Oba! A delinquência está de volta às ruas. Os jornalistas de esquerda poderão, de novo, expor seus hormônios progressistas. Se estão inconformados com a presença do pacífico MBL — Movimento Brasil Livre — nos gramados do Congresso, certamente nada dirão contra a volta às ruas do MPL, o tal Movimento Passe Livre, dos riquinhos de extrema esquerda que saem botando fogo em tudo por aí, atraindo, eventualmente, o apoio de alguns pobres desavisados das periferias.
Na noite desta quinta, eles voltaram às ruas. E, de novo, o fogo voltou a fazer parte do protesto. Incendiaram várias catracas. Não pensem que é mera coincidência o retorno dos extremistas no momento em que o PT tenta se levantar dos escombros e quando uma revista como a Time considera Kim Kataguiri, do MBL, não do MPL, um dos 30 jovens mais influentes do mundo.
Os mascarados, adivinhem!, já deram as caras — ou melhor, esconderam as caras. Três pessoas foram detidas portando o que Polícia classificou de “artefatos perigosos”: martelo, mixa (que é uma mecha mesmo) e provável coquetel molotov.
Agora, sim, alguns colunistas voltarão a sentir aquela comichão no baixo ventre, típica de quando descamisados que mostram a cueca, mas escondem a cara, atacam a Polícia Militar. Com sorte, haverá disparos de balas de borracha. Com mais sorte ainda, alguns vão se ferir com elas, o que levará o Ministério Público, claro!, a pedir investigação contra a… Polícia. Nunca contra os bandidos.
Quem sabe, mais uma vez, se comecem a incendiar ônibus, a depredar patrimônio público e privado… Ensaístas serão convocados a classificar o banditismo de “nova estética”, e o meio de campo fica todo confuso, como ficou em 2013, e já não se distinguem mais a pauta dos decentes da pauta dos bandidos, para delírio do PT.
Como esquecer que Gilberto Carvalho confessou que manteve reuniões com os black blocs?
Em sua página no Facebook, os valentinhos continuam a estuprar o bom senso, a matemática e a economia, sob o disfarce do bom-mocismo:
“O MPL defende um transporte cuja prioridade não seja o lucro dos empresários, mas as necessidades, segurança e conforto dos usuários. Um transporte realmente público, que não tenha tarifa e, por isso, não exclua ninguém”.
“O MPL defende um transporte cuja prioridade não seja o lucro dos empresários, mas as necessidades, segurança e conforto dos usuários. Um transporte realmente público, que não tenha tarifa e, por isso, não exclua ninguém”.
Ora, por que só para o transporte? O mesmo pode ser dito sobre a comida, que há de ser de graça. A moradia. A bebida. O Chicabon. E o que mais as pessoas decidirem que as faz felizes.
Ah, estes, sim, são os heróis dos nossos justiceiros dos teclados. Se um desses bandidos sofrer um arranhão, as loucas de todos os sexos saem gritando, como o coelho do Bambi, “Fogo, fogo na floresta“. Já a turma do MBL — não do MPL — pode apanhar dos trogloditas do MTST e de assessores de Jean Wyllys e Jandira Feghali, e tudo isso parece normal e merecido.
Sem contar, né?, que o MBL não rende fotos com sotaque de revolução russa de 1917, com a Bandeira do Brasil ao fundo. Bacana é a estética fogo com canalha sem camisa, cuecão e touca ninja.
Aí só falta chamar o Pablo Capilé para refletir a respeito.