Ana Carolina Torres - O Globo
Dono de um dos restaurantes mais badalados do Rio, o chinês Mr. Lam, o empresário Eike Batista teve como única opção de alimentação o cardápio enxuto da Penitenciária Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, onde ele está preso desde a tarde desta segunda-feira. Segundo agentes penitenciários, Eike fez as refeições normalmente.
Para o café da manhã desta terça, foram oferecidos a ele e aos demais presos da unidade café com leite e pão com manteiga.
Já o almoço foi composto de arroz ou macarrão, feijão, uma porção de proteína (carne, frago ou peixe), salada, fruta ou doce de sobremesa e refresco. Os detentos têm ainda direito a lanche, com suco e bolo.
Com relação a visita, o prazo médio para a emissão de carteirinha exigida para entrar no presídio, após cadastramento, é de até 15 dias, informou a Secretaria estadual de Administração Penitenciária. É possível, porém, que ele receba uma visita extraordinária.
Preso por policiais federais nesta segunda-feira no Aeroporto Internacional Tom Jobim, logo após chegar em um voo de Nova York, Eike passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), antes de ser encaminhado ao presídio Ary Franco, em Água Santa, na Zona Norte, onde teve a cabeça raspada e vestiu o uniforme de interno. Em seguida, ele foi transferido para Bangu 9.
Eike é suspeito de praticar crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa. O empresário estava em Nova York quando se tornou alvo de mandado de prisão preventiva da Operação Eficiência, deflagrada na última quinta-feira. Seu retorno ao Brasil foi negociado com a Polícia Federal.