terça-feira, 29 de maio de 2018

Após derreterem, ações da Petrobras sobem mais de 7%; Ibovespa sobe quase 2%


Predio da Petrobras na Av Chile, centro do rio de janeiro. - Pedro Kirilos / xxxxx


O Globo



Após o derretimento de ontem, as ações da Petrobras operam em alta de mais de 7% e levam o Ibovespa para o terreno positivo. O principal índice do mercado lobal sobe 1,76%, aos 76.686 pontos, mesmo em um dia negativo no mercado externo. Já o dólar comercial, após abrir em alta, opera em leve queda de 0,26% ante o real, a R$ 3,719.

Na avaliação de Raphael Figueredo, analista da Eleven Financial, essa valorização é decorrente da queda dos últimos dias, em especial de ontem, quando os papéis da Petrobras caíram mais de 14% e o Ibovespa fechou em queda de 4,49% - a maior em um ano.

- Estamos diante de uma recuperação de mercado, de gente em busca de "pechinchas". Essa alta, no entanto, não representa o fim do estresse. Estamos reagindo ao cenário interno, com risco fiscal, temor de aumento de imposto e a Petrobras - disse.
As ações da Petrobras operam em alta. As preferenciais (PNs, sem direito a voto) sobem 7,39%, cotados a R$ 18,16, e as ordinárias (ONs, com direito a voto) avançam 7,78%, a R$ 21,33, liderando os ganhos do Ibovespa.

A forte queda do pregão anterior ocorreu em um dia de feriado nos Estados Unidos, o que reduziu a participação de investidores estrangeiros, que voltaram a atuar nesta terça-feira.
Ainda entre as ações mais negociadas, os papéis da Vale sobem 0,21%. No caso dos bancos, que possuem o maior peso na composição do índice, o pregão também é de ganho. As preferenciais do Itaú Unibanco e do Bradesco sobem, respectivamente, 1,20% e 1,71%.

Na avaliação de analistas do mercado, um dos motivos internos para que a moeda americana tenha subido na abertura dos negócios é a continuidade da paralisação dos caminhoneiros, que está em seu 9º dia.

Na véspera, o dólar comercial subiu forte, a R$ 3,729, e fechou com uma valorização de 1,63% ante o real.

Na noite de ontem, o Banco Central (BC) anunciou que manterá em junho os leilões de swap cambial (equivalente a uma venda de moeda no mercado futuro). A quantidade está em 15 mil contratos ao dia, o que equivale a US$ 750 milhões de liquidez adicional. Além disso, a autoridade monetária está fazendo a rolagem dos contratos que vencem em 1º de julho.

No exterior, os principais indicadores operam em queda. O Dow Jones cai 0,71% e o S&P 500 tem desvalorização de 0,63%. O governo dos Estados Unidos afirmou que vai anunciar nas próximas semanas a lista de importações da China que terá uma tarifa adicional. São cerca de US$ 50 bilhões em bens que terão uma sobretaxa de 25%.

Já na Europa as bolsas caem com a incerteza política na região, em especial devido à situação política na Itália, a terceira maior economia da região. O FTSE 100, de Londres, cai 0,71%, e o DAX, de Frankfurt, recua 0,63%.