quinta-feira, 10 de julho de 2025

Dólar dispara diante do anúncio da tarifa de 50% dos EUA

 A sobretaxa repercute também no mercado futuro, com desvalorização dos ativos brasileiros


Presidente dos EUA, Donald Trump | Foto: Reprodução/Flickr

Trump anunciou a tarifa sobre o Brasil depois do fechamento do pregão nesta quarta-feira, 9 | Foto: Reprodução/Flick


O dólar abriu em disparada nesta quinta-feira, 10, diante do anúncio de uma tarifa de 50% sobre as importações do Brasil pelos Estados Unidos. A moeda norte-americana subia 2,07% às 9h08, cotada a R$ 5,61. 

Donald Trump anunciou a sobretaxa depois do fechamento dos mercado à vista no Brasil e nos EUA.

No entanto, a tarifa repercutiu no mercado futuro, com alta de 2,90% do contrato futuro de dólar com vencimento em agosto na máxima depois do anúncio. Já o Ibovespa futuro para agosto caiu 2,44%, aos 137,80 mil pontos. As ações brasileiras listadas nos EUA acompanharam a desvalorização. 

O índice iShares MSCI Brazil caía 2,31% às 7h47, durante o pré-mercado em Nova York. 

Isabela Jordão - Revista Oeste

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Trump anuncia tarifa de 50% sobre produtos brasileiros - Carta foi enviada a Lula, o ladrão...

Presidente norte-americano criticou o tratamento dado a Jair Bolsonaro


Donald Trump acordo Índia Paquistão

A Casa Branca também reforçou a ofensiva tarifária sobre países com os quais mantém negociações comerciais - Foto: Reprodução/Casa Branca



O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira, 9, a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras destinadas ao mercado norte-americano. A medida, segundo carta oficial enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entrará em vigor no dia 1º de agosto. 

Na mensagem, Trump critica o tratamento dado pelo governo brasileiro ao ex-presidente Jair Bolsonaro. “Conheci e tratei com o ex-presidente Jair Bolsonaro, e o respeitei muito, assim como a maioria dos outros líderes de países”, disse. 

“A forma como o Brasil tem tratado o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos EUA, é uma vergonha internacional”, criticou. O presidente norte-americano afirma que a medida se deve, em parte, às ações do Brasil contra empresas norte-americanas de tecnologia. 

Donald Trump envia carta ao Brasil | Imagem: Reprodução

Donald Trump envia carta ao Brasil | Imagem: Reprodução

Ele menciona a atuação do Supremo Tribunal Federal como fator determinante. “Em parte devido aos ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos norte-americanos”, disse. 

“Como demonstrado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil, que emitiu centenas de ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS a plataformas de mídia social dos EUA, ameaçando-as com multas de milhões de dólares e expulsão do mercado de mídia social brasileiro”, afirmou. Segundo a carta, a tarifa de 50% será aplicada de maneira ampla, independentemente de eventuais isenções existentes por setor. 

“Cobraremos do Brasil uma tarifa de 50% sobre todas e quaisquer exportações brasileiras enviadas para os EUA, separada de todas as tarifas setoriais existentes”, decretou.

Trump defende medida como correção de desequilíbrios comerciais Trump argumenta que a relação comercial entre os dois países é historicamente desequilibrada e que a nova tarifa tem o objetivo de corrigir esse cenário. 

“Nosso relacionamento, infelizmente, tem estado longe de ser recíproco.” Ainda segundo o presidente, “os 50% são muito menos do que seria necessário para termos igualdade de condições em nosso comércio”. Ele também afirma que empresas brasileiras poderiam evitar a tarifa ao transferirem parte de sua produção para os EUA. 

“Não haverá tarifa se o Brasil, ou empresas dentro do seu país, decidirem construir ou fabricar produtos dentro dos EUA e, de fato, faremos tudo o possível para aprovar rapidamente.” Na correspondência, Trump sinaliza que qualquer reação tarifária do Brasil poderá ter efeito reverso. “Se por qualquer razão o senhor decidir aumentar suas tarifas, qualquer que seja o valor escolhido, ele será adicionado aos 50% que cobraremos.” 

Além da tarifa, Trump comunicou que determinou a abertura de uma investigação formal contra o país, “devido aos ataques contínuos do Brasil às atividades comerciais digitais de empresas norteamericanas, bem como outras práticas comerciais desleais”. 

Trump defende medida como correção de desequilíbrios comerciais 

Trump argumenta que a relação comercial entre os dois países é historicamente desequilibrada e que a nova tarifa tem o objetivo de corrigir esse cenário. “Nosso relacionamento, infelizmente, tem estado longe de ser recíproco.” Ainda segundo o presidente, “os 50% são muito menos do que seria necessário para termos igualdade de condições em nosso comércio”. 

Ele também afirma que empresas brasileiras poderiam evitar a tarifa ao transferirem parte de sua produção para os EUA. “Não haverá tarifa se o Brasil, ou empresas dentro do seu país, decidirem construir ou fabricar produtos dentro dos EUA e, de fato, faremos tudo o possível para aprovar rapidamente.” 

Na correspondência, Trump sinaliza que qualquer reação tarifária do Brasil poderá ter efeito reverso. “Se por qualquer razão o senhor decidir aumentar suas tarifas, qualquer que seja o valor escolhido, ele será adicionado aos 50% que cobraremos.” 

Além da tarifa, Trump comunicou que determinou a abertura de uma investigação formal contra o país, “devido aos ataques contínuos do Brasil às atividades comerciais digitais de empresas norteamericanas, bem como outras práticas comerciais desleais”


Mateus Conte - Revista Oeste

Bacanal do 'cartel lula-stf-globolixo' na madrugada: Câmara aprova aumento salarial e criação de 160 cargos no STF

 Projeto prevê aumento de despesas e aumento de funções para reforçar estrutura administrativa e segurança do Supremo Tribunal Federal


Lula Fachada do Congresso Nacional, que abriga a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, em Brasília (DF); em alusão à nota sobre a CPMI do INSS

Fachada do Congresso Nacional, que abriga a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, em Brasília (DF) | Foto: Divulgação/ Senado Federal 


A Câmara dos Deputados aprovou um projeto que aumenta salários e cria novos cargos no Supremo Tribunal Federal (STF) no início da madrugada desta quarta-feira, 9. O governo Lula obteve vitória por 209 votos a favor contra 165 contrários. Entre os parlamentares que rejeitaram a proposta, muitos já anunciaram que pretendem atuar na fase seguinte da tramitação para tentar reduzir os impactos financeiros nos destaques que ainda serão analisados. 

O texto-base estabelece a criação de 160 funções comissionadas de nível FC-6 e 40 cargos de técnico judiciário, destinados ao quadro de agentes da polícia judicial do STF. Esses novos postos se somam a um orçamento já elevado. O substitutivo aprovado foi apresentado pelo relator, deputado Defensor Stélio Dener (Republicanos-RR), ao Projeto de Lei 769/24, proposto pelo próprio Supremo Tribunal Federal. 

Os custos previstos com os novos cargos serão cobertos pelas dotações orçamentárias do STF no Orçamento-Geral da União. As funções comissionadas serão implantadas gradualmente, a partir de 2025, em conformidade com o anexo específico da Lei Orçamentária Anual. A efetivação também dependerá de autorização formal da Lei de Diretrizes Orçamentárias.


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Na Câmara, o relator defendeu que a medida fortalece a capacidade do Judiciário O relator defendeu que a medida fortalece a capacidade do Judiciário. 

“Um Judiciário eficiente, moderno e comprometido com a prestação jurisdicional de excelência é essencial para a garantia dos direitos fundamentais dos cidadãos e para a manutenção do Estado Democrático de Direito”, disse o parlamentar. 

Na rede social X, o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) afirmou que combateu a proposta até o limite possível e classificou o resultado como uma “derrota” para a população.


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Marcel Van Hattem - À meia-noite, derrota do povo: aprovados na Câmara pelo governo Lula aumentos de salários e criação de cargos no STF. Resultado: 209 a 165. Votei contra e agora vamos batalhar para, pelo menos, diminuir o dano nos destaques que ainda serão votados.

No plenário, parlamentares de oposição reagiram com críticas severas. Cabo Gilberto Silva (PL-PB) considerou a iniciativa imoral e injusta com os contribuintes. Ele questionou o acréscimo de despesas em um tribunal que já concentra uma estrutura dispendiosa mantida pelos cofres públicos.

“Aumentar cargos?”, questionou Gilberto. “Aumentar despesas? Os senhores estão achando pouco, só tem 11 ministros com todas essas despesas que eles já gastam?”

Carlos Jordy (PL-RJ) afirmou que a aprovação envia um sinal negativo à sociedade. Para ele, a medida eleva gastos em R$ 8 milhões anuais e fortalece um STF que, em sua avaliação, viola prerrogativas e abusa de seu poder. 

“Estamos criando mais despesas para os nossos algozes, que estão violando nossas prerrogativas, perseguindo parlamentares, cometendo abusos, rasgando a Constituição”, enfatizou o deputado. 

Até o deputado de esquerda Tarcísio Motta (Psol-RJ) foi contrário ao projeto 

Motta declarou que a proposta não apresentou justificativa convincente sobre a necessidade de mais 160 funções comissionadas. “Os órgãos públicos precisam ter o tamanho necessário para atender bem a população, e defendemos o concurso como forma de acesso”, destacou Motta. “Este projeto não atende nenhum dos dois requisitos.”

 Na contramão dessas críticas, Tadeu Veneri (PT-PR) apontou contradição no discurso de parte dos opositores. Segundo ele, os mesmos que se posicionaram contra a expansão do STF apoiaram o aumento do número de parlamentares, de 513 para 531 cadeiras na Câmara. 

Ele defendeu coerência na gestão de recursos públicos e afirmou que o exemplo deveria começar pelos próprios deputados. “Se queriam não aumentar despesa, deveriam ter votado aqui, até para dar o exemplo, contra o aumento do número de deputados”, disse

Yasmin Alencar - Revista Oeste

terça-feira, 8 de julho de 2025

'Gilmarpalooza': ida de parlamentares custou mais de R$ 760 mil aos bolsos dos pagadores de impiostos

 Pelo menos 36 deputados e senadores compareceram ao evento, mas apenas 11 como palestrantes


O Fórum de Lisboa é é organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), presidido por Francisco Mendes, filho de Gilmar Mende | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil 


A participação de ao menos 36 parlamentares na edição deste ano do Fórum de Lisboa deve custar mais de R$ 760 mil aos cofres da Câmara e do Senado. O evento, apelidado de “Gilmarpalooza”, foi idealizado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ocorreu na capital de Portugal na semana passada. 

O evento é organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), presidido por Francisco Mendes, filho de Gilmar Mendes. Também participam da organização a FGV e a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. 

Segundo dados públicos, os custos das passagens variaram de R$ 4,7 mil a R$ 41,1 mil. Já os valores das diárias, que cobrem hospedagem, alimentação e transporte local, ficaram entre R$ 5,9 mil e R$ 21,6. Os valores ainda podem sofrer alterações, pois os parlamentares podem devolver parte das diárias ou solicitar reembolso de passagens. 

“Gilmarpalooza”: apenas 11 parlamentares palestraram Do total de 30 deputados federais e seis senadores com despesas pagas pelo Congresso, só 11 participaram da programação oficial do fórum como palestrantes. Outros parlamentares também estiveram presentes, mas usaram recursos próprios ou voos de aliados e não tiveram os gastos reembolsados. 

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), usou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e levou outros parlamentares com ele, segundo o jornal O Globo. A Câmara não divulgou os nomes dos acompanhantes.

 



Até agora, o Congresso pagou as passagens de 18 parlamentares, ao custo médio de R$ 18 mil. Quatro senadores pediram que o Senado bancasse o seguro-viagem, com valores abaixo de R$ 170, e ainda podem solicitar reembolso das passagens. Já a média de diárias ficou em R$ 12,3 mil por parlamentar.

Segundo os registros, 44 deputados participaram do fórum. Desse total, 30 tiveram despesas pagas pela Câmara. Entre os senadores, ao menos oito estiveram em Lisboa, sendo seis com gastos cobertos pelo Senado. 

O evento teve 400 palestrantes e 2,5 mil inscritos. O ingresso custava R$ 800, mas parlamentares e outras autoridades foram isentos, segundo os organizadores. 

Os maiores gastos Os bilhetes mais caros foram os do senador Irajá (PSD-TO), por R$ 41,1 mil, e do deputado Luciano Vieira (Republicanos-RJ), por R$ 33,1 mil. Procurado, Irajá não respondeu. 

Já Vieira afirmou que a compra foi feita em cima da hora e que o evento foi “importantíssimo” para troca de informações. Disse ainda que pretende voltar nos próximos anos. A senadora Daniella Ribeiro (PP-PB) teve o maior valor de diárias: R$ 21.606 por seis dias. 

A assessoria informou que ela chegou antes a Portugal para acompanhar eventos sobre enfrentamento à violência contra a mulher e participou de um seminário jurídico na Universidade de Coimbra. + Leia mais notícias de Política em Oeste Ela ainda viajou ao Marrocos para participar de um evento do grupo Lide. Receberá R$ 18 mil adicionais em diárias por esse deslocamento. 

\O deputado Odair Cunha (PT) teve o maior gasto entre os parlamentares da Câmara: R$ 14 mil por 4,5 diárias. Sua assessoria afirmou que os valores seguem as normas da Casa e correspondem a missão oficial.

Letícia Alves - Revista Oeste

'Gilmarpalooza' é o maior evento de lobby do planeta, critica Transparência Internacional Brasil

 Organização denuncia ausência de informações claras no Fórum Jurídico de Lisboa e critica uso de verbas públicas e patrocínios privados sem controle


Ministro Gilmar Mendes, do STF | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil


A organização Transparência Internacional Brasil utilizou as redes sociais para criticar o Fórum Jurídico de Lisboa, apelidado de “Gilmarpalooza”. Segundo a entidade, o encontro se tornou o maior evento de lobby judicial do mundo e ocorre sem nenhuma transparência sobre o uso de verbas públicas, patrocínios privados e potenciais conflitos de interesse. 

Em uma publicação no X, a Transparência Internacional Brasil afirmou que o evento não projeta a imagem de um Brasil cosmopolita e inserido nos debates contemporâneos. Para a entidade, o fórum reforça a percepção de um país marcado pelo clientelismo e pelo patrimonialismo.


Transparência Internacional - O Fórum de Lisboa – ou “Gilmarpalooza” – é hoje o maior evento de lobby judicial do planeta. Sem qualquer transparência sobre as verbas públicas, patrocínios privados e conflitos de interesses, não projeta para o mundo um Brasil cosmopolita e inserido nos debates contemporâneos, Mostrar mais Lauro Jardim @laurojardim


O Fórum Jurídico de Lisboa é organizado pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), fundado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Realizado anualmente em Portugal, o evento reúne ministros, parlamentares, advogados e empresários brasileiros. 

Na edição deste ano, participaram autoridades como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A presença de integrantes dos Três Poderes alimentou críticas sobre suposta promiscuidade institucional e troca de favores entre representantes do Estado e interesses privados. 

O custo total do fórum não é divulgado de forma detalhada. Parte das despesas fica a cargo de patrocinadores privados, como escritórios de advocacia e grandes empresas. Deputados e senadores brasileiros também podem utilizar recursos públicos, por meio da cota parlamentar, para custear passagens e diárias.

Criado em 2013, o Fórum de Lisboa passou a ganhar destaque ao se tornar ponto de encontro de autoridades durante o recesso do Judiciário. Críticos apelidaram o evento de “Gilmarpalooza”, em referência ao protagonismo de Gilmar Mendes na articulação política e institucional do encontro. 

Yasmin Alencar - Revista Oeste

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Comandante do Hamas diz que grupo perdeu 80% do controle da Faixa de Gaza

 Segundo ele, desde o fim do último cessar-fogo em março, o domínio da organizaçãodo colapsou completamente


Segurança é zero na região, diz o oficial do Hamas | Foto: RS/Fotos Públicas 


Um comandante sênior do Hamas citado em um relatório publicado no domingo 6, afirmou que o grupo terrorista perdeu o controle de cerca de 80% da Faixa de Gaza. Segundo ele, “não resta praticamente nada” de sua estrutura militar, depois de 20 meses de combates contra o Exército israelense. 

O relato, divulgado pela BBC News, baseia-se em várias mensagens de voz enviadas para o veículo britânico por um “alto cargo” do Hamas, identificado apenas como um tenente-coronel ferido em outubro de 2023.




“Vamos ser realistas, não resta praticamente nada da estrutura de segurança”, afirmou o oficial. “A maior parte da liderança, cerca de 95%, já está morta… Todas as figuras ativas foram eliminadas.” Segundo ele, a guerra está na fase final. Ele ressaltou que a guerra “tem que continuar até o fim”. “Então, na verdade, o que impede Israel de continuar esta guerra?” 

“Todas as condições estão alinhadas: Israel tem a vantagem, o mundo está em silêncio, os regimes árabes estão em silêncio, gangues criminosas estão por toda parte, a sociedade está desmoronando.” Segundo o oficial, desde o fim do último cessar-fogo em março, o controle de segurança do Hamas em Gaza “colapsou completamente. Sumiu totalmente. 

Não há controle em lugar algum,” destacou, ao citar saques generalizados a um complexo do Hamas sem nenhuma intervenção. 

“Então, a situação da segurança é zero”, garantiu. “O controle do Hamas é zero.”

“Não há liderança, nem comando, nem comunicação. Os salários estão atrasados e, quando chegam, são praticamente inúteis. Alguns morrem só tentando recolhê-los. É um colapso total.”

Na semana passada, as Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que controlam cerca de 65% da região e estão próximas de alcançar a meta declarada de domínio sobre três quartos da área terrestre da Faixa.

Existem áreas em Gaza onde as FDI praticamente não atuam, devido ao receio de que os reféns estejam sendo mantidos ali e possam ser mortos. A estimativa do comandante do Hamas é mais ampla do que a do próprio Exército israelense. 

Ele pode estar considerando o recente crescimento de milícias fora do Hamas. Entre elas, em especial, está o clã Abu Shabab, que Israel tem armado e fortalecido no sul de Gaza. Em entrevista ao canal público israelense em árabe Makan, o líder da milícia Yasser Abu Shabab confirmou pela primeira vez que suas forças cooperam em algum nível com as FDI e não descartou uma guerra civil com o Hamas. 

Esse grupo armado atua nas regiões sulistas de Rafah e Khan Younis e representa a primeira oposição armada interna significativa ao domínio do Hamas sobre os moradores da Faixa. A reportagem da BBC foi publicada enquanto Israel e Hamas mantêm negociações indiretas no Catar na tentativa de alcançar um acordo de cessar-fogo e liberação de reféns, e enquanto as FDI intensificam a pressão em Gaza por meio de ataques aéreos e operações terrestres. 

Nesta segunda-feira, 7, as FDI anunciaram que a Força Aérea israelense atingiu dezenas de alvos em Gaza nas últimas 24 horas, entre eles numerosos combatentes, depósitos de armas, postos de observação e outros edifícios usados por grupos terroristas.

Os ataques ocorreram enquanto cinco divisões, compostas de dezenas de milhares de soldados, continuam suas operações em todo o território de Gaza. 

Israel combate há 20 meses o Hamas em Gaza Durante as operações terrestres, as FDI informaram que soldados mataram inúmeros combatentes e destruíram infraestrutura do Hamas, incluindo túneis, prédios utilizados para fins terroristas, postos de lançamento de mísseis antitanque e observatórios. 

Em Gaza, a Defesa Civil, controlada pelo Hamas, registrou 12 mortos em disparos de armas de fogo ou ataques nesta segunda-feira. Leia mais: “Hamas sofre pressão interna e negocia com Israel” As forças israelenses atuam dentro da Faixa de Gaza desde o ataque liderado pelo Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023, no qual cerca de 1,2 mil pessoas foram mortas e 251 sequestradas. 

O número de baixas do lado israelense na ofensiva terrestre e nas operações militares na fronteira com Gaza é de 441. 

Durante esse período, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas, mais de 57 mil pessoas morreram na Faixa. O total divulgado pelo Hamas não pode ser verificado de forma independente e não distingue civis de combatentes. 

Israel afirma ter eliminado cerca de 20 mil militantes em combate até janeiro, além de outros 1,6 mil terroristas no território israelense durante o ataque do grupo terrorista que desencadeou a guerra.

Revista Oeste

'Não fazem nada no Brasil além de perseguir Bolsonaro', diz Trump

 Em uma publicação, presidente dos Estados Unidos criticou as ações contra o aliado e disse para as autoridades brasileiras o deixarem em paz


Donald Trump e Jair Bolsonaro; presidente dos Estados Unidos saiu em defesa do aliado | Foto: Alan Santos/PR 


As acusações de interferência judicial e perseguição política contra Jair Bolsonaro (PL) voltaram a repercutir fora do Brasil depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sair em defesa do aliado. Segundo o republicano, as autoridades brasileiras têm se dedicado apenas a perseguir o ex-presidente. “O Brasil está fazendo uma coisa terrível no tratamento ao ex-presidente Jair Bolsonaro”, escreveu Trump. 

“Eu tenho observado, assim como o mundo, enquanto eles não fazem nada além de persegui-lo, dia após dia, noite após noite, mês após mês, ano após ano!” 


Paulo Figueiredo - : Donald Trump sai em defesa de @jairbolsonaro! O presidente dos EUA acaba de postar em sua rede Truth Social: "O Brasil está fazendo uma coisa terrível no tratamento ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Eu tenho observado, assim como o mundo, enquanto eles não fazem nada Mostrar mais 


A declaração foi feita nesta segunda-feira, 7, em uma publicação na plataforma Truth Social. Trump criticou o que chamou de “tratamento injusto” das autoridades brasileiras em relação a Bolsonaro. O ex-mandatário é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Trump afirmou que Bolsonaro está sendo perseguido por ter “lutado pelo povo”. Também classificou a eleição vencida por Luiz Inácio Lula da Silva como “muito apertada” e reforçou que Bolsonaro lidera as pesquisas para as eleições de 2026. 

Segundo ele, a Justiça brasileira está fazendo com Bolsonaro o mesmo que ele teria enfrentado nos Estados Unidos: uma “perseguição a um opositor político”. “Deixem Bolsonaro em paz”, declara Trump 

O julgamento de Bolsonaro no STF pode ocorrer entre agosto e setembro, depois do prazo final para as alegações das defesas. O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes, alvo de críticas de Trump e seus aliados. Trump comparou o processo contra Bolsonaro a uma “caça às bruxas”, expressão que já usou ao defender outros aliados, como Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel. Disse ainda que o único julgamento que deveria ocorrer é o das urnas. 

“Isto se chama eleição”, acrescentou o presidente dos Estados Unidos. “Deixem Bolsonaro em paz”


Tensão entre Brasil e Estados Unidos 

As críticas se somam a uma ofensiva jurídica internacional. A Trump Media e a plataforma Rumble acionaram a Justiça dos EUA contra Moraes, acusando-o de perseguição política e censura, citando episódios como a suspensão da rede social X (antigo Twitter) no Brasil em 2024. 

Em maio, o senador norte-americano Marco Rubio afirmou que Moraes pode ser alvo de sanções nos EUA com base na Lei Global Magnitsky, usada para punir autoridades envolvidas em violações de direitos humanos. Segundo os autores da ação, decisões do ministro afetam políticos, jornalistas e cidadãos críticos do governo Lula ou do próprio STF.

Moraes tem 21 dias para responder formalmente ao processo, conforme a legislação dos Estados Unidos. 

Raquel Dias - Revista Oeste