GUSTAVO URIBE
DÉBORA ÁLVARES
UOL
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Em busca de um substituto para o ministro Teori Zavascki, o presidente Michel Temer começou a avaliar nesta sexta-feira (20) nomes para o cargo que ficou vago no STF (Supremo Tribunal Federal).
Nesta manhã, o peemedebista recebeu em audiências diferentes o ministro Alexandre de Moraes (Justiça) e a ministra Gracie Mendonça (AGU), ambos cotados para a posição.
O presidente também discutiu o assunto com a ex-ministra do STF Ellen Gracie, amiga do peemedebista e que se reuniu com ele no final da manhã.
Em maio, a ex-ministra chegou a ser cotada pelo presidente para assumir o Ministério da Justiça ou o Ministério da Transparência, mas recusou os convites.
"O Brasil perde muito com a morte. Eu convivia com ele como um irmão de criação desde o Tribunal Federal da 4ª Região", disse a ex-ministra. "Era um exemplo para a magistratura brasileira", acrescentou.
Para ela, a própria Suprema Corte encontrará a "fórmula mais adequada" para definir quem ficará com a relatoria dos casos no rastro da Operação Lava Jato.
"O regimento interno tem as suas normas próprias para substituições nesses casos, que já ocorreram antes", disse, relatando que o presidente informou que comparecerá ao enterro do ministro, em Porto Alegre.
Em conversas reservadas, o presidente já manifestou o desejo de indicar um nome de perfil "técnico" e "apartidário", que não desperte desconfianças de que o Palácio do Planalto poderia querer intervir na Operação Lava Jato.
Além de Alexandre e Gracie, outro nome cotado é o do ex-procurador do Ministério Público de São Paulo Luiz Antonio Marrey.
O ministro que substituirá Teori no STF poderia assumir a relatoria da Lava Jato, embora, segundo a Folha apurou, a tendência seja que a presidente da corte, ministra Cármen Lúcia, recorra a uma solução interna e redistribua o processo em sorteio na 2ª Turma, da qual Teori fazia parte.
O colegiado hoje é composto pelo decano do Supremo, ministro Celso de Mello, além de Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Gilmar Mendes.