sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Dilma eleva salário de cubanos. Mas, celerados Castro, sócios do "Barba", seguem com a maior parte

Governo eleva salário de cubanos. Mas ditadura segue com a maior parte

Saúde eleva de 400 para US$ 1.245 o valor pago diretamente aos profissionais. Ainda assim, 70% do valor desembolsado pelo Brasil seguirá para os Castro

Gabriel Castro - Veja
 
Médica cubana do programa 'Mais Médicos' ganhará mais. Ministério da Saúde anunciou aumento de repasse
Médica cubana do programa 'Mais Médicos' ganhará mais. Ministério da Saúde anunciou aumento de repasse (Andressa Anholete/Reuters )

O governo federal elevou de 400 para 1.245 dólares o salário pago diretamente aos doutores cubanos que participam do programa Mais Médicos. O anúncio foi feito nesta sexta-feira pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro. O novo salário equivale a cerca de 3.000 reais, contra os 960 reais pagos anteriormente - ainda muito longe dos 10.000 reais pagos a médicos brasileiros e de outras nacionalidades que integram o programa.

A ditadura cubana seguirá com a maior parte do dinheiro pago pelo Brasil por médico. O aumento anunciado é, portanto, insuficiente para solucionar a disparidade injustificável entre os cubanos e os demais profissionais do Mais Médicos.

Pelo sistema antigo, os cubanos também tinham direito a outros 600 dólares mensais que ficavam, entretanto, retidos em Cuba - e só poderiam ser sacados ao fim do programa. Agora, o dinheiro poderá ser retirado mensalmente no Brasil, junto com outros 250 dólares concedidos de aumento.

O aumento resulta de uma tentativa de amenizar as críticas a uma das vitrines eleitorais da presidente Dilma Rousseff. Na avaliação do Planalto, um salário maior para os profissionais poderia ajudar, também, a amenizar o descontentamento do Ministério Público do Trabalho. Uma investigação sobre as condições dos médicos recrutados em Cuba está em curso. Os detalhes sobre o pagamento dos cubanos vieram à tona depois que a médica cubana Ramona Rodrigues desertou do programa e revelou que o governo de Cuba ficava com a maior parte do dinheiro pago aos profissionais. Os cubanos são a maioria dos 6.650 médicos contratados por meio do programa.