Novo ministro da articulação política diz que governo vai para a ofensiva na CPI da Petrobras
- Berzoini minimiza pesquisa que mostra queda na popularidade de Dilma e diz que quem aposta na volta do ex-presidente Lula nas eleições está “perdendo tempo”
Fernanda Krakovics - O Globo
Anunciado nesta sexta-feira como o novo ministro de Relações Institucionais, responsável pela articulação política, Ricardo Berzoini disse que o governo vai para a ofensiva na CPI da Petrobras.
— Não há motivo para ficarmos na defensiva. Vamos para a ofensiva, vamos mostrar o que foi a Petrobras no governo Fernando Henrique (Cardoso) e o que é a Petrobras nos governos Lula e Dilma.
Está claro que o interesse é eleitoral, não há qualquer interesse de investigação sério e o caso (Pasadena) já está sendo investigado pelas autoridades competentes, que são menos sujeitas à contaminação política.
O novo ministro também minimizou a pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta quinta-feira, que apontou queda de sete pontos percentuais na popularidade do governo Dilma:
— Pelo que vejo, essa pesquisa está fora da curva, não tem sintonia com as demais pesquisas feitas recentemente. Mas sem desmerecer a pesquisa, é trabalhar com tranquilidade, sem se preocupar demasiadamente com pesquisas esporádicas.
Berzoini afirmou que quem aposta na volta do ex-presidente Lula nas eleições deste ano, no lugar de Dilma, está “perdendo tempo”:
— Quem perder seu tempo com isso vai gastar energia sem produzir nada, é dispersão gratuita de energia. A presidenta Dilma é a nossa candidata e vai vencer as eleições.
Assumindo uma das áreas mais problemáticas do governo, o petista afirmou que sua tarefa será “conversar muito, localizar as questões que precisam ser tratadas no curto prazo para a gente melhorar o ambiente de trabalho”.