sábado, 1 de março de 2014

Em novos protestos, Maduro, com apoio de Dilma e Castro, prende mais 41 pessoas

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Em novos protestos, Venezuela tem 41 pessoas presas

Manifestantes bloquearam estradas com barricadas e entraram em confronto com as forças policiais, que usaram gás lacrimogêneo para dispersar a multidão

 
Homem enfrenta a Guarda Nacional Bolivariana durante protesto na Venezuela, nesta quinta-feira (27)
Homem enfrenta a Guarda Nacional Bolivariana durante protesto na Venezuela, nesta quinta-feira (27) - Miguel Gutiérrez/EFE

Em mais um dia de protestos contra o governo de Nicolás Maduro, 41 pessoas foram presas pelas autoridades venezuelanas neste sábado por armar barricadas e bloquear estradas no município de Chacao, na região metropolitana de Caracas. Entre os manifestantes detidos estão oito estrangeiros, "procurados por terrorismo internacional", segundo declarou Teresa Maniglia, chefe de imprensa do governo, no Twitter.

 Um dos principais focos dos protestos contra Maduro, Chacao voltou a registrar enfrentamentos entre manifestantes e forças de segurança na noite de sexta-feira. Policiais dispararam várias bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. Confrontos também ocorreram em El Rosal, no leste da capital, onde centenas de pessoas bloquearam ruas e jogaram pedras na polícia. Bombas de gás foram lançadas contra os manifestantes. Serviços de saúde locais informaram pelo menos vinte feridos no protesto, entre eles pessoas intoxicadas pelo gás.

Transtornos - Embora as atividades públicas e comerciais tenham sido suspensas desde ontem por decisão do governo, que aumentou de quatro para seis dias o feriado oficial de Carnaval, em alguns pontos da cidade eram vistas longas filas de veículos devido a bloqueios de vias durante as manifestações. As barricadas também forçaram dezenas de pessoas a andar vários quilômetros para chegar às suas casas e a algumas lojas que abriram na sexta.

Protestos - A Venezuela vive uma onda de protestos desde o dia 12 de fevereiro que levaram a confrontos entre as forças de segurança e grupos violentos que protestam contra as políticas do governo. Os enfrentamentos tiveram como consequência, até o momento, 17 mortes e mais de 200 pessoas feridas.

(Com agências EFE e Estadão Conteúdo)