quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Escrito em 2004, artigo de Sérgio Moro sobre operação na Itália espelha Lava Jato

Jean Galvão
Charge retrata o juiz Sergio Moro, que em 2004 escreveu artigo que evoca situações da Lava Jato
Charge retrata o juiz Sergio Moro, que em 2004 escreveu artigo que evoca situações da Lava Jato

Petróleo encerra 2015 em queda pelo terceiro ano seguido


Extração de petróelo na Dakota do Norte, Estados Unidos - Karen Bleier / AFP



Com O Globo e agências internacionais

Barril do tipo Brent caiu 34% no ano


LONDRES - O preço do petróleo tipo Brent encerra 2015 pelo terceiro ano seguido de queda forte na última sessão de comercialização já que o recorde de oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) criou uma superabundância global sem precedentes que pode impactar nos resultados do próximo ano. Segundo a Bloomberg, as operações a prazo da commodity perderam 32% esse ano.

O barril de Brent para fevereiro fechou o pregão a US$ 37,80 no mercado de Londres, com queda de 34% em 2015, a terceira queda anual seguida, e de 17% em dezembro. Em 2014, o preço caiu 48%. Já o tipo WTI era negociado a US$ 37,79 por barril e caiu 31% no ano, o segundo ano negativo consecutivo após perda de 46% no ano passado, e 12% no mês.

Na quarta-feira, os preços caíram 3%, a US$ 36,46, com os estoques de petróleo dos Estados Unidos aumentando 2,6 milhões barris na última semana, segundo informações da Administração de Informação sobre Energia do país.

As perspectivas imediatas para o valor da commodity continuam fracas. O banco Goldman Sachs diz que preços em torno de US$ 20 por barril podem ser necessários para pressionar o recuo da produção da atividade e permitir um reequilíbrio do mercado. O Morgan Stanley afirma que “ventos contrários estão crescendo para o petróleo em 2016”. A instituição financeira cita elevações contínuas na oferta global disponível, apesar de cortes em produtores de gás não-convencional, e desaceleração da demanda como principais razões.

“A esperança de rebalancear em 2016 continua a sofrer sérios contratempos”, sustentou o banco.

Os comerciantes esperam que o petróleo americano seja disponibilizado aos mercados globais após a retirada da proibição de exportação por 40 anos em dezembro.

PREJUÍZO PARA A INDÚSTRIA

Os preços do barril do Brent chegaram a ficar abaixo de US$ 36 este ano, limpando ganhos da década do ciclo da commodity movimentado pelo boom de demanda por energia da China. A desaceleração foi dolorosa para cadeia de fornecimento de energia, incluindo carregadores, petroleiras e países dependentes do petróleo, como a Venezuela, Rússia e nações no Oriente Médio.

Analistas estimam que a produção de petróleo supere a demanda entre 0,5 milhão e 2 milhões de barris por dia (bpd). Isso significa que até as projeções mais agressivas dos cortes de produção nos Estados Unidos de 500 mil bpd em 2016 provavelmente não seria capaz de reequilibrar totalmente o mercado.

O preço do petróleo começou a cair em meados de 2014 com a produção de gás não-convencional da Opep, Rússia e Estados Unidos ultrapassando a demanda. A crise acelerou no final do ano passado após a decisão da Opep de manter a produção alta para defender a participação no mercado internacional ao invés de reduzir a atividade para favorecer os preços. Em dezembro de 2015, a Opep não fechou acordo sobre metas de produção sob mesmo argumento, já que a organização apoia o retorno da exportação do Irã ao mercado após suspensão das sanções ocidentais.

TEMPESTADE ESVAZIA PLATAFORMAS

Uma forte tempestade no Mar do Norte forçou nesta quinta-feira algumas companhias petroleiras a esvaziar suas plataformas e suspender a produção, com instalações de perfuração sob a ameaça de uma barca à deriva que foi arrancada de sua âncora por fortes ventos.

A BP disse estar evacuando funcionários de sua plataforma Valhall, enquanto a ConocoPhillips interrompeu a produção em seus campos Eldfisk e Embla e estava retirando tripulação de sua plataforma Eldfisk.

"A barca mudou de direção, a BP decidiu fechar a produção (em Valhall) e haverá um esvaziamento total da plataforma”, disse um porta-voz da BP à Reuters, afirmando que havia 71 pessoas na embarcação.






"Feliz olhar novo para o ano que se inicia", por Carlos Drummond de Andrade




       O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história.

       O grande lance é viver cada momento como se a receita da felicidade fosse o aqui e o agora.

       Claro que a vida prega peças. É lógico que, por vezes, o pneu fura, chove demais...

       Mas, pensa só: tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia?

       Quero viver bem! Este ano que passou foi um ano cheio.

       Foi cheio de coisas boas e realizações, mas também cheio de problemas e desilusões. Normal.

       Às vezes se espera demais das pessoas. Normal.

       A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor que acabou. Normal.

       O ano que vai entrar não vai ser diferente. Muda o ano, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas e aí? Fazer o quê? Acabar com seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?

       O que eu desejo para todos nós é sabedoria!

       E que todos saibamos transformar tudo em uma boa experiência!

       Desejo para você esse olhar especial.

       O ano que vai entrar pode ser um ano especial, muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso.

       Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro.

       O ano que vai entrar pode ser o bicho, o máximo, maravilhoso, lindo, espetacular... 

Ou... Pode ser puro orgulho!

       Depende de mim, de você!

       Feliz olhar novo!!!

       Que o ano que se inicia seja do tamanho que você fizer.

       Feliz Olhar Novo para o Ano que se inicia!!!

       Em cada problema um novo desafio...

       Em cada dor um novo aprendizado...

       Em cada dia um novo momento....

FELIZ ANO NOVO

Serviço do WhatsApp sofre interrupções em vários países


WhatsApp fica fora do ar na véspera do Ano Novo - Brent Lewin / Bloomberg

O Globo


Mais de 9 mil reclamações foram feitas a partir das 15h desta quinta-feira

O serviço do WhatsApp, aplicativo de mensagens instantâneas de propriedade do Facebook, apresentou nesta quinta-feira uma série de interrupções no Brasil e em outros países do mundo. Os usuários começaram a se manifestar sobre o funcionamento do serviço por volta das 15h. O aplicativo serve a mais de 900 milhões usuários. Cerca de 10 bilhões de mensagens são enviadas por dia, segundo especialistas.

“Restauramos o serviço em 100% para todos e nos desculpamos pelos inconvenientes”, afirmou um porta-voz do WhatsApp à Reuters, após a primeira vez em que o serviço ficou indisponível nesta tarde.

No entanto, o porta-voz não informou detalhes sobre o motivo da interrupção da conexão. Segundo o jornal "Daily Mail", o serviço ficou indisponível na Europa e América do Norte. Já segundo o site "Downdetector", houve falhas no Brasil, Argentina, nos Estados Unidos (Nova York, Califórnia, por exemplo), México, Europa e Índia. O site informa que mais de 9 mil reclamações foram feitas desde às 15h.

Nas redes sociais, muitas queixas e brincadeiras entre os brasileiros. "O ano tá tão ruim que o #Whatsapp desistiu dele", disse um internauta. Outro lembrou: "Pelo menos dessa vez foi no mundo inteiro e o Brasil não precisa ficar com inveja".

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Relatos selvagens: um ano em 14 posts

Com Blog do Geraldo Samor - Veja


Uma retrospectiva -- na economia e na política -- de um ano que seria melhor esquecer


NO ANO EM QUE VIVEMOS PERIGOSAMENTE…

Descobrimos que o cofre foi arrombado, e que o rombo no Tesouro é maior do que imaginávamos
… e só não é tão chocante e anti-republicano quanto o cinismo na política…. (ave, Cunha! Hail, Lula!)
Tentamos ajudar a Petrobras com uma ideia original
E sugerimos 10 ideias heréticas para melhorar já a vida do brasileiro (Obviamente, não fomos ouvidos).
Notamos que pouco se sabe sobre a cabeça de Michel Temer (e o PMDB, atento a isto, publicou um documento tentando explicar).
Vimos o capitalismo da 3G dar mais um passo gigante (próxima parada: Coca-Cola?)…
Cobrimos a tentativa das empresas de tecnologia financeira de chamar os grandes bancos para a briga….
… e os esforços de uma das maiores empresas do mundo para se adaptar a novos hábitos de consumo.
E num ano em que as dívidas corporativas explodiram, falamos sobre algumas que o mercado desconhecia
…e descrevemos o triste fim da ‘era FIES’ para as empresas de educação quando acabou o dinheiro do Tesouro.
Finalmente, nossa paródia de House of Cards, publicada em fevereiro, mostra o quanto a política mudou de lá para cá, apenas para que tudo ficasse ab-so-lu-ta-men-te a mesma coisa.
***
A coluna deseja, mas não espera, que 2016 nos traga uma economia mais gentil, uma autocrítica dos políticos (ou um harakiri coletivo), e que a criatividade, a inovação e o empreendedorismo sobrevivam a este momento pesado (e paradoxalmente transformador) da vida nacional.  E, claro, que a Lava Jato tenha um ano próspero.

"O caminho certo no ano novo", por Betty Milan

Veja


Nós brasileiros estamos dizendo "não" à tradição 

da imoralidade e, paradoxalmente, o resultado

da crise pode ser positivo



2016
O ano de 2016 será novo se tirarmos das tragédias de 2015 as lições que podem ser tiradas(iStockphoto/Getty Images)


Ninguém ignora que podemos usar a verdade ou a lei para enganar o próximo. Trata-se de uma conduta perversa ou, noutros termos, imoral. Só não digo que o Brasil de hoje atravessa uma crise moral porque a imoralidade está inscrita na nossa formação social. Vale lembrar que o país foi o último a abolir a escravidão.
Mas nós brasileiros estamos dizendo "não" à tradição da imoralidade e, paradoxalmente, o resultado da crise pode ser positivo. O caminho do "não" ao uso perverso da lei é o único possível, e nós estamos trilhando este caminho. Bem ou mal, graças à imprensa, o país inteiro sabe que o jeitinho não pode mais ser usado para fazer mau uso da lei - e a lei é para todos, ainda que a sua aplicação seja morosa. Hoje, ninguém mais pode tudo. Há políticos e empresários do mais alto escalão na cadeia e outros mandados de prisão são esperados.
Por outro lado, o número de denúncias é tal que o leitor ou espectador indiretamente aprende que, sem a vigilância, não há como frear o abuso. Tenderá com isso a não votar sem a consciência clara do que está fazendo. Vai valorizar o voto e se valorizar.
O Brasil enfrenta uma guerra interna que pode ser vencida se, além de punir o crime, nós soubermos diferenciar o bom e o mau uso da lei. Isso significa que a imprensa deverá informar e também interpretar os fatos, e a escola deverá se preocupar menos com o ensinamento dos saberes todos e mais com a transmissão de valores, com o respeito à lei e a aceitação dos limites. Do contrário, a vida não é possível - e a tragédia do Rio Doce infelizmente demonstra isso. Como diz Montaigne, uma cabeça bem-feita é mais preciosa do que uma cabeça lotada.
Aplicar a lei e punir é uma coisa, fazer a prevenção do crime é outra, e ela depende, em grande parte, do ensinamento da contenção desde a primeira idade, como se faz na França, onde a noção de direito é central. Os franceses educam os filhos dizendo "você tem o direito" ou "você não tem o direito". O resultado é um país que preserva o seu patrimônio e a sua natureza. Não exporta como os Estados Unidos, mas inspira o mundo inteiro. Nem Hitler conseguiu bombardear Paris, e os franceses assassinados pelo terror, no ano de 2015, nunca serão esquecidos por terem se tornado símbolos da civilidade e do direito à liberdade. À sua revelia, as vítimas são heróis.
O ano de 2016 será novo se tirarmos das tragédias de 2015 as lições que podem ser tiradas. Se cada um de nós se impuser limites e não aceitar abusos, o que significa estar continuamente atento. O ano será tanto melhor quanto maior o respeito pela crença alheia e pela terra onde vivemos. A palavra de ordem alvissareira, implícita na Conferência do Clima de Paris, é controlar o mercantilismo e ensinar a contenção.
A psicanalista e escritora Betty Milan é autora de romances, ensaios, crônicas e peças de teatro. Foi colunista da Folha de São Paulo, de VEJA e da VEJA.com, onde assinou a rubrica Consultório Sentimental. Formou-se em Medicina na USP e se especializou em Psicanálise, na França, com Jacques Lacan.


Desmoralizada pela dupla medonha Lula-Dilma, Petrobras encerra ano com 28 ações judiciais nos EUA

Aqui


Setúbal, um banqueiro presente

Com O Antagonista

Roberto Setúbal se fez presente ao adquirir pela bagatela de R$ 640 milhões cerca de 82% da Recovery, empresa de recuperação de crédito do BTG-Pactual.
A Recovery foi beneficiada pela Caixa com uma carteira de créditos inadimplidos - e não estressados - de R$ 3,8 bilhões. Pagou menos de 3% pelo negócio, assumido agora pelo Itaú-Unibanco.

Protestos contra Dilma ´trambique` na Corrida de São Silvestre

Aqui


Capitão nuclear esclarece depósito de Bumlai, comparsa de Lula

Com O Antagonista



O capitão reformado Germano de Freitas, que aparece em extratos bancários de José Carlos Bumlai como beneficiário de R$ 80 mil do pecuarista, entrou em contato com O Antagonista e deu sua versão do episódio.
Freitas disse que em fevereiro de 2011 vendeu sua casa em Sorocaba para a advogada Andréa Kushyiama, namorada de Bumlai. Ela lhe foi apresentada por um vizinho do mesmo condomínio.
O imóvel está localizado no número 55 da rua Maria Aparecida Castanho, em Village Vert, e custou R$ 650 mil. Ele recebeu o pagamento em quatro parcelas:
- R$ 150 mil em cheque depositado em 10 de março
- R$ 80 mil num TED de 16 de março, diretamente da conta de Bumlai (identificado nos autos da Operação Passe Livre)
- R$ 210 mil em TED de 16 de junho, diretamente da conta de Bumlai
- R$ 210 mil em cheque depositado em 19 de outubro
Freitas não se recorda em nome de quem estavam os cheques, mas são fortes os indícios de que Bumlai foi quem pagou pelo imóvel da namorada.
O militar reformado, que tem longa trajetória no programa nuclear da Marinha em Iperó, garante que não conhecia o pecuarista e não poderia imaginar que estivesse envolvido num esquema de corrupção.
A venda da casa foi devidamente registrada por Freitas em sua declaração de renda, com os devidos impostos pagos. A documentação nos foi enviada pelo próprio. Freitas está disposto a fazer os mesmos esclarecimentos à força-tarefa.

O elo entre a Bancoop e o petrolão

Com O Antagonista

Há fortes suspeitas de que o PT e a OAS usaram empreendimentos da Bancoop para lavar parte dos recursos desviados do petrolão.
O MP de São Paulo e o MPF de Curitiba estão trabalhando juntos no caso. Se os investigadores confirmarem essa versão, João Vaccari Neto passará o resto da vida na cadeia.
Promotores e procuradores, aliás, sabem que Vaccari não montou o esquema da Bancoop sozinho.

OAS virou barrida de aluguel do PT

Com O Antagonista



Os investigadores também suspeitam que a OAS tenha servido como "barriga de aluguel" de imóveis de dirigentes petistas, construídos e reformados pela empreiteira com dinheiro do petrolão e dos fundos de pensão.
Por isso, muitos dos apartamentos são usados por integrantes do PT, mas continuam com suas matrículas em nome da OAS. Dessa forma, nunca precisariam declarar o patrimônio à Receita e ainda poderiam comercializá-los sem aparecer no negócio.
Eles são não esperavam que viria a Lava Jato e a OAS entraria em recuperação judicial - que levou ao bloqueio desses empreendimentos.

Argentina reduz impostos de carros e motos para impulsionar produção

EFE


Valores variam de acordo com o preço dos veículos. 
Ministério diz 99% da produção de motos não pagará impostos.



Ford Focus no Salão de Buenos Aires (Foto: Rafael Miotto/G1)Ford Focus no Salão de Buenos Aires (Foto: Rafael Miotto/G1)
O gabinete econômico do governo de Mauricio Macri anunciou nesta terça-feira (29) a redução de impostos sobre automóveis e motos "para favorecer a produção", informaram fontes oficiais.
O Ministério de Produção da Argentina diminuiu a taxa de impostos internos aos automóveis a 10% para os veículos que superem o valor de 350.000 pesos (cerca de R$ 102 mil) "com o objetivo de aumentar a produção e facilitar os investimentos no setor".
No caso dos carros de mais de 800.000 pesos (cerca de R$ 233 mil), a alíquota será de 20%, segundo detalha um comunicado da pasta de Produção.
Segundo o ministério, 99% da produção argentina de motos "não pagará impostos internos", pois passarão a tributar 10% somente as que superem os 65.000 pesos (cerca de R$ 18,9 mil).
Além disso, uma taxa impositiva de 10% será aplicada à produção de embarcações quando estas superarem o valor de 400.000 pesos (cerca de R$ 116 mil).
O decreto, que terá uma vigência de seis meses para analisar o comportamento do setor, será publicado nesta quarta-feira no Diário Oficial.
"Estamos eliminando impedimentos e distorções que limitaram o investimento com o foco na geração de mais e melhores empregos", afirmou Francisco Cabrera, ministro de Produção.
Para a Associação de Fábricas de Automotores (ADEFA), a modificação permitirá às empresas "planejar e aumentar a produção e comercialização daquelas versões dos segmentos de veículos que se viram afetados, aumentando a oferta de modelos e as fontes de trabalho na cadeia automotiva".
"Estas medidas adotadas recentemente são um passo importante no caminho de execução de uma agenda de médio e longo prazo, focada no diagrama de uma política industrial sustentável no tempo. Premissa que de maneira permanente impulsionamos nesta entidade", declarou Enrique Alemañy, presidente da ADEFA.
O rebaixamento destes impostos se soma às reduções impulsionadas por Macri nas retenções sobre as exportações de carne, grãos e cereais e as vendas ao exterior da produção industrial.

Para tentar melar a Lava Jato, Lula insiste na tese do `sou corrupto, mas quem não é?`

Por José Tomaz Filho


Que a dupla Lula-Dilma é corrupta, a torcida do Flamengo sabe desde 1º de janeiro de 2003.

Petrolão e outras incursões aos cofres públicos tiraram as dúvidas dos incautos.

O próprio Lula já havia dito na célebre entrevista em Paris, no auge do mensalão, que fazia o que todos fazem no Brasil.

Quer dizer, sou corrupto, mas quem não é?

Logo que o PT adentrou no Palácio do Planalto um atento observador ´oposicionista` afirmou que a quadrilha petista está fazendo "o que acredita que nós fazíamos quando estávamos no poder".

Seguindo a ´tese` de Lula, o chefe da maior quadrilha jamais existente no Brasil, parte da imprensa, também afetada pela crise e sob inspiração de pixulecos, tenta arrastar para a mesma vala lulista todos os brasileiros que têm voz e condenam a corrupção.

Pega carona com um delator da quadrilha Lula-Dilma e diz que o opositor tal também recebeu propina.

Ora, se o assalto à Petrobras, aos fundos de pensão (aí, Gushiken!), ao BNDES... foi e é unicamente para favorecer ao PT e puxadinhos, como alguém que faz oposição à gangue pode estar na folha?

Uma coisa é caixa 2, instituído desde a primeira eleição no Brasil, outra coisa é roubo mesmo.

E caixa 2 também é crime.

Como se explicar que um gerente da Petrobras, terceiro escalão da quadrilha Lula-Dilma, devolva US$ 100 milhões (CEM MILHÕES DE DÓLARES), como se estivesse chupando levianamente um chicabon, como diria Nelson Rodrigues?

Claro, que se tem que investigar qualquer denúncia.

O Ministério Público e a Polícia Federal estão aí mesmo.

E o juiz Sérgio Moro de prontidão para mandar prender os larápios.

Para tentar melar a Lava Jato, Lula insiste na tese do `sou corrupto, mas quem não é?`

Tudo tem de ser investigado, inclusive a motivação de algumas delações

Com Blog do Reinaldo Azevedo - Veja


É evidente que há muita gente empenhada em 

demonstrar que, na política, todos são iguais e 

recebem propina. Raciocínio busca livrar a cara do PT



Dada a forma que as coisas assumiram no Brasil, nós, da imprensa, estaríamos obrigados a tratar com igual importância todos os vazamentos de depoimento, façam eles sentido ou não. Afinal, tratar-se-ia de não privilegiar nem proteger nenhum dos lados da disputa. A suposição embute, de saída, um erro ou uma má-fé: tudo o que está no noticiário seria nada menos do que um confronto de versões do “lado” e do “outro lado”.
Assim, se um disser que o papa Francisco nunca recebeu propina do petrolão, mas o outro assegurar que “sim”, a nós, da imprensa, cumpriria noticiar o que ambos asseveram. E, por óbvio, o papa Francisco passaria a ser um suspeito. Claro! Sempre se poderia indagar que sentido faria o Sumo Pontífice receber capilé da bandidagem. Ainda que a resposta fosse “sentido nenhum”, alguém diria que nossa tarefa não é brigar com a notícia. O nosso serviço seria publicar o conteúdo do vazamento e ligar para a assessoria do Vaticano para perguntar se o herdeiro do Trono de Pedro tem algo a dizer. Eventualmente, a gente informa que, procurado, o titular do Vaticano não foi encontrado e não respondeu à solicitação até a hora tal. É evidente que não parece ser esse um bom caminho.
Por que essa digressão inicial? Carlos Alexandre de Souza Rocha, um dos delatores da Lava Jato, afirmou ter levado R$ 300 mil, no segundo semestre de 2013, a um diretor da UTC Engenharia chamado Mirada. Tal dinheiro seria destinado ao senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB. O tucano, obviamente, nega a acusação e a considera absurda.
Vamos ver: Souza Rocha é um ex-entregador de propinas de Youssef. Tanto o doleiro como o dono da UTC, Ricardo Pessoa, fizeram seus acordos de delação. E nenhum deles citou Aécio. Ou os dois teriam cometido uma omissão problemática, ou o tal Souza Rocha precisa ser visto com o devido cuidado. Até uma pecinha do folclore petista contra Aécio está na acusação. Transcrevo trecho da Folha: “Rocha diz ter manifestado estranheza sobre o fato do local da entrega [do dinheiro] ser o Rio de Janeiro, já que Aécio ‘mora em Minas’. Miranda teria respondido que o político ‘tem um apartamento’ e ‘vive muito no Rio de Janeiro’.” Há mais: o distribuidor de propinas também teria estranhado o fato de um oposicionista receber a grana, e o diretor da UTC teria respondido: “Aqui a gente dá dinheiro para todo mundo: situação, oposição, todo mundo”.
Ou estou muito enganado, ou tal depoimento parece talhado na medida para incriminar também a oposição e demonstrar, então, que, na política, todos são mesmo iguais, tese que, evidentemente, interessa ao petismo. Mas sejamos rigorosos.
Uma determinada hipótese interessar ao PT não implica que seja necessariamente falsa. O ponto é outro: por que a UTC, com ou sem a intermediação de Alberto Youssef, pagaria propina a Aécio? Em que o senador mineiro poderia facilitar a vida da empresa na Petrobras ou junto a qualquer outro órgão do governo? Ainda, e faço tal ressalva porque o rigor me impõe, que a UTC tivesse feito qualquer pagamento a Aécio, é evidente que tal evento não se inscreveria nas lambanças do petrolão. Poderia até ser outra coisa, mas parte do esquema criminoso que está sendo investigado, convenham, não.
Renan e Randolfe
O mesmo Souza Rocha diz que Youssef teria confidenciado um pagamento de até R$ 2 milhões para Renan Calheiros (PMDB), presidente do Senado, e de R$ 200 mil ao senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Aí o petralhinha se assanha: “Ah, no caso de Renan, você acredita, mas não no de Aécio?”. Não se trata de matéria de crença. Renan é investigado em seis inquéritos na Lava-Jato. Só não foi denunciado ainda por Rodrigo Janot porque o procurador-geral da República decidiu dispensar ao senador toda a bondade que não teve com Eduardo Cunha, muito especialmente depois que o presidente do Senado selou um acordo com o Palácio do Planalto.
O dinheiro teria sido repassado a Renan para que ele colaborasse para inviabilizar a CPI da Petrobras. Ele tinha, sim, poder para criar dificuldades para o andamento dos trabalhos, mas não Aécio ou Randolfe.
Tudo tem de ser investigado, claro!, inclusive a motivação de algumas delações.

O impeachment nos céus do país

Com Blog do Reinaldo Azevedo - Veja


Faixas do MBL em defesa do impedimento de Dilma 

vão anunciar um futuro melhor. E, para tanto, 

vão convocá-los a ir às ruas no dia 13 de março



Os políticos podem entrar em recesso, mas não o Movimento Brasil Livre. Neste dia 31, os que estiverem em praias do Litoral de São Paulo, do Rio e de Florianópolis verão aviões carregando faixas em defesa do impeachment e dando início à convocação para o megaprotesto do dia 13 de março de 2016.
O governo faz um esforço imenso para passar adiante a versão de que essa é uma agenda do passado. Ao contrário: a saída de Dilma vai assumindo uma urgência dramática. É mais atual do que nunca.
Na virada de 2015 para 2016, as faixas do MBL lembram que não faz mais sentido afirmar que está nascendo um novo Brasil nas ruas.

PR e SC avançam em Ranking de Competitividade dos Estados. SP lidera

Bianca Alvarenga - Veja




O novo ranking dos estados mais competitivos do Brasil, 

aperfeiçoado com a ampliação dos indicadores analisados,

mostra o potencial de crescimento e permite a avaliação 

dos gestores públicos. Os eleitores ganham assim uma 

ferramenta poderosa para aferir o seu governador



Quais estados brasileiros oferecem as melhores condições para fazer negócios? Quem são os administradores públicos capazes de melhorar, de fato, as condições de vida da população? Buscar respostas objetivas a tais questões é o propósito do Ranking de Competitividade dos Estados, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria com a consultoria Tendências e com a Economist Intelligence Unit (EIU), a divisão de pesquisas e análises do mesmo grupo que edita a revista inglesaThe Economist. No topo da lista, como em edições anteriores, aparece São Paulo. O estado, em relação ao restante do país, destaca-se pela oferta e pela qualidade de serviços públicos e privados, além da boa infraestrutura. Estados menores, entretanto, obtiveram boas colocações, deixando para trás grandes centros econômicos. São exemplos disso Paraná e Santa Catarina. Ambos alcançaram avaliações positivas em indicadores como solidez das finanças públicas e capacidade de investimento do governo, além de boas condições de desenvolvimento social de seus habitantes. Possuem predicados, portanto, para atrair novos negócios. Não é à toa que alguns dos mais destacados investimentos feitos nos últimos anos ocorreram nessas regiões. O dinheiro busca tranquilidade e certezas.
Ranking dos estados - 2015
(VEJA.com/VEJA)
Fazer rankings pode à primeira vista parecer uma empreitada banal, destinada somente a satisfazer a curiosidade. A comparação, entretanto, quando feita de forma metódica e criteriosa, fornece informações relevantes para avaliar países, estados ou cidades. Para os eleitores, trata-se de uma maneira de aferir a administração pública. Do ponto de vista dos empreendedores, serve de indicativo das potencialidades econômicas de cada região. "O objetivo da lista é gerar um saudável incômodo nos agentes públicos, para que não se acomodem e busquem melhorar os seus resultados", afirma Adriano Pitoli, diretor da área de análise setorial da Tendências e coordenador técnico do estudo. O ranking foi construído com base apenas em informações públicas, divulgadas por fontes oficiais e de referência, e ponderado de acordo com critérios do grupo de pesquisa. Transformar todos os índices em uma só métrica, com intervalo de 0 a 100 pontos, é algo que o estudo fazia desde 2011, quando sua primeira edição foi divulgada. Neste ano a metodologia foi aperfeiçoada. A coleta e a análise dos dados nacionais passaram a ser responsabilidade da consultoria Tendências, enquanto a EIU ficou com a tarefa de prover números de outros países, para fazer comparações internacionais. Até o ano passado, eram analisados 26 indicadores em oito categorias. A análise agora leva em consideração 64 indicadores, em dez pilares: infraestrutura, sustentabilidade social, segurança pública, educação, solidez fiscal, eficiência da máquina pública, capital humano, sustentabilidade ambiental, potencial de mercado e inovação.
Os resultados gerais revelam que a competitividade ainda está concentrada nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Contudo a avaliação dos resultados revela surpresas. Em infraestrutura, a Paraíba apareceu no terceiro lugar, à frente de Santa Catarina e Rio de Janeiro. A cobertura da rede elétrica e a qualidade do serviço são destaque tanto no estado paraibano quanto no Ceará e no Maranhão. Roraima e Acre ocupam a quarta e a quinta posições no ranking de segurança pública, com resultados acima da média nacional no número de homicídios em relação à população. Os dados estão disponíveis no site www.rankingdecompetitividade.org.br. Os exemplos mostram que a riqueza (ou a falta dela) não é necessariamente determinante para a boa qualidade do serviço. "Desejamos revelar bons administradores capazes de entregar resultados em diferentes áreas apesar do orçamento limitado", afirma Pitoli.
Os bons e os maus exemplos - 2015
(VEJA.com/VEJA)

Com a mudança metodológica, não é possível comparar os resultados deste ano com os de edições passadas, para avaliar a evolução de cada estado. Mas alguns dados dão algumas pistas sobre o que ocorreu. Maranhão, Mato Grosso do Sul e Paraíba foram os que mais cresceram economicamente nos últimos anos. Nos estados nordestinos, entretanto, não houve avanço expressivo em áreas como saúde e educação. Dos três estados, somente Mato Grosso do Sul se des­tacou no índice que avalia a capacidade de investimento. O desafio, portanto, não é só enriquecer, mas gerir esses recursos de forma eficiente. Pelo estudo fica evidente que mesmo os estados mais bem avaliados estão distantes de países desenvolvidos. Em quase todos os 22 indicadores em que há dados equivalentes, como os de qualidade de rodovias, desigualdade de renda, saneamento e qualificação dos trabalhadores, a média brasileira está longe da obtida pelas nações avançadas. No indicador de coleta de esgoto, por exemplo, o Espírito Santo, o melhor estado brasileiro, não se compara ao México, país com o pior resultado da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No ranking geral, em uma escala de 0 a 100, o Brasil como um todo teria uma nota 37. Levando-se em conta que o melhor desempenho (o de São Paulo) alcançou 90 pontos e o pior (o de Alagoas), 25, a média brasileira seria de 49.
​​Existe um longo percurso, portanto, a percorrer. "Os indicadores podem parecer positivos para alguns estados, mas, quando olhamos para a perspectiva global, percebe-se que há espaço para incentivar a inovação e alcançar índices superiores", afirma Luana Tavares, diretora executiva do CLP. O desafio aumentará em 2016, com os políticos focados em ações de curto prazo. A recessão profunda, que derrubou as receitas de estados com a cobrança de impostos, é uma agravante. Diz Luana: "Apesar disso, a competitividade tem de ser uma prioridade. Nenhum estado vai prosperar se não encontrar novas formas de desenvolvimento. Sem esse esforço de todas as unidades da federação, o país não terá sustentabilidade estrutural para crescer".