segunda-feira, 28 de maio de 2018

Governo publica medidas, e sindicatos de caminhoneiros recomendam fim da greve


Caminhoneiros fazem protesto nas margens da Rio-Manilha e deixam o trânsito pesado no local. Os motoristas protestam contra a alta nos combustíveis e nos pedágios. - FABIANO ROCHA / Agência O Globo


O Globo


Representantes de caminhoneiros autônomos afirmaram que aprovam as medidas anunciadas pelo presidente Temer em pronunciamento na noite de domingo. Entre as medidas está a redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel por 60 dias e a isenção de pagamento de pedágio para eixos suspensos de caminhões vazios. A redução de R$ 0,46 no preço do diesel custará ao governo R$ 10 bilhões.

As três medidas provisórias para atender às demandas dos caminhoneiros saíram em edição extra do Diário Oficial da União no fim da noite de domingo.

— Saiu no 'Diário Oficial', a nossa recomendação é que aceitem [as propostas e liberem as estradas] — afirmou Carlos Alberto Litti Dahmer, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac) de Ijuí (RS).

O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, disse que as medidas anunciadas pelo presidente Michel Temer para acabar com a paralisação atendem às reivindicações da categoria. Ele pediu para os motoristas deixarem os acampamentos e voltarem ao trabalho.

— Foi o melhor para o caminhoneiro. Peço aos motoristas que levantem acampamento e sigam a vida — disse Fonseca, em entrevista na porta do Palácio do Planalto. — O caminhoneiro sabe que chegou o momento (de levantar acampamento). Agora, ele (caminhoneiro) tem que fazer a sua parte.


O presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, afirmou na noite deste domingo que os três pontos anunciados pelo governo federal atendem às reivindicações feitas pela categoria. Durante coletiva de imprensa em Curitiba, onde fica a sede da CNTA, ele disse, porém, que não pode garantir que a paralisação vai terminar:

— O governo, basicamente, contempla propostas da categoria, que confiou à CNTA seu canal de comunicação com o governo — disse Bueno. — (O fim das mobilizações) vai depender da base. Foi a categoria de forma independente que estabeleceu o movimento e tem a competência de avaliar as propostas do governo e entender se é hora de desmobilização ou não.

Bueno disse que os caminhoneiros estão sendo avisados por meio da "logística de comunicação da categoria", como grupos de whatsapp. Segundo ele, o governo enviou as propostas para a CNTA por volta das 20h e se comprometeu a apresentá-las publicamente durante a noite.

O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac) de Ijuí (RS), Carlos Alberto Litti Dahmer, disse que após a publicação das medidas no 'Diário Oficial' a recomendação dada aos caminhoneiros é que aceitem as propostas e liberem as estradas.