USA! USA! USA! Não vamos exagerar e achar que o mundo de repente está torcendo pelos americanos, mas quando estamos acostumados com a ladainha sobre o fim do império ianque, disfunção política em Washington e estagnação econômica vemos o longo eficiente e vigoroso braço da Justiça do governo Obama fazendo a coisa certa ao jogar contra a corrupção da Fifa.
Apenas Vladimir Putin, larápios e antiamericanos atávicos lamentam este intervencionismo. Quem não gosta deste futebol judicial americano é ruim da cabeça ou doente do pé (ou tem culpa no cartório). Nenhuma surpresa que no sábado, day after à sua reeleição como presidente da Fifa, Don Blatterone tenha bravateado que sobrevivera à “intervenção” americana na votação.
A política externa americana está embolada e chuta muito para fora. Quem sabe, esta performance da Justiça seja o maior gol dos EUA no exterior até agora em 2015. Não dá para derrotar o Estado Islâmico, mas cabeças dos cartolas do estado da Fifa estão sendo cortadas. Bobagem escutar os chutes conspiratórios de que tudo não passa de um plano americano para controlar o futebol global. Já que não ganham no campo, os gringos querem ganhar no tapetão. E tem gente que acredita nesta lorota.
Algo mais simples em jogo. Não dá para ganhar todas, como dos bárbaros do Estado Islâmico, mas contra o estado da Fifa aí está o estado de direito com os artilheiros americanos, tendo à frente a baixinha Loretta Lynch (1m52), a ministra da Justiça de Barack Obama.