Queda da Selic e perspectiva de crescimento dos EUA no curto prazo motivam ganhos no mercado doméstico
A Bolsa encerrou o pregão desta terça-feira, 31, em alta de 0,57%, aos 64.670,78 pontos. Em janeiro, o Índice Bovespa - que reúne as principais ações brasileiras - avançou 7,37%, liderando o ranking de investimentos. Em um ano, a Bolsa brasileira teve ganhos de 60,04%.
O dólar, apesar da alta de 0,77% na última sessão do mês, terminou janeiro em queda de 3,14%, cotado aos R$ 3,1501. Em um ano, a moeda registra recuo de 21,66%.
Para o administrador de investimentos Fábio Colombo, a queda de 0,75 ponto porcentual na taxa básica de juros, a Selic, em janeiro foi o fator decisivo para o bom desempenho da Bovespa. A medida anunciada pelo Banco Central no início do mês surpreendeu o mercado, que esperava um corte menor na taxa básica de juros da economia.
Por outro lado, as primeiras medidas do governo de Donald Trump nos Estados Unidos fizeram as bolsas no exterior subirem com a perspectiva de melhora para a economia americana no curto prazo. O mercado doméstico acompanhou esse movimento de alta.
No entanto, ações polêmicas, como a proibição à entrada de imigrantes de países de maioria muçulmana nos EUA, motivaram a cautela dos investidores e levaram a perdas nas bolsas estrangeiras nos últimos dias.
O mercado espera a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre os juros da economia dos EUA, que será anunciada nesta quarta-feira, 1º. A expectativa é que a instituição mantenha o atual patamar, entre 0,50% e 0,75%, o que faz com que os investimentos no mercado doméstico permaneçam atraentes para estrangeiros.
Por outro lado, indicadores de produção de Brasil, China e EUA a serem divulgados nos próximos dias podem fazer com investidores revejam suas apostas. Novas medidas polêmicas de Trump e os desdobramentos da Operação Lava Jato também podem influenciar de forma negativa os negócios no País.