segunda-feira, 31 de julho de 2017

Bendine tinha conta corrente de propina com Antônio Carlos, sócio da Arcos e irmão de André Gustavo

Com O Antagonista



No pedido de prisão preventiva, acatado por Sérgio Moro, o MPF mostra que Antônio Carlos, sócio da Arcos e irmão de André Gustavo, "utilizou recursos de origem criminosa para arcar com despesas de hotéis para a família Bendine" em Nova York.
Para o MPF, "há fortes indicativos" de que Bendine mantinha com a dupla de marqueteiros "uma conta-corrente de propina, cujos valores iam sendo utilizados à medida da necessidade do então presidente da Petrobras e familiares".

Comparsa da dupla corrupta Lula-Dilma, Bendine tentou obstruir a Justiça pedindo ajuda de Gilberto Carvalho, também cupincha da dupla Lula-Dilma

Com O Antagonista


Um dos motivos elencados por Sérgio Moro para decretar a prisão preventiva de Aldemir Bendine foi a tentativa de obstrução de justiça do então presidente do BB numa investigação da Procuradoria em São Paulo.
A Operação Cobra encontrou na casa de Bendine anotação sobre encontro com Sebastião Ferreira, seu ex-motorista, para "dissuadi-lo" a depor sobre caronas a Val-Marchiori e entregas de dinheiro em malas.
Relembre o caso aqui.
Sebastião havia dito que Bendine pediu ajuda a Gilberto Carvalho para marcar um encontro com ele. O MPF agora descobriu uma série de ligações de Bendine para o então ministro da Casa Civil de Lula que reforçam o depoimento do ex-motorista.

Senado tem contrato de R$ 8,3 milhões para carros de senadores

Contas Abertas 


A gasolina subiu, mas só quem precisa se preocupar com isso é a população. As autoridades não fazem esse tipo de conta. O Senado Federal, por exemplo, acabou de assinar um contrato de R$ 8,3 milhões para o aluguel de veículos. Os valores incluem também o fornecimentos de combustíveis para os deslocamentos.
De acordo com o contrato, a empresa Quality Aluguel de Veículos será responsável pela prestação de serviços de locação de veículos automotores, sem motorista, incluindo manutenção preventiva e corretiva dos veículos, além do fornecimento de combustível, lavagem automotiva, seguros, taxas e impostos.
O carros devem atender os senadores, o diretor-geral da Casa, assim como o secretário-geral da Mesa e o presidente do Senado, senador Eunício de Oliveira (PMDB-CE).
O contrato mostra que ao todo são 85 carros zero quilômetro a serem utilizados pelos próximos 30 meses. Do total, 83 veículos são do modelo Sentra, sedan, na cor preta com potência mínima de 140 CV. A direção hidráulica ou elétrica, e, o carros possuem ar condicionado, barras de proteção lateral contra impactos, vidros com acionamento elétrico nas quatro portas, travas elétricas nas quatro portas, airbag duplo frontal e lateral, sistema de freios a disco nas quatro rodas.
Na lista de “características” dos veículos ainda estão ABS e EBD nas quatro rodas, película anti-vandalismo nos vidros laterais e traseiro com transparência mínima prevista em lei, bancos com revestimento em couro, encosto de cabeça em todos os bancos dianteiros e traseiros com regulagem de altura, central multimídia e jogo de tapetes emborrachado.
Já os outros dois veículos são do modelo New Azera V6, também nas cor preta. O carro tem potência mínima de 250 CV, direção hidráulica ou elétrica, ar-condicionado com Dual Zone, barras de proteção lateral contra impactos, vidros com acionamento elétrico nas quatro portas, alarme e travas elétricas nas quatro portas, airbag duplo frontal e lateral, sistema de freios a disco nas quatro rodas,
Assim como os outros carros, esses dois contam com ABS e EBD nas quatro rodas, película anti-vandalismo nos vidros laterais e traseiro com transparência mínima prevista em lei, bancos com revestimento em couro, encosto de cabeça em todos os bancos dianteiros e traseiros com regulagem de altura.
No entanto, esses dois carros, contarão com uma central Multimídia mais moderna, com tela touch com rádio integrado com leitor de CD, MP3, GPS, DVD, Bluetooth e USB. Além disso, também estão equipados com câmera de ré e comandos no volante, jogo de tapetes emborrachado, luzes estroboscópicas de LED nas lanternas dianteiras e traseiras, equipado com os demais itens e acessórios de segurança exigidos por lei, não sendo permitida a instalação de qualquer tipo de dispositivo adicional.
No Senado, cada parlamentar tem direito a um carro oficial alugado além dos institucionais. Em 2015, a Casa tinha 127 veículos locados e dois oficiais. Em 2011, a primeira-secretária da Casa decidiu não ter mais frota própria para reduzir gastos com manutenção, peças, lavagem e equipamentos - uma economia estimada em R$ 2,6 milhões.

‘Dissuadi-lo a não depor no MPF’

Julia Affonso e Ricardo Brandt - O Estado de São Paulo



Aldemir Bendine. Foto: Nacho Doce/Reuters

Ao pedir a prisão preventiva do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás Aldemir Bendine, o Ministério Público Federal afirma que ele praticou ‘atos concretos para obstrução de Justiça’ em 2014. A força-tarefa da Operação Lava Jato informou ao juiz federal Sérgio Moro que naquele ano Bendine já estava sendo investigado pela Procuradoria da República em São Paulo.

Documento

Uma das anotações indicava: “01/05: encontro com motorista. 05/05: telefone 10:49 hs p/ mot > p/ dissuadi-lo a não depor no MPF.”
O motorista, segundo os investigadores, é Sebastião Ferreira da Silva, o ‘Ferreirinha’.
“A partir da documentação apreendida, identificou-se que Aldemir Bendine procurou interferir na produção da prova que seria colhida pelo Ministério Público Federal, especificamente o depoimento que veio a ocorrer, por Sebastião Ferreira da Silva, pessoa que havia trabalhado como motorista do investigado no Banco do Brasil”, relatou a Procuradoria a Moro.
Segundo a Lava Jato, em 29 de julho de 2017, Sebastião Ferreira da Silva foi novamente ouvido perante o Ministério Público Federal, ‘oportunidade em que também apresentou o depoimento prestado em 5 de maio de 2014’.
“De se ver, que a data do depoimento exibido (5 de maio de 2014) é idêntica àquela da anotação de Bendine, na qual este registrava em notas o procedimento que adotaria para interferência na investigação ministerial na tentativa de “dissuadi-lo a não depor no MPF.” Aponte-se que no depoimento de 5 de maio de 2014, portanto em tempo anterior ao da busca e apreensão efetuada por ordem desse juízo, Sebastião Ferreira relatou, logo no início de sua oitiva: ‘que tem recebido muita pressão para não declarar nada sobre o que sabe acerca dos fatos sobre os quais passa a depor perante este MPF.’”, narrou a força-tarefa.
Os procuradores relataram a Moro que no depoimento de 29 de julho de 2017, foi perguntado a Ferreira como foi a ‘pressão para não declarar nada sobre o que sabe acerca dos fatos’.
O motorista, afirma a Procuradoria, afirmou que ‘primeiramente Alexandre Abreu, pessoa relacionada a Aldemir Bendine, tentava demover Sebastião Ferreira de prestar depoimento no Ministério Público Federal, inclusive tendo oferecido outro emprego’.
“Sebastião Ferreira relatou também que, por intermédio do então ministro-chefe da Casa Civil da presidência da República, Gilberto Carvalho, o investigado Aldemir Bendine tentou se encontrar com o depoente para evitar o comparecimento dele ao MPF. Sebastião Ferreira relatou que, poucos dias antes do depoimento no Ministério Público Federal, a partir de interferências de Gilberto Carvalho, Aldemir Bendine ligou ao depoente e o pediu para ir no apartamento deste na Rua Bahia, em São Paulo. Todavia, apesar de ter confirmado sua presença, Sebastião Ferreira não foi ao encontro, receoso de que Aldemir Bendine tratasse de assuntos ilícitos na conversa (“mutreta”)”, informou a Procuradoria ao juiz da Lava Jato.
Para o Ministério Público Federal, ‘a credibilidade do depoimento de Sebastião Ferreira ganha amparo na anotação apreendida na casa de Aldemir Bendine, a qual retrata a realização de um telefonema e a intenção deste em ter encontrado com o motorista para evitar o depoimento no Ministério Público Federal, que veio a ocorrer, de fato, em 5 de maio de 2014’.
“A propósito, verificou-se, a partir da quebra de sigilo de dados telefônicos determinada por esse juízo, que ocorreram ligações telefônicas entre Aldemir Bendine e o então ministro da Casa Civil da Presidência da República, Gilberto Carvalho, justamente na época em que Sebastião Ferreira estaria prestes a prestar depoimento relatando fatos criminosos de Bendine ao Ministério Público Federal, notadamente nos dias 29 de abril, 30 de abril, com uma ligação que durou 324 segundos, e 02 de maio de 2014, com ligação que durou 205 segundos”, afirmam os procuradores da Lava Jato.
“Também ocorreram ligações telefônicas originárias de Aldemir Bendine para Gilberto Carvalho, poucos dias após a oitiva de Sebastião Ferreira, a indicar que este ainda, de alguma forma, procurava embaraçar as investigações.”
Os procuradores foram taxativos. “Além de utilizar da influência de uma das mais altas autoridades da República, Aldemir Bendine tentou pressionar o motorista a não depor, por meio de ligações de pessoas estranhas àquele que seria testemunha de fatos ilícitos praticados pelo então presidente do Banco do Brasil.”
Para os procuradores, ‘revelou-se também gravíssima a conduta de Aldemir Bendine em pressionar Sebastião Ferreira a rever suas declarações prestadas ao Ministério Público Federal, com o manejo de queixa-crime pela prática de calúnia para intimidação de Sebastião Ferreira’.
“É tão forte o caráter inibidor da medida adotada por Aldemir Bendine, seja em relação a Sebastião Ferreira, seja em relação a possíveis outras testemunhas que contra ele venham a depor, que o motorista relatou que: ‘tinha receio em prestar novo depoimento, pois Aldemir Bendine, sabendo que o depoente é pessoa simples e com poucos recursos, processou criminalmente o depoente no passado’.”, diz a força-tarefa.
“Os fatos relatados por Sebastião Ferreira ainda em 2014, bem como as anotações apreendidas na residência de Aldemir Bendine, revelam que o último adotou medidas concretas para obstrução de Justiça no recente ano de 2014, fato de elevada gravidade e que possui grande potencial de se repetir se mantido solto o investigado.”

As ligações de Bendine e Léo Pinheiro

Ricardo Brandt, Julia Affonso e Fausto Macedo - O Estado de São Paulo



O Ministério Público Federal encontrou ligações entre o ex-presidente da Petrobrás e do Banco do Brasil Aldemir Bendine, preso desde o dia 27, alvo da 42ª fase da Operação Lava Jato, e o ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro – condenado e candidato a delator.
A força-tarefa destacou no pedido de conversão da prisão temporária em preventiva, contra Bendine, encaminhada nesta segunda-feira, 31, ao juiz federal Sérgio Moro, ligações telefônicas entre os publicitários ligados ao ex-presidente da Petrobrás e Léo Pinheiro.

“Conforme Relatório de Informação nº 109/2017, da Assessoria de Pesquisa e Análise – ASSPA PR-PR15 , Aldemir Bendine registra ao menos uma ligação telefônica com o então presidente do Grupo OAS, Léo Pinheiro, no ano de 2014.”
O documento produzido pelo MPF e anexado ao pedido de prisão mostra que o publicitário André Gustavo, que seria um operador de propinas de Bendine, segundo a força-tarefa, “registrou, apenas no ano de 2014, 27 ligações telefônicas com Léo Pinheiro.

Documento

“Deixando claro havia ampla interlocução entre o operador e o executivo do Grupo OAS, atualmente preso por ordem desse i. Juízo justamente pelo envolvimento em fatos típicos da mesma modalidade.”
OAS. A Lava Jato encontrou na cada de Bendine também documentos que reforçam as suspeitas de ligação do ex-presidente do BB e da Petrobrás com a OAS.
“Na mesma pasta em que se encontravam os documentos relacionados à Odebrecht, foram localizados vários outros, com as mesmas características, na qual Aldemir Bendine, à primeira vista, busca inteirar-se de assuntos da OAS no Banco do Brasil”, destaca o novo pedido de prisão do MPF.
“A referida documentação é indiciária de que a mesma conduta de solicitação de vantagens indevidas potencialmente pode ter ocorrida em face da OAS.”
Um dos docuentos é o cartão de visitas de Mateus Coutinho, diretor financeiro da OAS Investimentos, “que era um dos responsáveis pelo gerenciamento das vantagens indevidas pagas pela OAS a agentes públicos, conforme denunciado”.
Os procuradores afirmam ainda que “documentação referente à OAS, acompanhada de anotações do então presidente do Banco do Brasil, apreendida na residência deste, mesmo após ter deixado o comando da instituição, levanta suspeitas acerca do procedimento relacionado a vantagens que a empresa possa ter usufruído durante a presidência do investigado”.

Prisão de Aécio é ‘medida imprescindível e urgente’, diz Janot. E a de Lula, chefe da organização criminosa, Janot?

Breno Pires e Rafael Moraes Moura - O Estado de São Paulo



Aécio Neves. Foto: Dida Sampaio/Estadão

Em um recurso apresentado no Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira (31), a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu, pela terceira vez, a prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG), no curso da investigação aberta contra o tucano a partir das delações do Grupo J&F, que controla a JBS.
“O recolhimento provisório de Aécio Neves à prisão é medida imprescindível e urgente, não apenas para preservar a ordem pública e a instrução criminal das investigações em curso, mas também por ‘descumpimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares'”, afirmou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no agravo regimental.
O tucano foi suspenso das atividades parlamentares em maio pelo ministro Edson Fachin, que negou na oportunidade prender o senador. No fim de junho, o ministro Marco Aurélio Mello, que assumiu a relatoria do caso, também negou pedido de prisão e decidiu, por outro lado, suspender a restrição que havia sido imposta e devolver Aécio ao Senado. A PGR recorre agora dessa decisão. O novo pedido já se encontra no gabinete do ministro Marco Aurélio Mello. O Broadcast Político apurou que o ministro deverá manter a decisão, pedir a manifestação da defesa de Aécio Neves e, em seguida, levar o recurso para julgamento pela Primeira Turma do STF, que conta também com os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux.
Aécio Neves foi denunciado pela PGR, em 5 de junho, pelos crimes de corrupção passiva e obstrução à investigação de organização criminosa. Em delação premiada, o empresário Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, entregou uma gravação na qual Aécio lhe pede R$ 2 milhões para pagar a defesa dele na Operação Lava Jato. Em ações controladas, a PF e a PGR conseguiram imagens que mostram um primo de Aécio Neves, Frederico Pacheco de Medeiros, e Mendherson Souza Lima, assessor parlamentar, recebendo volumes de dinheiro. A PGR entende que os valores eram propina e que tinham como destinatário Aécio Neves.
“O robusto acervo probatório carreado aos autos desta ação cautelar — com destaque para as provas colhidas no bojo das ações controladas e interceptações telefônicas, todas devidamente autorizadas pelo Ministro Edson Fachin — não deixam dúvidas de que, na época do pedido de prisão, tal como os demais requeridos, o senador Aécio Neves também estava tecnicamente em estado de flagrância em relação aos crime de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e embaraço a investigação criminal que envolve a organização criminosa”, frisou Janot.
Janot pede que, caso a decisão não seja reconsiderada, o Supremo aplique outras medidas alternativas à prisão; entre estas, estariam: proibição de contato de qualquer espécie, inclusive por meios remotos, com qualquer investigado ou réu na “Operação Lava Jato” ou em algum dos seus desmembramentos; proibição de ingresso em quaisquer repartições públicas, em especial o Congresso Nacional, salvo como usuário de serviço certo e determinado ou para o exercício de direito individual desde que comunicado previamente a essa Corte; proibição de deixar o país e obrigação de entregar os passaportes.
Na manifestação, Janot também faz uma comparação entre o pedido de prisão de Aécio Neves e o do senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido). “Na Ação Cautelar n. 4039, o Senador Delcídio do Amaral ostentava situação jurídica idêntica à que ora se analisa em relação ao Senador Aécio Neves. Trata-se, nos 2 casos, de senadores que ocupavam posições de liderança partidária no Senado Federal, fora da respectiva Mesa Diretora; ambos, à época do decreto cautelar, estavam em situação de flagrância pela prática do mesmo crime inafiançável e preenchiam os requisitos previstos nos artigos 312 e 313, inciso I, do Código de Processo Penal para a prisão preventiva para garantia da instrução criminal e também da ordem pública”, afirmou Janot.
Defesa. Em nota, o advogado do senador Aécio Neves, Alberto Zacharias Toron, afirmou que “ainda não teve acesso à manifestação do PGR, mas segue tranquila quanto à manutenção da decisão do ministro Marco Aurélio que, ao revogar as cautelares impostas contra o Senador, promoveu precisa aplicação das regras constitucionais”.
“A renovação de pedido de prisão contra o Senador Aecio representa clara e reprovável tentativa de burla ao texto expresso da Constituição Federal, como já afirmou o Ministro Marco Aurelio”, complementou o advogado.
Conforme publicado pelo Estadão, Aécio Neves, afastado da presidência do PSDB desde maio, deve retomar temporariamente o comando da legenda em agosto para coordenar a eleição e a transição de seu substituto definitivo na presidência do partido. Ao mesmo tempo, tentará evitar o rompimento do partido com o presidente Michel Temer.
A articulação nos bastidores para manter a sigla na base do governo inclui ligações para deputados do PSDB em busca de reverter votos daqueles que são favoráveis à aceitação da denúncia por corrupção passiva contra Temer apresentada pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. A votação da denúncia no plenário da Câmara dos Deputados está marcada para esta quarta-feira, 2.

Moro põe Bendine (comparsa da dupla corrupta Lula-Dilma) em prisão preventiva

Julia Affonso, Ricardo Brandt, Fausto Macedo e Luiz Vassallo - O Estado de São Paulo



Aldemir Bendine. Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

O juiz federal Sérgio Moro colocou nesta segunda-feira, 31, o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás Aldemir Bendine em prisão preventiva. O magistrado acolheu o pedido do Ministério Público Federal e converteu a custódia temporária de Bendine em regime por tempo indeterminado.

A decisão de Moro alcança ainda os irmãos André Gustavo e Antonio Carlos Vieira da Silva, supostos operadores financeiros de Bendine.
“Defiro o requerido pelo Ministério Público Federal, para, presentes os pressupostos da prisão preventiva, boa prova de materialidade e de autoria, e igualmente os fundamentos, risco à ordem pública, à instrução e à aplicação da lei penal, decretar, com base nos arts. 311 e 312 do CPP, a prisão preventiva de Aldemir Bendine, André Gustavo Vieira da Silva e Antônio Carlos Vieira da Silva Júnior”, ordenou Moro.
Bendine foi preso na quinta-feira, 27, na Operação Cobra, 42ª fase da Lava Jato. O ex-presidente da Petrobrás é suspeito de ter recebido R$ 3 milhões em propina da Odebrecht.
Segundo os procuradores, foram encontrados elementos que reforçam as suspeitas contra Bendine e os dois publicitários ligados a ele.
“Na busca e apreensão efetuada na residência de Aldemir Bendine, em São Paulo/SP, foram encontradas anotações que corroboram o depoimento dos colaboradores e revelam que, de fato, Aldemir Bendine informava-se ativamente sobre o arrolamento da dívida da Odebrecht Agroindustrial que baseou seu pedido inicial de propina a Fernando Reis (executivo da Odebrecht), por meio de André Gustavo”, informa o Ministério Público Federal.
Em seu depoimento à Polícia Federal nesta segunda-feira, 31, Bendine negou que tenha recebido propina de R$ 3 milhões da Odebrecht. Ele afirmou que não recebeu valores ilícitos de qualquer empresa Bendine disse, ainda, que tinha boa relação com o publicitário André Gustavo Vieira da Silva, mas negou ter ‘relações profissionais com ele’.
Ao mandar prender Bendine preventivamente, Moro afirmou. “Presente, pelas circunstâncias do crime, risco à ordem pública, sendo necessária a prisão preventiva para interromper um ciclo delitivo de dedicação à prática de crimes contra a Administração Pública, especialmente o recebimento e a intermediação de vantagem indevida, e de crimes de lavagem de dinheiro.”

Lava Jato pede a Moro que prisão de Bendine seja convertida de temporária em preventiva

Marcelo Rocha - Epoca

Bendine durante sua primeira entrevista após o anúncio de que assumirá a presidência da Petrobras (Foto: Reprodução/TV Globo)


A força-tarefa da Lava Jato pediu, nesta segunda-feira (31), ao juiz Sergio Moro a conversão da prisão do ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine de temporária para preventiva. 

O pedido se estende também aos irmãos André Gustavo Vieira da Silva e Antônio Carlos Vieira da Silva. 

O trio está preso desde a quinta-feira (27), alvo da Operação Cobra, a 42ª fase da Lava Jato. Bendine é acusado de receber propina da Odebrecht. 

A prisão temporária vence hoje.

Janot volta a pedir ao STF prisão do senador Aécio Neves


Jailton de Carvalho - O Globo

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, voltou a pedir a prisão do senador Aécio Neves, presidente licenciado do PSDB, no caso em que ele é acusado de pedir e receber R$ 2 milhões do empresário Joesley Batista. 
Janot também pediu para afastamento de Aécio do mandato de senador. 
O primeiro pedido de afastamento e prisão foi rejeitado em decisão monocrática do ministro Marco Aurélio. 
Caberá agora a Primeira Turma decidir sobre o assunto.

Sam Shepard, ator e dramaturgo americano, morre aos 73 anos

Sam Shepard no papel de Spude Jones em
Sam Shepard no papel de Spude Jones em "Flores de Aço" (Foto: Divulgação)

G1

O ator e dramaturgo americano Sam Shepard morreu aos 73 anos.
Ele sofria de esclerose lateral amiotrófica e morreu no domingo (30)
 em sua casa no Kentucky (EUA), cercado pela família, segundo um
 porta-voz.
Samuel Shepard Rogers III nasceu em 5 de novembro de 1943 em
Fort Sheridan, nos Estados Unidos. Fez sua carreira com destaque
para o teatro, com mais de 40 peças escritas.
No cinema, esteve em filmes como "Falcão Negro em Perigo" (2001)
e "Os eleitos" (1983), pelo qual recebeu uma indicação ao Oscar de
ator coadjuvante.

Filme inédito e série na Netflix

Seu último trabalho de mais destaque foi como Robert Rayburn na
série "Bloodline" (2015), da Netflix. Ele também deixa o filme "Never
Here", um thriller ainda não lançado que foi exibido em junho no 
festival de Los Angeles.
Shepard também foi roteirista, autor de livros e diretor. Em 1979,
recebeu o prêmio Pulitzer de Melhor Drama por seu trabalho em
"Buried Child".

Em 2009, foi celebrado como "Um mestre da dramaturgia americana", 
pela Laura Pels International Foundation for Theater Award.
Na Broadway, teve destaque em peças como "La MaMa" e "Caffe
Cino". A filmografia como roteirista inclui filmes como "Paris, Texas" 
(1984) e "O espírito do silêncio" (1993)
O produtor Beau Willimon, que trabalhou com Shepard, lamentou a
morte:




Sam Shepard is one of the greats. These eyes saw so much, and he wrote of what he saw with fearless, timeless honesty. RIP maestro.

Mudança da meta fiscal está sendo analisada, mas atual deve ser seguida, diz Meirelles

Lorenna Rodrigues e Fernando Nakagawa - O Estado de S.Paulo


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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles Foto: Dida Sampaio/Estadão


O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reconheceu que a necessidade de mudança da meta fiscal está sendo analisada, mas ressaltou que, no momento, a meta perseguida pela equipe econômica é a aprovada pelo Congresso Nacional, que admite um déficit de R$ 139 bilhões. "Em relação à questão da meta fiscal, estamos analisando o assunto; no momento a meta anunciada será seguida", afirmou.

Meirelles disse ainda que o governo "não tem planos" no momento para novos aumentos de impostos. "Aumento de imposto não é preferencial, só se for absolutamente necessário", acrescentou.a Fernandes: Risco de revisão de meta fiscal leva a corte de reajuste de servidores
Meirelles disse ainda que há a expectativa de aprovação dos itens mais importantes da reforma da Previdência e que eventuais perdas fiscais em relação à economia esperada com as mudanças originais serão compensadas. "A perspectiva é de aprovação da reforma da Previdência dentro de seus itens mais importantes. O presidente da Câmara dos Deputados (Rodrigo Maia) está empenhado nessa aprovação", afirmou.
De acordo com o ministro, a expectativa é de que o modelo aprovado traga ganhos fiscais no patamar que a equipe econômica julga aceitável. "Só pensaremos em medidas compensatórias caso o benefício fiscal da reforma seja menor do que o necessário. Não acreditamos no momento que será necessária medida compensatória, se for, apresentaremos no momento certo", acrescentou.

Governo fixa meta fiscal de 2017 em um déficit de R$ 139 bilhões
03 de março
Julho/2016
Março/2017
Para chegar à meta, governo anuncia corte de R$ 42,1 bilhões no Orçamento
Apostando em melhora da economia, governo libera R$ 3,1 bilhões e reduz o corte para R$ 39 bilhões
Maio/2017
Julho/2017
Governo é forçado a voltar a cortar R$ 5,9 bilhões nas despesas. Contingenciamento vai a R$ 44,9 bilhões
CRONOLOGIA
Receitas. O ministro disse ainda que não há planos para compensar a perda de cerca de R$ 500 milhões com a correção da alíquota de PIS/Cofins sobre o etanol e que receitas extraordinárias poderão compensar essa perda. Ele afirmou que a equipe econômica trabalha com receitas, como a antecipação da outorga do Galeão e a concessão da raspadinha da Caixa, e está trabalhando "fortemente" para avançar na privatização da Caixa Seguridades e do IRB. "Acreditamos que possa haver recuperação grande da arrecadação ", acrescentou.
O governo monitora ainda a aprovação de projetos que poderão render uma maior arrecadação, entre eles o da reoneração da folha e do novo Refis. Meirelles afirmou que a previsão é que o Refis seja aprovado "tal qual" enviado pelo governo, sem as modificações feitas pelo relator Newton Cardoso (PMDB-MG) que deixaram as condições muito mais vantajosas para os devedores e derrubaram a previsão de arrecadação de R$ 13 bilhões para cerca de R$ 400 milhões. "Certamente, a base aliada do governo está engajada em não aprovar relatório do Refis. Incentivamos as empresas a aderir ao Refis no mês de agosto porque é quando termina o prazo", acrescentou.



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Murilo Rodrigues Alves: Os três Rs responsáveis pela alta dos impostos sobre combustíveis
O ministro atribuiu parte da queda nas receitas às mudanças feitas no projeto de Refis na tramitação no Congresso Nacional. Para Meirelles, empresas deixaram de recolher impostos na expectativa de que teriam "uma série de Refis". "Não terão outras medidas tão generosas como o projeto", afirmou
Infraestrutura. O ministro falou também que o Brasil está criando regras que viabilizam o investimento privado na infraestrutura. Ele citou recentes leilões de aeroportos e energia que trarão investimentos para os próximos 30 anos e disse que novas iniciativas como essas serão realizadas. “Um ambiente econômico mais responsável e previsível é crucial para o crescimento e desenvolvimento econômico”, afirmou.
No encontro, o ministro apoiou ainda o pedido do Brasil de se tornar um país membro da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “Gostamos de saber que contamos com apoio do Reino Unido”, disse Meirelles.
De acordo com o ministro, a reunião foi bastante produtiva e discutiu a cooperação bilateral nas áreas de serviços financeiros, infraestrutura, comércio e investimentos. Em 2016, a corrente de comércio entre os dois países chegou a R$ 16 bilhões.
O ajuste fiscal brasileiro foi discutido nas reuniões, o que, segundo Meirelles, elimina uma grande fonte de instabilidade pela qual o País passou nos últimos anos. Ele afirmou ainda que há uma série de reformas microeconômicas que faz com que o Brasil continue a crescer no ranking dos países com facilidade de se fazer negócios.