Maria Corina Machado arrebatou a multidão que tomou as ruas de Caracas neste sábado em protesto contra a ditadura de Nicolás Maduro, parceira do PT, e em apoio aos presos políticos. Para a ex-deputada venezuelana, a transição para a democracia está em marcha.
Seguem trechos de seu discurso:
“Diante da pergunta que todos nos fazemos, que ouvimos em cada esquina, ‘Até quando? Até quando?’… Venezuelanos, a transição já começou!”
“A primeira prova contundente disso é que a ditadura militarista e mafiosa desmorona. Suas divisões, suas acusações são provas de que eles sabem que estão numa fase terminal.”
“A segunda prova é que a crise humanitária chegou à Venezuela. Os venezuelanos hoje passam fome, morrem à míngua, são assassinados dentro de suas próprias casas. Sem luz, sem água, sem transporte, sem emprego. A Venezuela precisa de reformas econômicas e políticas, que Nicolás Maduro não pode nem quer executar e que nós, sim, faremos. É urgente e necessário.”
A terceira prova é que “o mundo abriu os olhos e reconheceu a natureza do regime de que hoje padecem os venezuelanos”.
Corina saudou a presença do presidente boliviano Jorge Quiroga Tuto, “em nome de líderes distintos, reconhecidos por suas trajetórias”.
“Hoje, em todas as ruas do país transbordaram esperança, coragem, amor, porque é claro que se pode [vencer].”
“A manifestação corajosa e pacífica é tão importante quanto a campanha eleitoral.”
“Se há algo que os cidadãos devem fazer neste momento, é se prepararem para a reconstrução do país.”
“Na Venezuela ninguém fala baixinho; [mas sim] em voz alta, para defender os nossos direitos e fazer com que os presos políticos e perseguidos saibam que, neste momento, nós não vamos abandonar a nossa luta de apoio e companheirismo.”
Corina elogiou as esposas de presos políticos Mitzy Ledezma, Patricia Ceballos e Lilian Tintori e a mãe do líder Leopoldo Lopez, Antonieta López, todas presentes na marcha, dizendo que “seu sacrifício, seu amor pela Venezuela é um exemplo para todo o mundo”.
Ela também mencionou a coragem dos dez venezuelanos que neste momento estão em greve de fome na prisão: “uma mensagem de força e esperança para a Venezuela”.
“Muito em breve esta maioria que somos conseguirá impor a liberdade em transição. Muito em breve os milhões de heróis venezuelanos estaremos unidos, reconstruindo Venezuela. Não há ameaça, não há chantagem que nos intimide; estamos unidos com coragem, convicção e amor. Nós estamos trabalhando para a mudança, para a transição. Confiança!”
Na foto abaixo: Maria Corina Machado abraça a “elite branca” que se opõe ao comunismo.
Frase do dia: