador Mário Covas, foi eleito na tarde deste domingo (31) presidente do Diretório Municipal do PSDB de São Paulo. Com 38 votos, ele superou Fabio Lepique, que recebeu 29. O resultado significa uma derrota política para o ex-deputado José Aníbal, que controlava politicamente o diretório. Ao longo doa dia, o grupo de Aníbal promoveu uma manobra para tentar isolar Covas Neto, que apoia a pré-candidatura do vereador Andrea Matarazzo a prefeito de São Paulo em 2016.

Pré-candidato a prefeito pelo PSDB, Matarazzo celebrou a vitória do aliado Mario Covas Neto na disputa pela presidência municipal do partido. "A vitória dele foi boa porque fortaleceu o PSDB e consequentemente meu projeto de ser candidato", disse. 
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Convenção Municipal do PSDB de São Paulo é realizada na Câmara Municipal de São Paulo
Convenção Municipal do PSDB de São Paulo é realizada na Câmara Municipal de São Paulo

Descoberto o “segredo” do salário tão maior dos americanos!

Com Blog Rodrigo Constantino - Veja


Trabalhadores brasileiros, uni-vos contra o sindicalismo!
Foi descoberto o incrível “segredo” do salário tão maior dos trabalhadores americanos em relação aos brasileiros, até então guardado a sete chaves. Tiveram que contratar a Scotland Yard e chamar pessoalmente Sherlock Holmes para solucionar um mistério tão impressionante. A resposta decepcionou todos os “intelectuais” e artistas brasileiros, assim como os “economistas” heterodoxos que sempre defendem mais intervenção estatal e sindicatos fortes.
Não, o salário tão maior não tem ligação alguma com a influência dos sindicatos nos respectivos países. Tampouco há elo com a quantidade de regalias que o governo garante, como décimo-terceiro, décimo-quarto, décimo-oitavo salário, vale-alimentação, vale-transporte, vale-cachaça, férias remuneradas, licença a maternidade, paternidade e amizade, nada disso! Pasmem, mas o grande segredo dos americanos é… serem mais produtivos!
O salário médio é quatro vezes maior do que o nosso? E o trabalhador médio americano produz quatro vezes mais do que o nosso também! Não é espetacular? Vejam:
Quatro trabalhadores brasileiros são necessários para atingir a mesma produtividade de um norte-americano.
A distância, que vem se acentuando e está próxima da do nível dos anos 1950, reflete o baixo nível educacional no Brasil, a falta de qualificação da mão de obra, os gargalos na infraestrutura e os poucos investimentos em inovação e tecnologia no país.
Fatores apontados por empresários e por quem estuda o assunto como os principais entraves para a produtividade crescer no país –e que também ajudam a explicar o desempenho fraco do PIB brasileiro nos últimos anos.
A comparação entre Brasil e EUA considera como indicador a produtividade do trabalho, uma medida de eficiência que significa quanto cada trabalhador contribui para o PIB de seu país.
O dado é do Conference Board, organização americana que reúne cerca de 1.200 empresas públicas e privadas de 60 países e pesquisadores.
Ele é importante porque mostra a força de fatores como educação e investimento em setores de ponta, que tornam mais eficiente o uso de recursos. A produtividade costuma ser menor nas empresas de trabalho intensivo.
O baixo nível educacional no Brasil é destacado pelo pesquisador Fernando Veloso, da FGV/Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), como um dos mais graves problemas para uma economia que precisa crescer e aumentar o padrão de vida da população.
“O brasileiro estuda em média sete anos, nem completa o ensino fundamental. Nos EUA, são de 12 a 13 anos, o que inclui uma etapa do ensino superior, sem mencionar a qualidade do ensino.”
A média de treinamento (qualificação) que um americano recebe varia de 120 a 140 horas ao ano. No Brasil, são 30 horas por ano, destaca Hugo Braga Tadeu, professor da Fundação Dom Cabral.
Ou seja, precisamos de melhor ensino (não doutrinação ideológica das Humanas), cursos especializantes para melhorar nossa mão de obra, melhor infraestrutura, ambiente mais livre na economia, abertura comercial, menos burocracia, tudo aquilo que os liberais apontam há décadas como solução para aumentar a produtividade do trabalho. E, afinal, o salário real depende dessa produtividade, não de “vontade política” ou de pressão sindical. Eis algo que a esquerda ainda não entendeu.
Refém de um equívoco intelectual que é o marxismo, nossa esquerda ainda olha para o lucro como uma “mais-valia”, fruto da exploração do trabalho. E por isso enxerga o salário como resultado de exploração também, bastando o governo decretar maior parcela do resultado das empresas para os trabalhadores para resolver o problema. Nada mais falso!
Como fica claro, o salário dos trabalhadores depende de sua produtividade, e se um trabalhador for quatro vezes mais produtivo, ele tenderá a receber um salário quatro vezes maior. Gente séria, portanto, foca na baixa produtividade do trabalho no Brasil. Embusteiros, populistas, demagogos e ignorantes focam na discrepância entre ricos e pobres e pedem intervenção estatal para aumentar os salários por decreto, como se desse para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores num passe de mágica estatal.

Dilma abaixo dos 10%

Diogo Mainardi e Mário Sabino - O Antagonista


Pela primeira vez, uma pesquisa mostrou que a aprovação do governo de Dilma Rousseff está abaixo de 10%, como informa o blog de Gerson Camarotti, do G1.

"A nova Petrobras"

Diogo Mainardi e Mário Sabino - O Antagonista


Reportagem especial de dez anos do mensalão, do Globo, mostra que no ano passado os Correios deixaram de arrecadar 482 milhões de reais porque o governo impediu a empresa de reajustar o preço de seus serviços. Em 2014, foi registrado lucro líquido de apenas 9,9 milhões de reais.
A empresa era fatiada, no governo Lula, por PTB e PMDB. Depois de seguidos escândalos, como o mensalão, o partido decidiu controlá-la a partir de 2011. Hoje, dos 28 diretores regionais que os Correios possuem nos estados, 16 são do PT.

Tentativa de suspender reforma política é ação de 'minoria', diz Eduardo Cunha

Nivaldo Souza - O Estado de São Paulo

Presidente da Câmara dos Deputados utilizou sua conta no Twitter para rebater os argumentos da ação protocolada no STF

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), chamou o grupo de 61 deputados de seis partidos que protocolaram mandado se segurança para impedir a votação da PEC da Reforma Política de "minoria" inconformada com a derrota sofrida em plenário e diz que a ação é um "choro". "Esses mesmos já entraram com várias ações para qualquer decisão minha e todas lá estão sem sucesso até agora, porque não assistem razão. E esses mesmos ainda sofrerão outras derrotas porque as suas posições são minoritárias em plenário", disse. 
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Cunha diz que 'minoria' foi ao STF contra reforma política por 'não se conformar com derrota'
Cunha diz que 'minoria' foi ao STF contra reforma política por 'não se conformar com derrota'

Cunha utilizou sua conta no Twitter neste domingo, 31, para rebater os argumentos da ação protocolada no STF. "O problema é que aqueles que defendiam reforma política, defendiam lista fechada e financiamento público tiveram uma derrota vergonhosa. E não se conformam com a derrota", afirmou.
Ele defendeu o rito de votação das emendas da reforma política até agora aprovada, especialmente a que inclui na Constituição a doação de empresas a partidos, que motivou a ação no STF liderada por 36 deputados do PT, que conseguiram apoio de parlamentares de outro cinco partidos: PPS (8 deputados), PSB (6), PCdoB (6), PSOL (4) e PROS (1). "Acho muito engraçado comprarem versão de grupo contrariado com a derrota de plenário de que houve manobra de votação da minha parte. Aqueles que falam isso ou desconhecem o processo legislativo ou falseiam as informações para passarem a sua versão".
O presidente afirmou que o grupo foi ao STF "só para alimentar na mídia a polêmica". Ele argumenta que "basta conhecer o regimento e processo legislativo para ver a verdade", que neste caso seria não haver atropelamento da votação com a decisão de manter em pauta uma nova emenda sobre o financiamento privado de campanha um dia depois de o tema ter sido rejeitado.
Segundo ele, havia outras emendas sobre o tema (financiamento público e misto) e o acordo era votar todas até que uma delas fosse aprovada, eliminando as demais, o até que todas fosse rejeitadas. A recusa na noite de terça-feira foi uma derrota de Cunha. Ele, então, articulou no dia seguinte para conseguir aprovar uma emenda apresentada pelo PRB. "Todos os temas tiveram varias votações e o combinado com os líderes era que uma vez aprovado um item não se aceitaria emendas para rever. Mas todos sabiam que enquanto nada fosse aprovado de cada item poderiam se ter destaques para matérias com conteúdo parcial ou diferente.
O presidente rebateu também a crítica feita por alguns deputados sobre o perfil dele na condução dos trabalhos da Casa, que é visto como autoritário por alguns. "Essa história de achar que eu decido tudo sozinho e uma falácia. Afinal 330 votos favoráveis, fui eu quem votou 330 vezes?", questionou. 
A sequência de mensagens no Twitter movimentou os seguidores do presidente da Câmara na rede social. Um deles provocou Cunha dizendo que ele "acordou venenoso" neste domingo.