Pequenos transmissores localizam usuário com maior precisão e permitem envio de mensagens sobre o ponto onde ele está
NICK WINGFIELD DO "NEW YORK TIMES"
Quer ver o troféu Vince Lombardy, que premia o vencedor do Super Bowl? Vire à esquerda a cinco metros. Quer comprar artigos do Super Bowl? Tente o quarto andar da Macy's, logo à frente.
O Super Bowl é o maior evento de publicidade e marketing de massa dos EUA. Mas, neste ano, uma nova forma de publicidade --personalizada e baseada na localização física do espectador, com precisão de poucos metros-- estará na Times Square e no MetLife Stadium, onde a decisão da temporada 2013/2014 de futebol americano será disputada, amanhã.
Nos dois locais, a National Football League (NFL) instalou pequenos transmissores --balizas-- que mandam mensagens a smartphones.
Por ora, os alertas a serem enviados se limitam a notícias práticas (por exemplo, informações sobre o portão de entrada mais próximo) ou promoções em uma loja. Mas as implicações da tecnologia já causam preocupações entre defensores da privacidade e especialistas em Direito.
"O poder disso é que o sistema realmente pode conectar o mundo real, o mundo físico, ao mundo virtual, com um nível de exatidão que antes não existia", disse Manish Jha, gerente-geral de operações móveis da NFL. Isso porque as balizas são mais precisas ao detectar a localização de um usuário.
Os defensores da privacidade dizem se preocupar com a possibilidade de que a proliferação de balizas eleve consideravelmente o volume de dados que os anunciantes vêm acumulando sobre os consumidores. Já os entusiastas da tecnologia dizem que a maioria das pessoas encontrará benefícios, como descontos e dicas, que compensarão pelos dados fornecidos.
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