domingo, 29 de janeiro de 2017

Casa Branca recua e diz que portador de 'green card' não será barrado

Nicholas Kamm/AFP
US President Donald Trump poses in his office aboard Air Force One at Andrews Air Force Base in Maryland after he returned from Philadelphia on January 26, 2017. Donald Trump made his maiden voyage outside the Washington area as US president Thursday, meeting with lawmakers to map out their 2017 policy strategy and smooth emerging differences between the White House and congressional Republicans.
O presidente dos EUA, Donald Trump, posa para foto no interior do avião Air Force One nesta quinta-feira (26)

Com agências de notícias


Reince Priebus, o chefe de gabinete do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou neste domingo (29) que as pessoas que têm "green card", documento que as autoriza a morar e trabalhar no país, não serão barradas nos aeroportos americanos.

Segundo ele, isso acontecerá independentemente do país de origem dela, o que soou como uma volta atrás no decreto do presidente contra a entrada de refugiados e cidadãos de sete países de maioria muçulmana.

Desde a sexta (27), quando o decreto foi assinado, mais de uma dezena de estrangeiros foram detidos ao tentar viajar para os EUA, mesmo tendo visto ou "green card".

Segundo o jornal "The New York Times", Priebus disse ainda que os agentes das fronteiras dos EUA terão autoridade para deter e questionar viajantes suspeitos de alguns países, o que criou ainda mais incerteza sobre o decreto de Trump.
Juízes federais em três Estados acompanharam a decisão de uma juíza de Nova York e impediram autoridades de deportar viajantes afetados pelo decreto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impõe restrições a imigrantes de sete países de maioria muçulmana.

Os juízes de Massachusetts, Virginia e Washington emitiram suas decisões no final do sábado ou no começo do domingo.

No sábado, a juíza Ann Donnelly, de Brooklyn, em Nova York, ordenou que as autoridades não deportassem refugiados previamente aprovados desses países. Ela decidiu em um processo legal de dois homens iraquianos que foram retidos no Aeroporto Kennedy.

O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos disse, em um comunicado no domingo, que cumprirá as ordens judiciais ao mesmo tempo em que implementará o decreto de Trump "para garantir que aqueles que entram nos Estados Unidos não apresentam ameaças para nosso país e para o povo norte-americano".

Pelos Estados Unidos, advogados trabalharam a noite inteira para ajudar viajantes presos na confusão dos aeroportos, depois que o presidente republicano decidiu na sexta-feira impedir a imigração de sete países e temporariamente paralisou a entrada de refugiados.

Advogados e procuradores disseram que enviaram petições em mais de 100 casos para viajantes ao redor do país.

Em Boston, a juíza Alisson Burroughs emitiu no domingo uma ordem temporária bloqueando a remoção de dois iranianos que davam aulas na Universidade de Massachusetts e haviam sido detidos no Aeroporto Internacional de Logan.