Mensalão em baixa no carnaval
- Produção de máscaras de envolvidos no julgamento cai em relação ao ano passado
- Mandela é aposta de fabricantes para a folia de rua
Leonardo Gorges - O Globo
Encontrar pelas ruas uma máscara de carnaval com o rosto do ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), não vai ser tão fácil quanto no ano passado. Após uma febre de vendas em 2013 - foram mais de 30 mil unidades comercializadas - a procura pelo artigo tem sido bem menor nas lojas especializadas neste ano. Apesar de os personagens do mensalão ainda figurarem como protagonistas na venda de máscaras, um outro nome promete roubar a cena nas ruas em 2014: Nelson Mandela.
Morto em 5 de dezembro do ano passado, o líder da luta contra o apartheid na África do Sul encabeçou a aposta dos fabricantes neste ano. Além dele e de Barbosa, os petistas José Dirceu e José Genoino, condenados no julgamento do mensalão, também deve dar o ar da graça neste carnaval.
Olga Valles, proprietária de uma fábrica de máscaras em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, conta que o ritmo de produção teve de ser intensificado nos últimos dias para poder dar conta da demanda. De acordo com ela, o menor interesse pelos mensaleiros neste ano tem uma explicação:
- O caso já teve o seu desfecho, ficou no passado. É normal que o interesse pelo assunto seja menor.
Outros políticos que também podem aparecer pelas ruas neste ano são figuras conhecidas da população: Lula e Dilma. Quanto ao ex-presidente, Olga realça um aspecto. Entre os dois modelos à disposição para venda - com ou sem barba - um tem clara preferência sobre o outro.
- Ninguém quer (o Lula) sem barba. Quase todos preferem o Lulinha paz e amor, barbudo, que venceu a eleição em 2002.
Ano eleitoral
Com mais de 20 anos de experiência no ramo, a empresária conta haver também um outro fator que influencia a venda de máscaras. Segundo ela, a procura por adereços associados a políticos é sempre menor durante o carnaval em anos eleitorais. Neste ano, das mais de 200 mil máscaras produzidas em sua fábrica, apenas 15% são de figuras políticas, incluindo-se aí os mensaleiros.
— Caso tenhamos um novo presidente no ano que vem, por exemplo, é provável que ele figure entre os mais vendidos.
Morto em 5 de dezembro do ano passado, o líder da luta contra o apartheid na África do Sul encabeçou a aposta dos fabricantes neste ano. Além dele e de Barbosa, os petistas José Dirceu e José Genoino, condenados no julgamento do mensalão, também deve dar o ar da graça neste carnaval.
Olga Valles, proprietária de uma fábrica de máscaras em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, conta que o ritmo de produção teve de ser intensificado nos últimos dias para poder dar conta da demanda. De acordo com ela, o menor interesse pelos mensaleiros neste ano tem uma explicação:
- O caso já teve o seu desfecho, ficou no passado. É normal que o interesse pelo assunto seja menor.
Outros políticos que também podem aparecer pelas ruas neste ano são figuras conhecidas da população: Lula e Dilma. Quanto ao ex-presidente, Olga realça um aspecto. Entre os dois modelos à disposição para venda - com ou sem barba - um tem clara preferência sobre o outro.
- Ninguém quer (o Lula) sem barba. Quase todos preferem o Lulinha paz e amor, barbudo, que venceu a eleição em 2002.
Ano eleitoral
Com mais de 20 anos de experiência no ramo, a empresária conta haver também um outro fator que influencia a venda de máscaras. Segundo ela, a procura por adereços associados a políticos é sempre menor durante o carnaval em anos eleitorais. Neste ano, das mais de 200 mil máscaras produzidas em sua fábrica, apenas 15% são de figuras políticas, incluindo-se aí os mensaleiros.
— Caso tenhamos um novo presidente no ano que vem, por exemplo, é provável que ele figure entre os mais vendidos.