quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Fernão Lara Mesquita - Que Brasil está saindo desta eleição?

Faroeste à Brasileira - Revista Oeste - Com Tiago Pavinatto e convidados

J.R. Guzzo: 'X, a plataforma que Moraes odeia, volta ao país para 20 milhões se manifestarem livremente'

 Dentro da visão de mundo do ministro, é uma anomalia grave que as pessoas se sirvam das redes sociais para se informar e trocar ideias'


Reprodução

O X, a mais populosa plataforma de comunicação do Brasil, volta enfim à atividade, depois de 40 dias de suspensão por ordem do ministro Alexandre de Moraes. É uma boa notícia, acima de qualquer outra consideração, porque tira o país do bloco de péssimas companhias onde esteve durante este tempo — Rússia, Venezuela, Irã, Turcomenistão e outras das ditaduras mais repulsivas do planeta, onde o X é proibido e a livre expressão é tida como crime contra a segurança do Estado. 

Fora isso, há controvérsias. Analistas, comentaristas e especialistas “formaram maioria”, como se diz hoje, para definir a volta do X como uma vitória do ministro, da ordem pública e da soberania nacional — e uma derrota de Elon Musk, o controlador da plataforma. Alexandre de Moraes, por esse entendimento, foi atendido em todas as suas exigências. Musk, ao contrário, foi obrigado a recuar e cumprir todas as ordens que recebeu do ministro. Ficou sabendo que “isso aqui” não é uma “terra de ninguém”. 

Em outro modo de ver as coisas, e com base nos mesmos fatos, é possível chegar a uma conclusão diferente. O ministro, antes de sua briga com o X e desde sempre, é inimigo declarado das redes sociais em geral. Acha que elas são frequentadas basicamente por marginais. São um ambiente “tóxico”. São usadas para sabotar a democracia. Mais que tudo, não tolera a ideia de que 20 milhões de brasileiros tenham um instrumento, que ele não controla, para escrever e ler tudo o que lhes passa pela cabeça.

A situação ideal para o ministro, de acordo com o que ele mesmo diz a cada oportunidade que aparece, é que o X fosse embora do Brasil e nunca mais voltasse. (Já afirmou que o próprio telefone celular é uma ameaça social.) Seu problema, no fundo, não é propriamente o X, ou Elon Musk. São aqueles 20 milhões de cidadãos que se manifestam ali, e as coisas que dizem, que de fato incomodam o ministro. 

Dentro da sua visão do mundo, é uma anomalia grave que as pessoas se sirvam das redes sociais para se informar e trocar ideias. Isso deveria ser, no fundo, uma atividade privativa dos veículos de comunicação que ele reconhece como tais. Leia mais: Já os usuários do X têm uma opinião oposta à de Moraes. Têm preferido, cada vez mais, obter as suas notícias nas redes sociais, e não nos órgãos de imprensa tradicional. Mais: podem escrever ali tudo o que querem, e não podem escrever nada nos veículos de comunicação, mesmo porque não é para isso que eles existem. Agora, com o retorno do X, o cidadão vai voltar a fazer o que estava fazendo antes da proibição. Moraes e os 20 milhões de usuários do X

Os 20 milhões de brasileiros que queriam usar o X podem usar de novo. Moraes, que não queria que usassem nunca mais, aceita a volta da plataforma que odeia. Quem estaria mais satisfeito – o público ou o ministro? Quanto a Musk, está de volta ao lugar de onde queriam que ele fosse expulso. Pagou multas que não foram a punição de um erro, mas um ato de extorsão. Nomeou de novo um presidente para o X no Brasil. Mas está aí de novo — como sempre quis estar. Musk conseguiu, durante 40 dias, expor ao mundo a censura, a violência e a ilegalidade fundamental do mais alto tribunal de justiça do Brasil. 

Ficou claro, pelo exame dos fatos, que não se recusou a “cumprir as leis brasileiras” — ao contrário, apenas contestou a ordem ilegal de aplicar censura no X. Nunca se recusou a ter um presidente no X no Brasil — apenas desfez a sua diretoria quando Moraes ameaçou prender os diretores. Pagou multas sem ter, como qualquer pessoa ou empresa, o direito à contestação. Declarada a trégua nessa guerra, Moraes e Musk estão no mesmo lugar em que estavam 40 dias atrás. A questão a ser de fato considerada, no mundo das realidades, é se é o ministro ou se é Musk quem está gostando mais – ou qual dos dois está gostando menos. O dono do X, obviamente, quis voltar ao Brasil. Se não quisesse, não teria voltado – bastaria mandar Alexandre de Moraes ver se ele está na esquina e continuar cuidando da sua vida, dos seus foguetes e dos seus bilhões. Moraes, ao contrário, não queria que o X voltasse. 

“Moraes tem certeza, e não perde nenhuma ocasião para dizer isso, que a liberdade de expressão é um mal em si” J. R. Guzzo

O ministro, na verdade, nunca quis que o X tivesse chegado. Desenvolveu, com o tempo, uma fobia pessoal pelo empresário, mas o seu problema real é com a existência, pura e simples, de uma criação da tecnologia que coloca as pessoas diante da possibilidade concreta de exercerem a sua liberdade de palavra. Moraes tem certeza, e não perde nenhuma ocasião para dizer isso, que a liberdade de expressão é um mal em si. Diz que é a favor, claro — mas na prática é contra em todas as decisões que toma. O ministro não consegue, nunca, dizer a palavra “liberdade” sem mencionar automaticamente que ela é um perigo, pois pode ser “mal utilizada” etc. etc. 

Torna-se então, no seu entender, um valor “fascista”, uma arma para os golpistas de Estado e um engodo cujo propósito principal é espalhar “fake news”, “desinformação” e o discurso do ódio.” Não existe no sistema mental de Moras a alternativa de punir, segundo determinam as leis, os que efetivamente cometem delitos através da liberdade de manifestação. Para combater os delinquentes, pune-se todos com o silêncio compulsório – como se, para evitar acidentes de trânsito, fosse proibido o uso do automóvel. É esse o começo, o meio e o fim da história do X no Brasil. 

J.R. Guzzo - Revista Oeste

‘Governo Lula prejudica judeus assim como Hitler fazia’, afirma deputado Maurício Marcon

 Parlamentar do Podemos cita denúncias do ministro da Defesa, José Múcio, sobre interferências ideológicas da gestão petista


CNN

O deputado federal Maurício Marcon (Podemos-RS) comparou as ações do governo Lula com as de Adolf Hitler durante sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Citou a denúncia de interferência ideológica da gestão petista dentro do Ministério da Defesa. A denúncia em questão foi realizada pelo ministro da pasta, José Múcio, nesta terça-feira, 8. O integrante do governo Lula relatou que uma licitação vencida por empresa israelense não foi aprovada pela gestão petista por “questão da guerra, do Hamas”. + Leia mais notícias de Política em Oeste “As pessoas, diferente do que alguns dizem, não são tapadas”, disse Marcon. 

“Elas estão vendo o que está acontecendo no Brasil. Estão vendo que o ministro da Defesa disse que não pôde fechar um contrato porque quem ganhou foi o povo judeu.” O deputado de oposição disse que “quem defendia essa tragédia era Adolf Hitler”, quem seria “defendido” por outros parlamentares na “tribuna” da Câmara.

Destacou a atuação de Adolf Hitler como um “antissemita que matou milhões de pessoas” e que, atualmente, o governo Lula “se alinha à mesma ideologia de Hitler”. “Se alinha ao deixar os interesses do país de lado, pensando em prejudicar o povo de Israel, assim como Hitler fazia. Tem orgulho em defender isso?”, indagou Maurício Marcon aos deputados petistas.

Marcon diz que governo de Lula “tomou uma taca” nas eleições Ainda durante sua declaração, Maurício Marcon também criticou a atuação do governo de Lula nas eleições municipais deste ano. Afirmou que o PT e o Psol “tomaram uma taca” no país. “Tivemos uma eleição no domingo, colega Erika (Kokay), que a esquerda foi massacrada pelo país”, afirmou. 

“Não existe uma capital que o PT ganhou. Não existe uma capital que o Psol ganhou. E vão levar um pau em São Paulo.” O parlamentar chegou a dizer que o presidente da República “fugiu do país para se esconder de um fiasco que estava sendo apoiar candidatos”. 

“Meu Deus, mas se é um governo tão maravilhoso com números recordes”, falou. 

“Aliás, números recordes nós temos no desmatamento, nas queimadas, na devastação da natureza que outrora diziam que ia ser prioridade do governo. Bom, o que a gente vê é [sic] os bichos sendo queimados na natureza.” Marcon afirmou que diante desse cenário, o petismo fica em “silêncio, se esquece de tudo e começa a dizer que a fome acabou no Brasil”. Indagou os colegas sobre uma medida do governo atual para diminuir a fome.

“Nenhuma”, emendou. “Porque, como o próprio presidente diz, o negócio é mentir e inventar números. Ai sim se inventa, se cria, se desenha uma narrativa que é sabidamente falsa.”  


Revista Oeste

'Oeste Sem Filtro' - Augusto Nunes, Carlo Cauti, Silvio Navarro, Adalberto Piotto e Vitor Brown comentam o retorno do Twitter/X ao Brasil, após o golpe do 'cartel Lula-STF' que tentou melar o resultado das eleições. O 'cartel' foi definitivamente desmoralizado pelos brasileiros

oiluiz TV - Velório na GloboNewsLixo

Com Milei, Argentina tem menor inflação desde setembro de 2021

 Pesquisa mostra que houve baixa entre 3,1% e 4% no mês passado


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Segundo levantamento da agência de notícias Reuters, a desvalorização do peso argentino no mês passado variou entre 3,1% e 4%, com uma média de 3,5%. Leia também: “Governo Milei registra 8º mês consecutivo de superávit comercial” Os dados coletados ainda não são os oficiais, que o Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (Indec) vai divulgar nesta quinta-feira, 10. Para o levantamento, a agência ouviu 27 analistas econômicos argentinos e internacionais. Taxa anual de inflação na Argentina ainda preocupa Embora a inflação mensal tenha diminuído, a taxa anual permanece alta. Até agosto, o indicador atingiu 236,7%, a maior do mundo. Para 2024, o Banco Central argentino prevê uma desvalorização da moeda de 123,6%. 

A economia argentina é o maior desafio do governo Milei. Durante a campanha das eleições presidenciais no país, o então candidato do partido La Libertad Avanza fez críticas ao ex-presidente peronista Alberto Fernández e ao ex-ministro da Economia Sergio Massa pela atual situação financeira do país.


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