quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

‘Aposentados têm que defender a reforma para não perder direitos', diz Rogério Marinho

E Agora, Brasil ? com secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho (centro) Foto: Agência O Globo
E Agora, Brasil ? com secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho (centro) Foto: Agência O Globo

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse nesta quinta-feira que os aposentados têm que defender a reforma da Previdência para não correr risco de perder direitos por falta de capacidade financeira do Estado. Marinho participou do encontro "E agora, Brasil?", promovido por O GLOBO, Extra e Época, com patrocíno da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Ele enfatizou que a reforma significará uma economia de R$ 1,167 trilhão em dez anos, permitindo a recuperação da capacidade de investimento do Estado brasileiro em educação, saúde e infraestrutura, o que "devolverá o Brasil aos brasileiros".

- O Estado faliu, e a sociedade tem que saber disso. Isso vale para União, estados e municípios. Tem estado que não tem dinheiro para botar gasolina em carro de polícia. Nessa situação, o direito fica relativizado - disse Marinho, acrescentando que ele próprio tem parentes aposentados por previdência estadual que não recebem seu benefício há quatro meses.

Ao longo de duas horas, o secretário discorreu sobre os desafios da reforma da Previdência, e respondeu a perguntas da plateia, com intermediação do colunista Ancelmo Gois e da editora executiva Fernanda Delmas. Disse que os governadores estão tendo participação positiva no debate sobre as mudanças, porque estão pressionados pela crise fiscal, especialmente na questão previdenciária. E afirmou que existe clima positivo também no Congresso.
- Não é preciso ter unanimidade. Sabemos que a reforma não é perfeita, e que existem divergências. Mas nunca vi um Congresso tão disposto a aprovar mudanças na Previdência. A reforma será aprovada, porque é inadiável.
Lucila Soares, O Globo