quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Quanto Elvis rende, 45 anos depois de sua morte?

 O Rei do Rock rende muito dinheiro com suas músicas, filmes e Graceland, sua casa em Memphis

Elvis Presley
Elvis Presley | Reprodução redes sociais

Elvis Presley, que já foi considerado o “Rei do Rock”, morreu em agosto de 1977, aos 42 anos. Mesmo falecido há 45 anos, Elvis continua gerando muito dinheiro para seus herdeiros e para as empresas e instituições ligadas a ele.

Segundo o site Mediafeed, Elvis é ouvido 16,5 milhões de vezes a cada mês só no Spotify, fora a quantidade de vezes que suas músicas são reproduzidas em outros serviços de streaming. Graceland, sua casa em Memphis, Tennessee, é visitada por meio milhão de pessoas a cada ano.

Visitas pagas a Graceland rendem quase a metade dos US$ 23 milhões gerados pelos negócios ao redor de Elvis. Seus discos e filmes continuam no mercado, e seu nome voltou ao noticiário com o lançamento do filme biográfico recentemente nos cinemas, com Tom Hanks no elenco.

Revista Oeste

‘Espetacularização midiática’: avalia vice-PGR, sobre ação contra empresários

 Trata-se da quebra de sigilo de supostas mensagens trocadas entre Augusto Aras e grupo

Na segunda-feira 29, o magistrado derrubou o sigilo ao inquérito que investiga os empresários
Na segunda-feira 29, o magistrado derrubou o sigilo ao inquérito que investiga os empresários | Foto: Nelson Jr./SCO/STF

A vice-procuradora-geral da República (PGR), Lindôra Maria Araújo, pediu nesta quarta-feira, 31, que o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeite a quebra de sigilo de supostas mensagens trocadas entre Augusto Aras, procurador-geral da República, e um grupo de empresários. O grupo foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal (PF).

“Os atores políticos ora requerentes, embasados em matéria jornalística e sob o fundamento exclusivo de pretensos ‘diálogos antidemocráticos’, tentam valer-se de conjecturas e ilações para iniciarem e conduzirem frentes investigatórias com espetacularização midiática, sem mínimo substrato fático e jurídico”, escreveu Lindôra.

O pedido para quebra de sigilo partiu de quatro senadores: Randolfe Rodrigues (Rede-PA), Renan Calheiros (MDB-AL), Humberto Costa (PT-PE) e Fabiano Contarato (PT-ES). Em 23 de agosto deste ano, a suposta conversa entre Aras com os empresários foi divulgada pelo site Jota. Na segunda-feira 29, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestasse sobre o pedido dos parlamentares.

Conforme a vice-PGR, os senadores desejam explorar o caso na mídia, e não existe fundamento para o pedido. Para Lindôra, os parlamentares querem abrir uma investigação, “a ser desenvolvida por específicos atores políticos em ano eleitoral, com a correlata exploração midiática de sua atuação, e consequente intento de ‘fishing expedition’ em nova frente política em busca de protagonismo jurídico em substituição às autoridades competentes”.

Ela também explica que se trata de uma persecução penal especulativa indiscriminada, sem objetivo certo ou declarado. Além disso, que o intuito é buscar quaisquer provas que possam embasar uma futura acusação contra os investigados.

PF na casa de empresários

A pedido de Moraes, em 23 de agosto deste ano, a PF cumpriu mandados sobre o caso em cinco Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará. Entre os alvos da operação estão Luciano Hang (lojas Havan), José Isaac Peres (rede de shopping Multiplan), Ivan Wrobel (Construtora W3), José Koury (Barra World Shopping), Luiz André Tissot (Grupo Serra), Meyer Joseph Nigri (Tecnisa), Marco Aurélio Raymundo (Mormaii) e Afrânio Barreira Filho (Grupo Coco Bambu).

A alegação do magistrado é que o grupo de empresários compartilhou supostos comentários de teor golpista, em conteúdo exposto pelo jornal Metrópoles na última semana, falando em algum tipo de ação caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições presidenciais deste ano. A conversa aconteceu em um aplicativo de mensagens.

Além das buscas nos endereços ligados aos empresários, Moraes autorizou a PF a ouvir os investigados. O ministro do STF também determinou o bloqueio das contas bancárias dos envolvidos, o bloqueio de contas nas redes sociais e a quebra de sigilo bancário.

Na segunda-feira 29, o magistrado derrubou o sigilo ao inquérito que investiga os empresários. Na decisão tornada pública, Moraes alega que as ações dos empresários representavam “elevado grau de periculosidade” para a sociedade, o que justificou, na decisão do ministro, a determinação para que a Polícia Federal cumprisse mandados de busca e apreensão.

Revista Oeste

Velez Sarsfield 0 x 4 Flamengo - O Show de Pedro - Gols e Melhores Momentos

Bolsonaro faz Motociata gigante em Curitiba

No Xingu, índios fazem ato pró-Bolsonaro; veja vídeo

Integrante da facção lulopetista instalada vergonhosamente no STF, Barroso diz que assumirá presidência da entidade "se não tiver golpe"

Procuradora Lindôra sobe o tom contra Alexandre de Moraes, da facção lulopetista plantada no STF, e faz críticas por "espetacularização" de ação contra empresários

Vice da PGR se manifesta contra divulgação de mensagens entre Aras e empresários

 Lindôra Araújo fala em exploração eleitoral e midiática 

do caso e defende sigilo das conversas


Rosinei Coutinho/STFProcurador-Geral da República, Augusto Aras, participa da sessão de encerramento do semestre judiciárioA vice-procuradora afirma que os pedidos dos parlamentares são embasados apenas em "matéria jornalística"

A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, se manifestou contrário à retirada de sigilo das mensagens trocadas pelo procurador-geral, Augusto Aras, e empresários bolsonaristas acusados de defender um golpe de Estado, em caso de vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições 2022. A manifestação foi enviada nesta quarta-feira, 31, ao Supremo Tribunal Federal (STF), após pedido dos senadores senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Renan Calheiros (MDB-AL), Humberto Costa (PT-PE) e Fabiano Contarato (PT-ES). No documento, Lindôra afirma que os parlamentares não possuem legitimidade para peticionar no caso, uma vez que a legislação não permite a intervenção de indivíduos sem ligação com os fatos. “A prevalecer a argumentação dos senadores, mutatis mutandis, qualquer inquérito em curso perante o Judiciário poderia sofrer intervenções de ‘interessados’ ou de autoridades locais, para solicitar diretamente ao magistrado diligências investigatórias, o que o CPP não autoriza nem mesmo ao ofendido”, diz a vice-procuradora.

O texto encaminhado ao relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, também enumera outros fundamentos para que o requerimento seja rejeitado, como a irregularidade na representação, prática de persecução penal especulativa indiscriminada (fishing expedition), exploração eleitoral e midiática do caso, além de desrespeito ao sistema acusatório. “A Constituição Federal não outorgou competências investigativas a parlamentares, que ficaram reservadas excepcionalmente às Comissões Parlamentares de Inquérito que só podem ser instaladas observados os requisitos do art. 58, § 3º, da Constituição Federal”, também escreveu Lindôra. A vice-procuradora afirma que os pedidos dos parlamentares são embasados apenas em “matéria jornalística” e supostos “diálogos antidemocráticos”, reforçando uma “exploração midiática do caso”.

O informado o Ministério Público Federal sobre a operação. A solicitação aconteceu dias após Augusto Aras afirmar que não havia sido informado antecipadamente sobre a operação da Polícia Federal, que teve como foco os oito empresários. “Os autos ainda não foram remetidos à Procuradoria-Geral da República (PGR) para ciência formal da decisão do dia 19 de agosto, que determinou as diligências”, dizia um trecho do comunicado, que falava em procedimento “não usual”. Entretanto, o atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral respondeu, confirmando que às 14h41 do dia anterior havia informado o Ministério Público Federal sobre a operação.

  • Jovem Pan
  •  

Governo encaminha Orçamento com salário mínimo de R$ 1.302 em 2023

Projeção enviada ao Congresso prevê Auxílio Brasil de no mínimo R$ 400, mas Planalto promete ‘esforços’ para manter valor de R$ 600


Marcello Casal Jr./Agência BrasilCédulas de real desfocadasSalário mínimo previsto para 2023 é de R$ 1.302, de acordo com o projeto da Lei Orçamentária de 2023

O projeto da Lei Orçamentária de 2023, encaminhado pelo governo ao Congresso nesta quarta-feira, 31, prevê o salário mínimo de R$ 1.302 em 2023. O valor é R$ oito vezes maior em relação à quantia de R$ 1.294, aprovado na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Além disso, é R$ 90 superior que o mínimo atual, de R$ 1.212, e representa uma alta pouco maior que 7,41% — que é a previsão do Ministério da Economia para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deste ano. A Constituição estabelece que o reajuste do salário mínimo não pode ser inferior à inflação do ano anterior. No entanto, o novo valor estimado ainda é provisório. Ele pode ficar ainda maior, caso a inflação supere a previsão até o fim do ano, prazo para o valor ser definido. Em relação ao projeto do Orçamento, houve poucas alterações sobre as estimativas de crescimento econômico para 2023 na comparação com os parâmetros da LDO. A projeção de crescimento do PIB foi mantida em 2,5% para o próximo ano. A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como índice oficial de inflação, passou de 3,25% para 4,5% em 2023.

Sobre o Auxílio Brasil, na proposta enviada ao Congresso, não há previsão de aumento do valor do benefício. No texto, o valor médio incluído é de R$ 405, ou seja, inferior aos R$ 600 pagos atualmente — que só valerá até dezembro deste ano. No entanto, o governo diz que fará “esforços” para aumentar o benefício em 2023. “O governo federal reconhece a relevância da referida política pública e a importância da continuidade daquele incremento para as famílias atendidas pelo programa. Nesse sentido, o Poder Executivo envidará esforços em busca de soluções jurídicas e de medidas orçamentárias que permitam a manutenção do referido valor no exercício de 2023, mediante o diálogo junto ao Congresso Nacional para o atendimento dessa prioridade”, diz texto enviado aos parlamentares.

Jovem Pan

Contas públicas registram superávit de 20,4 bilhões

 Dados foram divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira, 31

No acumulado do ano, o setor público brasileiro contabilizou superávit de R$ 150,3 bilhões
No acumulado do ano, o setor público brasileiro contabilizou superávit de R$ 150,3 bilhões | Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

O setor público consolidado, formado por União, Estados, municípios e empresas estatais, registrou superávit primário de R$ 20,4 bilhões em julho deste ano, ante um déficit primário de R$ 10,2 bilhões em julho de 2021. Os dados foram divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira, 31.

Em 12 meses, encerrados em julho deste ano, as contas acumulam superávit primário de R$ 230,5 bilhões, o que corresponde a 2,48% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, que é de quase R$ 9 trilhões. 

O superávit primário ocorre quando as receitas do governo superam as despesas. O valor, no entanto, não considera o pagamento de juros da dívida pública. Quando acontece o contrário, há déficit.

No acumulado do ano, o setor público brasileiro contabilizou superávit de R$ 150,3 bilhões. No mesmo período do ano passado, o valor havia sido negativo em R$ 15,4 bilhões.

Este foi o primeiro ano de resultados positivos nas contas do setor público, após sete anos de déficit. Em 2020, as contas públicas tiveram déficit primário recorde de R$ 702,9 bilhões, 9,41% do PIB, em razão dos gastos com a pandemia de covid-19. 

Revista Oeste

O agronegócio do Brasil já é ESG

Enquanto o resto do mundo corre para aplicar as regras ambientais, os produtores rurais brasileiros manejam as lavouras e os pastos do país seguindo medidas rígidas de conservação

A agricultura brasileira investe em sustentabilidade
A agricultura brasileira investe em sustentabilidade | Foto: Raylton Alves/Agência Ana

Há poucos anos, três letras passaram a classificar as empresas que prezavam pela preservação ambiental e pela sustentabilidade: ESG, sigla de Environmental, social and Governance (ESG). Em bom português, ela significa a aplicação de uma série de medidas respeitando requisitos ambientais, sociais e de governança.

Enquanto o resto do mundo corre para aplicar essas regras, os produtores rurais brasileiros, mesmo sem perceber, manejam as lavouras e os pastos do país seguindo esses critérios. O grande problema, contudo, é a comunicação no nível mais básico para mostrar o que está sendo feito: do fornecedor para o consumidor.

Agro e Meio Ambiente é o tema escolhido por Oeste nesta quarta-feira, 31, dentro da série de reportagens “Desafios do Brasil”, que será publicada até o dia 2 de setembro, sempre seguindo a seguinte ordem de temas na semana: segunda-feira (Educação), terça-feira (Economia), quarta-feira (Agro e Meio Ambiente), quinta-feira (Segurança Pública) e sexta-feira (Saúde). Veja todas as reportagens da série aqui.

No Sri Lanka, a aplicação de modo irracional dos parâmetros representados pelo ESG levou a um colapso produtivo na agropecuária. A situação foi descrita em a “Psicose ambientalista ameaça o mundo”, reportagem de Edilson Salgueiro para a edição 121 da Revista Oeste.

No Brasil, entretanto, a história pode ser diferente. O agronegócio brasileiro produz imerso em regras rígidas de conservação ambiental e uma legislação trabalhista recheada de detalhes e deveres para os empreendedores do país.

ESG no agronegócio do Brasil

As propriedades agrícolas brasileiras são obrigadas, por exemplo, a ter áreas de preservação permanentes e conservar as matas ciliares — aquelas localizadas nas margens dos rios. Assim, na região da Floresta Amazônica, a vegetação nativa tem de ocupar 80% da propriedade privada. Desse modo, o dono da terra é o responsável por bancar isso.

O reconhecimento sobre as leis brasileiras de preservação do meio ambiente vem até mesmo de fora do país. “Reconhecemos que o marco legal que funciona no Brasil, em particular o Código Florestal, é muito positivo”, comentou Ignacio Ybáñez, embaixador da União Europeia no Brasil, em entrevista concedida à mais recente edição da Revista Oeste. “A legislação ambiental brasileira é exemplar”, completou o diplomata.

Para os trabalhadores em todo o país, nada de ir ao campo sem os equipamentos de proteção individual para mitigar os riscos da atividade. O aparato é formado por macacões, botas, perneiras, para evitar os ataques de animais peçonhentos, máscaras, filtros, luvas e etc. Assim como também se aplica o cumprimento das mesmas normas trabalhistas em uso na cidade: salários de acordo com as convenções sindicais, férias remuneradas, descanso semanal, fundo de garantia e mais uma série de exigências.

José Corral, CEO da Creditares, destaca que o acesso às principais linhas de crédito no Brasil é possível apenas para produtores em dia com a legislação ambiental e trabalhista. A empresa dirigida por ele é especializada em fazer a ponte entre os proprietários rurais e as instituições financeiras.

“O produtor tem de estar regular com órgãos como Ibama, ICMBio e as secretarias de meio ambiente”, destaca o executivo. “Além disso, ele também não pode estar atrelado a situações de trabalho análogas à escravidão.”

Oportunidades e custos de ESG

O custo é uma indústria de advogados, engenheiros, consultores e técnicos especializados no cumprimento desses requisitos. A oportunidade, porém, é que os produtores brasileiros construíram o know-how necessário para saber o que e como fazer cumprindo os critérios de ESG. Contudo, de modo geral, ainda não se faz o registro adequado para atestar o alinhamento com as exigências, explica Nelson Ananais, coordenador de Sustentabilidade da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

Ananais deixa claro que para CNA a produção atendendo aos critérios de ESG está ocorrendo na medida em que a legislação nacional é respeitada. “É tudo que a gente faz”, afirma. Muitas cidades do interior do país se desenvolveram graças ao impulso gerado pelo agronegócio, conforme lembra o coordenador.

“O ESG no agronegócio do Brasil não é algo para a próxima década, é uma ação que vem sendo trabalhada há pelo menos dez anos com desenvolvimento sustentável da agricultura, da garantia da segurança alimentar atrelada à preservação ambiental e a conformidade com as leis trabalhistas e com as questões sociais”, explica. “A gente já vem cumprindo a agenda ESG há quase dez anos com o desenvolvimento da agricultura de baixo carbono, há 40 anos com Código Florestal e há 50 anos com a transformação do Brasil em um país que garante a própria segurança alimentar e ainda exporta alimentos.”

Falta registrar para comprovar

Mas um desafio está posto. “O de transformar todas essas ações em uma ação de governança comum”, analisa. “Algo que possa ser mensurado e apresentado para comprovar que o produtor rural já cumpre esses requisitos”, completa.

“Falta um mecanismo de comprovação transparente que mostre tudo aquilo que o setor já vem fazendo”, diz o coordenador de Sustentabilidade da CNA. “Isso pode ser feito por meio um de protocolo que registre, ateste e exponha todas essas ações.”

O modelo pode vir das plantações de algodão

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão tem um sistema que reúne essas mesmas informações para o setor, conforme relatou Júlio Cézar Busato, presidente da instituição. O modelo pode ser um dos caminhos.

“Dez anos atrás, nós criamos o Algodão ABR — programa Algodão Brasileiro Responsável”—, disse Busato em entrevista concedida a Oeste. “Para ter o selo, o produtor precisa cumprir 178 itens socioambientais. As exigências são econômicas, sociais e ambientais. A cultura do algodão tem de ser rentável para toda a cadeia produtiva. É preciso cumprir 100% da legislação trabalhista brasileira e todas as normas da Organização Internacional do Trabalho. Também é necessário atender a todo o Código Florestal Brasileiro. Como somos o único país com esse tipo de regramento, isso torna o ABR o mais completo programa de sustentabilidade do mundo.”

Artur Piva, Revista Oeste

J.R. Guzzo: 'Lula continua devendo tudo à Justiça'

Houve apenas um erro de endereço quanto ao lugar de julgamento, segundo decidiu o ministro que fez a “descondenação”

J. R. Guzzo: "O problema central de Lula, nesta campanha eleitoral, é que não são os adversários que estão dizendo que ele é ladrão — quem diz isso é a justiça brasileira" | Foto: Nayra Halm/FotoArena/Estadão Conteúdo
J. R. Guzzo: "O problema central de Lula, nesta campanha eleitoral, é que não são os adversários que estão dizendo que ele é ladrão — quem diz isso é a justiça brasileira" | Foto: Nayra Halm/FotoArena/Estadão Conteúdo

 

O ex-presidente Lula não quer que seja assim, e tem nisso o apoio de muita gente, mas vai ser assim: daqui até a eleição de outubro, ele será obrigado a ficar rolando na calçada numa briga corpo-a-corpo com a corrupção. 

É, entre todos, o assunto do qual Lula quer falar menos. 

Seu sonho dourado é uma campanha eleitoral inteira, toda ela, igual à “sabatina” que recebeu de presente dos apresentadores da Rede Globo. 

Não teve, ali, de responder à nenhuma pergunta de verdade; em vez disso, recebeu uma homenagem. 

“O senhor não deve nada à justiça”, declarou o entrevistador, antes de mais nada e acima de tudo

\Foi tão bom para Lula, mas tão bom, que a frase de absolvição da Globo passou a fazer parte da propaganda oficial do PT na televisão; é difícil que se consiga chegar de novo a tal ponto. 

Mas esse paraíso não existe na vida real. Já no debate entre os candidatos, logo a seguir, não havia mais apresentadores como os que houve na “sabatina”, e a vida ficou dura. 

Apareceram na ocasião, é claro, os militantes mais agitados do “antibolsonarismo” — só que isso não melhorou a vida de Lula. 

Na maior parte do tempo, teve de ouvir dos outros candidatos que o seu governo foi o mais corrupto da história do Brasil — e não conseguiu dar nenhuma resposta coerente para nada disso.

O problema central de Lula, nesta campanha eleitoral, é que não são os adversários que estão dizendo que ele é ladrão — quem diz isso é a justiça brasileira, que o condenou pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em três instâncias e por nove juízes diferentes. 

É uma questão de prontuário; não há o que se possa fazer a respeito. 

Houve, é claro, o número de vassalagem da “sabatina”, mas provavelmente não dará para fazer de novo. 

De mais a mais, o que é que adianta esse tipo de bajulação explícita? 

É o exato contrário: Lula continua devendo tudo à justiça. 

Não foi absolvido de absolutamente nada — ganhou de presente do STF a anulação dos seus processos penais, mas nosso tribunal supremo não disse uma sílaba sobre culpa, provas e fatos. 

Houve apenas um erro de endereço quanto ao lugar de julgamento, segundo decidiu o ministro que fez a “descondenação”. 

Que coisa, não?

É duro para Lula, ou para qualquer um, convencer alguém de sua inocência dizendo que “o processo foi resolvido pelo STF”. 

Que moral têm hoje essa gente para decidir alguma coisa sobre corrupção? 

Ganhar uma decisão favorável desse STF que está aí, aos olhos da maioria do público, equivale a receber um atestado de boa conduta do PCC. 

O que adianta, então, Lula ficar falando que foi “inocentado pelo STF”? 

Melhor, talvez, não dizer nada. 

A dificuldade é que não dá para chegar ao dia da eleição só ouvindo hinos de honra ao mérito como os que recebeu na “sabatina”. 

Não poderia haver demonstração melhor de que as coisas não vão bem do que o pedido do PT para mudar as regras dos próximos debates. 

Só time que perde, como é bem sabido, parte para cima do juiz no fim do jogo para reclamar.

Publicado originalmente no O Estado de S. Paulo 

Revista Oeste

Governo envia proposta de Orçamento de 2023 com Auxílio Brasil de R$ 400

Planalto informou que buscará soluções ‘jurídicas e orçamentárias’ para a manutenção dos R$ 600

Em princípio, o Auxílio Brasil será de R$ 400 em 2023
Em princípio, o Auxílio Brasil será de R$ 400 em 2023 | Foto: Aloisio Mauricio/FotoArena/Estadão Conteúdo

O governo federal enviou ao Congresso a proposta de Orçamento de 2023. O documento, apresentado nesta quarta-feira, 31, prevê o pagamento de R$ 400 aos beneficiários do Auxílio Brasil.

O valor previsto para o próximo ano é abaixo dos R$ 600 pagos atualmente. Essa quantia foi aprovada pelos parlamentares na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Benefícios.

No texto, o governo diz “reconhecer a relevância” do aumento do valor do Auxílio Brasil. Por isso, informou que pretende “buscar soluções jurídicas e orçamentárias” para a manutenção dos R$ 600. O Orçamento prevê R$ 105,7 bilhões para o pagamento do benefício a 21,6 milhões de famílias.

No mês passado, o secretário especial de Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, afirmou que a diferença de R$ 200 no Auxílio Brasil significaria um aumento de gastos obrigatórios de R$ 50 bilhões a R$ 60 bilhões em 2023.

O Orçamento baseia todos os gastos do governo federal ao longo do ano. Essa lei define quanto dinheiro irá para os ministérios e para os programas de governo, com a previsão de despesas incluídas no teto de gastos.

Depois de ser enviado pelo governo, o projeto é avaliado pela Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização. Determinados trechos da proposta podem ser alterados por meio de emendas parlamentares.

Posteriormente, o texto é avaliado pelos deputados e pelos senadores. O relator-geral do Orçamento neste ano é o senador Marcelo Castro (MDB-PI). Se aprovado, o Orçamento segue para a sanção do presidente Jair Bolsonaro.

Revista Oeste

'Os Pingos Nos Is' - Ana Paula,Fiuza,Trindade,Motta e Brown criticam desmandos da facção lulista plantada no STF... A gazela Randolfe mandou Moraes perseguir empresários que empregam mais de 100 mil brasileiros

O melhor do Brasil em Curitiba hoje foi lindo demais

Bolsonaro em Curitiba. Povo nas ruas

Foz do Iguaçu com Bolsonaro

Com sucesso do Pix, setor de pagamentos investe em inovações

 Operadoras de máquinas de cartão testam novos serviços para oferecer aos lojistas

Algumas operadoras de máquinas de cartão já começaram a oferecer outros serviços
Algumas operadoras de máquinas de cartão já começaram a oferecer outros serviços | Foto: Reprodução/Pixabay

Com a criação do Pix, sistema de pagamento do Banco Central que elimina os intermediários, o setor de pagamentos, como as operadoras de cartão de débito e crédito, terá de encontrar alternativas para se manterem no mercado. Essa é a avaliação de especialistas entrevistados pelo jornal O Estado de S. Paulo, em reportagem publicada nesta quarta-feira, 31. Algumas iniciativas já começaram a ser lançadas.

Com o Pix, criado em novembro de 2020, os correntistas podem fazer pagamentos diretamente ao fornecedor, sem a necessidade de usar cartão. No e-commerce, o Pix se tornou a segunda modalidade mais utilizada em julho.

Dessa forma, empresas de cartão terão, por exemplo, de agregar outros serviços aos comerciantes — como softwares de administração de contas e estoques — para continuar relevantes para os clientes. Algumas já começaram a investir em novos serviços ou funcionalidades para as maquininhas.

De acordo com Edson Santos, um dos maiores conhecedores do setor de meios de pagamento no Brasil, conforme a reportagem, o Pix ainda enfrenta alguns desafios no varejo — “Não pegou tanto”, disse ele —, e, por isso, os cartões ainda mantêm competitividade. A líder do mercado é a Cielo, seguida de perto pela Rede, do Itaú Unibanco. Depois vêm Getnet (do Santander), Stone, Vero e PagSeguro, conforme ranking recente divulgado pelo Instituto Propague.

Mas, com a chacoalhada, o setor começa a se movimentar. Santos afirmou que algumas companhias já estão se preparando para as mudanças no setor e investindo em novos serviços. Ele citou a Stone, que em 2020 comprou a empresa de tecnologia Linx mirando na mudança.

Na prática, porém, uma das poucas mudanças, até agora, é a oferta da funcionalidade do Pix na maquininha, permitindo que o lojista gere um QR-Code para a transferência, na tentativa de manter em uso o equipamento.

O uso do Pix diretamente no comércio precisa melhorar, dizem os analistas. Hoje, quando o lojista aceita Pix, o cliente usa a chave do estabelecimento para efetuar o pagamento — mostrando a tela com a transação ao atendente ou enviando o comprovante por WhatsApp. Já há startups trabalhando tornar o processo automático, com o uso de aplicativo para permitir a aceitação do Pix pelo caixa de forma direta

Outras empresas começam a oferecer o Pix parcelado (uma forma de dar crédito ao cliente), que poderá vir a substituir o cartão de crédito — essa opção já cresce em aceitação, especialmente no e-commerce. Hoje, essa modalidade já alcançou o volume de pagamentos em boleto.

Especialista no mercado financeiro, Boanerges Freitas disse que as operadoras de cartão certamente vão ter perda de receita ao migrar para o Pix, mas, disse ele, “é melhor ter essa perda e manter o cliente”.

Segundo Angelo Russomano, diretor da Rede, credenciadora do Itaú Unibanco, a empresa está debruçada no desenvolvimento de novas funcionalidades, e citou a que inclui a automação da frente do caixa, inclusive para integrar o pagamento pelo Pix. “Essa é a maior demanda dos varejistas”, disse ele.

Revista Oeste

Agronegócio impulsiona o Porto de Santos

A instalação embarcou mais de 50 milhões de toneladas de produtos do setor

A instalação é umas principais portas de escoamento para o agronegócio
A instalação é umas principais portas de escoamento para o agronegócio | Foto: Divulgação/Cargill

O agronegócio brasileiro foi responsável pela maior parte das cargas que passaram pelo Porto de Santos entre janeiro e julho deste ano. Durante o período, a instalação movimentou 95 milhões de toneladas, sendo que 52 milhões foram de embarques realizados pelo setor.

No topo do ranking de embarques, o complexo da soja (perto de 30 milhões de toneladas). No top três também estão açúcar (10 milhões de toneladas, praticamente) e celulose (próximo de 5 milhões de toneladas).

Entre as principais portas de escoamento para o agronegócio brasileiro figura o Porto de Santos, conforme demonstrado em o “O porto desencalha”, reportagem de Bruno Freitas para a Edição 127 da Revista Oeste. A instalação responde por 99% dos embarques de algodão, 89% dos de suco de laranja, 79% dos de café, 71% dos de carne bovina, 43% dos de milho e 26% dos de soja.

“O Porto de Santos é estratégico para vários setores da economia nacional”, informa a reportagem. “É, por exemplo, o principal polo exportador brasileiro de açúcar, soja e milho, além de ser o segundo maior importador de trigo. Em 2021, o porto exportou 4,3 milhões de toneladas de celulose e respondeu por cerca de 25% do total de veículos movimentados no país.”

Revista Oeste

Petrobras começa pagamento de dividendos recordes

Ao longo do ano, a remuneração aos acionistas ficou próxima de R$ 140 bilhões

Fachada do Edise, o edifício-sede da Petrobras, no Rio de Janeiro
Fachada do Edise, o edifício-sede da Petrobras, no Rio de Janeiro | Foto: André Motta de Souza/Agência Petrobras

A Petrobras deu início ao pagamento de dividendos referentes ao segundo trimestre de 2022. Serão duas parcelas, sendo a primeira realizada nesta quarta-feira, 31, e a segunda em 20 de setembro.

O conselho de administração da Petrobras aprovou o montante no fim de julho. Ao todo, serão pagos quase R$ 90 bilhões em dividendos. A quantia é um recorde trimestral, de acordo com o portal InfoMoney. Divididas pelas ações, são R$ 6,73, de acordo com um comunicado da estatal.

“O valor distribuído hoje corresponde a R$ 3,37 por ação ordinária e preferencial em circulação, sendo R$ 2,94 por ação sob forma de dividendos e R$ 0,43 por ação como juros sobre capital próprio”, conforme informa a empresa. “Da remuneração total aos acionistas, 36,6% serão destinados para a União, que detém a maior parte das ações ordinárias da companhia.” Assim, cerca de R$ 32 bilhões terão como destino os cofres do governo, incluindo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

“O retorno ao pagamento de dividendos pela Petrobras — após anos sem pagar nenhuma remuneração à União nem aos demais acionistas — tem sido acompanhado pelo aumento dos investimentos de forma responsável e compatível com a sustentabilidade financeira da companhia”, informa a empresa em nota. No primeiro trimestre, a quantia paga ficou próxima de R$ 50 bilhões.

Ao longo do ano, a companhia já pagou quase R$ 140 bilhões aos acionistas. Ou seja: cerca de R$ 10 por ação.

LEIA TAMBÉM:

Revista Oeste

Bolsonaro será entrevistado nesta quarta-feira, às 20h, na CNN, por William Waack

 

Bolsonaro divulga agenda de sabatinas

Foto CNN

Sabatinas da semana


Quarta-Feira (31/08): CNN, com William Waack, às 20h
Quinta-Feira (01/09): Rede TV, às 20h
Sexta - Feira (02/09): SBT (horário a confirmar)
Segunda-Feira (05/09): Jovem Pan, às 08h

Desemprego no Brasil recua para 9% em julho

Trata-se do menor índice da série desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015

Número de desempregados recuou para cerca de 10 milhões de pessoas
Número de desempregados recuou para cerca de 10 milhões de pessoas | Foto: Marcelo Casal Jr. / Agência Brasil

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta quarta-feira, 31, que o desemprego no Brasil recuou para 9% no trimestre encerrado em julho. Trata-se do menor índice da série desde os três meses encerrados em dezembro de 2015, quando a taxa também foi de 9%.

No levantamento anterior, referente ao trimestre encerrado em junho, a taxa estava em 9,3%, atingindo pouco mais de 10 milhões de pessoas — atualmente, o país tem 9 milhões de desempregados. Na mínima da série histórica, registrada em 2014, a taxa chegou a 6,5%, durante o governo Dilma Rousseff.

Principais destaques da pesquisa sobre desemprego no Brasil

  • Desemprego caiu para pouco mais de 9%, menor índice da série desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015;
  • Número de desempregados recuou para cerca de 10 milhões de pessoas;
  • Contingente de pessoas ocupadas bateu recorde: cerca de 100 milhões;
  • População subutilizada caiu para quase 25 milhões de pessoas;
  • Pessoas fora da força de trabalho caíram para quase 65 milhões de pessoas;
  • População desalentada (que desistiu de procurar trabalho) caiu para 4 milhões;
  • Taxa de informalidade foi de aproximadamente 40% da população ocupada;
  • Número de trabalhadores informais chegou a cerca de 40 milhões;
  • Número de empregados sem carteira assinada foi o maior da série: 13 milhões;
  • Número de empregados com carteira de trabalho assinada subiu para 35,8 milhões;
  • Trabalhadores por conta própria atingiram 25,9 milhões de pessoas;
  • Número de trabalhadores domésticos ficou em 6 milhões de pessoas;
  • Número de empregadores foi de 4,3 milhões de pessoas;
  • Rendimento real habitual ficou em R$ 2.693.


Revista Oeste

Bolsonaro na Rede TV, AMANHÃ (quinta-feira) às 20h

 

Bolsonaro divulga agenda de sabatinas

Foto CNN

Sabatinas da semana


Quarta-Feira (31/08): CNN, com William Waack, às 20h
Quinta-Feira (01/09): Rede TV, às 20h
Sexta - Feira (02/09): SBT (horário a confirmar)
Segunda-Feira (05/09): Jovem Pan, às 08h

Volume de cargas no Porto de Santos aumenta 7%

Ao longo dos últimos quatro anos, a instalação deixou de ser deficitária para ser se tornar lucrativa

Navio é carregado no Brasil Terminal Portuário, área do Porto de Santos que movimenta contêineres | Foto: Bruno Freitas/Revista Oeste
Navio é carregado no Brasil Terminal Portuário, área do Porto de Santos que movimenta contêineres | Foto: Bruno Freitas/Revista Oeste | Foto Interna Bruno Freitas

De janeiro a julho de 2022, o Porto de Santos movimentou cerca de 95 milhões de toneladas em produtos. Desse modo, houve um crescimento de 7% sobre o resultado no mesmo período do ano anterior.

Da soma total, por volta de 70 milhões de toneladas são de embarques. E os desembarques bateram quase 26 milhões de toneladas.

Em igual período em 2021, o Porto de Santos registrou o envio de cerca de 64 milhões de toneladas. O volume de cargas recebidas no mesmo intervalo chegou a pouco menos de 25 milhões de toneladas. Assim, houve o crescimento de movimentação de cargas nos dois sentidos.

Ao longo dos últimos quatro anos, a instalação deixou de ser deficitária para ser se tornar lucrativa. As transformações para a mudança foram registradas em “O porto desencalha”, reportagem de Bruno Freitas para a Edição 127 da Revista Oeste.

“A volta por cima da Autoridade Portuária de Santos (Santos Port Authority, a SPA), órgão ligado ao Ministério da Infraestrutura, se deu por meio de um esforço para trocar a burocracia estatal pelo pragmatismo privado”, informa a reportagem. “A administração, que vinha marcada por casos de desvios de dinheiro, foi virada do avesso. O atual governo enviou ao litoral de São Paulo executivos com experiência em recuperação empresarial, partindo de um cenário de prejuízo de R$ 468 milhões em 2018.”

As dimensões do Porto de Santos

Atualmente, a movimentação de cargas no local está próxima de 150 milhões de toneladas por ano. Todo esse volume gerou quase 5 mil atracações em 2021. O Porto de Santos conta com 55 cais e 100 quilômetros de ferrovias. A área seca se estende por 15 quilômetros quadrados, com 16 quilômetros superfície acostável. O canal de navegação tem 15 metros de profundidade e 30 quilômetros de extensão.

Revista Oeste