Português supera Messi e Griezmann para ser condecorado pela quarta vez pela entidade
O favoritismo se confirmou na festa de gala da Fifa, nesta segunda-feira, em Zurique: Cristiano Ronaldo superou Messi e Griezmann para receber o prêmio de melhor jogador do mundo em 2016. O Brasil saiu de mãos abanando. No Prêmio Puskás, o malaio Mohd Faiz Subri desbancou Marlone e levou o troféu de gol mais bonito. Entre as mulheres, a americana Carli Lloyd superou Marta como melhor jogadora do ano.
- O ano de 2016 foi o melhor ano da minha carreira. Foi magnífico, maravilhoso. Depois daquilo que ganhei com minha seleção, com o clube, não tinha dúvidas de que ganharia - disse Cristiano Ronaldo.
É a quarta vez que CR7 recebe a honraria da Fifa, em trajetória iniciada em 2008, quando ainda defendia o Manchester United (ING), e que teve dobradinha em 2013 e 2014 - época em que o prêmio esteve vinculado à Bola de Ouro, da revista "France Football". O português também recebeu a Bola de Ouro em 2008 e em 2016.
O prêmio da Fifa coroa um ano quase perfeito para Cristiano Ronaldo quando se trata de títulos. Com o Real Madrid, o atacante venceu a Liga dos Campeões da Europa, principal torneio de clubes do continente. Dois meses depois, em julho, ele liderou Portugal ao título da Eurocopa diante da França - embora tenha saído machucado no início da decisão.
Messi, tido como principal concorrente de Cristiano Ronaldo pelo prêmio de melhor do mundo em 2016, não foi à cerimônia da Fifa. Após ficar no empate com o Villarreal no domingo, vendo a distância para o líder Real Madrid ficar em cinco pontos no Campeonato Espanhol, o Barcelona vetou que seus jogadores viajassem a Zurique para o evento. A justificativa do clube catalão foi que o time deveria se preparar para o jogo de quarta-feira, pela Copa do Rei, contra o Athletic de Bilbao. O Barcelona perdeu o jogo de ida por 2 a 1 e precisa de uma vitória no Camp Nou para seguir na competição.
Entre as mulheres, a americana Carli Lloyd venceu pelo segundo ano seguido, superando a brasileira Marta e a alemã Melanie Behringer.
O malaio Mohd Faiz Subri, do Penang, venceu a eleição popular do Prêmio Puskás pelo gol mais bonito de 2016. Com 59,46% dos votos, Subri superou Marlone, do Corinthians, (22,86%) e a venezuelana Rodríguez (10,01%), com um golaço de falta marcado pela Super Liga da Malásia.
A cerimônia em Zurique teve homenagens a Carlos Alberto Torres e Johan Cruyff, falecidos no ano passado, e à Chapecoense, que sofreu um acidente de avião que matou 71 pessoas, entre elas jogadores, comissão técnica e dirigentes do clube brasileiro, além de jornalistas. O Atlético Nacional, de Medellín, ganhou o prêmio Fair Play.
O Real Madrid dominou a seleção de 2016 da Fifa/FIFPro, com cinco jogadores. Apenas dois atletas - Neuer e Daniel Alves - atuam fora da Espanha. O Brasil marcou presença com os dois laterais: Dani Alves na direita e Marcelo na esquerda.
O 'time dos sonhos' do ano passado tem Neuer (Bayern), Daniel Alves (Juventus), Piqué (Barcelona), Sergio Ramos (Real Madrid) e Marcelo (Real Madrid); Modric (Real Madrid), Kroos (Real Madrid) e Iniesta (Barcelona); Messi (Barcelona), Suárez (Barcelona) e Cristiano Ronaldo (Real Madrid).
O italiano Claudio Ranieri, que conduziu o Leicester ao surpreendente título de campeão inglês, levou o prêmio de melhor técnico de 2016. Entre as mulheres, Silvia Neid, da seleção da Alemanha, foi a vencedora.