terça-feira, 31 de março de 2015

Renato Duque, comparsa da dupla Lula-Dilma, recebeu US$ 875 mil de empresa apontada como fachada da Odebrecht

Estadão Conteúdo

  • Sergio Lima/Folhapress
    Ex-diretor da Petrobras Renato Duque, durante depoimento na CPI da Petrobras
    Ex-diretor da Petrobras Renato Duque, durante depoimento na CPI da Petrobras

A conta que era controlada pelo ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras Renato Duque no Principado de Mônaco recebeu em novembro de 2009 dois depósitos da offshore Constructora Internacional Del Sur S.A., apontada como detentora da conta usada pelo grupo Norberto Odebrecht para fazer pagamentos de propina ao esquema de corrupção na estatal desbaratado pela Operação Lava Jato.
Na conta de Duque aberto em nome da offshore Milzart Overseas Holdings Inc., do Panamá, foi feito o repasse de US$ 875 mil.
Análise das movimentações financeiras da conta de Duque - que foi bloqueada pela Justiça de Mônaco - mostram dois depósitos feitos pela Constructora Internacional Del Sur S.A.: de US$ 290 mil, no dia 17 de novembro, e outro de US$ 584,7 mil, dez dias depois.
A determinação de bloqueio da conta de Duque em Mônaco registra em uma tabela os depositantes, bem como os bancos de onde vieram os valores. No caso da Constructora Internacional Del Sur, a conta era no Credicorp Bank, em Genebra.
Em novo depoimento à Justiça Federal, o doleiro Alberto Youssef, um dos alvos centrais da Lava Jato, confessou que a Odebrecht pagava propina e apontou a Construtora Internacional Del Sur como offshore usada para remessas ao exterior. "Odebrecht e Braskem (sociedade entre a empreiteira e a Petrobrás) era comum fazer esses pagamentos (de propina) lá fora, ou ela me entregava em dinheiro vivo no escritório da São Gabriel", afirmou o doleiro em audiência na Justiça Federal no Paraná nesta terça-feira, 31.
"Uma vez recebi uma ordem, não me lembro se foi em uma das contas indicadas por Carlos Rocha (doleiro Carlos Alberto Souza Rocha, também alvo da Lava Jato) ou Leonardo (Meirelles, outro réu da operação), da Odebrecht que a remessa foi feita pela construtora Del Sur", relatou. Segundo o Youssef, ele teria recebido pagamentos por meio dessa empresa "umas duas ou três vezes".

Ex-gerente

A offshore Construtora Internacional Del Sur tinha sido apontada na delação premida do ex-gerente de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco - que era braço direito e contador de Duque no esquema de propina. Segundo ele, a conta foi usada pela Odebrecht para o repasse de valores para uma conta sua Credit Corp Bank AS, de Genebra.
Barusco explicou o caminho da propina pago pela Odebrecht via offshore do Panamá. Entre maio e setembro de 2009, o delator indicou que a Odebrecht transferiu US$ 916.697,00 para a conta da Constructora Internacional del Sur e depois repassou para sua offshore também do Panamá.
A Odebrecht reiteradamente tem repudiado com veemência as suspeitas lançadas sobre sua conduta. A empreiteira nega taxativamente ter pago propinas no esquema Petrobrás.
Em nota divulgada anteriormente, quando seu nome foi citado, a Odebrecht destacou: "A empresa não participa e nunca participou de nenhum tipo de cartel e reafirma que todos os contratos que mantém, há décadas, com a estatal, foram obtidos por meio de processos de seleção e concorrência que seguiram a legislação vigente".

Corrupto debochado! Cínico, Lula diz que está indignado com a corrupção (só faltou gritar: ´pega ladrão´)

UOL



  • Nelson Antoine/Frame/Estadão Conteúdo
    Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante ato em favor do governo, em São Paulo
    Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante ato em favor do governo, em São Paulo
Em discurso nesta terça-feira (31) para sindicalistas e lideranças políticas de esquerda no Sindicato dos Bancários de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a Petrobras, afirmando que os delatores da operação Lava Jato são "bandidos que passaram a virar heróis" para os partidos de oposição e que está "indignado" com a corrupção.
"Se tem um brasileiro indignado, este sou eu. Quero saber se alguém vai ter coragem de dizer que esse moço esteve envolvido com corrupção. Mas ele conquistou o direito de andar de cabeça erguida", disse Lula, referindo-se ao ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli, presente no evento. "Já o bandido pega 40 anos de prisão, vai fazer delação premiada e vira herói. Diz 'ouvi falar', 'eu acho que...' e nem precisa de juiz, a imprensa já condenou." 
"O que estão fazendo com a Petrobras, que tudo é bandalheira, se esquecem de dizer uma coisa. A Petrobras é uma empresa de alta governância, mas se teve corruptos lá dentro, não foi uma totalidade, mas uma ou outra pessoa que deve pagar o preço por ter enganando o povo brasileiro", disse.
Lula também discursou em defesa da presidente Dilma Rousseff, que vem sendo alvo de uma onda pró-impeachment por parte de novos movimentos políticos como o Vem Pra Rua e Movimento Brasil Livre.
"Esse país nunca teve ninguém com a coragem de Dilma para fazer investigações onde quer que seja preciso. Fomos nós [os governos petistas] que colocamos um representante do Ministério Público indicado pela categoria, sem interferência do governo. Fomos nós que dobramos o número de policiais federais, os investimentos em inteligência".
Recentemente acusado de dividir politicamente o país em seus discursos, Lula disse que não pretendia fazer isso, mas que "os de baixo nunca apareceram no discurso deles. Só queria que os pobres subissem um degrau na escala social deste país".
De acordo com a direção do PT, o evento desta noite é "em defesa dos direitos da classe trabalhadora, por mais democracia, pelo combate à corrupção e em defesa da Petrobras". Além de São Paulo, outras cidades também estão realizando plenárias pró-governo nesta noite.

Rui Falcão

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, também defendeu Gabrielli.
"Ele levou a Petrobras a ser uma das maiores empresas do mundo e agora está sendo injustamente perseguido", afirmou Falcão sobre Gabrielli, que estava presente no ato. O presidente do partido atacou os opositores. "Não queremos afirmar o projeto do PT ou do PC do B, mas o projeto de desenvolvimento do nosso país".
"Eles [a oposição] querem criminalizar as doações legais. Para nós, dizem que é propina; para eles, é contribuição", disse Falcão. As doações de campanha ao PT nas últimas eleições estão sob suspeita nas investigações da Lava Jato, devido àproximidade de datas entre pagamentos feitos pela estatal e contribuições eleitorais de empresas envolvidas no caso.

Lula reúne a quadrilha e resmunga: 'O sucesso da Dilma é o meu sucesso'

Ernesto Rodrigues - 31.mar.2015/Folhapress
Lula ganhou camiseta em ato do qual participou o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli
Lula ganhou camiseta em ato do qual participou o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli

Dilma afirma que governo prepara "grande corte" de gastos. Dá para acreditar? Ela é perdulária...

Folha de São Paulo


A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (31) que o governo prepara um "grande corte" nos gastos.

"Agora é a nossa vez. Vamos conter nossos gastos", disse Dilma em entrevista à agência Bloomberg, poucas horas depois de o Banco Central divulgar os dados sobre o resultado fiscal do setor público em fevereiro.

O setor público (governo central, estatais, Estados e municípios) teve deficit primário de R$ 2,3 bilhões em fevereiro e acumula um superavit primário de R$ 18,8 bilhões nos dois primeiros meses do ano, 15% menos que no mesmo período do ano passado.

O resultado de fevereiro torna mais difícil a obtenção da meta de superavit primário de 1,2% do PIB neste ano –equivalente a R$ 66 bilhões.

Com o agravamento do cenário, a presidente afirmou nesta terça que prepara um grande enxugamento em todas as atividades administrativas.

"Eu farei tudo para atingir 1,2%, não é só uma questão de crença, é de ação política."

Segundo ela, o governo vai ter de racionalizar gastos e "defasar outros".
"Vamos criar vários mecanismos. Diria que essa é a parte em que o governo entra e o nosso pedaço vai ser grande."

LEVY

A presidente voltou a defender o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, após o caso em que a Folha revelou que o dirigente disse que Dilma, apesar de genuína, nem sempre faz as coisas de maneira simples e eficaz.

"Levy disse que não há necessariamente, uma única forma de se chegar a uma medida. Às vezes, eu até prefiro a mais rápida. É o meu jeito de ser. Às vezes, tem de se construir, politicamente, outro caminho", disse Dilma.
De acordo com ela, Levy "é muito importante para o Brasil hoje, ele tem muita firmeza".

Na segunda-feira (30), Dilma afirmou ter "clareza de que ele [Levy] foi mal interpretado.

"Ele falou que nós, e agradeço o elogio dele, acha que fazemos imenso esforço para fazer o ajuste", disse Dilma após entregar unidades do Minha Casa, Minha Vida em Capanema (a 152 km de Belém).

Vídeo: PT fez petição de impeachment de FHC. Quem é “golpista” mesmo?

Com Blog Felipe Moura Brasil - Veja


O PT chama de “golpista burguês” quem pede o impeachment de Dilma Rousseff, mas pediu o impeachment de FHC em 1999.
Mais: fez isso no segundo mandato do ex-presidente tucano por conta de fatos supostamente ocorridos no primeiro.
Assista ao vídeo em que o deputado Bruno Araújo, do PSDB, mostra a petição assinada pelo mensaleiro petista José Genoino.
É a enésima prova do cinismo incurável do PT.

'Uma Linda Mulher' - 25 anos; confira 5 curiosidades, do carro ao pôster (passando por Stallone)

SANDRO MACEDO - Folha de São Paulo


"Uma Linda Mulher" comemora em março 25 anos de seu lançamento, em 1990. E ainda hoje, o filme é uma das comédias românticas mais bem sucedidas de Hollywood.
Com custo de US$ 14 milhões (um orçamento razoável na época), o longa coletou US$ 178,4 milhões só nas bilheterias norte-americanas (em valores corrigidos, a quantia sobe para US$ 350 milhões).
Em 1990, o filme da Disney, dirigido por Garry Marshall, ficou em quarto lugar nas bilheterias e arrecadou mais que filmes de ação, como "O Vingador do Futuro" (US$ 119,3 mi) e "Duro de Matar 2" (US$ 117,5 mi) —o campeão daquele ano foi outra surpresa, "Esqueceram de Mim", com respeitáveis US$ 285,7 milhões.
Um dos segredos do sucesso de "Uma Linda Mulher" foi a química entre o par central, Julia Roberts e Richard Gere. Mas quase que deu tudo errado. O estúdio nem pensava em Julia Roberts e tinha uma lista com dezenas de atrizes na frente de Julia, que foi indicada ao Oscar pelo papel da prostituta Vivian.
Richard Gere também não foi o primeiro nome pensado para o milionário Edwards, papel que por pouco não caiu nas mãos de Al Pacino. E do mesmo jeito que não dá para pensar em Gere como protagonista de "O Poderoso Chefão", "Scarface" ou "Perfume de Mulher", também é preciso admitir que o galã grisalho tem mais carisma para comédias românticas.
Confira abaixo cinco curiosidades sobre "Uma Linda Mulher".
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1 - O SEGREDO DO PÔSTER
O cabelo de Richard Gere é preto só no pôster (ohhhh). Ok, essa todo mundo sabe. Mas você sabia que o corpo de Julia não é de Julia? (ohhhh) As belas curvas pertencem a dublê de corpo Shelley Michelle (que também aparece como Vivian nas cenas de amor).
Divulgação
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2 - JULIA QUEM?
Julia Roberts estava a milhas de distância da preferência da Disney. O estúdio trabalhava com uma lista com vários nomes cotados para viver a protagonista. Molly Ringwald (musa dos anos 80) era a preferida, mas ela declinou do convite (e se arrependeu). Confira alguns nomes que foram sugeridos para o papel e que fim elas levaram.
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3 - NO PÓDIO
Lembra do carrão que Edward dirige (mal) no começo do filme? O modelo, uma Lotus Esprit, foi usado depois que Ferrari e Porsche não quiseram aparecer na produção. Sorte da Lotus: o Esprit teve sua venda triplicada em 1990 e 1991, graças à sua "participação especial".
Reprodução
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4 - BOBEOU, DANÇOU
Depois do policial atormentado em "Vítimas de uma Paixão", Al Pacino esteve com a faca e o queijo na mão para ficar com o papel de Edward e chegou até a fazer um teste com Julia Roberts, mas desistiu do papel —em 1990, ele fez "Dick Tracy" e "O Poderoso Chefão 3". Antes de Richard Gere, outros nomes também foram cogitados, como Daniel Day-Lewis, Christopher Lambert, Denzel Washington, Dennis Quaid e... Sylvester Stallone (já imaginou Sly gritando "Viviannnn" no fim do filme? Melhor não).
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5 - TRAMA PESADA
A primeira versão do roteiro era bem menos romântica do que a que foi levada às telas. O filme se chamaria $ 3.000 (referente aos US$ 3.000 que Vivian cobra para passar a semana com Edward). Além disso, a moça seria viciada em cocaína e parte do acordo previa que ela ficaria "limpa". No final, ela ainda encontraria a amiga Kat morta após uma overdose. Reza a lenda que só depois que a produção resolveu usar a música "Oh, Pretty Woman" (de 1964), de Roy Orbinson, é que o título foi alterado.

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Para quem não viu…

Com Blog Reinaldo Azevedo - Veja


Abaixo, o vídeo da entrevista que concedi ao programa “Show Business”, 
comando por João Doria Jr., que está na TV Lide.

Rolling Stones reeditam álbum de 1971 e anunciam turnê

Veja com agência EFE


Relançamento de 'Sticky Fingers' trará versão alternativa 

de 'Brown Sugar', com a participação de Eric Clapton, 

e versões inéditas de 'Bitch, Can't You Hear Me Knocking' 

e 'Dead Flowers'



A banda Rolling Stones
A banda Rolling Stones(Leon Neal/AFP/VEJA)

Os Rolling Stones anunciaram nesta terça-feira a reedição de Sticky Fingers, o clássico álbum da banda lançado em 1971, e uma nova turnê que vai passar por Estados Unidos e Canadá. A gravadora Universal Music vai disponibilizar a partir de 26 de maio um novo disco com as dez faixas originais remasterizadas. Os fãs da banda ainda poderão escutar uma versão alternativa de Brown Sugar, com a participação do guitarrista Eric Clapton, além de interpretações inéditas de BitchCan't You Hear Me Knocking e Dead Flowers. O álbum vai contar também com uma versão acústica de Wild Horses e outras cinco faixas gravadas ao vivo em 1971.

Com três dos quatro membros com mais de 70 anos - Ron Wood tem 67 -, a banda britânica mostra que ainda tem fôlego. A turnê pelos EUA e Canadá, intitulada The Zip Code Tour, tem quinze apresentações agendadas entre os dias 24 de maio e 15 de julho.
Sticky Fingers não é um dos discos de referência dos Rolling Stones apenas pelas músicas, mas também pela capa, idealizada pelo artista americano Andy Warhol, um dos precursores da pop art. Além disso, é no encarte do disco que aparece, pela primeira vez, o logotipo emblemático da língua e dos lábios desenhado pelo inglês John Pasche, a principal marca da banda britânica.
Os Rolling Stones já reeditaram outros álbuns, como Some Girls (1978), em 2011 e Exile on Main St. (1972), em 2010, álbum responsável por trazê-los de volta à primeira posição das paradas de sucesso britânicas 38 anos após a edição original.

Se Vaccari abrir a boca vai faltar rua para o povo dia 12

A data do depoimento do tesoureiro do PT à CPI da Petrobras causou um novo embate entre tucanos e petistas nesta terça-feira. O doleiro Alberto Youssef afirmou em depoimento à Justiça Federal que providenciou o pagamento de 800.000 reais de propina para o partido do governo. O ministro da fazenda, que tem Dilma nas mãos, se comprometeu a trocar o indexador da dívida dos Estados e municípios em 2016. Acompanhe as principais notícias desta noite com Joice Hasselmann e a equipe de VEJA.


Polícia investiga envolvimento do PP com fraudes em 'tribunal da Receita'

ANDREZA MATAIS, FÁBIO FABRINI, FÁBIO BRANDT - O ESTADO DE S. PAULO


Partido político está na lista de suspeitos de irregularidades no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf)

A Operação Zelotes investiga o suposto envolvimento do Partido Progressista (PP) no esquema de corrupção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) - órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, que funciona como uma espécie de "tribunal" para julgar recursos de contribuintes em débito com a Receita Federal.

Estado teve acesso à lista de 74 contribuintes suspeitos. Além de gigantes do setor privado, como bancos e montadoras de veículos, nela aparece o partido político, que teria um débito de R$ 10,7 milhões em discussão.
Segundo as investigações, as pessoas físicas e jurídicas alvos da Polícia Federal e do Ministério Público Federal são suspeitas de pagar ou negociar propina para apagar ou reduzir débitos com o Fisco. Também há casos em que elas foram procuradas pelo grupo que operava as fraudes, que inclui advogados, conselheiros e ex-conselheiros do Carf, e o envolvimento está em apuração. 
Por lei, agremiações partidárias têm imunidade tributária e não pagam impostos, mas há exceções. De acordo com o advogado Eduardo Madeira, presidente da Associação Brasileira de Direito Tributário e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), isso ocorre quando a legenda tem as contas rejeitadas pela Justiça Eleitoral. É o caso, por exemplo, de quando o Fundo Partidário, que é uma verba pública, é usado para finalidades não estabelecidas na legislação.
Diretórios do PP, assim como de outras siglas do país, sofreram reprovação de contas nos últimos anos. A Zelotes apura supostas fraudes envolvendo processos que tramitaram de 2005 a 2015.
Estado procurou o PP nesta terça-feira, 31, mas a assessoria de imprensa do partido afirmou que seu presidente nacional, senador Ciro Nogueira (PI), está viajando e não foi localizado para falar a respeito.
O PP já havia sido citado na operação. Um dos investigados é o conselheiro do Carf Francisco Maurício Rebelo de Albuquerque Silva, pai do líder do partido na Câmara, Eduardo da Fonte (PE). Albuquerque nega que seja alvo da Zelotes.
Integrantes do partido são alvo da Operação Lava Jato, que investiga desvios na Petrobrás.

Grupo OAS pede recuperação judicial à Justiça de São Paulo após investigação da Lava Jato

Estadão Conteúdo


O Grupo OAS apresentou nesta terça-feira (31) à Justiça do Estado de São Paulo pedido de recuperação judicial para nove de suas empresas. A iniciativa tem como objetivo a renegociação das dívidas do grupo com credores e fornecedores diante da intensa restrição de crédito verificada desde o final do ano passado, quando a OAS passou a ser investigada pela Operação Lava Jato sob a suspeita de formação de cartel para assumir o controle de contratos da Petrobras.
O pedido inclui a Construtora OAS, OAS S.A., OAS Imóveis S.A., SPE Gestão e Exploração de Arenas Multiuso, OAS Empreendimentos S.A., OAS Infraestrutura S.A., OAS Investments Ltd., OAS Investments GmbH e OAS Finance Ltd.
Em nota, o grupo informou que pretende "vender os ativos num processo de Recuperação Judicial para dar segurança aos investidores de que não correrão risco de ter seu negócio contestado na Justiça pelos credores da OAS. O desinvestimento em ativos é motivado também pela decisão de priorizar o core business do Grupo, que é o nosso braço de construção pesada, a Construtora OAS".
De acordo com o diretor de Desenvolvimento Corporativo da Construtora OAS, Diego Barreto, o pedido de recuperação judicial da empresa se deve a questões técnicas, já que é a garantidora dos financiamentos do grupo, e não por falta de liquidez, como no caso das outras empresas incluídas no pedido.
Após o deferimento do pedido de recuperação pelo Judiciário, a OAS terá 60 dias para apresentar o plano de reestruturação dos débitos aos credores e fornecedores, que terão mais 120 dias para discutir e aprovar a proposta. As dívidas contraídas até a data do pleito serão congeladas e renegociadas, e todas as que forem feitas a partir do mês de abril serão integralmente cumpridas. Pagamentos de salários e benefícios de colaboradores não serão afetados pelo processo, que envolve de forma direta ou indireta mais de 100 mil colaboradores.
O pedido de Recuperação Judicial não inclui as Sociedades de Propósito Específico (SPEs) da OAS Empreendimentos, que são responsáveis pela incorporação e construção de empreendimentos imobiliários em vários estados brasileiros. Dessa forma, todos os compradores de imóveis não serão afetados pelos acordos estabelecidos no processo.
Também foram excluídas do pedido a Arena das Dunas, a Arena Fonte Nova, a OAS Soluções Ambientais e a OAS Óleo e Gás, além das participações da OAS na concessionária Porto Novo, no Estaleiro Enseada, na OAS Logística, na OAS Energy e na OAS Defesa.
Vale lembrar última semana, a Galvão Engenharia também entrou com pedido de recuperação judicial após sofrer impactos das investigações de corrupção na Petrobras.

O ´companheiro` Janot diz à oposição que não tem ‘motivos fáticos’ para investigar Dilma ´trambique`

Agência Globo


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse a parlamentares da oposição que não tem elementos para investigar a presidente Dilma Rousseff no âmbito da Operação Lava Jato. Na manifestação que fez ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador tinha argumentado apenas que entendia não poder fazer a investigação devido a um dispositivo constitucional, sem avançar no mérito. “O procurador nos disse que não via motivos fáticos, suporte, razões para investigar a presidente Dilma”, afirmou o deputado do PPS, Raul Jungmann (PE).
Além dele, participaram da reunião os líderes do PSDB, Carlos Sampaio (SP), e do DEM,Mendonça Filho (PE). A oposição entrou com um agravo questionando a decisão do ministro Teori Zavascki que acatou o posicionamento de Janot de que não poderia investigar Dilma por impedimento constitucional. Para os parlamentares da oposição, a manifestação de Janot em relação ao mérito não tira força do pedido porque novos elementos poderiam surgir na investigação.
“É uma avaliação preliminar dele (Janot) e não quer dizer que no curso da Operação Lava Jato ou mesmo da CPI da Petrobras não possam surgir fatos novos que levem o Ministério Público a reavaliar a posição atual em relação ao mérito. Se o Supremo entender que é possível a investigação da presidente pela PGR a qualquer instante o Ministério Público pode pedir inquérito, se tiver elementos”, disse Mendonça Filho.
Os deputados da oposição afirmam que o questionamento ao posicionamento inicial está mantido porque a intenção é pacificar que a norma constitucional não impede a investigação e não pedir a abertura de inquérito especificamente no caso de Dilma.

Apesar dos apelos de Levy, Renan mantém na pauta projeto sobre indexador das dívidas dos estados

Cristiane Jungblut - O Globo

Mas falta de acordo e quorum do Senado baixo podem inviabilizar a votação no plenário nesta terça-feira


Renan Calheiros mantém na pauta propostas com indexador das dívidas de estados e municípios - Ailton de Freitas / Agência O Globo


Apesar dos apelos do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em quase sete horas de depoimento nesta terça-feira na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os líderes dos partidos decidiram manter na pauta desta terça-feira o projeto que trata do indexador da dívida dos estados e municípios e ainda o que reconhece (convalida) os incentivos fiscais dados pelos estados para atrair empresas. Mais cedo, Levy pediu que os dois projetos não fossem votados.

Mas o problema é que as votações podem não ocorrer hoje por causa do quorum exigido, de pelo menos 41 votos nos dois casos, já que se trata de projetos de lei complementar.

O próprio Renan admitiu que não há consenso nestas propostas e que o quorum pode cair. Isso ajudaria o governo. A pauta está formada pelos dois projetos relativos aos interesses dos estados e ainda sobre a política de biodiversidade.

— As três matérias têm interesses conflitantes, contraditórios. Então, você pode divergir em uma delas, tirando quorum da outra. Precisamos verificar qual o estado de espírito do Plenário. Isso (a convalidação dos benefícios fiscais) fere de morte interesses de outros estados, sobretudo de São Paulo. Então, não há acordo — disse Renan.

O presidente do Senado disse que comunicou o ministro Levy da decisão de manter a pauta.

— Disse ao ministro Levy que o Senado está preocupado com a qualidade do ajuste. Não estamos preocupados com o quanto e sim com o como. É isso que o Senado vai distribuir: vai distribuir o sacrifício (do ajuste). O Congresso não vai desbordar de suas prerrogativas. O Congresso é um pilar da democracia, e vamos continuar dando as respostas que a sociedade cobra. O ajuste não pode os mais vulneráveis. Ele tem que ser distribuído, esse sacrifício tem que ser distribuído. E esse é o papel do Congresso: equilibrar a distribuição deste sacrifício — disse Renan.

No caso do indexador, Renan disse que o Rio de Janeiro já fez um acordo judicial, mas que isso não é estendido aos estados e demais municípios. O projeto em pauta fixa em 30 dias o prazo para a União adotar o novo indexador, previsto em lei complementar sancionada em novembro. Já o ministro Levy propôs uma alternativa: que a regulamentação do indexador fosse adiada para 2016.

— O acordo do Rio, que o ministro quer estender para outros estados e outros municípios, precisa ser convalidado pelo plenário do Senado. É que o acordo com o Rio é um acordo judicial. Para que ele se estenda pelo Parlamento, terá que ter a aprovação do Parlamento. A convalidação do acordo pelo Parlamento passa pela decisão do Parlamento — disse Renan.

Perguntado se aprovação das propostas seria uma derrotado Levy, o presidente do Senado desconversou:

— A lei foi aprovada, um calendário foi estabelecido, a matéria foi sancionada. E agora o governo quer não cumprir a lei.




PF inclui Petrobras e partido PP em investigação sobre fraude fiscal

Natuza Nery e Gabriel Mascarenhas - Folha de São Paulo


Folha obteve a lista com mais de 70 nomes, entre pessoas e empresas, que estão sendo investigados na Operação Zelotes, que apura um esquema de corrupção no Carf (Conselho de Administração de Recursos Fiscais), na semana passada.

No esquema, segundo a polícia, haveria negociação para reduzir e, em alguns casos, zerar, débitos com a Receita Federal. Apenas os processos sob investigação somam R$ 19 bilhões.

Em 12 dos processos, a Polícia Federal vê indícios mais fortes de que companhias tenham participado do esquema.

Nos outros, a polícia está investigando as corporações, mas as evidências de irregularidades ainda não são tão claras.

Nessa segunda lista aparecem grandes companhias como a operadora TIM, a fabricante de aeronaves Embraer e a Petrobras. Também há companhias do mercado financeiro, como o Bank Boston e o Santander, que tem os processos com maior valor (R$ 3,34 bilhões), e partidos políticos, como o Partido Progressista.

Todas as companhias que responderam aos questionamentos da Folha sobre o assunto negaram envolvimento com o esquema –veja todas as respostas abaixo da tabela.

PROCESSOS COM MAIS INDÍCIOS
EMPRESASVALORES (em R$)
Banco Santander3,34 bilhões
Bradesco2,75 bilhões
Ford1,78 bilhão
Gerdau1,22 bilhão
Boston Negócios841,26 milhões
Safra767,56 milhões
RBS671,52 milhões
MMC - Mitsubishi505,33 milhões
Cimento Penha109,16 milhões
Café Irmãos Júlio67,99 milhões
JG Rodrigues49,41 milhões
Mundial - Zivi Cutelaria - Hércules - Eberle-
OUTROS PROCESSOS INVESTIGADOS
Banco Santander 23,34 bilhões
Huawei733,18 milhões
Camargo Correa668,77 milhões
Carlos Alberto Mansur436,84 milhões
Copesul405,69 milhões
Liderprime280,433 milhões
Avipal/Granoleo272,28 milhões
Marcopolo261,19 milhões
Banco Brascan220,80 milhões
Pandurata162,71 milhões
Coimex/MMC131,45 milhões
Via Dragados126,53 milhões
Newton Cardoso106,93 milhões
Bank Boston banco múltiplo106,51 milhões
Copersucar62,10 milhões
Petrobras53,21 milhões
Evora48,46 milhões
Boston Comercial e Participações LTDA43,61 milhões
Boston Admin. e Empreendimentos37,46 milhões
Firist31,11 milhões
Vicinvest22,41 milhões
James Marcos de Oliveira16,58 milhões
Mário Augusto Frering13,55 milhões
Embraer12,07 milhões
Dispet10,94 milhões
Partido Progressista10,74 milhões
Viação Vale do Ribeira10,63 milhões
Nardini Agroindustrial9,64 milhões
Eldorado9,36 milhões
Carmona9,13 milhões
CF Prestadora de Serviços9,09 milhões
Via Concessões3,72 milhões
Leão e Leão3,69 milhões
Copersucar 22,63 milhões
Construtora Celi2,35 milhões
Nicea Canário da Silva1,89 milhão
Banco UBS Pactual SA-
Bradesco Saúde-
BRF-
BRF Eleva-
Caenge-
Cerces-
Cervejaria Petrópolis-
CMT Engenharia-
Dama Participações-
Dascan-
Frigo-
Hidroservice-
Holdenn-
Irmãos Júlio-
Kanebo Silk-
Light-
Mineração Rio Novo-
Nacional Gás butano-
Nova Empreendimentos-
Ometo-
Refrescos Bandeirantes-
Sudestefarma/Comprofar-
TIM-
Tov-
Urubupungá-
WEG-
TOTAL19,77 bilhões

OUTRO LADO

Banco Santander: não respondeu aos questionamentos da reportagem

Bradesco: informou que não irá se manifestar

Ford: não respondeu à reportagem

Gerdau: disse que não foi contatada por nenhuma autoridade pública e que possui rigorosos padrões éticos na condução de seus pleitos junto aos órgãos públicos

Bank of America (Boston Negócios, Banco Múltiplo, Boston Comercial e Participações e Boston Administração e Empreendimentos): vendeu a operação latino-americana do BankBoston para o Itaú, mas não se pronunciou. Na operação, o Itaú ficou apenas com os clientes e as agências; o nome BankBoston, os créditos e os débitos tributários não fizeram parte do negócio

Safra: não atendeu aos pedidos de entrevista

RBS: informou que desconhece a investigação e negou qualquer ilegalidade em suas relações com a Receita Federal. A empresa acrescentou que confia na atuação das instituições responsáveis pela apuração para o devido esclarecimento dos fatos

MMC-Mitsubishi: informou que não irá se manifestar, nesse momento, em relação ao caso

Cimento Penha: não foi localizado pela reportagem

Café Irmãos Júlio: não foi localizada pela reportagem

JG Rodrigues: a empresa negou que tenha recebido facilidade ou benefício no âmbito do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais

Mundial - Eberle: disse desconhecer as informações e não ter nada sobre o que se pronunciar

Huawei: "Vimos pelo presente informar que a Huawei não recebeu nenhuma solicitação das autoridades competentes sobre o assunto em questão. Informamos outrossim que, em compromisso com a transparência, a Huawei atua em conformidade com a legislação vigente na condução de suas operações no Brasil, sempre de acordo com os mais elevados padrões de ética"

Camargo Correa: afirmou desconhecer as informações

Carlos Alberto Mansur: não respondeu aos pedidos da reportagem

Copesul: foi adquirida pela Braskem em 2007. Esta afirmou que não tem nada a declarar, tendo em vista que a investigação é relativa a um período em que a Copesul não fazia parte da empresa

Liderprime: não foi encontrada empresa específica com o nome
Avipal/Granoleo: foi comprada pela Perdigão (BRF), que não respondeu às perguntas da reportagem

Marcopolo: afirmou, via assessoria de imprensa, que a empresa está em "período de flexibilização", com jornadas de trabalho reduzidas e alguns setores em férias coletivas. Por isso só terá quem responda na próxima segunda-feira (6)

Brascan: hoje Brookfield, nega que tenha sido procurada por membros da quadrilha e afirma que só teve um processo que chegou ao Carf. A decisão foi favorável tanto no Carf quanto na Justiça

Pandurata: não foi localizada

Coimex/MMC: afirmou que não vai se pronunciar sobre o tema

Via Dragados: era uma associação entre Via Engenharia S.A. e Dragados Obras y Proyectos S.A. que se desfez; A Via Engenharia não respondeu aos questionamentos da reportagem até o momento

Newton Cardoso ainda não respondeu à reportagem

Copersucar: afirmou que "desconhece o assunto mencionado"

Petrobras: não respondeu à reportagem

Evora S.A: não respondeu à reportagem

Firist: não foi encontrada empresa específica com o nome

Vicinvest: não foi localizada

James Marcos de Oliveira: ainda não respondeu à reportagem

Mário Augusto Frering: não foi localizado

Embraer: afirmou que "não tem nenhuma informação a respeito do assunto"

Dispet: não foi encontrada empresa específica com o nome

Partido Progressita (PP): ainda não respondeu

Viação Vale do Ribeira ainda não respondeu à reportagem

Nardini Agroindustrial: afirma que "desconhece qualquer processo 
investigatório, não tendo recebido qualquer intimação dos órgãos competentes para qualquer tipo de esclarecimento. A conduta da empresa sempre foi pautada por rigorosos padrões éticos com observância da legislação em vigor."
Eldorado: não foi identificada a empresa específica com esse nome
Carmona: não respondeu à reportagem

CF Prestadora de Serviços: não foi localizada

Via Concessões: não foi localizada

Leão e Leão: não respondeu à reportagem

Construtora Celi: afirma que nunca teve contato nenhum ou deu dinheiro aos conselheiros do Carf e sequer conhece os funcionários que julgavam os processos da empresa. Ressalta que os casos em questão são de mais de dez anos atrás, que já ganhou e perdeu processos no Carf, que há outros pendentes e que só recorre ao órgão quando entende que tem razão. A empresa afirma que sempre procura "manter tudo regular".

Nicea Canário da Silva: não foi localizada

Banco BTG Pactual (antigo UBS Pactual): não comenta sobre o assunto

Bradesco Saúde: não comenta sobre o assunto

BRF: não respondeu à reportagem

BRF Eleva: não respondeu à reportagem

Caenge: não foi localizada

Cerces: não foi encontrada empresa específica com o nome

Cervejaria Petrópolis: não irá se posicionar acerca do assunto

CMT Engenharia: não respondeu à reportagem

Dama Participações: não foi encontrada empresa específica com o nome

Dascan: Não foi identificada a empresa específica com esse nome

Frigo: Não foi identificada a empresa específica com esse nome

Hidroservice: A empresa afirmou não negociar qualquer tipo de pagamento para receber vantagens no Carf. Além disso, disse não ter conhecimento de nenhum processo que envolva a empresa e que tramite no órgão

Holden: Não foi identificada a empresa específica com esse nome

Irmãos Júlio: atendeu às ligações da reportagem

Kanebo Silk: disse que nunca foi procurada para qualquer procedimento junto ao Carf. Além disso, afirma repudiar qualquer informação que liga a empresa a quadrilha que atuava no órgão

Light: afirmou ter sido surpreendida pelos noticiários e informou que até o momento não foi notificada sobre tal processo

Mineiração Rio Novo: não foi encontrada para comentar a reportagem

Nacional Gás Butano: não respondeu à reportagem

Nova Empreendimentos: não foi encontrada

Ometo: não foi encontrada para comentar a reportagem

Refrescos Bandeirantes: afirmou não ter sido comunicada oficialmente sobre o caso

Sudestefarma/Comprofar: não respondeu à reportagem

TIM: afirmou que possui processos em andamento no Carf, mas refuta o uso de praticas indevidas em seus processos juntos ao órgão ou a qualquer outra instância administrativa. A TIM também se colocou à disposição para colaborar com as investigações e afirmou que irá acompanhar os desdobramentos do assunto

TOV Corretora: afirmou desconhecer os fatos e qualquer investigação, mas se colocou à disposição das autoridades

Urubupungá: não respondeu à reportagem
WEG: não respondeu à reportagem