João Wainer - 24.fev.1998/Folhapress | |
Luma de Oliveira, em 1998, desfila pela escola Tradição usando uma coleira com o nome de Eike
Ex-mulher de Eike Batista, Luma de Oliveira defendeu o empresário em suas redes sociais. "[Ele] Fez muitos investimentos no nosso país com recursos próprios. Infelizmente, parece que os empresários ficam acuados por pseudogovernantes. Lamentável", escreveu.
Luma falou sobre o assunto nesta segunda-feira (30), após receber uma série de comentários de seguidores que diziam estar orando por ela e sua família. "Estamos com muita fé de que tudo vai acabar bem", respondeu a ex-modelo e atriz aos fãs. "Ele enfrenta o que tiver que enfrentar."
Luma é reconhecida como uma das mais simbólicas musas do Carnaval do Rio de Janeiro e despertou polêmica ao desfilar, em 1998, à frente da bateria da Tradição, com uma coleira bordada com o nome de Eike.
"Estou firme o mais que posso para ajudar os meninos", concluiu, referindo-se aos dois rapazes que teve durante seu casamento com o empresário.
A atual mulher de Eike também fez uma postagem nas redes sociais com a frase "Deus tem um propósito até nos dias mais difíceis". Ela é mãe do filho caçula do empresário, um menino de três anos.
FILHO
O DJ Olin Batista, filho de Eike com Luma, também postou mensagens de apoio ao pai em uma rede social. Olin disse que "está na hora de passar as coisas a limpo", repetindo frase dita por Eike em entrevista à TV Globo antes de se entregar para a Polícia, na sala de embarque do aeroporto de Nova York.
A mensagem é acompanhada de foto dele com os país e o irmão mais velho, que já teve 2.398 curtidas e 409 comentários até a publicação desta reportagem. Ele lançou a hashtag #ForçaEikeEstamosComVocê.
Há expectativa quanto a uma possível delação de Eike. O empresário se valeu do relacionamento com políticos para construir seu império, que ruiu em meados de 2013.
Eike foi levado inicialmente para o presídio Ary Franco, em Água Santa, zona norte, e depois levado para Bangu 9, na zona oeste. O empresário teve o cabelo raspado antes da transferência.
Ele é acusado pelo Ministério Público Federal de pagar propina no exterior ao esquema que seria liderado pelo ex-governador Sérgio Cabral, também preso. Segundo as investigações, Eike teria dado US$ 16,5 milhões ao esquema.
Na porta do presídio Ary Franco, o advogado criminalista de Eike, Fernando Martins, disse que a possibilidade de uma delação não estava definida. A defesa de Eike não retornou aos contatos feitos pela Folha.
A Polícia Federal pretende pegar o depoimento de Eike já nesta terça-feira (30). |