quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Sob Dilma, "a estadista do mensalão", Petrobras cai ao menor nível em mais de oito anos e derruba Bovespa

Petrobras cai ao menor nível em mais de oito anos e derruba Bovespa

Do UOL
 
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 0,25% nesta quarta-feira (26), aos 46.599,21 pontos.

A queda foi puxada, principalmente, pelo desempenho negativo das ações da Petrobras, que tiveram a maior desvalorização da Bolsa.

As preferenciais da petroleira (PETR4), que dão prioridade na distribuição de dividendos, caíram 3,53%, a R$ 13,68; é o menor valor de fechamento desde novembro de 2005.

As ordinárias da estatal (PETR3), que dão direito a voto, perderam 2,86%, a R$ 12,90. Na véspera, as ações da Petrobras já tinham fechado em forte queda.

A petroleira anunciou, na noite desta terça-feira (25), lucro líquido de R$ 23,57 bilhões em 2013, alta de 11,3% em relação a 2012. No quarto trimestre, o lucro líquido da estatal foi de R$ 6,281 bilhões, acima do esperado por analistas de mercado.

A estatal divulgou também seu plano estratégico para o período de 2014 a 2018, e também para 2030.

Nesta quarta, a presidente Graça Foster participou de teleconferência com investidores, e afirmou que só em 2015 o preço da gasolina no Brasil será equiparado ao do mercado externo.

As contas da Petrobras são fortemente afetadas pelo preço dos combustíveis. A estatal compra combustíveis no exterior e revende-os no Brasil por um valor mais baixo, controlado pelo governo.
A política de reajustes de preços causou atritos entre Foster e a presidente Dilma Rousseff, preocupada com o controle da inflação no país. Esse "impasse" é mal visto pelo investidores.

Empresas divulgam balanços e ações reagem

Além da Petrobras, Embraer, Ambev, Eletropaulo e Telefônica Brasil divulgaram balanço entre a véspera, depois do fechamento dos mercados, e esta quarta-feira.

A fabricante de aviões Embraer (EMBR3) teve a terceira maior alta da Bovespa, de 4,16%, a R$ 20,76. A empresa divulgou lucro líquido acima das expectativas do mercado em 2013, ultrapassando algumas de suas próprias previsões.

A Ambev (ABEV3), empresa dona da Antarctica e da Brahma, avançou 1,08%, a R$ 16,78. A Telefônica Brasil (VIVT4) subiu 3,03%, a R$ 43,50.

Na contramão, a Eletropaulo (ELPL4), distribuidora de energia que atua no Estado de São Paulo, teve a terceira maior queda da Bolsa, de 2,6%, a R$ 7,88.

ALL fecha em alta; agência de risco diz que fusão com Rumo é positiva 

As ações da ALL (ALLL3) subiram 2,41%, a R$ 6,80. Na véspera, elas lideraram as quedas da Bovespa.

A ALL também divulgou balanço nesta quarta. A empresa ampliou seu prejuízo no quarto trimestre de 2013 em mais de 50% sobre um ano antes.

Na segunda-feira, a Rumo Logística, subsidiária da Cosan (CSAN3), fez uma proposta para se unir à ALL, em um negócio para criar uma gigante do setor de transportes no Brasil com valor de quase R$ 11 bilhões. O conselho de administração da ALL avaliará a oferta em até 40 dias.

A agência de classificação de risco Fitch disse em comunicado na véspera que a proposta de união é positiva para as classificações da ALL e neutra para a classificação da Cosan (CSAN3). De acordo com a Fitch, a fusão é positiva para o perfil de crédito da ALL e é uma potencial motivo de aumento das classificações da companhia, quando o negócio for fechado.

Dólar fecha em alta, cotado a R$ 2,352, após cinco quedas  

dólar comercial fechou em alta de 0,49% nesta quarta-feira, cotado a R$ 2,352 na venda. Com isso, a moeda norte-americana interrompe uma sequência de cinco quedas. Apenas nas últimas cinco sessões, o dólar acumulou desvalorização de mais de 2%.

A alta desta quarta é um movimento de ajuste.

"O dólar já caiu muito", afirmou um gerente de câmbio à agência de notícias Reuters. Para ele, a moeda norte-americana deve continuar subindo, mas até um limite informal de R$ 2,40.

Atuações do Banco Central também influenciaram o resultado desta quarta-feira.

CLIQUE NA IMAGEM E ENTENDA COMO FUNCIONA O MERCADO DE DÓLAR

Bolsas internacionais

As ações europeias fecharam em queda nesta quarta-feira. Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 0,46%. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,39%. Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 0,4%.

Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,37%. Em Madri, o índice Ibex-35 recuou 0,18%. Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em queda de 1,19%.

As ações de fabricantes de bens de luxo figuraram entre as maiores perdas nesta quarta-feira; o papel da LVMH, dona da Louis Vuitton, recuou 1,6% e a ação da Kering, dona da Gucci, caiu 2,2%.
Na Ásia, a maioria das Bolsas fechou em alta. As exceções ficaram por conta da Bolsa de Tóquio, que fechou em queda de 0,54%, após uma alta de 1,4% na terça-feira (25). A Bolsa de Cingapura fechou em queda de 0,5%.

Já a Bolsa de Xangai avançou 0,35%. A Bolsa de Seul fechou em alta de 0,30% e Hong Kong avançou 0,54%. Taiwan subiu 0,29%, e a Sydney  teve leve alta de 0,06%.

(Com Reuters)

Conheça dez erros comuns ao investir na Bolsa                   

 
COMPRAR NA ALTA, VENDER NA BAIXA. É realmente muito dificil acertar o momento de comprar ou vender uma ação, mas esse erro consagrado de investimento muitas vezes ocorre por pura falta de estratégia. "O investidor toma a decisão [de aplicar em ações] porque saiu na mídia que a Bolsa bateu recorde, ou porque subiu mais de 80% num ano", diz o consultor André Bona, da Valor Investimentos. Quase sempre, o cenário que favoreceu esse fato já mudou 05.out.200 - Alex Almeida/Folhapress