sábado, 31 de outubro de 2015

Lula, o milionário sonegador

Com O Antagonista


De acordo com o Coaf, Lula tem uma renda mensal de R$ 3.753,36, apesar de ter movimentado 52,3 milhões de reais entre abril de 2011 e maio deste ano.
A sobrevivência política de Lula é um acinte à decência e à inteligência.

‘Lula não é a única opção do PT para 2018’, diz Berzoini. Estaria o companheiro convencido que o Brahma não escapa do xilindró?

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Até quando o Brasil suportará o assalto do lulismo aos cofres público e o cinismo do PT?

A cada instante surgem novas denúncias contra Lula e sua quadrilha.

Desde o mensalão, ainda no primeiro governo do PT.

Pelo enorme prontuário petista, pode-se afirmar com certeza que jamais existiu no Brasil tamanho assalto aos cofres públicos.

E com tamanha desfaçatez.

E a cada denúncia, Lula ou um de seus cupinchas, inclusive a senhora Dilma Rousseff, se dizem perseguidos pela oposição - coitada, a oposição no Brasil é aquela sonhada por qualquer governo corrupto, de qualquer país. É de uma incapacidade sem paralelo -, e pela elite e imprensa conservadoras.

Lula e gangue, de tão desastrados, são alvos da Policia Federal, da Receita Federal, do Coaf...

Quer dizer, os petistas corruptos sequer têm postura para saber o que ocorre na máquina que 'administram', embora PF e Receita sejam órgãos de Estado e não de governo.

A cada denúncia contra a quadrilha Lula, a imagem do Brasil se deteriora, o ambiente de negócios piora e o país afunda numa crise sem precedente.

Até quando o Brasil suportará o assalto do lulismo aos cofres público e o cinismo do PT?








Consumo de energia tem maior queda em 10 anos

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STJ nega liberdade a Marcelo Odebrecht

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"Lula, o milionário conferencista que ganhou quase 33 mil reais por dia em quatro anos"

Com Blog do Noblat - O Globo


Lula (Foto: Instituto Lula)Lula (Foto: Instituto Lula)

Em quatro anos, apenas como conferencista, segundo a revista ÉPOCA, Lula declarou à Receita Federal que recebeu 27 milhões de reais.
Ao dólar no valor médio de 2,20 reais, que vigorou no mesmo período, ele ganhou o equivalente a 12 milhões e 272 mil dólares em números redondos.
Ou 3 milhões e 68 mil dólares por ano. Ou 255 mil, 681 dólares por mês.
Hoje, com o dólar a 3.85 reais, Lula teria recebido 984.374 reais por mês. Ou 32.812 reais por dia. Ou ainda 1.367 reais por hora, acordado e dormindo.

Gustavo Franco: "Não há gasto público incortável, nem os sociais"

Samantha Lima - Epoca



O ex-presidente do Banco Central alerta: mesmo que todos os gastos no Orçamento pareçam legítimos, o país não tem esses recursos. É preciso definir prioridades



Ex-presidente do Banco Central (1997-1998) no governo de Fernando Henrique Cardoso e sócio da Rio Bravo Investimentos, o economistaGustavo Franco vê a crise econômica como consequência de o governo ter feito “absolutamente tudo errado” nos últimos anos. Se feito a fundo, o ajuste fiscal não terá como poupar nem mesmo programas de transferência de renda. “Tem de ter espírito livre para analisar o todo.” Segundo o economista, tanto o governo quanto o Congresso se escondem da responsabilidade de fazer escolhas para ter um Orçamento equilibrado, jogando a responsabilidade sobre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Franco também atribui a crise à corrupção e ao que chama de “capitalismo de quadrilha”. Para ele, o modelo econômico apoiado em um Estado gastador se transformou “em veneno”.

GÊNESE Gustavo Franco na sede da Rio Bravo. Ele acha que Lula errou ao deixar de lado as reformas necessárias (Foto: Henk Nieman/ÉPOCA)
ÉPOCA – Qual foi a origem da crise e como ela contribuiu com a piora das contas públicas?
Gustavo Franco –
 Não há uma causa simples. De forma ampla, é a falência de um modelo de política econômica que prevaleceu a partir de 2008 e que é mãe de todos esses males. A crise nas contas públicas tem a ver com corrupção, com o capitalismo de compadrio, que prefiro chamar de capitalismo de quadrilha. É como se as autoridades quisessem confrontar cada pressuposto de boa política econômica. Parecem estar tentando nos convencer, o tempo todo, que o capitalismo não funciona. Obviamente, isso fracassou.
ÉPOCA – Há desenvolvimentistas que defendem que se aumentem agora o gasto e o investimento público, a fim de acelerar a economia. Isso voltaria na forma de arrecadação. Essa receita funcionaria em algum momento? Funcionaria agora?
Franco –
 Há situações na economia em que o aumento de gasto público é um remédio, e outras em que é veneno, como agora. Algumas pessoas repetem esse samba de uma nota só. É uma tolice. O único remédio que eles sabem usar foi utilizado em excesso e agora virou tóxico.
ÉPOCA – É possível consertar o tripé econômico baseado em metas de inflação, rigor fiscal e câmbio flutuante?
Franco – 
Dá para consertar. Nada condena o Brasil a dar errado, mas também nada nos condena a dar certo. O que ocorreu foi que o governo fez tudo errado a partir de 2008, absolutamente tudo, e estamos pagando o preço disso.

ÉPOCA – A inflação deve chegar ao fim de 2015 em 9%, o dobro do centro da meta. Por que ela resiste num nível tão alto, mesmo com juros elevados e recessão?
Franco – 
A perda do poder de compra da moeda é reflexo também da conjuntura ruim. Se não fosse a explosão na taxa de câmbio, talvez o número fosse menor. Mas a inflação reflete uma percepção mais ampla sobre o crédito público, sobre a credibilidade do governo de tomar dinheiro emprestado e de sua sustentabilidade financeira. É fácil ver que o crédito público só fez piorar.

ÉPOCA – Como é possível aprovar as medidas necessárias ao ajuste fiscal diante da crise política? A presidente conseguirá retomar esse protagonismo?
Franco – 
Acho difícil. Os temas políticos centrais são o impeachment da presidente da República e a situação do presidente da Câmara. A política paralisou a capacidade do Brasil de tomar decisões, e isso aumenta qualquer crise. Nossa baixa capacidade de lidar com a crise é incompatível com o tamanho do desafio. É um paramédico na calçada tratando de paciente com doença grave. Evita o óbito, mas não resolve nada. Será uma lástima termos mais três anos de atraso.
"A Petrobras privatiza, tenta reduzir a dívida, corta custos. Por que o governo não faz o mesmo?"
ÉPOCA – Diante do desgaste, o que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pode fazer para contribuir com a saída da crise?
Franco – 
Pouco. Propostas como a recriação da CPMF revelam que as pretensões são modestas. Não há espaço para a formulação, nem coordenação política para oferecer alguma coisa que reduza despesas ou a dívida pública, ou ainda privatizar. Ele tem papel de racionalidade, em uma equipe que não tem nenhuma. Seu colega ministro do Planejamento (Nelson Barbosa) é o mesmo das pedaladas, de tudo o que deu errado.
ÉPOCA – Quais as consequências, para a economia, do antagonismo entre Barbosa e Levy?
Franco –
 No passado, muitos presidentes tiveram um (ministro) gastador e outro controlador (leia a reportagem sobre o livro do ex-presidente Fernando Henrique). Um prevalece, mas o outro é uma espécie de consciência crítica. Há também o fato de Barbosa permanecer para conduzir a defesa das pedaladas fiscais, no Congresso. A presidente não pode abandonar essa culpa, então está lá o Barbosa, por uma segunda razão.
ÉPOCA – A fritura de Levy pelo PT piora a crise?
Franco –
 O PT frita até seus próprios líderes. Neste momento em que é preciso uma autocrítica do que deu errado – a conversa de política anticíclica e de nova matriz econômica, que é o modelo econômico deles –, eles se contorcem para fazer com que a culpa seja do Levy, que acabou de chegar.
ÉPOCA – Se o Levy deixar o governo, o que o senhor acha que deve acontecer?
Franco –
 É grande o risco de outras agências de risco tirarem o grau de investimento do Brasil, assim como fez a Standard & Poor’s. Faltou percepção política à presidente de que o Levy tinha de crescer e ocupar novos espaços no governo.
ÉPOCA – E se o Barbosa suceder a Levy?
Franco –
 Se o líder da política econômica for de perfil gastador, sem um ortodoxo na equipe, voltaremos à era Mantega. A queda do ministro e sua substituição por alguém de perfil diferente vai repercutir negativamente nos mercados.

ÉPOCA – Se reformas avançarem no Congresso e o ajuste for concluído, em quanto tempo se retoma o crescimento?
Franco –
 Desde que o Brasil venceu a hiperinflação, há 20 anos, estamos nessa conversa. A urgência de combatê-la trouxe impulso político para importantes reformas na economia. Quando Lula assumiu, foi decretado o fim das reformas. Foi um erro, porque, tal como nas empresas, os países precisam de constante esforço de inovação. Dá certo cansaço olhar o tempo que se perdeu. Talvez a crise seja o impulso que faltava. Mas não tem botão a apertar. Precisamos de um plano completo de coisas a reformar, com problemas difíceis que precisam de soluções difíceis. É o que falta. Já que vai ter uma Emenda Constitucional para a CPMF, por que não é possível fazer outra coisa do lado da despesa? Não consigo entender como, num Orçamento de R$ 1,2 trilhão, não se consiga cortar R$ 50 bilhões.
ÉPOCA – É possível ajustar as contas sem rever os gastos sociais e programas de transferência?
Franco –
 É preciso ter espírito livre para olhar tudo. Nada é incortável. Se o país não encarar isso de frente, vamos continuar num ambiente de paralisia, em que a inflação ou a dívida vão explodir. Chegamos à situação em que todos os itens do Orçamento são legítimos, só que isso soma algo acima da receita. Vai pegar programas sociais? Seguramente. Quando não se tem dinheiro nem capacidade de endividamento, tem de cortar. A sociedade deve se organizar para ter Orçamento equilibrado, transparente. A democracia é tão mais sólida economicamente quanto mais avançada forem suas instituições orçamentárias, inclusive para escolher prioridades.

ÉPOCA – Qual é a participação da crise da Petrobras nos problemas econômicos do país?
Franco –
 Aquilo é uma miniatura do Brasil com todos os vícios: arrogância, omissão, irresponsabilidade, corrupção, megalomania. O endividamento cresceu, a perda de valor foi de US$ 200 bilhões. Cada centavo disso é culpa de Dilma e Lula. A empresa confessou em balanço auditado ter pagado R$ 6 bilhões em propina. Isso não está desligado do modus operandi da política econômica. Ela também está mostrando o caminho, fazendo privatização, tentando reduzir sua dívida, cortando custo. Por que o governo não faz o mesmo?
ÉPOCA – O senhor, como gestor de ativos, vê boas oportunidades de investimento no Brasil?
Franco –
 Existe um acervo de possibilidades em infraestrutura. O governo afasta o investidor ao impor restrições regulatórias ou regras hostis à rentabilidade, como se fosse proibido ganhar dinheiro. É preciso rever essa postura.

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O show da Época

Com O Antagonista


A revista Época, com a edição que está nas bancas, deu um show de jornalismo. Vale a pena comprar um exemplar e guardar. É um número histórico.
Nossos parabéns à equipe da revista, em especial ao repórter Thiago Bronzatto, que assina a reportagem "A fortuna suspeita das estrelas do PT".

A suspeita do Coaf sobre Lula

Com O Antagonista


A suspeita do Coaf sobre Lula, de acordo com a Época: "Movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou ocupação profissional e a capacidade financeira do cliente".
O Coaf é, mais do que técnico, elegante.

A família que mais depende da Odebrecht

Com O Antagonista


No seu não-depoimento a Sergio Moro e ao MPF, Marcelo Odebrecht disse que 150 mil famílias dependiam da empresa que comanda. Mas nenhuma depende tanto quanto a família Lula da Silva.
De acordo com a Época, entre abril de 2011 e maio deste ano, a empresa de palestras de Lula recebeu 27 milhões de reais e transferiu 25,3 milhões. Somente a Odebrecht contribuiu com 4 milhões de reais. "É a maior patrocinadora de Lula", diz a revista.
Talvez seja o caso de o procurador Ivan Marx, responsável pela investigação sobre o tráfico de influência de Lula, chamar o presidente para depor outra vez, agora sem segredinhos.

Coaf detalha transações anormais de Lula, Palocci, Erenice e Pimentel

O Globo


Relatório sobre movimentações milionárias foi enviado à CPI do BNDES


Quatro caciques do PT foram identificados pelo Coaf por transações bancárias com indícios de irregularidades, revela a revista “Época” neste sábado. Segundo o órgão do Ministério da Fazenda, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro da Casa Civil e da Fazenda, Antonio Palocci, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel e a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, estão entre as 103 pessoas suspeitas. Além disso, 
o Coaf também detalhou as movimentações financeiras de 188 empresas ligadas a eles. 

De acordo com o conselho, as operações somam R$ 500 milhões, sendo R$ 300 milhões somente para os quatro petistas. As irregularidades vão de transações incompatíveis com o patrimônio, saques em espécie, resistência em informar o motivo da transação e a incapacidade de comprovar a origem legal dos recursos. O relatório, com todos os dados, foi enviado à CPI do BNDES.

Segundo a reportagem, de 29 de maio a 6 de junho de 2014, o ex-presidente Lula aplicou R$ 6,2 milhões em um plano de previdência privada da seguradora BrasilPrev. Por se tratar de uma operação de mais de R$ 1 milhão no mercado segurador, logo entrou no radar do Coaf.

Além disso, a matéria afirma que a maior parte da movimentação financeira de Lula tem como origem a empresa L.I.L.S Palestras, Eventos e Publicações. A empresa também entrou na mira do Coaf. Entre abril de 2011 a 31 de maio de 2015, a empresa movimentou R$ 52,3 milhões, sendo R$ 27 milhões em recebimentos e R$ 25,3 milhões em transferências. Um dos maiores clientes da empresa de Lula é a construtora Odebrecht. A empresa pagou R$ 4 milhões a consultoria por palestras do ex-presidente e outros serviços.

Outra transação que chamou atenção do Coaf, segundo a “Época”, foi o repasse de R$ 48 mil à empresa Coskin Assessoria e Consultoria Empresarial, cujo capital social é de R$ 2 mil. A consultoria pertence a Fernando Bittar, que, no papel, é dono de um sítio em Atibaia (Interior de São Paulo), que sempre foi atribuído a Lula e este sempre negou. É a primeira prova material da relação dos dois. Bittar é sócio de um dos filhos de Lula.

Das contas da empresa no Banco do Brasil estão registradas transferências para Lula e seus filhos em R$ 1,5 milhão. A que mais recebeu dinheiro foi Lurian Cordeiro Lula da Silva, R$ 365 mil, em seguida Luis Claudio Lula da Silva, dono da LFT Marketing esportivo: R$ 209 mil.
Tanto as entradas e saídas de dinheiro na LILS foram apontadas como suspeitas pelo Coaf. De acordo com o relatório do conselho, obtido por “Época”, houve “movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou ocupação profissional e a capacidade financeira do cliente”. Lula, apesar de ter movimentado R$ 52,3 milhões entre crédito e débito, tem uma renda mensal de R$ 3.753,36.

Já Antônio Palocci, segundo a revista, movimentou entre janeiro de 2008 a abril de 2015, por meio de sua empresa Projeto Consultoria Empresarial — que tem quatro funcionários e outras associadas — R$ 216 milhões. Desse total, R$ 185,2 milhões estão relacionados à conta da empresa. Segundo a revista, o Coaf fez pelo menos 11 relatórios de inteligência financeira nas contas de Palocci e de sua empresa. Todos apontaram transações suspeitas. O mais recente, de 20 de junho de 2011 a abril de 2015, foi constatado a retirada de R$ 52,8 milhões do caixa da Projeto. De acordo com o Coaf, desde que saiu do governo, Palocci repassou R$ 8,4 milhões da conta da Projeto para sua conta bancária pessoal. As operações financeiras envolvendo Palocci foram enquadradas pelo Coaf como "movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou ocupação profissional e a capacidade financeira do cliente".

Nas contas de Pimentel, chamou a atenção do Coaf um saque de R$ 150 mil feito em dezembro de 2014. Segundo o conselho, sobre essa transação, "parte dessas comunicações foi reportada porque o titular apresentou resistência na apresentação ou fornecimento de informações incorretas relativas à operação ou a identificação".

Os advogados de Pimentel, Antônio Carlos de Almeida Castro e Perpaolo Cruz Bottini, disseram à “Época” que o “governador apresentará todos os esclarecimentos assim que as informações forem disponibilizadas nos autos do inquérito e que a defesa desconhece a origem e o conteúdo dos documentos”.

No caso de Erenice Guerra, o Coaf conseguiu confirmar o esquema que a ex-ministra de Dilma montou na Casa Civil. A Capital Assessoria e Consultoria Empresarial, do seu filho Saulo Dourado Guerra, recebeu R$ 209 mil entre dezembro de 2009 a setembro de 2010. 

Segundo a “Época”, esse é o saldo do pagamento da propina realizado por Fábio Bacarat, a quem Erenice teria oferecido vantagens indevidas na Anac e nos Correiros. A movimentação foi enquadrada no seguinte indício de atipicidade: “retirada de quantia significativa de conta até então pouco movimentada que acolheu depósito inusitado”.

Erenice é advogada e, assim como Palocci, presta serviços de consultoria. Seu escritório Guerra Advogados Associados registrou movimentações financeiras da ordem de R$ 23,2 milhões entre agosto de 2011 a abril de 2015, sendo R$ 12 milhões em crédito e R$11,3 milhões em débito.

INSTITUTO LULA: ‘FACTOIDE POLÍTICO’

O Instituto Lula divulgou nota neste sábado em resposta à reportagem da “Época”. 

Segundo a entidade, a revista “especializou-se em distorcer e manipular documentos, muitos deles vazados de forma ilegal, para difamar e caluniar o ex-presidente Lula”. A equipe do ex-presidente afirma que o tratamento dado ao relatório do Coaf não passa de uma construção de “ilações”.

“A revista não tem interesse em entender ou reportar os fatos de forma fiel, quer apenas construir ilações. Não tem o que se chama de jornalistas investigativos: são apenas redatores sensacionalistas, operando documentos vazados ilegalmente. Não apresenta fatos, quer apenas especular e fazer barulho em cima de tais documentos, tentando criar factoides políticos, vender mais revista e fazer audiência em redes sociais”.

O Instituto também diz que “o relatório do COAF, vazado criminosamente para Veja” em agosto, foi “requentado pela Época”, e que “não há nada de ilegal na movimentação financeira do ex-presidente”.



"Lula aos 70: labirinto, sobrevivência e temor", por Vitor Hugo Soares

Com Blog do Noblat - O Globo

“Porque el tiempo passa/ Nos vamos poniendo viejos/ Y el amor
(Porque o tempo passa/ nós vamos ficando velhos/ E o amor)
No lo reflejo como ayer/ En cada conversación/ Cada beso cada abrazo
(não o reflete como ontem/ Em cada conversação/ Cada beijo, cada abraço)
Se impone siempre un pedazo/ De temor”
(se impõe sempre um pedaço/ De temor)
(Versos da letra de Años, música composta pelo artista cubano Pablo Milanês, sucesso no Brasil e na América Latina nos anos 70/80)
Fotografia produzida e distribuída, pelo Instituto Lula, depois da festinha comemorativa dos 70 anos do ex-presidente Lula, em São Paulo, terça-feira (27) à noite  - com a presença da atual ocupante do Palácio do Planalto, Dilma Rousseff -,  é emblemática do vendaval que sopra na vida do fundador e maior líder do PT, nestes dias tormentosos de fim de outubro .
Imagem significativa pelo que expõe, mas, principalmente, pelo que fica oculto ou mal disfarçado. Retrato irretocável de melancolia do poder em desalinho. Reflexo evidente do inferno astral e do labirinto pessoal e político enfrentado na semana do seu aniversário, por Luís Inácio Lula da Silva. Até bem pouco tempo um dos líderes mais aclamados e acatados (temido também por muitos adversários) de seu País e da América Latina).
Habitualmente tido e visto na condição de um quase intocável, Lula agora tropeça, bambeia e acusa os golpes. Isso ficou claro na quinta-feira (29), nas palavras e gestos do seu discurso na abertura da reunião do diretório nacional do PT, em Brasília. Três dias depois de ter ingressado no clube "dos setentinhas", para usar a expressão de Chico Buarque de Holanda no vídeo de parabéns, gravado com açúcar e com afeto, que ofertou ao líder e amigo em tempo de dissabor. 
A imagem produzida na casa de festejos nas vizinhanças do Instituto que leva o nome do homenageado, seu entorno e circunstâncias, mal conseguem disfarçar a realidade inexorável de "Sua Excelência o Fato", no dizer de Charles de Gaulle. São simbolicamente expressivas as palmas contidas de Dilma (posta à distância do homenageado, na composição do registro fotográfico); o sorriso enigmático da ex-primeira-dama, Marisa Letícia; e o abatimento do próprio Lula, segurando o netinho de braços abertos em frente do bolo com a vela alusiva aos 70 anos.
A foto deixa a estranha impressão de que, na festa, pairava no ar a sombra "do pedaço de temor”, de que fala a famosa canção de Pablo Milanês. Soube-se mais tarde que, depois da comemoração, na saída da casa de festejos paulistana, às 23h, Luís Claudio Lula da Silva, um dos filhos do ex-presidente, foi abordado por agentes da Polícia Federal.
De um deles, Luís Cláudio recebeu a intimação para prestar depoimento na PF, semana que vem. O filho de Lula é investigado pela Operação Zelotes e sua empresa de materiais esportivos foi um dos alvos, entre os vários mandados de busca e apreensão cumpridos pela PF, por suspeitas de atividades ilegais. Uma nora do aniversariante foi acusada, também, por um delator da Lava Jato, de receber propina.  
Neste ponto, provavelmente, a razão principal da faca nos dentes de Lula, durante o seu discurso de anteontem, em Brasília: "É tudo muito incerto no país. Tem 19 pedidos de impeachment, denúncia contra o presidente da Câmara, denúncia contra o presidente do Senado, contra o filho de Lula . Eu tenho ainda mais três filhos que não foram denunciados e sete netos. Porra, não vai parar nunca isso. E ainda tenho uma nora que está grávida”, disse o ex-presidente em trecho do discurso reproduzido no El País. 
No fim, por coragem ou por bravata, disse estar preparado para apanhar mais, nos próximos três anos. "Vou sobreviver”, avisou em recado a quem interessar possa. A conferir. Ainda assim, quanta diferença de outros aniversários de Lula, quando ele festejava comendo bolo com os vizinhos e amigos no ABC e agendas superlotadas.
Ou daquele 27 de outubro de 2002, quando disse, logo após votar no segundo turno da eleição que o tornaria presidente do Brasil: "Este é o momento mais feliz da minha vida". Lula fazia então 57 anos. Chefes de estados e grandes empresários ligando sem parar. O cantor, compositor e então futuro ministro de seu governo, Gilberto Gil, telefonava, direto de Paris, dando parabéns e votos de sucesso e longa vida. Esta semana, aos setentinha, os vídeos de Dilma Rousseff e de Chico Buarque e as velas sopradas na tensa festinha foram os destaques. E, pela imagem divulgada, os "pedaços de temor", da canção cubana, em volta da mesa.
Aniversário Lula (Foto: Arquivo Google)

"A hora e a vez dos primatas", por Ruy Fabiano

Com Blog do Noblat - O Globo

Política é uma atividade que, mais que qualquer outra, se move em torno de símbolos. E nada simboliza mais a decadência de um partido que o perfil moral e intelectual de suas lideranças.
Nesses termos, nada traduz melhor a decadência moral e intelectual do PT – e de seu projeto revolucionário - do que a figura de seu líder na Câmara, deputado Sibá Machado.
Até quarta-feira passada, era visto apenas como uma figura folclórica, inofensiva em sua nulidade. Eis, porém, que de repente põe as unhas de fora e revela sem qualquer pudor a plenitude de sua índole primata e antidemocrática.
Vira-se para a galeria da Câmara, onde estavam integrantes de movimentos de rua, defensores do impeachment da presidente da República, e, após chamá-los repetidamente de “safados”, ameaça-os com pancadaria, que se consumaria momentos depois, por meio de milícias do MST e do MTST, nos gramados do Congresso.
Em circunstâncias normais – algo que há muito o país não conhece -, Sibá perderia a condição de líder e seria enquadrado penalmente por incitação à violência. Não foi, nem será. E seria injusto que o fosse, dado que não é o primeiro, nem o mais ilustre, a transgredir regras e padrões elementares de decência.
Bem ao contrário, ao transgredi-los, apenas seguiu o exemplo de seus superiores mais ilustres. Antes de seu gesto boçal, Lula, por exemplo, havia confessado nada menos que dois crimes, sem demonstrar qualquer consciência da gravidade do que admitia.
Admitiu, inicialmente, que de fato Dilma havia cometido as pedaladas fiscais, que embasam o pedido de impeachment. Mas argumentou que, embora tenha infringido a lei, o fez por uma boa causa, já que em defesa de programas sociais.
Ainda que o fosse – e isso foi desmentido no dia seguinte, quando se constatou que a infração beneficiara também grandes proprietários rurais -, não deixaria de ser crime de responsabilidade. Não há crime do bem. Crime é crime – e não é de direita ou de esquerda. Lula, pelo visto, não sabe disso.
Na sequência, admitiu com a maior naturalidade o estelionato eleitoral de Dilma. Disse que ela, de fato, prometeu coisas que não fez (e nem fará) e fez (e faz) coisas que jurou que não faria. O arrocho econômico que atribuiu às intenções do adversário foi posto em cena já no dia seguinte ao de sua reeleição.
Não por acaso, viu sua popularidade ruir já nos primeiros dias de seu novo mandato, fato inédito na história da república. Aliás, este novo mandato é uma coleção de ineditismos, a começar pela escala da roubalheira que a Lava Jato não se cansa de revelar.
E aí Lula volta a exibir sua índole transgressora. Reclama do ministro da Justiça, Eduardo Cardoso, por permitir que a Polícia Federal (imaginem!) cumpra sua missão investigativa.
Acha um absurdo que a presidente nada faça para enquadrá-lo – e pede sua demissão, que, aliás, seria bem-vinda, mas não pela negligência que Lula lhe atribui, mas por razão exatamente oposta.
É o mesmo Lula que, até há pouco, procurava justificar o festival de escândalos não como sinal de que os governos do PT fizeram da corrupção método administrativo, mas, ao contrário, por “permitirem” que os órgãos que a combatem – Polícia Federal, Ministério Público e Judiciário – atuassem com plena liberdade.
Bastou, porém que essa “plena liberdade”, garantida pela Constituição e não pelo PT, encontrasse as digitais do ex-presidente e de seus filhos em algumas falcatruas para que Lula cobrasse sua supressão. Se Dilma ou o ministro da Justiça pudessem conter a Lava Jato, já o teriam feito. Lula está sendo injusto com ambos.
A democracia está longe de ser um regime perfeito. É o pior deles, já dizia Churchill, excetuadas as demais alternativas. Permite, por exemplo, que projetos autoritários, como os do PT, dela se sirvam como rito de passagem, para destruí-la.
Socialismo, fascismo e nazismo – ideologias com genoma comum (convém não esquecer que nazismo é abreviatura de nacional-socialismo) - assim o fizeram. E está claro que o PT pretendia o mesmo, mas foi atropelado pela conjunção de fracasso na economia e roubalheira em escala inusitada.
Os benefícios sociais que supostamente trouxe ao país, a crise encarrega-se de desfazê-los, um a um. Pecaram contra a sustentabilidade, a lógica e a responsabilidade fiscal. Os que teriam ascendido à classe média – que o partido garante, sem nem remotamente o comprovar, que foram mais de 30 milhões – já fizeram o caminho de volta. O que a aceleração do desemprego põe em cena é o inverso: a proletarização da classe média.
O Bolsa-Família, que está sem reajuste há 17 meses, corre o risco de cortes substantivos. As pesquisas mostram o fim do mito Lula e a rejeição ao PT. A crise é grave e complexa – e exige cérebros sofisticados para equacioná-las. Mas o que há é Lula, Dilma e Sibá Machado; crise gigante, líderes anões. Na ausência de ideias, milícias, agressões e palavrões. Numa palavra, Sibá Machado.
Volta que deu merda! (Foto: Arquivo Google)

Gisele Bündchen diz que filhos pensam que ela é aeromoça

Gilberto Júnior - O Globo


Modelo lança livro para comemorar 20 anos de carreira



Gisele por Bob Wolfenson - Bob Wolfenson

Quando Gisele Bündchen anunciou que estava deixando as passarelas, muita gente pestanejou, protestou, mas não teve jeito. Em abril, ela fez o último desfile de sua carreira.

Na edição de verão 2016 da São Paulo Fashion Week, a Colcci armou um espetáculo para a top brilhar (como de costume), com direito a choro, presença da família e das amigas modelos. A data foi oportuna. Na ocasião, Gisele começava a badalar suas duas décadas de estrada. Dando sequência às comemorações, a gaúcha desembarca em São Paulo na sexta-feira para lançar, na Livraria da Vila, o livro que resume sua trajetória em mais de 300 fotos. Por aqui, “Gisele Bündchen” (Ed. Taschen) poderá ser encontrado na versão padrão (R$ 499,90) e na Edição de Colecionador (R$ 3.500) — neste formato, são somente mil cópias, em todo o mundo, numeradas e assinadas pela übermodel.

Com o auxílio do diretor de arte Giovanni Bianco, Gisele selecionou cliques de fotógrafos renomados, como Steven Meisel, Mario Testino, Peter Lindbergh, Juergen Teller, Inez & Vinoodh, Mert Alas & Marcus Piggott, Bob Wolfenson, Gui Paganini e Zee Nunes.

— A intenção foi fazer uma obra mais artística, mostrando as várias facetas que interpretei nesses últimos anos — explica a modelo. — Para mim, foto boa é aquela que consegue passar sentimento para quem a olha.

O projeto levou mais ou menos quatro anos para nascer. Foram incontáveis as reuniões com Bianco.

‘Se eles reclamarem, você diga: tenho nariz grande, pois também tenho personalidade’
- Gisele Bündchensobre conselho do pai


— Gisele não é fácil. Eu também não sou. O drama é que ela quer fazer tudo em cinco minutos. Vou à loucura. Ela tem uma relação com o tempo extraordinária. Como é superinteligente, sabe controlar. Essa é a parte que mais amo em Gisele: o comando. As pessoas vitoriosas são aquelas que sabem ouvir e mandar. Ela faz isso divinamente, uma “chefona”. GB não veio nesse mundo a passeio — comenta o diretor de arte.

De certa forma, o livro remonta toda a caminhada de Gisele. E pensar que ela, hoje a modelo mais bem paga do mundo e apontada como uma das lendas da moda pelo respeitado portal “Models.com”, não fazia ideia de quem eram Karl Lagerfeld, Donatella Versace e Miuccia Prada.

— Vim de uma cidade pequena do interior (ela é natural de Horizontina, no Rio Grande do Sul) e nunca tinha folheado uma revista de moda antes de virar modelo. Era muito novinha. Meus interesses eram brincar na rua com as minhas irmãs (ela tem cinco, inclusive, uma gêmea) e jogar vôlei — recorda.

Leia mais






Laranjal lulista

Com O Antagonista


O Coaf não pescou apenas os 52,3 milhões de reais de Lula.
Ele pescou também um depósito de Lula na conta da Coskin Assessoria e Consultoria.
Essa empresa, informa a Época, pertence a Fernando Bittar e sua mulher, e foi ela que comprou a fazenda de Lula em Atibaia. Aquela mesma fazenda que a OAS reformou.
Lula, em sua fazenda, produz laranjas.

A fazenda de Lula registrada em nome de Bittar

Dilma está rifando Lula?

Com O Antagonista


Está explicado por que Lula quer demitir José Eduardo Cardozo.
Segundo a Veja, os aliados de Lula estão convencidos de que Dilma Rousseff "conta com o ministro para blindá-la da Lava Jato — mesmo que isso signifique rifar seu padrinho e o PT".

Ives Gandra da Silva Martins Venezuela – "O prelúdio das fraudes"

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"PT aposta na confusão moral", editorial do Estadão

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Contas de Lula e 3 ex-ministros têm movimentação milionária: R$ 297 milhões

Com Blog do Josias - UOL


Responsável por detectar operações financeiras suspeitas, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão do Ministério da Fazenda, concluiu no último dia 23 de outubro um documento explosivo. Chama-se ‘Relatório de Inteligência Financeira 18.340.’ Tem 32 páginas. O conteúdo foi exposto pelo repórter Thiago Bronzatto em notícia veiculada na mais recente edição de Época.
O relatório do Coaf revela transações com indícios de irregularidades de pessoas e empresas que se encontram sob investigação nas operações policiais que eletrificam a República: Lava Jato, Zelotes e Acrônimo. Entre elas Lula e três ex-ministros petistas: Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil), Fernando Pimentel (Desenvolvimento) e Erenice Guerra (Casa Civil). Juntas essas pessoas e suas logomarcas registraram movimentação de notáveis R$ 297,7 milhões.
Lula, Palocci, Pimentel e Erenice integram uma lista de 103 pessoas e 188 empresas varejadas pelo Coaf. Juntas, movimentaram quase meio bilhão de reais em operações que, por atípicas, foram informadas pelo Coaf ao Ministério Público Federal, à Polícia Federal e à Receita Federal. Enviou-se uma cópia do levantamento também para a CPI do BNDES.
As informações colecionadas pelo Coaf foram repassadas pelos bancos e corretoras. Essas instituições são obrigadas a informar ao órgão da Fazenda sobre transações que, por fugirem dos padrões, podem ocultar crimes como pagamento de propinas e lavagem de dinheiro.
Em relação a Lula, o Coaf farejou uma movimentação de R$ 52,3 milhões nos últimos quatro anos. A empresa de palestras do ex-presidente petista recebeu R$ 27 milhões e transferiu R$ 25,3 milhões. Para o Coaf, trata-se de “movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou ocupação profissional e a capacidade financeira do cliente.” Procurada, a assessoria de Lula preferiu não se manifestar objetivamente sobre o relatório.
No seu item de número 8, o documento do Coaf anotou que “Luiz Inácio Lula da Silva foi objeto de três comunicações de operações suspeitas efetuadas por empresas atuantes no mercado segurador”. Essas comunicações ocorreram porque Lula adquiriu planos de previdência privada ou título de capitalização com valores superiores a R$ 1 milhão.
Em transação efetivada no dia 29 de maio de 2014, Lula pagou R$ 1,2 milhão à Brasilprev Seguros e Previdência S.A.. Em 6 de junho de 2014, a empresa que leva as iniciais de Lula em sua logomarca —LILS Palestras, Eventos e Publicações Ltda.— contratou por R$ 5 milhões um plano de previdência na BB Corretora de Seguros e Administradora de Bens S.A.. No mesmo dia 6 de junho de 2014, repassaram-se mais R$ 5 milhões à Brasilprev.
Sobre Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda de Lula e ex-chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff, o relatório do Coaf menciona a movimentação nas contas da empresa dele, a consultoria Projeto. Coisa de R$ 216 milhões entre entradas e saídas, desde junho de 2011.
Eis o que anotou o Coaf sobre Palocci: “Contas que não demonstram ser resultado de atividade ou negócios normais, visto que utilizadas para recebimento ou pagamento de quantias significativas sem indicação clara de finalidade ou relação com o titular da conta ou seu negócio.”
A certa altura, o Coaf resume os informes que recebeu da rede bancária: “A empresa Projeto, Consultoria Empresarial e Financeira Ltda, com sede fiscal na cidade de São Paulo, composta societariamente por Antonio Palocci Filho (98%), André da Silva Palocci (1%) e James Adrian Ortega (1%), foi objeto de comunicações de operações financeiras […] com valor associado de R$ 216.245.708,00, reportados no período de 2008 a 2015, dos quais R$ 185.234.908,00 foram registrados em suas contas correntes e o restante em contas de terceiros…”
Numa das transações, a empresa de Palocci recebeu R$ 5.396.375 da montadora de automóveis Caoa, investigada sob a suspeita de ter comprado uma medida provisória. O advogado de Palocci, José Roberto Batochio, declarou que “não há relação alguma entre o serviço prestado pela Projeto para a Caoa e a aprovação de medidas provisórias.”
Quanto ao ex-ministro Fernando Pimentel, hoje governador de Minas Gerais, a movimentação financeira registrada no relatório do Coaf atingiu o montante de R$ 3,1 milhões. O órgão recebeu três informes do sistema bancário sobre Pimentel. Um cita saque em dinheiro vivo feito pelo agora governador dois meses após a eleição de 2014. Outros dois tratam de operações com empresas das quais Pimentel foi sócio. “As comunicações, além de envolverem saques em espécie de alto valor, foram registradas porque Pimentel apresentou resistência na apresentação de informações”, escreveu o Coaf em seu documento.
Diz o Coaf sobre o governador petista de Minas: “Fernando Damata Pimentel, com domicílio fiscal em Belo Horizonte, foi objeto de comunicações efetuadas por empresas atuantes no mercado segurador com valor associado total de R$ 676.588,00 e recebidas no período de 2009 a 2014.”
“Parte dessas comunicações foi reportada porque o titular apresentou resistência na apresentação de informações, ou fornecimento de informações incorretas relativas à identificação ou à operação”, acrescentou o Coaf.
Ainda de acordo com o Coaf, Pimentel “foi objeto de comunicações automáticas por ter efetuado duas operações de movimentação em espécie no montante de R$ 300 mil, sendo uma de provisionamento para saque, em 18/12/2014, no valor de R$ 150 mil, e outra de saque do mesmo valor em 19/12/2014. Tais operações foram registradas na conta corrente número 4075218, da agencia/CNPJ número 5645, do Banco do Brasil, na cidade de Belo Horizonte.”
O Coaf acrescentou: “A primeira comunicação [sobre Pimentel] reportou movimentação financeira da empresa Belorizonte Couros Ltda. No montante de R$ 2.262.064, no período de 01/12/2009 a 31/05/2010, sendo R$ 979.020,00 a crédito e R$ 1.283.044,00 a débito, registrado na conta corrente número 094368, da agência/CNPJ número 0557, do Banco Itaú SA, na cidade de Regente Feijó/SP.”
Ouvidos, os advogados de Pimentel afirmaram que o “governador apresentará todos os esclarecimentos assim que as informações mencionadas forem disponibilizadas nos autos do inquérito e que a defesa desconhece a origem e o conteúdo dos documentos.”
No trecho dedicado a Erenice Guerra, ex-braço direito de Dilma, o Coaf informa que ela movimentou a impressionante cifra de R$ 26,3 milhões entre 2006 e 2015. Parte dessa movimentação fluiu por meio de contas de terceiros.
O Coaf escreveu: “Movimentação de recursos de alto valor, de forma contumaz, em benefício de terceiro e também incompatível com a capacidade financeira da cliente”.
“Erenice Alves Guerra, com domicílio fiscal em Brasília, foi objeto de comunicações de operações financeiras […] com valor associado de R$ 26.308.821, no período de 2008 a 2015, dos quais R$ 2.822.486,00 foi registrado em suas contas correntes e o restante em contas de terceiros.”
O relatório prossegue: “A empresa Guerra Advogados Associados, com sede em Brasília, composta societariamente por Erenice Alves Guerra (98%) e Antonio Eudacy Alves Carvalho (2%), foi objeto de comunicação de operações financeiras […] por ter movimentado o montante de R$ 23.323.398,00 no período de 08/08/2011 a 10/04/2015, sendo R$ 12.056.507,00 a crédito e R$ 11.266.891,00 a débito, registrado na conta corrente número 104000, da agência/CNPJ número 5746 – Península Sul, Brasília, do Banco Bradesco SA, na cidade de Brasília.”
O coaf acrescentou: “A empresa Capital Assessoria e Consultoria Empresarial Ltda., com sede no Condomínio RK, em Sobradinho/DF, com status de ‘cancelada’ na Receita Federal, composta societariamente por Saulo Dourado Guerra (60% – filho de Erenice Alves Guerra) e Sônia Elizabeth de Oliveria Castro (40%), foi objeto de comunicação de operações financeiras […] por ter movimentado a crédito o montante de R$ 209.649,83, no período de dezembro de 2009 a setembro de 2010, regitrado na conta corrente número 225.800-5, da agencia/CNPJ número 3147 – Asa Sul, do Banco do Brasil SA, na cidade de Brasília.” Procurada, Erenice não quis se pronunciar.

"Fascistas de esquerda, ferminázis e feticidas promovem passeata; um grupo de úteros-secos tenta me intimidar na Paulista. Respondi!"

Com Blog do Reinaldo Azevedo - Veja


O PT está mobilizando seus satélites de esquerda para a 

agitação política: na quinta, MPL; nesta sexta, feminázis; 

na semana que vem, racialistas...



Eis que, na noite desta sexta, estava eu a conversar com um amigo num bar da Avenida Paulista sobre tarefas de trabalho que temos na semana que vem quando vejo um grupo avançando. Era uma passeata.
Encontrávamo-nos num dos pontos do calçadão da Paulista, ao ar livre. Havia gente batendo bumbo. Mau sinal. Havia mascarados. Sinal pior ainda. Havia umas moças com os peitos à mostra. Pensei: “Bom sinal!!!” Gosto de peitos à mostra. Mas logo vi que eram peitos que pretendiam ser socos na cara… Péssimo sinal!!!
A certa distância, divisei uma faixa que dizia qualquer coisa sobre a independência do útero. Outra, ao lado, protestava contra Eduardo Cunha. Também havia estandartes do PT, do PSOL, do PSTU, da CUT… “Melhor entrar”. Peguei a minha caipirinha e fui pra dentro.
Mas sabem como é… Essas senhoras burguesas, de todos os sexos, se cansam, não? Dá vontade de tomar um drinque, de comer alguma coisinha… Um grupo entrou no bar. Não é boteco de três merréis…
Àquela altura, eu já tinha percebido que a passeata era contra Eduardo Cunha, em favor do aborto, contra os evangélicos, a favor da diversidade sexual, contra o conservadorismo, contra o golpe (eles chamam “golpe” a destituição legal de Dilma) etc. E já tinha percebido também que, dados todos os inimigos, o principal mesmo era o feto. As feminázis, inclusive as feminázis barbudas, eram contra o feto, este monstro!!!
Ah, sim: encerrando a passeata, duas bandeiras da… Autoridade Palestina. Ora vejam: já que se vai protestar contra Cunha, contra o machismo, contra os evangélicos, em favor do aborto e da tal diversidade, por que não dar um cacete em Israel? Aí o pacote fica completo.
Estratégia petista
Antes que avance na narrativa, a questão de fundo: tudo isso se chama “PT”. Eu estou passando uma informação. O establishment petista convenceu os seus satélites de esquerda que existe uma onda conservadora no país. E que é preciso ocupar as ruas.
Não dá para sair em defesa de Dilma e do partido. Então é preciso revigorar as causas laterais. Na quinta, quem ressurgiu foi o Movimento Passe Livre. Nesta sexta, foi a vez do feminismo. Na semana que vem, provavelmente, serão os racialistas… E assim vai.
Volto ao ponto
Eu estava quieto, no meu canto, tomando a minha caipirinha. Eis que entra um grupo de mulheres (originalmente, eram, até onde pude perceber) na faixa dos 50, acompanhadas de um gay — ele queria me beijar!!! — de uns 20 e poucos, barbudo. Ficou visível que elas tentavam ensinar o rapaz a ser um forte, e ele tentava ensinar a suas amigas a ser sensível. Uma troca linda!
Olham pra mim, e uma delas diz: “Gente como ele, e me indicou com o olhar e as sobrancelhas, deveria ser proibida de entrar um bar”.
Entenderam?
As feticidas não querem gente como eu no bar.
As feticidas não querem no bar quem não pense o que elas pensam.
As feticidas acham que os espaços públicos devem ser ocupados apenas pelos seus iguais.
Bem, fiz o óbvio. Sentei-me à mesa do grupo e perguntei o que eles tinham contra a democracia. Aí a menina barbuda me disse: “No bar, você pode ficar (ah, obrigado, moça!), mas não na nossa mesa”.
Respondi: “É que eu havia entendido que vocês são contra a minha presença aqui”.
Conheço pela fedentina ideológica. Eram petistas — tanto que logo abandonaram a passeata, né? — disfarçadas de militantes libertárias. Eu lhes disse o óbvio:
“Por que vocês não perseguem quem, ao menos, pode correr? O feto nem pode correr! Que covardia!”
Aí uma das senhoras — o grupo, note-se, era composto só dos sem-companhia — disse à outra: “Não responda! Não responda!” Bem, quem respondia ali à agressão era eu. Elas é que haviam me atacado.
Uma delas — aquela há mais tempo amargando a solidão forçada, o rancor, a amargura — resolveu aplaudir, como se eu quisesse plateia. Mas eu já tenho. Era eu ali quem dava uma esmola de atenção àqueles úteros secos, marcados pelo deserto, pela falta de opção, pelo triunfo da morte sobre toda coisa viva.
Tinha o que fazer. Eu me despedi dos petistas assim: “Agora eu vou trabalhar porque não tenho partido para pagar as minhas contas”.
A moça barbuda me mandou um beijinho, como se isso me ofendesse. Há bichas que ainda acham que esse tipo de coisa incomoda.
Essa gente triste, seca, obrigada a sair em bando de iguais que se repelem, durante a noite, para se livrar de suas misérias íntimas, causa-me pena, não rancor. Imaginem que miserável deve ser chegar à própria casa sem ninguém com que conversar, olhar-se no espelho e pensar: “Será que existe alguma passeata amanhã?” Há solidões virtuosas, claro”. Mas ali não era o caso. Eram todas tão tristes! Quase me comovi.
O que importa neste post, do ponto de vista político, é isto aqui: o PT chegou à conclusão de que não tem como se defender com sua própria cara e resolveu apelar a movimentos de ditas minorias para denunciar uma suposta onda conservadora.
As mobilizadas desta sexta foram as de útero seco e as que útero nunca terão.
PS – Sério: quase deixo pra lá. Uma delas se parecia muito com minha mãe, com a diferença de que vi que ela não tem para quem rezar.
Não é apenas o seu útero que é seco — o que explica o ódio aos fetos. Ela também é seca de afetos.