quinta-feira, 30 de abril de 2015

CPI cogita busca e apreensão da Polícia Federal na Petrobras, que apagou digitais de Dilma ´trambique` em falcatruas na estatal

Alexandre Rodrigues e Ramona Ordoñez - O Globo

Parlamentares querem acesso às atas das reuniões do conselho da estatal, cujas gravações foram destruídas


Deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a corrupção na Petrobras cogitam pedir à Polícia Federal uma busca e apreensão na sede da estatal para ter acesso às atas das reuniões feitas pelo Conselho de Administração entre 2003 e 2012, período investigado pela Lava-Jato. Segundo o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), a CPI pede as atas desde fevereiro, sem ser atendidos. Na segunda-feira, a solicitação voltou a ser apresentada à nova diretora da Petrobras, mas os executivos disseram que ainda estavam reunindo o material.

— Estamos muito preocupados com isso. Essas atas estão num arquivo digital. Qual a dificuldade de reunir e entregar? A CPI já decidiu que, se essas atas não forem apresentadas até segunda-feira, vamos pedir busca e apreensão — disse Leite.

Deputados da CPI da Petrobras que tiveram um encontro com a diretoria da estatal na última segunda-feira foram informados que as reuniões do Conselho de Administração da companhia são gravadas, mas os registros do período investigado pela Operação Lava-Jato já foram destruídos. A CPI tinha a expectativa de obter as gravações para esmiuçar a atuação da presidente Dilma Rousseff no período em que ela, como ministra do governo Lula, dirigiu o conselho. Um dos pontos de interesse é o aval dado por ela para a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, que levou a um prejuízo de US$ 792 milhões.O jornal “O Estado de S.Paulo” informou terem sido negados pedidos de acesso a essas gravações por meio da Lei de Acesso à Informação com a justificativa da estatal de que o áudio é eliminado logo após a formalização do conteúdo da reunião em atas, que também são sigilosas. Somente após o início da auditoria interna em curso na estatal desde novembro do ano passado, motivada pela Lava-Jato, os arquivos passaram a ser preservados.

— Se a empresa descartava as gravações mesmo, fica a dúvida. Teriam sido muito úteis para entender melhor a postura dos conselheiros, inclusive de Dilma, em decisões como a compra de Pasadena — afirmou Leite.

Uma fonte na estatal ouvida pelo GLOBO confirmou que as gravações das reuniões do Conselho de Administração da Petrobras dos últimos anos foram destruídas, incluindo as que decidiram projetos que estão sob investigação, como a aquisição de Pasadena. Segundo esta fonte, as gravações eram feitas para auxiliar a redação das atas e eliminadas logo após a a publicação delas com a assinatura dos conselheiros. Desde novembro do ano passado, as gravações passaram a ser preservadas atendendo a pedido dos próprios membros do Conselho de Administração.

— As atas da Petrobras são literais, tudo o que foi dito é transcrito. Por isso, algumas tem mais de 100 páginas — destacou essa fonte.

Executivos que atuam em conselhos de administração de outras companhias ouvidos pelos GLOBO explicaram que não é obrigatório para uma empresa de capital aberto como a Petrobras fazer e manter as gravações das reuniões de seu conselho. A maioria das empresas sequer grava as reuniões.

Robert Juenemann, conselheiro de administração do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), explicou que a divulgação das atas é uma medida suficiente para que as empresas cumpram o dever de dar transparência sobre as decisões tomadas nas reuniões dos conselhos de administração e suas justificativas. A gravação das reuniões é uma opção das empresas, que não são obrigadas a divulgá-las.

— Para a empresa cumprir as boas práticas de transparência não é necessário abrir as informações sobre tudo o que se fala na reunião do conselho. É um ambiente de sigilo e confidencialidade, onde informações pinçadas fora de contexto podem ser distorcidas. É preciso ter um ambiente protegido, de conforto para que os conselheiros possam debater sem reservas para tomar a decisão — explicou Juenemann, sem comentar o caso específico da Petrobras.

A Comissão de Valores mobiliários (CVM) informou que todas as companhias abertas que estão sob a sua jurisdição da CVM são obrigadas a divulgar das atas de reunião do conselho de administração "que contenham deliberações destinadas a produzir efeitos perante terceiros (não necessariamente acionistas, mas também outras pessoas tais como credores)," de acordo com o parágrafo 1º do artigo 142 da Lei nº 6.404/76. As atas devem ser encaminhadas pelas em presas em até sete dias úteis após a realização da reunião do Conselho de Administração. Essas atas são encaminhadas por meio de sistema eletrônico à CVM. Nenhuma empresa, nem a Petrobras encaminha à CVM gravações ou vídeos dessas atas. A Petrobras procurada, até o momento, não respondeu.

O Tribunal de Contas da União (TCU) disse ter recebido da Petrobras a informação de que “as gravações de áudio e vídeo do Conselho de Administração da Petrobras são eliminadas após a lavratura da ata da reunião, em atenção ao que determina o Regimento Interno desse conselho”. A companhia encaminhou ao TCU apenas os “papéis de trabalho” que subsidiaram a elaboração das atas.

O juiz Sérgio Moro aceitou denúncia do Ministério Público Federal, transformando em réus em mais uma ação o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o empresário Augusto Mendonça, do Grupo Setal. Eles são acusados de lavar R$ 2,4 milhões por meio da Gráfica Atitude, ligada ao PT. (Colaboraram Germano Oliveira e Eduardo Bresciani)

Na VEJA: "E agora, Toffoli?"

Com Blog Felipe Moura Brasil


A Polícia Federal interceptou mensagens que mostram proximidade entre empreiteiro da Lava Jato e o ministro do STF Dias Toffoli.
A informação está na chamada de capa da VEJA deste fim de semana.
Minha pré-conclusão: todo petista que salva a pele de comparsas do PT está sempre salvando a própria pele também.
Apesar da soltura dos 9 empreiteiros pelo STF de Toffoli, a reportagem principal da revista traz a visão além do alcance do juiz Sergio Moro para não deixar o leitor cair em desesperança em relação à prisão dos corruptos.
Ainda é tempo de cantar: “Tu vens, tu vens / Eu já escuto os teus sinais…”


VEJA Dias Toffoli

Ministro dos Transportes de Dilma ´trambique` mostra que o governo lulopetista só funciona movido a propinas

Com Blog Augusto Nunes - Veja




Lula x Odebrecht x BNDES, promiscuidade desvairada

Epoca


ALVO O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Suas visitas  a países africanos e latino-americanos, patrocinadas pela Odebrecht, estão na mira do Núcleo de Combate à Corrupção do Ministério Público (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
TEMPO


As suspeitas de tráfico de influência internacional sobre o ex-presidente Lula

O Ministério Público Federal abre uma investigação contra o petista – ele é suspeito de ajudar a Odebrecht em contratos bilionários

THIAGO BRONZATTO E FILIPE COUTINHO - Epoca


Capa edição 882 (Foto: divulgação)

 >> Trecho da reportagem de capa de ÉPOCA desta semana
Quando entregou a faixa presidencial a sua pupila, Dilma Rousseff, em janeiro de 2011, o petista Luiz Inácio Lula da Silva deixou oPalácio do Planalto, mas não o poder. Saiu de Brasília com umcapital político imenso, incomparável na história recente do Brasil. Manteve-se influente no PT, no governo e junto aos líderes da América Latina e da África – líderes, muitos deles tiranetes, que conhecera e seduzira em seus oito anos como presidente, a fim de, sobretudo, mover a caneta de seus respectivos governos em favor dasempresas brasileiras. Mais especificamente, em favor das grandes empreiteiras do país, contratadas por esses mesmos governos estrangeiros para tocar obras bilionárias com dinheiro, na verdade, do Banco Nacional de Desenvolvimento, o BNDES, presidido até hoje pelo executivo Luciano Coutinhoapadrinhado de Lula. Como outros ex-presidentes, Lula abriu um instituto com seu nome. Passou a fazer por fora (como ex-presidente) o que fazia por dentro (como presidente). Decidiu continuar usando sua preciosainfluência. Usou o prestígio político para, em cada negócio, mobilizar líderes de dois países em favor do cliente, beneficiado em seguida com contratos governamentais lucrativos. Lula deu início a seu terceiro mandato. Tornou-se o lobista em chefe do Brasil. 
 
Documento 01 (Foto: Reprodução)
Nos últimos quatro anos, Lula viajou constantemente para cuidar de seus negócios. Os destinos foram basicamente os mesmos – de Cuba a Gana, passando por Angola e República Dominicana. A maioria das andanças de Lula foi bancada pela construtora Odebrecht, a campeã, de longe, de negócios bilionários com governos latino-americanos e africanos embalada por financiamentos do BNDES. No total, o banco financiou ao menos US$ 4,1 bilhões em projetos da Odebrecht em países como Gana, República Dominicana, Venezuela e Cuba durante os governos de Lula e Dilma. Segundo documentos obtidos por ÉPOCA, o BNDES fechou o financiamento de ao menos US$ 1,6 bilhão com destino final à Odebrecht após Lula, já como ex-presidente, se encontrar com os presidentes de Gana e da República Dominicana – sempre bancado pela empreiteira. Há obras como modernização de aeroporto e portos, rodovias e aquedutos, todas tocadas com os empréstimos de baixo custo do BNDES em países alinhados com Lula e o PT. A Odebrecht foi a construtora que mais se beneficiou com o dinheiro barato do banco estatal. Só no ano passado, segundo estudo do Senado, a empresa recebeu US$ 848 milhões em operações de crédito para tocar empreendimentos no exterior – 42% do total financiado pelo BNDES. Há anos o banco presidido por Luciano Coutinho resiste a revelar os exatos termos desses financiamentos com dinheiro público, apesar de exigências do Ministério Público, do Tribunal de Contas da União e doCongresso. São o segredo mais bem guardado da era petista.
Moralmente, as atividades de Lula como ex-presidente são, no mínimo, questionáveis. Mas há, à luz das leis brasileiras, indícios de crime? Segundo o Ministério Público Federal, sim. ÉPOCA obteve, com exclusividade, documentos que revelam: o núcleo de Combate à Corrupção da Procuradoria da República em Brasília abriu, há uma semana, investigação contra Lula por tráfico de influência internacional e no Brasil. O ex-presidente é formalmente suspeito de usar sua influência para facilitar negócios da Odebrecht com representantes de governos estrangeiros onde a empresa toca obras com dinheiro do BNDES. Eis o resumo do processo“TRÁFICO DE INFLUÊNCIA. LULA. BNDES. Supostas vantagens econômicas obtidas, direta ou indiretamente, da empreiteira Odebrecht pelo ex-presidente da República Luis Inácio Lula da Silva, entre os anos de 2011 a 2014, com pretexto de influir em atos praticados por agentes públicos estrangeiros, notadamente os governos da República Dominicana e Cuba, este último contendo obras custeadas, direta ou indiretamente, pelo BNDES”.

Os procuradores enquadram a relação de Lula com a Odebrecht, o BNDES  e os chefes de Estado, a princípio, em dois artigos do Código Penal. O primeiro, 337-C, diz que é crime “solicitar, exigir ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções, relacionado a transação comercial internacional”. O nome do crime: tráfico de influência em transação comercial internacional. O segundo crime, afirmam os procuradores, refere-se à suspeita de tráfico de influência junto ao BNDES. “Considerando que as mencionadas obras são custeadas, em parte, direta ou indiretamente, por recursos do BNDES, caso se comprove que o ex-presidente da República Luís Inácio Lula da Silva também buscou interferir em atos práticos pelo presidente do mencionado banco (Luciano Coutinho), poder-se-á, em tese, configurar o tipo penal do artigo 332 do Código Penal (tráfico de influência)”, diz o documento.

A investigação do MPF pode envolver pedidos de documentos aos órgãos e governos envolvidos, assim como medidas de quebras de sigilos. Nas últimas semanas, ÉPOCA obteve documentos oficiais, no Brasil e no exterior, e entrevistou burocratas estrangeiros para mapear a relação entre as viagens internacionais do ex-presidente e de integrantes do Instituto Lula com o fluxo de caixa do BNDES em favor de obras da Odebrecht nos países visitados. A papelada e os depoimentos revelam contratos de obras suspeitas de superfaturamento bancadas pelo banco estatal brasileiro, pressões de embaixadores brasileiros para que o BNDES liberasse empréstimos – e, finalmente, uma sincronia entre as peregrinações de Lula e a formalização de liberações de empréstimos bilionários do banco estatal em favor do conglomerado baiano.

A Odebrecht tem receita anual de cerca R$ 100 bilhões. É uma das principais empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato, que desmontou um esquema de pagamento de propinas na Petrobras. Segundo delatores, a construtora tinha um método sofisticado de pagamento de propinas, incluindo remessas ao exterior trianguladas com empresas sediadas no Panamá. A empreiteira, que foi citada pelo doleiro Alberto Youssef e por ex-funcionários do alto escalão da Petrobras, nega as acusações.
Saiba mais sobre a investigação do Ministério Público Federal em ÉPOCA desta semana. A reportagem detalha os casos dos documentos e imagens abaixo:


AMIGOS O ex-presidente Lula em encontro com o presidente da República Dominicana, Danilo Medina, em janeiro de 2013. Lula foi dar uma palestra em premiação a jovens do país (Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula)
PRESTÍGIO O presidente de Gana, John Dramani Mahama, veio ao Brasil em 2014 para lançar seu livro Meu primeiro golpe de Estado. Aproveitou para visitar Lula e executivos da Odebrecht (Foto: Erika Santelices/AFP)

Um padrão que se repete (Foto: Reprodução)

Vídeos do PSDB para o 1º de Maio apontam “mentiras” de Dilma

Fernando Rodrigues - UOL


Tucanos fazem releitura do discurso da presidente há um ano
Ideia é enfatizar diferença entre discurso e prática do Planalto

Dilma-video-PSDB-1mai2015
Vídeo do PSDB congela imagem de Dilma e carimba “mentira'', em vermelho


O PSDB vai colocar em várias redes sociais hoje (30.abr.2015) filmes curtos mostrando o que considera contradições –o partido afirma que são “mentiras”– no discurso da presidente Dilma Rousseff há um ano, quando a petista falou na TV durante o 1º de Maio de 2014.
O títulos dos vídeos aos quais o Blog teve acesso são iguais: “Dilma transforma o Dia do Trabalho em Dia da Mentira”. Serão todos postados em redes sociais do PSDB, para tentar neutralizar o esforço digital que o Planalto fará durante o feriado –uma vez que a presidente optou por não falar em cadeia de rádio e TV, mas apenas interagir com os brasileiros via internet.
Na primeira peça tucana, de 1 minuto e 15 segundos, Dilma aparece falando que seu governo é “do crescimento com estabilidade, do controle rigoroso da inflação”. Nesse momento, a imagem é congelada e surge um carimbo em vermelho na tela: “Mentira”.
Começa então a reprodução de títulos de reportagens como “Economia para, e Dilma tem PIB mais fraco desde Collor” e “Governo fecha 2014 com primeiro déficit nas contas públicas em 18 anos”.
Noutro trecho de seu discurso de 1º de maio de 2014, Dilma diz: “Posso garantir a vocês que a inflação continuará rigorosamente sobre controle”. De novo, a imagem é congelada e vem o carimbo “mentira”. E mais reportagens mostrando que a inflação está em seu nível mais alto em muitos anos.
No vídeo seguinte, também de 1 minuto e 15 segundos, o PSDB selecionou o trecho do discurso dilmista no qual a presidente fala que está “vencendo a luta do emprego e do salário”. E vem o carimbo vermelho “mentira”, sobre a imagem congelada da petista. “Geração de empregos em 2014 foi a pior dos anos do PT”, diz um título de uma notícia na tela.
Uma parte cruel para Dilma é a parte na qual ela fala que assinou uma medida provisória (no 1º de Maio de 2014) corrigindo a tabela do Imposto de Renda, o que daria um alívio para a classe média. De novo, o PSDB coloca o carimbo “mentira”. E mostra o veto da presidente à correção de 6,5% na tabela que corrigia a possibilidade de abatimentos no Imposto de Renda.
Esse caso é um pouco mais complexo. Uma correção depois acabou sendo aprovada pelo Congresso, que fez um acordo com o Planalto para que se encontrasse um meio termo na tabela do IR.
Dilma também enfatizou muito em 2014 que defenderia todos os direitos e conquistas trabalhistas. Essa fala aparece no discurso de um ano atrás e o PSDB aproveita para explorar a redução do acesso de trabalhadores demitidos ao seguro-desemprego –medida que faz parte do ajuste fiscal proposto pelo Planalto.


Reportagem de capa da EPOCA: "As suspeitas de tráfico de influência internacional sobre o ex-presidente Lula"



Thiago Bronzatto e Filipe Coutinho - Epoca

O Ministério Público Federal abre uma investigação contra o petista – ele é suspeito de ajudar a Odebrecht em contratos bilionários

Capa edição 882 (Foto: divulgação)

 >> Trecho da reportagem de capa de ÉPOCA desta semana



Quando entregou a faixa presidencial a sua pupila, Dilma Rousseff, em janeiro de 2011, o petista Luiz Inácio Lula da Silva deixou o Palácio do Planalto, mas não o poder. Saiu de Brasília com umcapital político imenso, incomparável na história recente do Brasil. Manteve-se influente no PT, no governo e junto aos líderes da América Latina e da África – líderes, muitos deles tiranetes, que conhecera e seduzira em seus oito anos como presidente, a fim de, sobretudo, mover a caneta de seus respectivos governos em favor dasempresas brasileiras. Mais especificamente, em favor das grandes empreiteiras do país, contratadas por esses mesmos governos estrangeiros para tocar obras bilionárias com dinheiro, na verdade, do Banco Nacional de Desenvolvimento, o BNDES, presidido até hoje pelo executivo Luciano Coutinhoapadrinhado de Lula. Como outros ex-presidentes, Lula abriu um instituto com seu nome. Passou a fazer por fora (como ex-presidente) o que fazia por dentro (como presidente). Decidiu continuar usando sua preciosainfluência. Usou o prestígio político para, em cada negócio, mobilizar líderes de dois países em favor do cliente, beneficiado em seguida com contratos governamentais lucrativos. Lula deu início a seu terceiro mandato. Tornou-se o lobista em chefe do Brasil.
Documento 01 (Foto: Reprodução)
Nos últimos quatro anos, Lula viajou constantemente para cuidar de seus negócios. Os destinos foram basicamente os mesmos – de Cuba a Gana, passando por Angola e República Dominicana. A maioria das andanças de Lula foi bancada pela construtora Odebrecht, a campeã, de longe, de negócios bilionários com governos latino-americanos e africanos embalada por financiamentos do BNDES. No total, o banco financiou ao menos US$ 4,1 bilhões em projetos da Odebrecht em países como Gana, República Dominicana, Venezuela e Cuba durante os governos de Lula e Dilma. Segundo documentos obtidos por ÉPOCA, o BNDES fechou o financiamento de ao menos US$ 1,6 bilhão com destino final à Odebrecht após Lula, já como ex-presidente, se encontrar com os presidentes de Gana e da República Dominicana – sempre bancado pela empreiteira. Há obras como modernização de aeroporto e portos, rodovias e aquedutos, todas tocadas com os empréstimos de baixo custo do BNDES em países alinhados com Lula e o PT. A Odebrecht foi a construtora que mais se beneficiou com o dinheiro barato do banco estatal. Só no ano passado, segundo estudo do Senado, a empresa recebeu US$ 848 milhões em operações de crédito para tocar empreendimentos no exterior – 42% do total financiado pelo BNDES. Há anos o banco presidido por Luciano Coutinho resiste a revelar os exatos termos desses financiamentos com dinheiro público, apesar de exigências do Ministério Público, do Tribunal de Contas da União e doCongresso. São o segredo mais bem guardado da era petista.
Moralmente, as atividades de Lula como ex-presidente são, no mínimo, questionáveis. Mas há, à luz das leis brasileiras, indícios de crime? Segundo o Ministério Público Federal, sim. ÉPOCA obteve, com exclusividade, documentos que revelam: o núcleo de Combate à Corrupção da Procuradoria da República em Brasília abriu, há uma semana, investigação contra Lula por tráfico de influência internacional e no Brasil. O ex-presidente é formalmente suspeito de usar sua influência para facilitar negócios da Odebrecht com representantes de governos estrangeiros onde a empresa toca obras com dinheiro do BNDES. Eis o resumo do processo“TRÁFICO DE INFLUÊNCIA. LULA. BNDES. Supostas vantagens econômicas obtidas, direta ou indiretamente, da empreiteira Odebrecht pelo ex-presidente da República Luis Inácio Lula da Silva, entre os anos de 2011 a 2014, com pretexto de influir em atos praticados por agentes públicos estrangeiros, notadamente os governos da República Dominicana e Cuba, este último contendo obras custeadas, direta ou indiretamente, pelo BNDES”.

Os procuradores enquadram a relação de Lula com a Odebrecht, o BNDES  e os chefes de Estado, a princípio, em dois artigos do Código Penal. O primeiro, 337-C, diz que é crime “solicitar, exigir ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções, relacionado a transação comercial internacional”. O nome do crime: tráfico de influência em transação comercial internacional. O segundo crime, afirmam os procuradores, refere-se à suspeita de tráfico de influência junto ao BNDES. “Considerando que as mencionadas obras são custeadas, em parte, direta ou indiretamente, por recursos do BNDES, caso se comprove que o ex-presidente da República Luís Inácio Lula da Silva também buscou interferir em atos práticos pelo presidente do mencionado banco (Luciano Coutinho), poder-se-á, em tese, configurar o tipo penal do artigo 332 do Código Penal (tráfico de influência)”, diz o documento.

A investigação do MPF pode envolver pedidos de documentos aos órgãos e governos envolvidos, assim como medidas de quebras de sigilos. Nas últimas semanas, ÉPOCA obteve documentos oficiais, no Brasil e no exterior, e entrevistou burocratas estrangeiros para mapear a relação entre as viagens internacionais do ex-presidente e de integrantes do Instituto Lula com o fluxo de caixa do BNDES em favor de obras da Odebrecht nos países visitados. A papelada e os depoimentos revelam contratos de obras suspeitas de superfaturamento bancadas pelo banco estatal brasileiro, pressões de embaixadores brasileiros para que o BNDES liberasse empréstimos – e, finalmente, uma sincronia entre as peregrinações de Lula e a formalização de liberações de empréstimos bilionários do banco estatal em favor do conglomerado baiano.

A Odebrecht tem receita anual de cerca R$ 100 bilhões. É uma das principais empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato, que desmontou um esquema de pagamento de propinas na Petrobras. Segundo delatores, a construtora tinha um método sofisticado de pagamento de propinas, incluindo remessas ao exterior trianguladas com empresas sediadas no Panamá. A empreiteira, que foi citada pelo doleiro Alberto Youssef e por ex-funcionários do alto escalão da Petrobras, nega as acusações.
Saiba mais sobre a investigação do Ministério Público Federal em ÉPOCA desta semana. A reportagem detalha os casos dos documentos e imagens abaixo:


AMIGOS O ex-presidente Lula em encontro com o presidente da República Dominicana, Danilo Medina, em janeiro de 2013. Lula foi dar uma palestra em premiação a jovens do país (Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula)
PRESTÍGIO O presidente de Gana, John Dramani Mahama, veio ao Brasil em 2014 para lançar seu livro Meu primeiro golpe de Estado. Aproveitou para visitar Lula e executivos da Odebrecht (Foto: Erika Santelices/AFP)

Um padrão que se repete (Foto: Reprodução)




Capa edição 882 (Foto: divulgação)




Os seis cantores mais populares do Instagram

Veja


Com o lançamento do @music, a rede social do Facebook cria canal 

para divulgar novos talentos e mostrar bastidores de artistas

famosos. Confira uma lista com os músicos mais seguidos no app





Instagram lança sua primeira comunidade oficial, dedicada à música
Instagram lança sua primeira comunidade oficial, dedicada à música(Divulgação/Instagram)
Depois de integrar fotos e vídeos em uma rede social, o Instagram decidiu apostar em música. O @music foi lançado ontem, com a proposta de formar uma comunidade destinada à música e aos profissionais dessa área, indicando musicistas, álbuns e canções. Fotógrafos, produtores, fabricantes de instrumentos e compositores também terão espaço.
A aposta tem motivo: 25% das contas mais populares do aplicativo são de cantores. Segundo Kevin Systrom, fundador e CEO da rede social, "a comunidade de música é - e sempre foi - uma parte importante do Instagram. Nos últimos quatro anos, nós nos tornamos a casa para artistas grandes e pequenos".
O post de estreia falou sobre o baterista da banda The Roots. Na publicação, Questlove fala sobre o seu trabalho como DJ e também sobre a dinâmica de uma pista. "Toque muitos hits e você cansará sua plateia; toque poucos e você verá o local esvaziando... Então, coloco uma música ruim e observo isso. Assim, espero dois minutos e boto 'Uptown Funk' e vejo a animação ser maior do que antes", contou Questlove.
A conta, que possui 3 publicações, já passa de 20 mil seguidores e esse número aumenta a cada atualização da página. Confira abaixo quem são os seis cantores mais populares do Instagram.


Curitiba é nossa Meca e Sérgio Moro, 'Maomé'

O desempenho do juiz Sergio Moro à frente da Operação Lava Jato coloca no mapa da credibilidade a capital paranaense. Segundo o historiador Marco Antonio Villa, "Sergio Moro não pode tirar férias ou o Brasil para". Villa ainda compara o não-discurso da presidente Dilma no Dia do Trabalho com o primeiro discurso que marcou a data com Getúlio Vargas. Assista.


Míssil nuclear: a reportagem da Época que vai explodir Lula

Diogo Mainardi e Mário Sabino - O Antagonista


A revista Época que está chegando às bancas traz uma reportagem exclusiva com o título "Lula, o Operador". Subtítulo: "O Ministério Público abre investigação contra o petista por tráfico internacional de influência. Ele é suspeito de ajudar a construtora Odebrecht a ganhar contratos na América Latina e na África com dinheiro do BNDES".
É a primeira vez que Lula é formalmente investigado. E o míssil é nuclear.




"Falar ou calar, companheira Dilma?", por Ruth de Aquino

Epoca



Para qualquer lugar que se olhe, os números justificam a cisão entre PT e trabalhadores



O 1º de Maio, Dia do Trabalho, deveria ser uma data de gala para o Partido dos Trabalhadores. 

O PT está no Poder há mais de 12 anos, legitimamente eleito em quatro consultas consecutivas à população. Lula duas vezes. Dilma, mais duas. Por que então a presidente decide não fazer o pronunciamento tradicional em cadeia de rádio e televisão para 200 milhões de brasileiros? Por que não agradecer o voto de confiança dado a ela há apenas alguns meses – que já parecem uma eternidade?

Medo de um panelaço pior que o do Dia da Mulher. Panelas novas, panelas importadas, panelas velhas, panelas arranhadas. Medo do barulho infernal que pode emergir de residências caras, apartamentos modestos ou barracos. Medo da reação dos trabalhadores, não importa quanto ganhem. Medo da desilusão dos que perderam o emprego. A taxa de 6,2% de desocupação é a mais alta desde maio de 2011. O total de desempregados aumentou 23,1% em relação a março de 2014. As contas públicas registraram o pior trimestre em 17 anos.

O governo nega medo de panelaço ou de vaia. Dilma prefere gravar e divulgar alguns vídeos com mensagens nas redes sociais, segundo o ministro da Comunicação, Edinho Silva. O PT não gostou dessa desculpa tecnológica. Dirigentes petistas acham “um absurdo” e criticam a “covardia” de Dilma. Lula também pressiona a companheira. Há duas semanas, ele apelou em reunião com sindicalistas: “Dilma, se tem gente para te defender para sair dessa enrascada, é esse pessoal aqui”.

Qual enrascada? Para qualquer lugar que se olhe, os números justificam a cisão entre o PT e os trabalhadores. Tivemos o pior desempenho da história da caderneta de poupança, com os saques superando os depósitos em R$ 23 bilhões. O salário acaba antes do mês. Brasileiros raspam suas economias. É a maior carestia em 12 anos. A inflação e a desaceleração econômica aumentam as demissões e diminuem o poder de negociação salarial. A renda média do trabalhador foi reduzida em 2,8% em março – a maior queda em um mês desde janeiro de 2003, segundo o IBGE.

Em 2003, em seu primeiro Dia do Trabalho como presidente, Lula fez um discurso na Igreja da Matriz, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Foi uma fala de improviso, coisa inimaginável para Dilma. “E eu tenho, na minha cabeça, cada discurso que fiz na minha vida, eu tenho na minha cabeça cada compromisso que eu assumi em praça pública, eu tenho na minha cabeça programas de governo e eu tenho na minha cabeça que, se falhar, quem falhou foi um pedaço da história deste país e, possivelmente, iremos passar muitos anos para que a gente possa reconstruir a esperança que brotou no nosso país.” Premonição?

Lula dizia querer ser lembrado pela qualidade de vida de homens e mulheres. “E sobretudo pela qualidade da educação e da saúde que a gente quer implantar neste país.” Para tanto, o governo precisa “ter a habilidade de envolver a sociedade brasileira para se tornar cúmplice do governo”. “Podem ficar certos que todo 1o de Maio, às 9 horas da manhã, o presidente da República estará aqui para prestar contas do que estamos fazendo neste país”, afirmou Lula em 2003, pedindo que “Deus abençoe todos nós”.

Doze anos depois, onde está a qualidade na educação e na saúde? Doze anos depois, por que Dilma evita falar em público ou na televisão? Não quer prestar contas? A sociedade foi, sim, cúmplice do governo e acreditou no PT, como queria Lula. O PT teve a bênção de Deus, mas se deixou corromper pelo diabo.

A sociedade só não se sente cúmplice da corrupção e da incompetência que roubaram bilhões dos trabalhadores e de suas famílias. Agora, o ajuste fiscal, necessário como um antibiótico com efeitos colaterais negativos, tira bilhões do seguro-desemprego, da pensão por doença e morte e do abono salarial. O corte de R$ 18 bilhões em benefícios sociais foi reduzido para R$ 7,7 bilhões por resistência do Congresso. Onde está o corte necessário e moralizador nos surreais 38 ministérios? É ou não “corte na carne”?

Neste Dia do Trabalho, Lula e a CUT querem que Dilma condene a terceirização aprovada na Câmara. Na segunda-feira passada, Lula disse que, no 1º de Maio, “tranquilamente, a companheira Dilma vai vetar (a terceirização das atividades-fim das empresas)”. Se falar, a presidente dirá que não é a favor nem contra, muito pelo contrário. Dirá que apoia a terceirização para aumentar chances de trabalho e produtividade. Dirá que rejeita mexer nas conquistas trabalhistas. Dirá, como o presidente do Senado, Renan Calheiros – quem diria –, que não dá para liberar geral a terceirização, num momento em que o Estado aumenta impostos e juros.

Neste feriadão, o povo não quer mesmo ouvir Dilma. Não foi apenas o trabalho que se tornou precário. Foi a presidente.

Ministério Público investiga Lula por ajudar Odebrecht a ganhar contratos na América Latina e na África com dinheiro do BNDES

O Ministério Público abre inquérito contra o notório Luiz Inácio Lula da Silva por tráfico internacional de influência.

O ex-presidente, já enrolado no mensalão e no petrolão, enormes escândalos cometidos pela quadrilha petista, é suspeito de ajudar a Construtora Odebrecht a ganhar contratos na América Latina e na África com dinheiro do BNDES





  • Polícia do DF de olho no irmão de Dilma

    Repasses da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) ao irmão da presidente Dilma Rousseff são investigados pela polícia do Distrito Federal. Na Lava Jato, juiz Sergio Moro aceita denúncia contra o ex-tesoureiro do PT e coloca mais um escândalo na conta de João Vaccari. Acompanhe as principais notícias desta quinta-feira no Giro VEJA