Além do teatro de Gilmar Mendes e Dias Toffoli, a coluna Painel, da Folha, traz duas notas interessantes, intituladas “Tic” e “Tac”:
“Termina na segunda-feira o prazo para que a Petrobras envie à CPI as atas e gravações de reuniões do conselho de administração da estatal desde 2005 — quando Dilma era presidente do órgão.
Se o requerimento não for cumprido, a comissão vai tomar medidas para realizar uma operação de busca e apreensão na empresa.”
O requerimento, acrescento, foi aprovado há mais de um mês – e até agora nada?
Como não desconfiar que a Petrobras esconde o material para proteger Dilma Rousseff? Será que ele existe ainda?
Dilma, relembro, presidiu o conselho até 2010. Em 2006, ela autorizou a compra de Pasadena.
A refinaria foi comprada por “um valor absurdo”, como destacou Gilmar Mendes quando o STF negou o desbloqueio de bens do ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli e de ex-dirigentes da estatal, mantendo a decisão do TCU, que apurou a responsabilidade desse pessoal na negociata.
A CPI precisa descobrir o que exatamente foi dito naquela reunião, mas, decerto, a operação de apreensão deixa muito petista apreensivo.
Tic-tac, tic-tac, tic-tac…