O plenário do Senado aprovou pedido de urgência para a tramitação da proposta de reoneração da folha salarial das empresas. Com isso, o texto aprovado pela Câmara na semana passada pode ser votado pelos senadores diretamente no plenário, sem passar pelas comissões.
Estima-se que a volta da tributação sobre a folha renderá ao governo até R$ 3 bilhões. A cifra, que já vinha sendo cobiçada pelo governo desde o ano passado, passou a ser vital depois que Michel Temer atendeu a reivindicações de caminhoneiros em greve, ao custo de pelo menos R$ 9,5 bilhões para o Tesouro Nacional.
Mesmo com a renegação da folha, haverá cortes no Orçamento e aumento de impostos, informou o ministro Eduardo Guardia (Fazenda).
O Planalto deseja expurgar da proposta aprovada na Câmara o artigo que zerou o PIS e a Cofins sobre o preço do diesel. Alega-se que a novidade custaria R$ 12,5 bilhões.
O problema é que, se os senadores modificarem o texto, a proposta terá de ser devolvida à Câmara, que dará a palavra final.
O governo deve pedir à sua infantaria no Senado que vote o projeto sem modificações. Temer se encarregaria de vetar o artigo indesejado.