domingo, 31 de julho de 2016

Apologista da roubalheira comandada pela dupla Lula-Dilma, Leticia Sabatella é hostilizada em Curitiba

Com O Antagonista

A atriz Letícia Sabatella aparentemente errou de endereço e foi parar na concentração de opositores de Dilma.
Teve de ser escoltada por PMs.

Corrupção incide mais sobre educação e saúde

Com Blog do Josias - UOL



Ministro Torquato Jardim, titular da pasta da Transparência: 'A Lava Jato é apenas um começo'
A Controladoria-Geral da União, rebatizada sob Michel Temer de Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle, realizou 221 operações especiais anticorrupção entre 2003 e o primeiro semestre de 2016. Executadas em parceria com a Polícia Federal e a Procuradoria da República, essas ações produziram uma estatística estarrecedora: 67% dos casos de desvio de verbas federais repassadas a Estados e municípios ocorreram nas áreas de educação e saúde.
Repetindo: o roubo é mais frequente nos cofres da educação e da saúde. Pense nisso sem pensar no resto. Esqueça por um instante o desemprego e a inflação. Pense só nisso. A verba da educação e da saúde, que já é insuficiente, fica mais escassa por conta dos assaltos. As escolas e os hospitais brasileiros são escandalosos em parte porque a gestão da dinheiro público nessas áreas tornou-se um escárnio.
“A Lava Jato é apenas o começo”, disse o ministro Torquato Jardim (Transparência) ao comentar o flagelo da corrupção em conversa com o blog. As seis operações mais relevantes realizadas no primeiro semestre de 2016 resultaram na descoberta de desvios de R$ 143 milhões. Os seis casos mais importantes desbaratados ao longo de 2015 somaram R$ 452 milhões. Perto dos bilhões da Lava Jato, as cifras são modestas.
Mas Torquato pondera: “Admitido o critério da proporcionalidade, esses casos não são menores do que a Lava Jato. Para mim, tudo isso é muito chocante. Em 13 anos, mais de 200 operações, 67% dos desvios na saúde e na educação. É dinheiro de merenda e saneamento. Quer dizer: são gestores públicos que estão destruindo a próxima geração de brasileiros.”
Torquato não exagera. Estudo repassado a Michel Temer anota: 1) na educação, a maioria dos casos de corrupção pilhados pelos órgãos de controle ocorre no Fundeb (38%), fundo que se destina ao desenvolvimento do ensino básico, e no PNAE (24%), programa de merenda escolar. Na saúde, a corrupção avança mais sobre as verbas do saneamento básico (18%) e do programa ‘Saúde da Família’ (13%), que fornece cuidados básicos de saúde por meio de visitas periódicas aos lares de brasileiros pobres.
A maior parte das operações especiais anticorrupção tem origem em denúncias. Das 221 operações especiais realizadas nos últimos 13 anos, 105 nasceram no âmbito da Polícia Federal, 87 foram deflagradas na antiga CGU e 29 surgiram no Ministério Público Federal. O que mais deixa inquieto o ministro da Transparência é a reincidência do roubo.
“Está acontecendo agora”, disse Torquato Jardim. “Tem um município, que vou me permitir nao citar o nome, em que a prefeita foi autuada pela segunda vez. Trata-se da avó de um deputado federal muito conhecido. Autuada no primeiro mandato, a prefeita continuou a praticar os delitos no segundo mandato.
O ministro realçou que o fenômeno da reiteração criminosa tornou-se latente. “No plano federal, enquanto se julgava o mensalão já se operava o petrolão. Do ponto de vista cultural, isso é uma barbaridade. Há poucos dias, com a Operação Zelotes a todo vapor, um conselheiro do Carf foi encontrar-se com um diretor do Itaú de quem tinha exigido uma bola de R$ 1,5 milhão. Apesar de tudo o que está acontecendo, o sujeito faz uma coisa dessas no shopping!”

"O bilhete premiado de Michel Temer", por Conrado Mazzoni

Com O Antagonista


Não podemos deixar passar uma crise impunemente, precisamos aproveitar. No meio do nevoeiro, esse é o recado a Michel Temer de quem torce para o Brasil se acertar. Gustavo Franco conhece o ritual de reformas econômicas e está confiante. Para o economista, que participou da formulação do Plano Real (1994), muita gente ainda não se deu conta do quanto a situação pode mudar para melhor.

Ex-presidente do Banco Central (1997-1999) e um dos sócios-fundadores da Rio Bravo Investimentos, Franco vê Temer com um bilhete premiado nas mãos caso saiba tirar proveito do momento para corrigir gargalos estruturais no País.

“O Brasil é um país difícil de reformas e mudanças. As coisas acontecem episodicamente, quando certas janelas se abrem. Foi assim com o FHC, em razão do Plano Real, e agora abriu-se uma janela. Ela não fica muito tempo aberta, é preciso aproveitar a oportunidade”, diz ele, que também foi secretário-adjunto de política econômica do Ministério da Fazenda e é autor de 14 livros publicados.

Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista a O Financista:

O Financista: A recessão acabou? Chegou a hora da retomada na economia?

Gustavo Franco: Existe uma óbvia vontade generalizada de proclamar o fim desse período nefasto da economia sob a égide da nova matriz econômica, da heterodoxia e da presidente afastada. Todos querem ser felizes e dar por terminado esse episódio. Porém, é preciso ter paciência. A recuperação não vem de um momento para outro. A mudança de humor é gradual, a confiança vai se alastrando e aí afetando as decisões de forma gradual. A economia é um empreendimento muito grande, um transatlântico gigantesco que começa a acelerar. Falta ainda o evento político definidor que é a confirmação do impeachment. A partir daí há uma expectativa de chegada de medidas cuja qualidade as pessoas têm comparado às pessoas que o presidente interino conseguiu atrair para a área econômica. Criou-se, portanto, uma dinâmica muito positiva de expectativa. Mas, por ora, tudo ainda está no terreno do desejo. Isso vai ser materializado devagar. Tudo leva a crer que teremos sim uma recuperação no segundo semestre e um Natal melhor, mas isso não vai afetar o número do crescimento do PIB deste ano, que será muito negativo (-3,27%, segundo o Focus). A especulação positiva está muito localizada em 2017, então, vamos com calma. Uma coisa de cada vez.

O Financista: Qual é a sua leitura sobre a gestão Michel Temer até aqui?

Gustavo Franco: É prematuro, claro, dizer muita coisa. Só se pode elogiar as escolhas feitas para a área econômica. Todavia ainda permanece uma sombra de incertezas sobre se essas pessoas poderão colocar em prática as ideias de reformas que as fizeram famosas. Todos que foram para o governo na área econômica têm uma vivência anterior que atesta uma preferência por reformas pró-mercado. A economia está ansiosa por medidas práticas. Até agora, nada. Intenções, estudos preparativos, o que é normal diante da incerteza que cerca a própria Presidência Temer. A melhora de expectativas não é pouca coisa, mas também não é tudo.

O Financista: O senhor está confiante no avanço da emenda constitucional do gasto preparando o terreno para a reforma da Previdência?

Gustavo Franco: Estou. Esses anos todos de ilusões e falsidades na economia que o governo do PT patrocinou serviram para amadurecer a opinião pública para imperativos de eficiência do setor público e qualidade na política econômica. A reforma da Previdência é um imperativo fiscal, de equidade e de sustentabilidade do Estado que é preciso enfrentar, assim como a reforma trabalhista – um imperativo do funcionamento eficiente do País no século XXI, no mundo globalizado. Procrastinar essas discussões, como aconteceu, foi um prejuízo imenso. Há também uma agenda de privatização com um conteúdo fiscal muito óbvio quando se olha o prejuízo decorrente de concessões malfeitas, ausência de investimentos, ineficiência de empresas públicas, e a coisa propriamente da economia real: setores inteiros que precisam de investimentos e de novas tecnologias. Porém, nada acontece, porque o setor público não é capaz de fazer. Subitamente, essas coisas que pareciam impossíveis de acontecer sob Dilma Rousseff se tornam factíveis. Até está demorando para as pessoas se darem conta do quanto a coisa pode mudar para melhor. Politicamente, para Michel Temer, é quase que um bilhete premiado, se ele souber evidentemente avaliar a janela de oportunidade que se abriu para fazer reformas no Brasil. O Brasil é um país difícil de reformas e mudanças. As coisas acontecem episodicamente quando certas janelas se abrem. Foi assim com o FHC em razão do Plano Real e agora abriu-se uma janela. Ela não fica muito tempo aberta, é preciso aproveitar a oportunidade.

O Financista: Há algum receio de que uma melhora de indicadores no curto prazo possa reduzir o apelo em tocar as reformas?

Gustavo Franco: A complacência é o drama clássico das reformas. Quando o assunto foi inflação, isso era um perigo: vamos fazer as coisas necessárias para combater a inflação, mas aí se percebe que a inflação está vencida e voltam os velhos hábitos. O caso agora é um pouco diferente, porque aqui se trata de fornecer novas turbinas para o crescimento. Se funciona, cria uma dinâmica de replicação, de feedback positivo, porque, se funciona um pouco, funciona um pouco mais. Se as reformas vão produzir melhor expectativa de crescimento não tem por que elas serem impopulares. A questão de popularidade ou não é uma questão de resultado. Em si, qualquer medida de política econômica sempre afeta para mais ou para menos um e outro, agora, o grande determinante de popularidade é se vai dar certo para o coletivo. Metade da minha vida eu escutei falar que programa de estabilização de combate à inflação é uma coisa impopular. Depois do Plano Real, essa coisa mudou. Se faz e dá certo, vira popular. São reformas que conduzem ao crescimento. Deixa dar certo para acabar com esse mito de que a coisa é impopular.

“Não vai dar em nada”? Já deu! Vem pra rua celebrar a vitória do Brasil. Veja os locais

Com Blog do Felipe Moura Brasil - Veja


Vem pra rua neste domingo, 31 de julho, celebrar a vitória do Brasil contra a Organização Criminosa
Em defesa da Lava Jato, da prisão de Lula e das 10 medidas contra a corrupção; contra a volta de Dilma Rousseff; e contra o foro privilegiado que protege os políticos.
HOJE
Título de post deste blog virou até cartaz de convocação do Vem Pra Rua:
Lula vem pra rua FMB
Lula preso
rua
LISTA OFICIAL – 201 CIDADES CONFIRMADAS PARA ESTE DOMINGO, 31 DE JULHO:
AC – Acre
Rio Branco – 14h – Palácio Rio Branco
AL – Alagoas
Maceió – 9h – Corredor Vera Arruda
AM – Amazonas
Manaus – 16h – Ponta Negra
AP – Amapá
Macapá – 15h – Fortaleza São José de Macapá
BA – Bahia
Barreiras – 15h – Praça das Corujas
Candeias – 10h – Farol da Barra em Salvador
Dario Meira – 14h – Mercadão
Eunápolis – 14h – Praça da Bandeira
Ilhéus – 9h – Carreata saindo da Catedral São Sebastião (Av. Soares Lopes)
Juazeiro – 16h – Praça da Catedral em Petrolina
Salvador – 10h – Farol da Barra
CE – Ceará
Fortaleza – 16h30 – Aterro da Praia de Iracema
Santana do Acaraú – 9h – Praça Dr. Feijão
DF – Distrito Federal
Brasilia – 10h – Esplanada dos Ministérios
ES – Espírito Santo
Aracruz – 15h30 – Praça da Paz
Marataízes – 9h – Praça da Barra
Vila Velha – 15h – Posto Moby Dick
Vitória – 15h – Posto Moby Dick (Vila Velha)
GO – Goiás
Goiânia – 14h – Praça Tamandaré
Ipameri – 14h – Praça da Liberdade
Jataí – 10h – Praça da Biblia
Rio Verde – 9h30 – Em frente à Prefeitura
MA – Maranhão
Imperatriz – 10h – Praça Brasil (Centro – Av. Getúlio Vargas)
Morros – 17h – Entrada da Cidade
São Luís – 9h – Av Litoranea na Barraca Natureba (Guaraná JC)
MG – Minas Gerais
Belo Horizonte – 10h – Praça da Liberdade
Brasópolis – 15h – Sambodromo de Itajubá
Chapada Gaúcha – 15h – Av. Getúlio Vargas
Divinópolis – 16h – Praça do Santuário
Formiga – 10h – Praça São Vicente Férrer
Governador Valadares – 11h – Praça dos Pioneiros
Ipatinga – 10h – Centro Comercial do Cariru
Itajubá – 15h – Sambodromo de Itajubá
Juiz de Fora – 10h – Praça São Mateus
Lavras – 10h – Praça Dr. Augusto Silva
Machado – 16h – Praça Antônio Carlos
Montes Claros – 10h – Av. Sanitára (em frente ao SENAC)
Ouro Fino – 10h – Em frente ao Pavilhão das Malhas
Passos – 10h – FESP
Patrocínio – 10h – Praça Honorato Borges
Salinas – 14h – Praça Moisés Ladeia
Santo Antônio do Monte – 9h – Praça da Estação
Três Corações – 10h – Praça Odilon Resende de Andrade (Centro)
Ubá – 14h – Praça São Januário
Varginha – 10h – Concha Acustica
Vazante – 10h – Praça do Fórum
MS – Mato Grosso do Sul
Campo Grande – 15h – Av. Afonso Pena (Obelisco)
Dourados – 15h30 – Praça Antônio João
Três Lagoas – 14h – Praça Senador Ramez
MT – Mato Grosso
Cuiabá – 16h – Praca 8 de Abril (Choppão)
Cáceres – 16h – Praça Barão do Rio Branco
PA – Pará
Belém do Pará – 8h – Escadinha da Estação das Docas
PB – Paraíba
João Pessoa – 15h – Busto de Tamandaré (Praia de Tambaú)
Monteiro – 16h – Praça João Pessoa
PE – Pernambuco
Petrolina – 16h – Praça da Catedral
Recife – 10h – Av. Boa Viagem (em frente à Padaria Boa Viagem)
PI – Piauí
Parnaiba – 16h – Av. Raul Lopes na Ponte Estaiada em Teresina
Teresina – 16h – Av. Raul Lopes na Ponte Estaiada
PR – Paraná
Apucarana – 15h – Praça Rui Barbosa
Araucária – 13h – Saída para Curitiba da Rod do Xisto em frente ao Condor
Cascavel – 15h – Biblioteca Publica (Rua Paraná)
Castro – 11h30 – Saída para Curitiba da Praça Manoel Ribas
Cianorte – 14h – Igreja Matriz
Corbélia – 15h – Praça Brasil
Curitiba – 14h – Praça Santos Andrade
Dois Vizinhos – 16h – Praça da Amizade
Foz do Iguaçu – 10h – Praça do Mitre
Francisco Beltrão – 16h – Calçadão Central
Guarapuava – 15h – Parque do Lago
Iguatemi – 13h – Praça da Catedral em Maringá
Irati – 15h30 – Praça da Bandeira
Londrina – 15h – Colegio Vicente Rijo
Mandaguaçu – 13h – Praça da Catedral em Maringá
Marialva – 13h – Praça da Catedral em Maringá
Maringá – 13h – Praça da Catedral (Av. Tiradentes)
Palmeira – 14h – Praça do Cemitério
Palotina – 9h30 – Praça Amadeo Piovesan
Paranaguá – 10h – Saída para Curiitba do Posto Paranaguá
Pato Branco – 15h – Praça Presidente Getúlio Vargas
Ponta Grossa – 15h – Praça Barão de Guaraúna
Rio Negro – 15h – Praça do Alto de Mafra
Sarandi – 13h – Praça da Catedral em Maringá
São Mateus do Sul – 15h – Chimarródromo da Igreja Matriz
Toledo – 16h – Lago Municipal De Toledo
Umuarama – 14h – Praça Miguel Rossafa
União da Vitória – 15h – Praça Hercílio Luz em Porto União
Wenceslau Braz – 11h – Praça do Chico
RJ – Rio de Janeiro
Araruama – 10h – Praça Antonio Raposo
Armação dos Búzios – 14h – Praça Santos Dumont
Barra Mansa – 9h – Praça Brasil em Volta Redonda
Barra do Piraí – 15h – Praça Nilo Peçanha
Búzios – 14h – Praça Santos Dumont
Maricá – 13h – Praça Orlando Barros Pimentel (Centro)
Niterói – 10h – Praia de Icaraí (em frente à Reitoria da UFF)
Pinheiral – 15h – Praça Brasil em Volta Redonda
Piraí – 9h – Praça Brasil em Volta Redonda
Resende – 10h – Parque das Aguas
Rio das Ostras – 15h – Praça José Pereira Câmara (Praça do Poço)
Rio de Janeiro – 10h – Av. Copacabana, Posto 5
Três Rios – 10h – Av Alberto Lavinas
Volta Redonda – 9h – Praça Brasil
RN – Rio Grande do Norte
Natal – 15h – Midway
RO – Rondônia
Ariquemes – 16h – Espaço Alternativo em Porto Velho
Porto Velho – 16h – Espaço Alternativo
RS – Rio Grande do Sul
Alegrete – 15h – Calçadão
Campo Bom – 15h – Em frente ao Bourbon Shopping em Novo Hamburgo
Carazinho – 15h – Av. Flores da Cunha (Praça Albino Hillebrand)
Caxias do Sul – 15h – Praça Dante Alighieri
Estância Velha – 15h – Em frente ao Bourbon Shopping em Novo Hamburgo
Novo Hamburgo – 15h – Praça Punta Del Este (em frente ao Bourbon Shopping)
Passo Fundo – 16h – Praça da Mãe Preta
Pelotas – 13h – Praça Coronel Pedro Osório
Porto Alegre – 14h – Parcão
Santa Cruz do Sul – 15h – Praça da Bandeira
Santa Maria – 15h – Praça Saldanha Marinho
Santo Ângelo – 15h – Calçadão em frente à Catedral Angelopolitana
Sapiranga – 15h – Em frente ao Bourbon Shopping em Novo Hamburgo
SC – Santa Catarina
Balneário Camboriú – 16h – Praca Tamandaré
Brusque – 15h – Praça Sesquicentenário
Chapecó – 10h – Praça Coronel Bertaso (Praça Central)
Concórdia – 16h – Rua Coberta
Florianópolis – 15h – Sede da Polícia Federal (Beira-Mar)
Garopaba – 10h – Esquina do Silveirinha
Itaiópolis – 14h30 – Praça Getúlio Vargas
Itajaí – 10h – Praça da Av. Beira Rio
Itapema – 10h – Praça da Paz
Jaraguá do Sul – 15h – Praça Angelo Piazera
Lages – 10h – Estátua de Antonio Correia Pinto
Mafra – 15h – Praça do Alto de Mafra
Papanduva – 13h30 – Carreata para Mafra
Porto Belo – 9h30 – Saída de carreata da Praça da Bandeira para Itapema
Porto União – 15h – Praça Hercílio Luz
Rio dos Cedros – 16h – Praça da Prefeitura em Timbó
Rodeio – 16h – Praça da Prefeitura em Timbó
Seara – 10h – Praça Central em Chapecó
Tijucas – 14h – Concha Acustica
Timbó – 16h – Av. Getulio Vargas (Praça da Prefeitura)
Tubarão – 15h – Praça Museu
Xanxere – 10h – Praça Central em Chapecó
Xaxim – 10h – Praça Central em Chapecó
SE – Sergipe
Aracaju – 15h – Arcos da Orla de Atalaia
SP – São Paulo
Americana – 15h – Praça do Trabalhador
Andradina – 9h30 – Praça Moura Andrade
Araraquara – 15h – Parque Infantil
Assis – 15h – Praça da Mocidade
Atibaia – 10h – Praça da Matriz (Igreja São João Batista, Centro)
Avaré – 10h30 – Jardim São João
Campinas – 10h – Av Norte Sul (Habibs)
Campo Limpo Paulista – 10h30 – Avenida Nove de Julho (Bosão) em Jundiaí
Campos Novos Paulista – 15h – Praça da Mocidade em Assis
Catanduva – Caravana para São Paulo
Cruzália – 15h – Praça da Mocidade em Assis
Cândido Mota – 15h – Praça da Mocidade em Assis
Fernandópolis – 10h – Av. Raul Gonçalves Jr. (Em Frente ao Fórum)
Florínea – 15h – Praça da Mocidade em Assis
Guaratinguetá – 9h – Av.João Pessoa (Pedregulho sob a Ponte Rosinha Filippo)
Guarulhos – 15h – Av. Paulista x Pamplona em São Paulo
Holambra – 15h – Moinho Povos Unidos
Itatiba – 15h – Praça da Bandeira (Centro)
Itupeva – 10h30 – Avenida Nove de Julho (Bosão) em Jundiaí
Jales – 10h – Av. Raul Gonçalves Jr. (Em Frente ao Fórum) em Fernandópolis.
Jundiai – 10h30 – Avenida Nove de Julho (Bosão)
Jurini – 10h30 – Avenida Nove de Julho (Bosão) em Jundiaí
Limeira – 14h – Praça Toledo de Barros
Lorena – 14h – Praça do Quartel
Lorena – 15h – Praça do Quartel
Mogi das Cruzes – 9h30 – Praça Osvaldo Cruz (Centro – Praça do Relógio)
Mogi-Guaçu – 15h – Campo da Brahma
Osasco – 14h – Ponte Metálica
Ourinhos – 15h – Praça Mello Peixoto
Pedrinhas Paulista – 15h – Praça da Mocidade em Assis
Piracicaba – 9h30 – Praça José Bonifácio (Centro)
Pompéia – 9h – Praça da Matriz
Poá – 9h30 – Praça Osvaldo Cruz (Centro) em Mogi das Cruzes
Praia Grande – 13h – Prefeitura
Presidente Prudente – 10h – Parque do Povo
Ribeirão Preto – 10h – Praça XV (Carlos Gomes – Centro)
Rio Claro – 9h30 – Jardim Publico Central
Santa Rita do Passa Quatro – 14h – Praça da Estação
Santos – 15h – Praça da Independência
Sao Carlos – 10h – Praça do Mercadão
Sertãozinho – 16h – Praça 21 de Abril
Sorocaba – Caravana para São Paulo
Sumaré – 15h – Praça das Bandeiras (Centro)
Suzano – 9h30 – Praça Osvaldo Cruz (Centro) em Mogi das Cruzes
São José do Rio Preto – Caravana para São Paulo
São José dos Campos – 15h – Praça Afonso Pena
São Paulo – 14h – Av. Paulista x Pamplona
São Roque – 12h – Caravana para São Paulo saindo na Praça da República
Tarumã – 15h – Praça da Mocidade em Assis
Taubaté – 15h – 5o. Batalhão da Polícia Militar (Av. Independência)
Tupã – 10h – Praça da Bandeira
Várzea Paulista – 10h30 – Avenida Nove de Julho (Bosão) em Jundiaí
TO – Tocantins
Palmas – 16h – Praça dos Girassóis
Exterior (horário local)
Boston, MA (EUA) – 13h – Harvard Square
Lisboa (Portugal) – 16h – Praça Luís de Camões
Los Angeles (EUA) – 11h – Em frente ao Chinese Theatres (6925 Hollywood Blvd.)
Miami, FL (EUA) – 17h – Bayside Miami
Milão (Italia) – 16h – San Babilia (em frente ao consulado brasileiro)
New York, NY (EUA) – 11h – Times Square
Toronto (Canadá) – 15h – Queen’s Park – Estatua do Cavalo

“Noves fora, nada” e outras seis notas de Carlos Brickmann

Com Blog do Augusto Nunes - Veja


O ex-presidente Lula está com problemas em todas as áreas: é difícil acreditar que não seja dono do sítio de Atibaia e do apartamento triplex no Guarujá, que não haja seu dedo nos valiosos presentes de empreiteiras com o objetivo de valorizar esses imóveis, ou que não haja outro dedo seu nas imensas vigarices cometidas por seus subalternos enquanto era presidente da República. Há investigações sobre filhos, sobre a esposa, sobre velhos amigos da política. É dificílimo que outro de seus dedos aponte dirigentes importantes do PT livres de processos judiciais ou já presos. Murmura-se sobre o que pode surgir da delação premiada do Príncipe dos Empreiteiros, Marcelo Odebrecht, pois o que já foi dito a respeito de seu Governo por empreiteiros menos nobres e homens de negócios em geral é devastador.
Lula, político nato, sabe que, se não dá para discutir os fatos, deve-se mudar o foco da discussão. Criou então um fato político, levando seu caso ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, Suíça, acusando o juiz Sergio Moro de “abuso de poder”. Contratou um advogado estrelado, Geoffrey Robertson, e caríssimo — dez mil euros por dia. Ele defendeu o criador dos WikiLeaks, Julian Assange. Mas que ação tomou Moro contra Lula? Nenhuma. Que pode fazer a ONU por Lula? Exceto redigir uma condenação ao Brasil, se achar que Lula tem razão, não tem o que fazer. E esse texto leva um ano para sair.
Tudo, pois, é marolinha. E, noves fora, nada.

Leite contra Lula
Moro não é, no momento, o problema de Lula: o problema é outro juiz, Ricardo Leite, da 10ª Vara do Distrito Federal. Leite transformou Lula em réu, pela primeira vez: tentativa de obstruir a ação da Justiça no caso da compra do silêncio de Nestor Cerveró. Ao lado de Lula, são réus no caso o ex-senador Delcídio do Amaral, o banqueiro André Esteves, o pecuarista José Carlos Bumlai, seu filho Maurício Bumlai, o advogado Edson Ribeiro e o ex-chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira. Com Lula entre os réus, abre-se campo para que conte sua versão das histórias a seu respeito e até busque desmoralizar os acusadores.

A grande atração
Lula, em busca de novos fatos, volta às conferências, depois de um bom tempo sem convite para palestras — desde as primeiras delações premiadas que as apontaram como maneira de retribuir medidas governamentais. Neste fim de semana, a palestra “Sistema Financeiro e Sociedade” foi especial para dirigentes sindicais bancários, reunidos em evento da CUT em São Paulo. É o clima festivo de que Lula gosta, com aplausos garantidos e entusiásticos.

O custo da adesão
Kátia Abreu, a feroz antipetista que comandava a Confederação Nacional da Agricultura, CNA, conversou com a presidente Dilma Rousseff e gostaram uma da outra. Rapidamente se transformaram em amigas de infância, Dilma levou Kátia para seu Governo, Kátia foi uma das poucas autoridades a manter-se fiel à presidente na hora do impeachment. E agora paga a conta: seus liderados da CNA não a quiseram mais no cargo. E, para não ser deposta, Kátia Abreu renunciou ao cargo. Parabéns pela fidelidade à amiga — seja a amiga quem for.

Problema estranho
Nelson Jobim já ocupou vários cargos: foi ministro de Fernando Henrique e Lula, foi ministro do Supremo Tribunal Federal, foi deputado constituinte em1988, foi parceiro de Ulysses Guimarães na montagem da atual Constituição, é hoje advogado de sucesso. Nunca tinha sido banqueiro. Agora é: a convite do banqueiro André Esteves, grande acionista, transformou em sócio do BTG. A julgar pelas últimas fotos de Nelson Jobim, o BTG encontrou o sócio ideal: um que tem excesso de fundos.

Os gurus do vice
A ida do presidente Michel Temer à escola, para buscar o filho Michelzinho, de sete anos, foi uma iniciativa do trio de marqueteiros que o assessora. O objetivo (atingido) era mostrar que aquele cavalheiro impassível, formal, que se expressa em Português impecável e tem excelentes conhecimentos de Latim, casado com uma mulher bonita e quase 50 anos mais nova que ele, é gente como a gente, gente normal, com preocupações normais, e tem condições de obter índices mais altos de aprovação popular. O trio de marqueteiros é formado por Elsinho Mouco, Gaudêncio Torquato e Antônio Lavareda, este também responsável pela análise dos resultados.

Desculpe, Gleisi
Esta coluna se enganou, em sua última edição, ao informar que a senadora Gleisi Hoffmann é catarinense. Gleisi não é catarinense, mas paranaense. O equivoco, pelo qual este colunista se desculpa, provocou muitas manifestações de leitores de Santa Catarina e do Paraná. Os catarinenses protestaram. Os paranaenses agradeceram.

Dora Kramer: "Partido que fala javanês"

O Estado de São Paulo


A coerência nunca foi uma característica cultivada pelo PT, mas de um tempo para cá, desde que o infortúnio bateu com força em sua porta, a desconexão entre a realidade e a fantasia vem assumindo dimensões amazônicas nas falas e nos gestos dos petistas. Discursos e ações tão confusos que parecem ditados em idioma desconhecido.
O ex-presidente Luiz Inácio da Silva ainda se tem na conta de um líder com identificação e, portanto, apoio popular. Assim dizem considerá-lo os petistas, apontando a preferência do eleitorado por ele, como candidato a presidente em 2018. Nas mesmas pesquisas aparece também como o “preferido” em matéria de rejeição, embora esse seja um detalhe que nunca venha ao caso quando dele se trata.
Pois como entender que ele assuma posição de ataque direto ao juiz Sérgio Moro, denunciando ao mundo como deletéria sua atuação na Lava Jato, que tem sustentação na lei e, por isso, aprovação absoluta na sociedade? Uma de três: ou não está ligando para o apoio popular porque deu por encerrada a carreira político-eleitoral ou aposta na impossível hipótese de a ONU aceitar a tese da “perseguição política” ou constrói uma falsa justificativa para quando, e se, for preso.
Moro, hoje, é um ídolo e a Lava Jato um símbolo da bandeira original do PT da defesa pela ética na política. Quem se posiciona contra ambos se coloca na contramão da demanda social.
Nessa trilha, como compreender que o PT denuncie o processo de impeachment como “golpe” e ao mesmo tempo apoie a candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) – tido como uma das pontas de lança do “golpismo” – para a presidência da Câmara. Pragmatismo poderia ser uma explicação se o resultado do apoio não fosse inócuo. Mas, pior. Resultou em derrota, dado que ao PT nenhum benefício decorreu da aliança firmada da disputa pelo comando da Câmara. O partido ficou com o malefício sem que tenha obtido qualquer benefício.
O dilema petista se exacerba quando o tema é a atitude a tomar nas eleições municipais de outubro próximo. Dizer o quê? Insistir na existência de um golpe ou se concentrar nos assuntos locais atinentes aos problemas das cidades? O golpe é desmentido pelos fatos, e a administração urbana retratada nos índices de rejeição a Fernando Haddad nas pesquisas sobre a possibilidade de se reeleger prefeito de São Paulo.
De onde é impossível entender o que diz o PT que abandonou de vez o português para se comunicar em javanês.
Para todos. Na proposta de reforma da Previdência a ser apresentada ao Congresso depois das eleições trabalhadores rurais deixarão de ter os benefícios adquiridos na Constituinte (em boa medida responsáveis pelo déficit geral), passando a contribuir de maneira mais equilibrada, e os funcionários públicos terão cortados alguns privilégios de modo a tornar mais igual a relação com o setor privado.
Jucá de volta. O governo não desistiu de ter o senador Romero Jucá como titular do Planejamento. Jucá deixou o cargo uma semana depois de nomeado por causa da divulgação de gravações em que fala sobre a necessidade de “estancar a sangria” da Lava Jato. Ele é investigado pela operação e alvo de outro processo no Supremo Tribunal Federal (STF).
Na ocasião do afastamento, Jucá pediu ao Ministério Público que dissesse se há ou não impedimento legal para que ele assuma o posto. Isso tem um mês e meio e o MP ainda não se pronunciou. No Planalto o tempo de espera está se esgotando. Se não houver pronunciamento em breve, valerá a interpretação de que quem cala consente.
Não por outro motivo nem por coincidência, Dyogo Oliveira continua sendo tratado e nominado como interino.

‘Ouvindo quem?’, responde Dilma ao ser perguntada sobre Beyoncé

O Estado de São Paulo

Foto: Reuters/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters/Ueslei Marcelino
O ex-ministro José Eduardo Cardozo foi checar com a presidente afastada Dilma Rousseff se era verdade que ela estava ouvindo a cantora Beyoncé, como noticiado. 
“Ouvindo quem?”, respondeu, tirando a dúvida.

Eliane Cantanhêde: "O mais pesado"

O Estado de São Paulo


A “fonte” é quente: o que já saiu não é nada leve, mas as denúncias “mais pesadas” contra o ex-presidente Lula ainda estão por vir. É por isso que Lula e seus advogados se antecipam, em busca de uma duvidosa proteção no Comitê de Direitos Humanos da ONU. No ambiente político, a sensação é de que foi um ato de desespero, indicando que Lula sabe que pode ser preso e estaria aplainando terreno para um futuro pedido de asilo político.
Obstrução de Justiça ao tentar evitar delações premiadas contra amigos e contra si, ocultação de patrimônio no caso do sítio e do triplex, suspeita de palestras fictícias para empreiteiras, envolvimento do filho na Zelotes... tudo isso, que já não é pouco, é apenas parte da história. Os investigadores estão comendo o mingau pelas bordas, até chegar ao centro, fervendo.
No centro, podem estar as perigosas relações de Lula com o exterior, particularmente com Portugal, Angola, Cuba e países vizinhos. E o calor vem da suspeita – com a qual a força-tarefa da Lava Jato trabalha – de que Lula seja o cérebro, ou o chefe da “organização criminosa”. No mensalão, ele passou ao largo e José Dirceu aguentou o tranco. No petrolão, pode não ter a mesma sorte – nem escudo.
Lula tornou-se réu pela primeira vez, na sexta-feira, pelo menor dos seus problemas com a Justiça: a suposta tentativa de evitar a delação premiada do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró, para que ele não abrisse o bico sobre as peripécias de seu amigo José Carlos Bumlai. Peripécias essas que seriam para atender a interesses, conveniências e possivelmente pedidos de Lula.
Digamos que tentar obstruir a Justiça é um “crime menor”, quando Lula é suspeito de ter ganho fortunas e viver à custa de empreiteiras, numa rede de propinas, de toma lá, dá cá. Menor, mas impregnado de simbologia e de força política.
Os fatos embolaram-se de quinta para sexta-feira, num ritmo de tirar o fôlego. Lula entra com a petição no Comitê da ONU, acusando o juiz Sérgio Moro de “abuso de poder” e “falta de imparcialidade”. Ato contínuo, sai o laudo da PF mostrando, até com detalhes constrangedores, como o ainda presidente e Marisa Letícia negociaram cada detalhe da reforma de um sítio que juram não ser deles e cujo dono oficial é um íntimo amigo que não tem renda para tal patrimônio. E, já no dia seguinte, explode a decisão da Justiça Federal do DF tornando Lula réu.
O efeito prático da petição à ONU é remoto, ou nenhum. O comitê tem 500 casos, só se reúne três vezes por ano e está esmagado por guerras, atentados que matam dezenas e golpes de Estado sangrentos. Além disso, só acata pedidos semelhantes quando todas as instâncias se esgotaram no país de origem e Lula ainda está às voltas com a primeira instância. Conclusão: a ação é mais política do que jurídica.
Já o laudo da PF é minucioso e bem documentado, criando uma dificuldade adicional para Lula: ele é suspeito de mentir sobre suas propriedades não apenas em seu depoimento às autoridades, mas à própria opinião pública. Difícil acreditar que não é dono do sítio que frequenta regularmente com a família, que recebeu uma reforma feita ao gosto do casal, que abriga os barcos para os netos e parte da mudança do Alvorada após o governo. Se mentiu, por que mentiu?
Mais: Lula atacou Moro na ONU, mas se torna réu por um outro juiz, a muitos quilômetros de Curitiba. Vai alegar que há um complô dos juízes brasileiros contra ele? Porque são todos “de direita”? Ou são todos “tucanos”? Lula parece dar murro em ponta de faca, sem argumentos concretos para se defender e esgotando suas possibilidades não só de disputar em 2018, mas de liderar uma grande e saudável renovação da esquerda brasileira. “Cansei”, reagiu. Mas, se a “fonte” estiver correta, o “mais pesado” ainda vem por aí.

Fernando Gabeira: "Os horrores do mundo"

O Estado de São Paulo



Quando menino, lembro-me de que a chegada de sinais do progresso era saudada com orgulho. Quando o teatro de revista chegou à cidade, o título do espetáculo era: Juiz de Fora Civiliza-se.
Com o tempo, a gente aprende a gostar do que vem de fora, mas descobre que de fora podem vir também as tendências mais sanguinárias e destrutivas.
Sou favorável a uma lei antiterrorismo no Brasil, independentemente da Olimpíada. Discordo da tese de que foi necessária apenas para atender a pressões externas. Ela foi imposta pelo mundo real.
Não somos um país prioritário para o terrorismo. Mas será que o Isis (Estado Islâmico) sempre se moverá de acordo com a lógica que prevemos?
Depois do 11 de Setembro, os americanos levantaram suspeitas sobre a presença de terroristas na Tríplice Fronteira. Não há notícias de que tenham sido confirmadas.
Visitei a região e senti que a grande colônia muçulmana estava incomodada com as notícias sobre Foz do Iguaçu. Pelo que vi, pelo menos, não havia uma juventude sem perspectivas de trabalho. Ao contrário, sentia-se prosperidade e gente chegando para empreender, construir sua própria casa.
Os critérios que uso para classificar o perigo do terrorismo do Isis, assim como o da Al-Qaeda, começam por diferenciá-lo do terrorismo do século 20. Na peça Os Justos, de Camus, o atentado ao arquiduque é adiado porque havia crianças na carruagem. Hoje, os terroristas não se importam com crianças. Quanto mais mortes produzirem, mais satisfeitos.
Um outro critério é lembrar que aquele tipo de simpatia (Brasil, carnaval, Pelé) com que nos tratam com carinho não existe para esses terroristas. Vamos olhar pelo caminho mais amplo, despojados de todo sentimentalismo.
Eles degolaram um padre de 86 anos perto de Rouen, na França. Somos o maior país católico do mundo. Respondem com bombas a um estilo de vida que tem na liberdade – a de expressão, inclusive – o seu máximo valor. Como o nosso.
O Brasil fez sua primeira experiência no combate aos grupos terroristas ligados ao Isis. Foi uma operação bem-sucedida, que contou com indicações do FBI. Mas faltou o que eu chamaria de um protocolo nacional para comunicar o tema à sociedade. Não pretendo redigi-lo. Mas, como leigo, parece-me que divulgar nomes e imagens de pessoas que acabam de ser presas não é a melhor tática. Se tiverem vínculos criminosos, o mais desavisado de seus cúmplices fugirá ou limpará o terreno. Se forem inocentes, terão sido, na verdade, sujeitos a uma exposição que marcará sua vida.
Outra tendência do governo que me deixou um pouco perplexo está no fato de ele analisar o grupo preso e classificá-lo de amador. Não cabe ao governo definir o profissionalismo de um grupo capturado. Ele prende, investiga e, no final, apresenta os dados.
Imagino que a opção de classificá-los como amadores tenha sido uma tentativa de acalmar a sociedade. Mas é muito discutível a ideia de que o amadorismo nos conforta.
Quase no mesmo momento, um jovem afegão atacava a machadadas passageiros de um trem na Alemanha. O Exército Islâmico assumiu o atentado. Machado é arma rudimentar e amadora. Mas como dói.
O governo brasileiro terá de formar pessoas para comunicar seus passos na repressão ao terrorismo. Os ministros deveriam abster-se.
Durante algum tempo, no jogo de pequenas revelações à imprensa, o ministro da Justiça deixou no ar a possibilidade de as informações terem sido capturadas no WhatsApp. Um desgaste inútil.
Não acredito que tenham obtido dados do WhatsApp. Mas com as indicações do FBI monitoraram todos os suspeitos.
O jogo de informações aos pedaços é muito confuso. Se as pessoas do governo não forem especificamente treinadas para tratar de um tema tão sério, elas podem até favorecer o inimigo.
Um dos argumentos para divulgar toda a ação foi o de que a mulher de um dos presos revelara a prisão dele no Facebook. Mas, e os outros? Por ela ninguém saberia o nome dos outros, pois só mencionou o que viu: a prisão do marido.
É compreensível e necessário que a polícia apresente os resultados de seu trabalho. Isso nos dá mais elementos para navegar no perigo. Uma operação bem-sucedida sempre fortalece a imagem. É até compreensível que o Brasil tenha querido passar uma mensagem de segurança, para lá fora dizerem: “Estão trabalhando”.
Mas a luta contra o terrorismo não é o melhor espaço para isso, porque suas regras transcendem o desejo de um reforço de imagem.
Naturalmente, vamos conhecer mais sobre o perigo do terrorismo no Brasil depois que for divulgado um relatório. Mas o que está acontecendo lá fora também nos aproxima do real.
Um dos criminosos na Normandia usava tornozeleira eletrônica. No momento, esse acessório está bombando no Brasil, chega a faltar no mercado. Dizem que é segura, mas aqui é usada por idosos empreiteiros, lobistas.
O universo do terrorismo é diferente. Agora que existe uma lei será necessário amadurecer na sua execução.
Houve resistência a uma lei antiterrorista com medo de que criminalizasse movimentos sociais. Os fatos mostram atentados a manifestações de minorias religiosas, eventos culturais, celebrações como o 14 de Julho. Uma lei desse tipo, aplicada com uma visão clara do terrorismo, na verdade protege os movimentos sociais.
Os horrores do mundo estão chegando e é hora de encará-los sem os preconceitos do século passado. Esquerda e direita, elite de olhos azuis e proletariado, coxinhas e mortadelas, somos todos iguais para o Exército Islâmico. Duas brasileiras morreram no ataque em Nice. E somos atacados quase todas as noites pelas notícias da morte de tantos inocentes pelo mundo. O Exército Islâmico tem sido o nosso horror cotidiano.

Brasílio Sallum Jr: "Collor e Dilma – abuso de poder e voluntarismo"

O Estado de São Paulo


Democracia brasileira tem sabido reagir aos chefes de Estado que ultrapassam os limites

Confirmando-se em agosto o impedimento de Dilma Rousseff, o Brasil terá experimentado dois impeachments em 28 anos da democracia. O número é elevado: dois em sete períodos de governo.
Mas não há que ver nisso sinal de fragilidade do regime de 1988. Ao contrário, nos dois casos o Congresso interrompeu o mandato de presidentes que abusaram do poder que lhes foi concedido pelas urnas. No caso de Fernando Collor de Mello o estopim foi a acusação de corrupção, de ter recebido recursos das operações suspeitas de PC Farias, tesoureiro de sua campanha. Este teria usado seu vínculo com o presidente para tomar dinheiro de empresas que dependiam de decisões do governo. No caso de Dilma Rousseff, as “pedaladas” de que é acusada constituíram abuso do poder que o Executivo tem sobre os bancos públicos, obrigando-os a conceder à União empréstimos disfarçados para gastar mais do podia. Assim, de uma ou de outra forma, os dois abusaram do poder, cometendo crime de responsabilidade. A frequência do impeachment é, pois, sinal de força da democracia brasileira. Ela tem sabido reagir aos chefes de Estado que ultrapassam os limites da autoridade recebida pela eleição.
O impeachment de Fernando Collor e o que atingirá Dilma Rousseff não decorreram, porém, apenas dos abusos mencionados. As crises que atingiram seus governos, embora bem diversas, resultaram em parte do seu extremovoluntarismo. O abuso de poder foi apenas uma das manifestações desse voluntarismo, normalmente obediente à ordem legal. Claro que os voluntarismos dos dois tiveram orientações políticas muito diversas: Collor orientou-se pela crença no valor do mercado e Dilma, pela crença nas virtudes da intervenção estatal.
O voluntarismo de Collor expressou-se, por exemplo, na edição de mais de uma centena de medidas provisórias no seu primeiro ano de governo e na tentativa, posterior, de forçar reformas liberalizantes que exigiam mudanças na Constituição e, portanto, grande maioria parlamentar, quando mal conseguia maioria simples no Congresso. Assim, o presidente buscou, com sucesso variável, impor sua vontade graças ao uso intenso dos poderes do Executivo, mas desconhecendo ou menosprezando os interesses políticos sediados nos partidos e no Congresso. Atuava como se os votos recebidos na eleição de 1989 lhe tivessem dado superior legitimidade em relação aos demais Poderes de Estado. Isso até o início de 1992, quando foi obrigado a recuar e tomar em conta a força e a legitimidade dos demais Poderes. Mas não o fez na medida necessária para retomar o controle da situação.
O voluntarismo de Dilma está mais à flor da nossa memória. Todos se lembram da dádiva maravilhosa de 20% na conta da luz, anunciada em setembro de 2012 juntamente com a renovação antecipada de todas as concessões no setor elétrico. A vontade presidencial foi feita, a despeito dos protestos das empresas do segmento de eletricidade e da desorganização do setor, mas teve de ser paga depois pelo consumidor, cujos gastos em 2015 aumentaram em cerca de 50% para compensar a benesse antes recebida. Caso similar foi a contenção dos preços dos combustíveis abaixo do nível internacional desde 2007 e, especialmente, a partir do início de 2011. Em nome do controle da inflação, esse voluntarismo presidencial trouxe prejuízos elevadíssimos à Petrobrás (US$ 50 bilhões até o final de 2014) e ao setor produtor de álcool combustível. Esses e outros casos de imposição da vontade se expressaram em formas de intervenção estatal que fizeram pouco da lógica própria dos mercados, incluídos aqueles em que empresas estatais tinham e têm parte relevante.
Contudo talvez tenham sido as decisões políticas que Dilma Rousseff tomou depois da vitória eleitoral de 2014 que mais corroeram sua capacidade de governar. A mais relevante foi a decisão de adotar o “ajuste fiscal” como diretriz da política econômica do novo governo e convidar um banqueiro para conduzi-la, desdizendo tudo o que afirmara na campanha eleitoral. Além de contrariar o seu partido, que vivia na ilusão de que gasto é sempre igual a desenvolvimento, transformou a tristeza da derrota oposicionista em revolta contra o estelionato eleitoral sofrido. A mentira indiretamente revelada e reconhecida reduziu, antes mesmo da posse, a legitimidade não da democracia, mas da presidente recém-eleita.
Na sequência, ela escolheu uma equipe ministerial que a afastou mais ainda da corrente majoritária do PT. E decidiu disputar, com candidato do PT, o comando da Câmara dos Deputados (para o qual se vinha preparando o deputado Eduardo Cunha), corroendo a já precária aliança com o PMDB, que lhe dera o vice, votos e um bom naco de tempo no rádio e na televisão. A derrota fragorosa nessa disputa evidencia, mais que tudo, o voluntarismo político da presidente. Ela se inclinou quase sempre a tomar pouco em conta os interesses de partidos e lideranças com os quais interagia, como se eles tivessem de curvar-se à vontade presidencial por terem menos legitimidade. É verdade que o sistema presidencial brasileiro dá ao chefe de Estado um poder muito grande. Mas o impeachment de Collor demonstrou que para governar o presidente precisa manter liderança sobre uma coalizão partidária majoritária. Se não consegue fazê-lo, perde condições de bem exercer o cargo.
Seguramente abuso de poder e voluntarismo presidenciais não explicam, por si sós, a crise política atual. Mas sublinham que a democracia não exige apenas eleições; demanda também responsabilidade no exercício do poder, tanto pelo respeito aos limites da lei como por levar em consideração os interesses legítimos dos demais atores. Infelizmente, Collor e Dilma, não se mostraram capazes disso.
* BRASILIO SALLUM JR. É PROFESSOR DE SOCIOLOGIA DA USP, AUTOR DE ‘O IMPEACHMENT DE FERNANDO COLLOR – SOCIOLOGIA DE UMA CRISE’



Mário Cesar Flores: "Razão fundamental da crise"

O Estado de São Paulo


Por que o País vive mais uma crise grave? A resposta é simples, mas suas consequências nocivas permeiam os grandes problemas brasileiros: o drama nacional decorre basicamente do déficit de qualidade na condução do nosso Estado gigante e complexo.
Território extenso e bem dotado de recursos naturais, ausência de catástrofes ambientais e de contenciosos internacionais ou nacionais graves não significam sucesso automático. A qualidade da atuação humana no uso desse quadro favorável é condição indispensável e está hoje, como esteve no passado, aquém da necessária, do topo à base da pirâmide social. Para o tema deste artigo é ao alto da pirâmide e nele à elite política que cabe a maior responsabilidade – equação complicada, já que o poder político depende do voto da grande massa de cultura política precária, condicionada por seu cotidiano penoso e vulnerável à ilusão.
Limitando-nos ao pós-1930: no Brasil gradativamente industrializado os “coronéis” do velho patriarcado rural, atuantes na política no Império e na Primeira República, foram substituídos pelos “coronéis burgueses” das grandes empresas – incluídas empreiteiras a serviço do Estado – e pelos “coronéis pelegos” de organizações sindicais fortes, aqueles e estes inerentes ao novo modelo socioeconômico. A mudança dos atores influentes ocorreu em consonância com a evolução do conservadorismo para o ideário de feição liberal da classe média ascendente e para o populismo típico da democracia de massa urbanizada.
Mas a essência da política não mudou. Tal como na democracia tutelada pelo patriarcalismo conservador, que hierarquizava alto o interesse da oligarquia, as políticas simpáticas à classe média e ao populismo não atribuíam – não atribuem – relevância às exigências do País e às do País no mundo, em mudança radical: população, urbanização, industrialização e injunções ambientais em crescimento acelerado, integração regional e global na economia e na informação. Exigências dependentes de medidas nem sempre, se não raramente, dotadas de “apelo” eleitoral de curto prazo, quesito fundamental para quem pensa principalmente na próxima eleição – uma característica de nossa democracia.
O déficit na condução humana natural a esse paradigma de poder, pouco ou não motivado pela visão (pelo planejamento) do futuro, é agravado pela falácia do Estado interveniente em tudo, de origem histórica, mas inflado no pós-1930 e desde então também grande empresário. Apêndice natural do gigantismo, hoje em evidência no País: a vulnerabilidade do sistema político e do serviço público à corrupção, que, no Brasil como em todo o mundo, é proporcional à dimensão do Estado. Vivemos a cultura apoteótica mantida viva pelo interesse de seus beneficiários, por convicção ideológica ou pela inércia em frágil nível cultural, que entende o Estado como podendo e devendo tudo, à margem da realidade fiscal e de outras limitações. As mazelas do Estado gigante e de sua condução medíocre são ampliadas por nossa ilusão federativa inibidora dos governos locais: Federação política correta para país extenso e diversificado, mas desfigurada pela concentração fiscal na União.
Houve no passado alguns espasmos de planejamento, na Secretaria de Assuntos Estratégicos e, antes, no Conselho de Segurança Nacional, a que o mundo político não dedicava entusiasmo porque sem peso político no povo ou por desinteresse cultural – político e da sociedade. E no contexto econômico-financeiro atual, o que nosso Ministério do Planejamento realmente planeja é a complexa distribuição da escassez orçamentária. Sufocado pelo imediato socioeconômico e suas consequências na política, o futuro aguarda soluções competentes, algumas provavelmente penosas, que, se não se concretizarem, a cobrança virá: ocorrerão outras crises. Como estaríamos hoje se, em felizes manifestações de competência e visão de futuro, não tivessem sido construídas nos 1970 Itaipu, outras grandes hidrelétricas e a ponte Rio-Niteroi...?
Em suma, o déficit de qualidade na condução do Estado “complicado” por sua irrealista onipotência e onipresença é a causa responsável básica pela situação difícil que estamos vivendo. E da mesma forma que somos hoje vítimas de insuficiências (?) do passado, agravadas por insuficiências recentes, as gerações subsequentes seguirão vítimas de crises decorrentes de insuficiências da condução atual. Cabe à condução nacional atual planejar e deslanchar as bases de um futuro sem sustos. Infelizmente, o panorama político confuso que estamos vivendo não sugere segurança de que isso venha a acontecer. O governo tenta controlar o tormento presente, mas estamos planejando e adotando medidas que propiciem esperança de progresso em tranquilidade no futuro? Quando a participação no poder se impõe à revelia de ideias sobre o presente e o futuro, como tem acontecido na formação de nossos governos, a esperança na redenção se fragiliza.
Manifestação emblemática dessa insegurança: a resistência à reforma da Previdência, cujo déficit coberto pelo Estado tido como milagroso ameaça conduzir à catástrofe orçamentária e ao colapso dessa garantia social. Necessária hoje e, sobretudo, com vista ao futuro, mas que põe em risco a reeleição de quem votar em coerência com a realidade e na contramão do ilusório populista, a reforma tende a desembocar no paliativo, que apenas adia a catástrofe. Raciocínio similar se aplica à revisão de tópicos da CLT, anacrônicos no cenário socioeconômico atual, diferente do que existia ao tempo da promulgação desse código. A postergação da reforma tributária (que supostamente “federalizaria” a Federação...) é outro caso da mesma natureza.
Condução em déficit de qualidade, de Estado gigante, interveniente em tudo e com deficiências de organização, é convite à crise, se não ao desastre. Podemos corrigir isso?
* MARIO CESAR FLORES É ALMIRANTE