sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Maduro exalta 'força militar' - milícias comandadas pela ditadura sanguinária de Cuba - e aponta 'total respaldo' após 2 mortes e repressão na fronteira

Maduro cumprimenta chefe militar, em uma das cenas de vídeo em que exalta força do governo Foto: Reprodução/Twitter


O celerado Maduro cumprimenta 'chefe militar', em uma das cenas de vídeo em que exalta força da ditadura
 Foto: Reprodução/Twitter

CARACAS — Depois de a oposição venezuelana denunciar uma violenta repressão a comunidades indígenas perto da fronteira entre Brasil e Venezuela, o presidente Nicolás Maduro publicou um vídeo em que anuncia total respaldo à ação dos militares. O líder de Caracas escreveu no Twitter que oficiais da Força Armada Nacional Bolivariana estão espalhados pelo território para "garantir a paz e a defesa integral do país".
O autoproclamado presidente interino Juan Guaidó articulou a entrega de produtos básicos pelas fronteiras de Brasil e Colômbia, bloqueadas pelo regime de Caracas, que vê na operação uma tentativa de intervenção americana. Alvo da repressão denunciada por opositores, as comunidades indígenas colaboravam com a abertura do canal de ajuda. De acordo com a ONG local Kapé Kapé, dois indígenas foram mortos.
"Nossa Fanb está deslocada no território nacional para garantir a paz e a defesa integral do país. Todo o meu respaldo às Redi (Regiões de Defesa Integral) e às Zodi (Zonas de Defesa Integral). Máxima moral, máxima coesão e máxima ação. Venceremos!", escreveu o chefe do Palácio de Miraflores, em referência a equipes de soldados ligadas à Fanb.
Nas imagens publicadas pelo celerado Maduro, diferentes tropas balançam a bandeira da Venezuela e treinam em veículos, embarcações e aeronaves militares. O vídeo também destaca registros de manifestações populares favoráveis ao governo. O presidente relatou sua visita ao Comando Estratégico Operacional e ressaltou a importância da coordenação entre as forças militares do país.
A oposição aposta na articulação da entrega de doações estrangeiras na Venezuela por meio das fronteiras de Colômbia e Brasil. Não só para atenuar o sofrimento do povo local, mas também para tentar sensibilizar membros das Forças Armadas venezuelanas, hoje o principal pilar de sustentação de Maduro no poder. A cúpula militar jura lealdade ao líder bolivarino, que condena a ajuda internacional como um pretexto dos EUA para derrubá-lo.
Nesta quinta-feira, o ditador anunciou o fechamento da fronteira com o Brasil, em Roraima, e ameaçou fazer o mesmo com a da Colômbia. Enquanto isso, o líder opositor Juan Guaidó e outros 77 deputados partiam em caravana para a divisa colombiana, onde acompanharão a operação de entrega das doações ao lado de chefes de Estado e de autoridades estrangeiras críticas a Maduro.
Nesta sexta-feira, os feridos das comunidades indígenas foram levados em um dos únicos veículos que conseguiu atravessar a fronteira.
— Estamos denunciado o governo Maduro por este ataque. Os indígenas estavam tentando impedir a passagem de blindados militares e foram brutalmente reprimidos  — assegurou a deputada Olivia Lozano.



Com informações de O Globo