terça-feira, 31 de outubro de 2017

A tentativa de barrar o Uber expõe o Brasil retrógrado

O movimento de taxistas e de certos segmentos da política nacional em barrar o Uber nada mais é do que uma mostra cruel do Brasil retrógrado, que subsiste, apesar da inequívoca certeza de que a concorrência beneficia o usuário.

A Câmara dos Deputados dará a palavra final sobre o assunto, depois que o Senado mexeu nesta terça-feira no projeto aprovado inicialmente na Câmara.

O Brasil não pode tratar dos interesses da maioria de seu povo de forma ideológica. Muito menos contemplando a manutenção de privilégios que trazem prejuízos ao usuário.

Quem disse que o transporte de passageiros é monopólio de taxistas? Os próprios taxistas e os proprietários de levas de táxis que não querem perder vantagens.

Que os táxis sejam eficientes e encarem a concorrência. Se não têm competência, saiam do caminho.

Simples assim!

Lula e Bolsonaro não passam de diversionismo. Esquentam os lugares dos verdadeiros concorrentes

É impossível no momento afirmar com alguma chance de acertar o que vai ocorrer nas eleições presidenciais de 2018. As pesquisas hoje remetem Lula e Bolsonaro ao segundo turno.

É possível? Claro que sim.

Afinal, este país já elegeu Collor, Lula duas vezes, Dilma, duas vezes. Que país sério cometeria tal desatino?

Nenhum, claro!

Num país sério, os três três estariam no xadrez. De segurança máxima. Como qualquer corrupto.

Mas, no Brasil... com juízes como Lewandowski, Gilmar, Toffoli, Marco Aurélio... tudo pode acontecer. Inclusive, nada.

Então, não dá para enxergar nesse momento o que virá nas eleições do próximo ano.

Como nas eleições de 1989 e de 1994, somente cinco ou seis meses antes do pleito saberemos quem são os candidatos reais e aqueles que agregarão forças para a vitória em outubro.

Por enquanto, Lula e Bolsonaro não passam de diversionismo. Esquentam os lugares dos verdadeiros concorrentes. Que mostrarão as caras nas convenções partidárias.


Assista a vídeo que mostra o terrorista de NY

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Vídeos mostram tentativa de fuga e prisão de atropelador de NY; veja

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Emílio Odebrecht depõe a Moro sobre Bendine; assista ao vídeo

O Estado de São Paulo


Patriarca da Odebrecht foi arrolado como 

testemunha de defesa de seu filho Marcelo

 em ação penal sobre propinas da 

empreiteira ao ex-presidente do Banco do

 Brasil e da Petrobras




Com texto favorável às empresas, Senado aprova regulamentação de Uber e apps

Julia Lindner e Renan Truffi, O Estado de S.Paulo

Texto-base do projeto do Uber é aprovado no Senado, ressalvadas as emendas
Motorista do Uber protesto contra o projeto de regulamentação do serviço do lado de fora do Congresso Foto: Eraldo Peres/AP
Com mudanças favoráveis às empresas de transporte privado de passageiros, o Senado aprovou, por 46 votos a 10, na noite desta terça-feira, 31, o texto-base do projeto que regulamenta empresas como Uber, Cabify e 99. Como a proposta sofreu alterações, terá que voltar para a Câmara dos Deputados, onde foi aprovada em abril.
O projeto aprovado na Câmara era visto como "pró-taxista". Respeitando acordo firmado durante reunião de líderes, ao longo da tarde, os parlamentares retiraram, através da aprovação de duas emendas, a obrigatoriedade do uso de placas vermelhas e também a imposição de que apenas o dono do veículo pode dirigi-lo. Além disso, foi retirado o ponto que possibilidade da prefeitura regulamentar o serviço e também o trecho que restringia o veículo a circular apenas na cidade onde foi registrado.
O relator da proposta no plenário, senador Eduardo Lopes (PRB-RJ), disse que buscou uma mediação entre as empresas e os taxistas.
"É muita pretensão querer que o Plenário, composto por 81 senadores, viesse a aprovar sem nenhuma mudança, para que não voltasse para a Câmara. E foi o objeto de toda a discussão hoje na reunião de líderes", defendeu Lopes. "O Senado tem, sim, o seu dever, tem o seu papel constitucional de Casa revisora e, como o projeto nasceu na Câmara, cabe ao Senado mudar e alterar aquilo que ele acha que tem que ser mudado e alterado."

Nova York não se dobra ao terror. Continua alegre, espontânea

Vinte minutos após um maluco jogar um caminhão sobre pedestres em Manhattan nesta terça-feira, provocando a morte de oito pessoas, e ferimentos em pelo menos outras dez, a área onde ocorreu o atentado estava cercada. Apesar do barulho ensurdecedor de ambulâncias, bombeiros e de veículos da polícia a vida continuava normal nas lojas, lanchonetes, bares e ruas da vizinhança.


Prefeito Bill de Blasio


Resultado de imagem para prefeito de NY

E não mais que 40 minutos após o atentado, o prefeito de Nova York, Bill Blasio, e chefes da polícia estavam na TV informando aos habitantes e aos milhões de turistas o que havia acontecido. Embora os prédios mais próximos tenham sido evacuados rapidamente e vida continuou normal. Apesar do crime, a cidade continua sorrindo.

Nova York parece ter entendido que não há alternativa, exceto seguir em frente. "Não podemos nos dobrar ao terror', declarou o senador John McCain, logo após o atentado de 11 de setembro de 2001. E acrescentou: "Vamos ao teatro, aos museus, aos parques, às lojas... Eles não nos vencerão".

Esse é o espírito da cidade que nunca dorme, cantada por Frank Sinatra.

Nova York recebeu em 2016 cerca de 60 milhões de visitantes. O número não para de crescer. O que sugere que o terrorismo jamais derrotará a alegria da cidade.

Hoje, testemunhamos mais uma vez a forma altaneira como Nova York reage aos agentes do terror.

Viva NY!




A rede americana CBS divulgou uma foto que seria de Sayfullo Saipov, o homem de 29 anos nascido no Uzbequistão e acusado de matar, com um caminhão, oito pessoas em Nova York.

Perícia aponta fraude em 9 de cada 10 financiamentos agrícolas do BB

Julia Affonso e Fausto Macedo - O Estado de São Paulo

Foto: Paulo Vitor/Estadão
Laudo pericial da Polícia Federal revela que, de cada 10 contratos de financiamentos agrícolas operados pelo Banco do Brasil na região de Ribeirão Preto (SP), 9 foram marcados por fraudes, entre 2012 e 2015. Os prejuízos, segundo investigação interna do próprio BB, alcançam R$ 44 milhões.
Os dados foram revelados na Operação Turbocred, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira, 31. Os policiais cumprem 39 mandados de buscas em São Paulo, Minas, Mato Grosso, Espírito Santo e Goiás. A PF faz batidas em residências de tomadores de empréstimos fraudulentos, funcionários e ex-funcionários do BB, e de ‘laranjas’.

O delegado Victor Hugo, que comanda a missão da PF, destacou que os peritos criminais federais analisam contratos de financiamentos que somam R$ 59 milhões. A perícia foi realizada com base em documentos – contratos de financiamentos agrícolas – recolhidos na primeira fase da Turbocred, em 2016.
Victor Hugo ressaltou que os fraudadores agiam em duas frentes, pelo menos.
Um primeiro grupo fazia contrato falso de arrendamento de terras, mas de fato não detinha posse nem domínio da área. Ainda assim obtinha sinal verde para o financiamento. “A atividade agrícola nunca existia, eles embolsavam o dinheiro”, afirma o delegado.
Um segundo núcleo de golpistas atuava de outra forma. Esses investigados até tinham a propriedade das terras, mas os imóveis eram arrendados para terceiros que tomavam empréstimos – da mesma forma, porém, não desenvolviam nenhuma atividade agrícola.
A PF constatou que 90% dos contratos eram fraudados.
Simultaneamente às investigações da PF, o Banco do Brasil fez uma apuração interna e verificou prejuízos de R$ 44 milhões em decorrência desses contratos.

"O custo da governança", editorial do Estadão

Michel Temer tem sido mais eficiente 

que seus antecessores petistas porque 

governa com o Congresso, e não 

comprando o Congresso


A oposição ao governo de Michel Temer costuma acusar o presidente de “comprar” o apoio de partidos e parlamentares com verbas e cargos, já que, com baixa popularidade, não conseguiria governar de outra forma. Teria sido assim, segundo essa acusação, que Temer obteve os votos necessários na Câmara para escapar das denúncias de corrupção.
Tal versão procura caracterizar o governo de Temer como essencialmente dependente do fisiologismo do Congresso – dependência que, conforme dizem os opositores, faz o presidente gastar mais com deputados corruptos do que com as necessidades do País. “O Temer gastou R$ 14 bilhões comprando deputado”, disse o chefão petista Lula da Silva, referindo-se à votação da primeira das duas denúncias contra o presidente, dando o tom das críticas ao governo. O ex-presidente acrescentou que Temer gastaria “mais R$ 12 bilhões” e com todo esse dinheiro “daria para resolver o problema da educação”. E arrematou: “O que é melhor para o País? Investir em educação ou gastar com deputado para votar?”.
A bravata de Lula é obviamente simplista, como costuma acontecer em discursos políticos, particularmente nos pronunciamentos do ex-presidente, que nunca desceu do palanque. Apesar disso, não foi preciso muito esforço dos petistas para disseminar a ideia de que o governo Temer só continua de pé porque apelou para o mais rasteiro toma lá dá cá, em proporção jamais vista na história do País, e que está “enfraquecido” diante de uma presumida “inflação” no custo dos deputados em troca de apoio daqui para a frente.
O problema dessa versão é que ela é falsa. O custo da governança de Temer – isto é, o quanto o presidente precisa gastar, em verbas e cargos, para obter os votos necessários para aprovar os projetos de interesse do Executivo ou impedir ações da oposição – foi até aqui muito mais baixo do que o de Lula e de Dilma Rousseff. Foi a conclusão a que chegou o cientista político Carlos Pereira, professor da Fundação Getúlio Vargas, que ajudou a desenvolver um método para mensurar a eficiência do governo na sua relação com o Congresso. Carlos Pereira expôs os resultados de seu estudo em artigo na Folha de S.Paulo.
A medida é composta pela quantidade de Ministérios disponíveis, pelos recursos que o governo aloca entre os Ministérios que acomodam integrantes da coalizão e pelo valor das emendas dos parlamentares ao Orçamento que o presidente libera. O resultado é um Índice de Custos de Governo (ICG), de zero a 100 pontos. O governo de Michel Temer, até aqui, teve média de 15,4 pontos, o nível mais baixo da série histórica proposta por Carlos Pereira. Com Dilma Rousseff, o ICG médio foi de 58 pontos no segundo mandato e de 88,1 pontos no primeiro. Já Lula – aquele que se queixa de que Temer gasta mais com deputados do que com educação – chegou a 90,6 pontos no primeiro mandato e a 95,2 pontos no segundo.
Apesar dos custos de governança muito mais baixos que os de seus antecessores, Temer conseguiu aprovar projetos impopulares e controvertidos, como o teto dos gastos, a reforma trabalhista, a mudança do marco regulatório do petróleo e a reforma do ensino médio. E tudo isso em meio a uma incessante barragem de denúncias de escândalos e acusações diversas.
O segredo, conforme concluiu Carlos Pereira, é que Temer gerencia melhor a coalizão que sustenta seu governo. Em seu estudo, ele mostra que Lula e Dilma privilegiaram o PT na divisão dos recursos disponíveis, ao passo que Temer, além de gastar menos, concedeu mais recursos para os integrantes da coalizão do que para seu partido, o PMDB. Além disso, Temer montou uma coalizão com perfil ideológico razoavelmente homogêneo, ao passo que as coalizões nos governos petistas foram marcadas pela heterogeneidade – e é mais caro manter o apoio de partidos que só se juntaram ao governo em razão das verbas e dos cargos prometidos. Por fim, na divisão dos cargos, Temer compartilha mais o poder com os aliados do que Lula e Dilma fizeram em sua época.
De tudo isso se conclui que Temer, em situação bem mais adversa, tem sido mais eficiente que seus antecessores petistas, porque governa com o Congresso, e não comprando o Congresso.

CPI da Previdência vende uma ilusão ao afirmar que não há déficit, diz procurador

Contas Abertas

Confira o artigo de Júlio Marcelo de Oliveira é procurador do Ministério Público de Contas junto ao Tribunal de Contas da União:


Nesta segunda-feira (23/10), foram divulgadas as conclusões da CPI da Previdência. Conforme se esperava, suas conclusões, com ares de evidência científica, sustentam que não há déficit na seguridade social e que, portanto, não haveria necessidade de reforma da previdência.
Não obstante as boas intenções dos integrantes da CPI, o relatório é um desserviço ao país ao vender à sociedade brasileira uma ilusão. Muito pior que as ilusões eleitorais, que prometem o céu na terra, cenários paradisíacos, sem correspondência com a prática governamental implementada por quem vence as eleições, é a negação de problemas graves reais, que já comprometem o presente e irão comprometer ainda mais o futuro. Como bem ensina a sabedoria popular, o pior cego é o que não quer ver, o que nega seus problemas e com isso tem o dom de agravá-los.
O relatório repete o que já vinha sendo divulgado em vídeos produzidos por sindicatos e que circulam pela internet. Tirando o foco da previdência do setor privado, que é deficitária, tanto a urbana, como a rural, concentra sua atenção na seguridade social, que engloba saúde, assistência social e previdência.
Somando-se todas as fontes de receitas previstas para a seguridade social e desconsiderando-se a DRU (desvinculação de receitas da União), vista como um desvio indevido de recursos da seguridade, e os gastos com previdência do setor público (servidores e militares), haveria uma sobra de recursos, um superávit e disso adviria a conclusão panglossiana de que não haveria necessidade de reforma alguma.
Há um conjunto de erros graves na construção desse raciocínio. Primeiro, evitar o foco apenas na questão previdenciária, claramente deficitária. Alegam que não seria possível ou correto fazer isso, uma vez que há receitas destinadas à seguridade como um todo e que, por isso, a análise teria de ser global.
O que estão dizendo, em verdade, é que pouco se importam se a previdência do setor privado é deficitária e tem de ser coberta por recursos que poderiam ir para a saúde e para assistência social. Quanto maior o déficit da previdência do setor privado, menos recursos estarão disponívels para a saúde e assistência social. É curioso que pessoas que defendem mais recursos para a saúde não percebam que ela concorre de forma desigual com a previdência, que, pelas regras atuais, tem crescimento vegetativo superior ao crescimento do PIB e da arrecadação. É uma escolha alocativa errada priorizar gastos com previdência em detrimento de gastos com saúde.
O segundo erro crasso é desconsiderar a DRU dos cálculos, como se ela fosse um golpe contra a seguridade, um desvio de recursos, que pudesse ser corrigido com facilidade e simplicidade. Ignoram que a DRU serve fundamentalmente para custear o gasto com a previdência do setor público federal.
Do ponto de vista meramente jurídico, os gastos com inativos do setor público federal, civis e militares, não integram o orçamento da seguridade social, mas o orçamento fiscal. Trata-se de uma distinção jurídica, mas que não tem, no âmbito da discussão previdenciária, nenhum sentido econômico, uma vez que esse déficit tem de ser coberto onde quer que esteja ele classificado, seja na seguridade social, seja no orçamento fiscal. Dizer que o gasto com inativos do setor público, civis e militares, é o não é seguridade, não muda em nada a gravidade do problema e a necessidade de seu reparo.
Para o contribuinte brasileiro, que já arca com carga tributária de país rico, mas tem serviço público de país atrasado, pouco importa se o seu dinheiro foi usado para pagar a aposentadoria do empregado do setor privado ou a do servidor público federal. É dinheiro gasto com previdência, que requer cada vez mais dinheiro desse contribuinte, deixando os serviços públicos com cada vez menos dinheiro.
Ignorar, portanto, a DRU e sua principal finalidade, é fingir que um rombo previdenciário bilionário não existe ou que ele possa ser facilmente coberto por uma outra fonte de recursos que ninguém sabe qual seria.
O terceiro erro grave é não olhar para o futuro próximo e para o médio e longo prazo. O que deve determinar as regras de um regime previdenciário, para que esteja em equilíbrio e não drene recursos que poderiam ser usados em outras finalidades, são as projeções demográficas. Manter uma adequada relação entre trabalhadores ativos e aposentados e pensionistas é fundamental para esse equilíbrio.
Mesmo que a previdência atual fosse equilibrada, o que está longe de ser verdade, bastaria olhar as projeções demográficas da sociedade brasileira para constatar a necessidade de uma reforma que assegure a sustentabilidade do sistema. O aumento da expectativa de vida e as quedas das taxas de natalidade resultam em rápido envelhecimento da população brasileira. Estima-se que teremos no Brasil em menos de cinquenta anos uma transição demográfica já em curso que países ricos levaram mais de cem anos para experimentar. O déficit atual da previdência, tanto do setor privado como do público, são apenas reveladores do quão atrasada já está esta reforma. Deveria ter sido feita antes que déficit houvesse.
Falta ao relatório da CPI não apenas essa visão prospectiva, mas também um olhar horizontal sobre como funciona a previdência no mundo todo. Se países tão ricos como Alemanha, Japão, França, EUA e Inglaterra aposentam os trabalhadores com idades em torno de 67 anos, porque nós, que somos pobres, deveríamos conceder aposentadorias para trabalhadores de 55 anos, em média? Se um país rico e envelhecido como o Japão gasta 8% do seu PIB com aposentadorias, tem sentido um país ainda não tão envelhecido e de renda média como o Brasil gastar 10% com previdência?
Aposentadorias precoces vão ajudar ou atrapalhar nosso desenvolvimento? Vão agravar ou minorar nossa desigualdade social? Cada pessoa aposentada significa uma despesa obrigatória de caráter continuado que será custeada pelo resto da sociedade sem nenhuma contrapartida em termos de serviços públicos. Se o modelo é deficitário, significa que recursos que poderiam ir para saúde, educação, segurança e infraestrutura serão destinados ao pagamento de aposentadorias. Quanto maior o déficit, menos serviços públicos.
Por incrível que pareça, o gasto social do Brasil em percentual do PIB (24,5%) é superior ao do Canadá (21,3%) e do Reino Unido (24,0%) e próximo ao da Alemanha (27,3%). Ocorre que mais da metade desse gasto (12,4%) é feito com previdência e assistência social. Gastamos apenas 6% com educação pública e 4,8% com saúde pública, 0,5% com Bolsa-Família e 0,8% com Seguro Desemprego e Abono Salarial.
Os números são eloquentes, assim como o é nosso atraso econômico e social. Ao negar a necessidade de reforma da previdência, o que a CPI da Previdência nos diz é que está bom gastarmos cada vez mais com aposentadorias em vez de aumentarmos os gastos com saúde e educação. Um verdadeiro tiro no pé.

Emmy Internacional cancela homenagem a Spacey após acusação de assédio

Com UOL


A Academia Internacional de Artes e Ciências Televisivas, responsável pelo Emmy Internacional, anunciou na última segunda-feira (30) que não irá mais homenagear o ator Kevin Spacey na cerimônia de premiação deste ano.
Spacey, que foi acusado de assediar o ator Anthony Rapp quando o colega tinha apenas 14 anos, iria receber o International Emmy Founders Award, um prêmio honorário dedicado àqueles que contribuíram para aprimorar a qualidade da televisão. Shonda Rhimes ("Grey's Anatomy") e J.J. Abrams ("Lost" e "Westeworld") estão entre os que receberam a honraria.
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"A Academia Internacional anuncia que, à luz dos recentes eventos, não irá honrar Kevin Spacey com o International Emmy Founders Award de 2017", anunciou a instituição por meio de uma declaração oficial.

Entenda o caso

Em entrevista ao site "BuzzFeed News", Anthony Rapp, no ar em "Star Trek: Discovery", relatou que o incidente ocorreu em uma festa na casa de Spacey, quando tinha 14 anos e o colega, 26. Ele estava sentado na beira de uma cama, quando o vencedor do Oscar, hoje com 58 anos, entrou no quarto, aparentemente bêbado.
Divulgação
Anthony Rapp como Paul Stamets na nova série: "Star Trek: Discovery"Imagem: Divulgação
"Ele me carregou no colo como um noivo carrega a noiva. Mas eu não me afastei inicialmente, porque estava me perguntando: 'O que está acontecendo?'. Ele, então, se deitou em cima de mim", contou Rapp, acrescentando que conseguiu se desvencilhar e escapar. 
Em nota, Kevin Spacey disse estar "horrorizado" pelo relato, e afirmou que não se lembra do encontro. "Mas se eu tiver me comportado da forma como ele descreve, devo a ele as mais sinceras desculpas pelo que teria sido um comportamento etílico inapropriado". Spacey afirmou ainda que "admira" Rapp. "Eu sinto muito pelos sentimentos que ele diz ter carregado por todos esses anos."
O astro também fez revelações sobre a própria sexualidade: "Amei e tive relacionamentos românticos com homens, ao longo da minha vida, e escolhi hoje viver como um homem gay. Quero lidar com isso de forma honesta e aberta, e isso começa comigo examinando meu próprio comportamento."

Após sofrer queda, Lewandowski é internado em hospital em São Paulo

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Moro autoriza provas da Odebrecht em investigação sobre palestras de Lula

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Sob Temer, desemprego provocado pela dupla corrupta Lula-Dilma despenca lentamente: a 12,4%

Lucas Vettorazzo - Folha de São Paulo


A taxa de desemprego no país no terceiro trimestre deste ano recuou para 12,4%, divulgou o IBGE na manhã desta terça-feira (31).

No trimestre encerrado em junho, a taxa havia sido de 13%. As informações são da Pnad Contínua, pesquisa de emprego de abrangência nacional do instituto.

A taxa do terceiro trimestre foi a menor do ano até o momento. Ela é, contudo, a maior para trimestres encerrados em setembro desde o início da série histórica, iniciada em 2012.

O país encerrou o terceiro trimestre com 12,9 milhões de pessoas desocupadas, que são pessoas sem emprego mas que estão em busca de oportunidade. O dado representa queda de 3,9% em relação ao trimestre encerrado em junho. Havia ao final de setembro, 524 mil pessoas a menos na fila do emprego.

No terceiro trimestre de 2016, a taxa de desemprego havia sido de 11,8%. O contingente de desempregados na ocasião era de 12,022 milhões de pessoas.
O país encerrou setembro deste ano com 91,1 milhões de pessoas ocupadas, que são pessoas efetivamente empregadas. O indicador teve alta de 1,2% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 1,6% frente a igual trimestre de 2016.

A queda do desemprego ocorre pelo aumento do emprego informal em detrimento de postos com carteira de trabalho assinada.

"O diagnóstico tem se repetido neste ano. O desemprego cai a medida que aumenta a geração de vagas sem carteira ou por conta própria. Na outra ponta, o trabalho com carteira assinada está nos menores níveis da série histórica", afirma o corrdenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.



INFORMALIDADE

O desemprego continua a recuar, portanto, devido à geração de postos de trabalho informais no país. O Brasil atingiu no trimestre encerrado em setembro a marca de 10,9 milhões de pessoas ocupadas no setor privado sem carteira assinada.

Na passagem do segundo para o terceiro trimestre deste ano, 288 mil pessoas passaram a trabalhar sem carteira assinada. A alta no período foi de 2,7%.
No intervalo de um ano —entre o trimestre encerrado em setembro deste ano e igual período do ano passado- o contingente aumentou em 641 mil pessoas, tendo registrado alta de 6,2%.

O trabalhado por conta própria, donos de empresas que não têm funcionários contratados, também continua a avançar e contribuir para o recuo da taxa de desemprego. Esse grupo de trabalhadores, segundo o IBGE, é formado em sua maioria por pequenos empreendedores.

Ao final de setembro deste ano, o país possuía 22,9 milhões de pessoas nessa situação —alta de 1,8% ou 402 mil pessoas em relação ao trimestre imediatamente anterior. Na comparação anual, o crescimento desse contingente foi de 1,056 milhão de pessoas, ou de 4,8%.

Apesar de contribuir para a melhora dos indicadores de desemprego, o chamado emprego informal é considerado de menor qualidade em relação ao emprego com carteira assinada.

"A crise 'informalizou' muito o mercado de trabalho. A carteira assinada ainda é um instrumento que fomenta tomada de crédito pela população, além de garantir benefícios como 13º salário, férias remuneradas e fundo de garantia, que ajudam a movimentar a economia. O movimento contínuo de queda do trabalho formal é algo ruim", disse.

Na outra ponta, o emprego com carteira assinada continua a cair -em setembro eram 33,3 milhões nessa situação. Na passagem do segundo para o terceiro trimestres, houve queda de 31 mil pessoas nessa condição, ou 0,1%. No intervalo de um ano, 810 mil pessoas deixaram postos de trabalho com carteira assinada.


segunda-feira, 30 de outubro de 2017

"A turma do jatinho não quer você de Uber", por Ana Paula Henkel

O Estado de São Paulo


Desconheço a posição do pré-candidato Luciano Huck sobre os táxis, no máximo lembro do antigo sucesso da sua primeira-dama, mas uma declaração recente dele me deixou de cabelo em pé. Logo ele que se empenha tanto em consertar latas velhas.
Falando no mesmo tom do socialista Bernie Sanders daqui, Huck disse que “não adianta achar que o liberalismo, o livre mercado e o Estado mínimo tornarão o Brasil menos desigual”, ignorando informações básicas sobre economia como o ranking de liberdade econômica da The Heritage Foundation que prova, sem margem para dúvidas, que liberalismo e desenvolvimento humano caminham juntos. O apresentador mostrou seu ceticismo em relação ao capitalismo num evento de empreendedorismo, mostrando que o Brasil nunca vai deixar de surpreender. Como dizia o insuperável Millôr, uma ideologia quando fica bem velhinha vem morar no Brasil.
Se este liberal não é assim tão liberal em economia, outros socialistas cariocas parecem mais dispostos a quebrar o tabu. Gregório Duvivier e Fernanda Torres, por exemplo, já exaltaram o Uber nas redes sociais e na imprensa, provando que socialismo é bom mesmo para os outros.
Os táxis são quase tão antigos quanto os carros e as leis que regulam o serviço não são nada menos antiquadas, inadequadas e retrógradas, como o Uber mostrou de forma tão contundente. O aplicativo é uma solução de mercado para um problema de mercado. Ele ajuda a demanda de serviços de transporte particular encontrar uma oferta ampla, diversificada e acessível, uma oportunidade de trabalho ou de complemento de renda para milhares de brasileiros. É esse livre mercado que Huck parece não entender completamente ou não gostar.

Não há nada que justifique moral, social ou economicamente a idéia de que o Estado deve ditar quem pode disputar a preferência do usuário por este tipo de serviço. Se o motorista está habilitado para dirigir, se seu carro está ordem, se o aplicativo pré-seleciona seus motoristas para você pensando na sua segurança e na qualidade do serviço, o que a burocracia governamental tem a ver com essa relação privada? Como a história já provou, burocrata não regula bem.
O bordão de Benito Mussolini “Tudo no Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado”, pedra fundamental do fascismo, parece ter sete vidas. O Uber e seus similares não são perfeitos, nada humano é, mas o serviço regulado pelo mercado, pela decisão livre do consumidor, é sempre preferível às malfadadas soluções governamentais. Não basta para os políticos dirigirem (mal) a nação? Deixem os carros em paz.
A motivação por trás dos defensores do monopólio atual é criar dificuldades para a maioria silenciosa enquanto vende facilidade para a minoria organizada, barulhenta e violenta que luta pela reserva de mercado. O Estado está, como sempre, usando recursos públicos para fazer negócios privados, socializando prejuízos e privatizando lucros. Ao menos até colocarmos liberais no Congresso, como teremos mais uma oportunidade no próximo ano.
Não devemos dar as costas e abandonar os taxistas honestos, dedicados e trabalhadores que gastaram fortunas para entrar neste mercado e atender as insanas demandas do governo. O importante é compensar os taxistas por seu investimento e buscar um modelo de transição que não crie uma concorrência desleal, assim como não se pode impedir a inovação, a livre concorrência e a evolução deste ou de qualquer outro mercado.
Quando o Estado promete “não impedir, apenas regular”, já sabemos como esse filme termina e quem morre no final. A votação, em regime de urgência, da PLC 28/2017, vai na prática estatizar o Uber e similares, asfixiando o que tem de bom e inovador sem dar nada em troca para o consumidor a não ser mais e mais Estado. É o Estado, mais uma vez, querendo decidir por você.
O governo do país com 60 mil assassinatos por ano, que não consegue oferecer o mínimo em segurança, saúde e educação para o cidadão que paga uma carga tributária imoral, deveria derrubar a lei do deputado petista que foi flagrado num vídeo dizendo que o Uber, vejam vocês, deveria ser proibido de deixar “qualquer um” dirigir.
Carlos Zarattini (PT – SP), autor da PLC 28/2017 é do partido que deixou o país na maior crise econômica da história, com milhões de desempregados ávidos por uma oportunidade, qualquer uma, de voltar ao mercado de trabalho. Mas o coração petista bate mais forte pelos sindicatos que alimentam a máquina de votos do partido.
O presidente do Sindicato dos Taxistas de São Paulo, Natalício Bezerra, declarou recentemente que “pobre tem que se conformar que é pobre, o pobre não vai querer o que o rico tem.” Se continuarmos sendo pautados por socialistas e liberais de araque, os pobres podem mesmo perder qualquer esperança de, um dia, andar de táxi ou de Uber. Terão de se contentar com o precário sistema público de transporte e PT saudações.
Quando Reagan disse, logo no discurso de posse, que “na atual crise o governo não é a solução, o governo é o problema”, abriu caminho para 25 anos de crescimento e prosperidade do país que recebeu com a economia combalida, inflação alta e crescimento baixo. Quem sabe um dia poderemos aprender, ao menos uma vez, com os bons exemplos.