Apontado como operador de propinas do PSDB em São Paulo, o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, voltou a ser preso na manhã desta quarta-feira. O Ministério Público Federal havia pedio na terça-feira a prisão de Paulo Preto em razão de continuidade de ameaças a outros réus do processo em que ele é acusado de incluir falsos beneficiários em desapropriações para obras no estado.
Paulo Preto havia sido solto no último dia 11 por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes depois de 36 dias preso. A 5ª Vara Criminal Federal em São Paulo aceitou denúncia contra ele pelo desvio de R$ 7,7 milhões, entre 2009 e 2011, durante o governo de José Serra (PSDB).
No dia 14, o Ministério Público Federal de São Paulo já havia pedido a prisão do ex-diretor da Dersa novamente por ele ter faltado a a audiência marcada na 5ª Vara Federal de São Paulo.
O susposto operador é acusado de incluir 1,8 mil falsos beneficiários de desapropriações em função das obras do trecho Sul do Rodoanel, da Avenida Jacu-Pêssego e das obras de ampliação da Marginal Tietê. As atividades de Paulo Preto junto às construtoras que venciam licitações em obras viárias no estado foram relatadas na delação de Adir Assad, antigo operador de propina em esquema de lavagem de dinheiro.