Uma plataforma de petróleo a serviço da Petrobras adernou na Bacia de Campos, na região norte do Rio de Janeiro, nesta madrugada.
A SS-53 pertence à empresa Noble do Brasil e registrou uma inclinação de 3,5 graus por volta de 1h.
A empresa informou que o problema foi causado por uma falha no controle de lastro da embarcação.
"A tripulação executou prontamente as ações corretivas, inclusive protegendo a integridade do poço. As medidas cabíveis estão sendo tomadas para solucionar a questão", informou, em nota a Noble.
Também informou que não há registro de poluição causado pelo acidente.
A Petrobras informou que, após o incidente, a plataforma voltou a estabilizar e não corre o risco de afundar.
O SindiPetro-NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense) informou que 113 trabalhadores estavam no local no momento do acidente.
Segundo a Noble do Brasil, todos os funcionários estão em segurança e não houve registro de ferimentos. O sindicato confirmou. Ao todo, 77 trabalhadores foram removidos do local.
"Foram mantidos a bordo apenas as pessoas necessárias à retomada da estabilidade da plataforma", disse José Maria Rangel, coordenador geral do SindiPetro-NF.
Rangel informou que ao menos três funcionários da Petrobras estariam a bordo da plataforma, para fiscalizar a operação de perfuração. Os demais são terceirizados.
A inclinação da plataforma foi corrigida por volta das 7h, segundo o representante do sindicato.
"A Noble continua trabalhando com seu cliente e autoridades competentes ligados ao caso", informou a empresa.
Segundo informações informações da Reuters a partir de dados no site do Ibama, a SS-53 foi construída em 1998, sendo caracterizada como uma embarcação semi-submersível de posicionamento dinâmico para perfuração, completação e intervenção em poços de petróleo.
Nesse tipo de posicionamento não há ligação física da plataforma com o fundo do mar, exceto pelos equipamentos de perfuração.
PLATAFORMAS
O problema ocorre em meio a recentes notícias de que a Petrobras poderia enfrentar novas paralisações em suas plataformas de produção na Bacia de Campos caso não resolvesse questões de segurança, conforme a Folha informou no domingo (23).
Relatório do Ministério Público do Trabalho e um levantamento sobre incidentes recentes em embarcações, apurados pelo sindicato dos trabalhadores, apontam que a Petrobras precisa melhorar de forma significativa a manutenção das plataformas, para dar condições mais seguras de trabalho aos profissionais embarcados e prevenir tragédias no mar.
O documento do MPT lista irregularidades de diversos níveis de gravidade nas cinco plataformas escolhidas para vistoria em 2013, e em outra fiscalizada em 2012.
Descontrole sobre emissões de gases, rotas de fugas mal delineadas, despejo de dejetos sem tratamento no mar, botes salva-vidas incapazes de salvar, ferrugem acentuada, controle de manutenção deficiente e jornadas excessivas de profissionais de saúde foram os problemas que chamaram a atenção do MPT.
Três episódios foram registrados na bacia de Campos desde novembro pelo Sindicato dos Petroleiros no Norte Fluminense. Houve incêndio nas plataformas P-62 e P-20, ambas lançadas inacabadas no mar, e explosão na P-55, no fim de semana passado.
Questionada na ocasião sobre essas informações, a Petrobras disse que está "implementando melhorias em práticas de inspeção e de manutenção das plataformas" e que "todas as plataformas estão adequadas às normas" para "equipamentos nos quais haja gás, garantindo a segurança das pessoas e integridade das instalações".
A SS-53 pertence à empresa Noble do Brasil e registrou uma inclinação de 3,5 graus por volta de 1h.
A empresa informou que o problema foi causado por uma falha no controle de lastro da embarcação.
"A tripulação executou prontamente as ações corretivas, inclusive protegendo a integridade do poço. As medidas cabíveis estão sendo tomadas para solucionar a questão", informou, em nota a Noble.
Também informou que não há registro de poluição causado pelo acidente.
A Petrobras informou que, após o incidente, a plataforma voltou a estabilizar e não corre o risco de afundar.
O SindiPetro-NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense) informou que 113 trabalhadores estavam no local no momento do acidente.
Segundo a Noble do Brasil, todos os funcionários estão em segurança e não houve registro de ferimentos. O sindicato confirmou. Ao todo, 77 trabalhadores foram removidos do local.
"Foram mantidos a bordo apenas as pessoas necessárias à retomada da estabilidade da plataforma", disse José Maria Rangel, coordenador geral do SindiPetro-NF.
Rangel informou que ao menos três funcionários da Petrobras estariam a bordo da plataforma, para fiscalizar a operação de perfuração. Os demais são terceirizados.
A inclinação da plataforma foi corrigida por volta das 7h, segundo o representante do sindicato.
"A Noble continua trabalhando com seu cliente e autoridades competentes ligados ao caso", informou a empresa.
Segundo informações informações da Reuters a partir de dados no site do Ibama, a SS-53 foi construída em 1998, sendo caracterizada como uma embarcação semi-submersível de posicionamento dinâmico para perfuração, completação e intervenção em poços de petróleo.
Nesse tipo de posicionamento não há ligação física da plataforma com o fundo do mar, exceto pelos equipamentos de perfuração.
PLATAFORMAS
O problema ocorre em meio a recentes notícias de que a Petrobras poderia enfrentar novas paralisações em suas plataformas de produção na Bacia de Campos caso não resolvesse questões de segurança, conforme a Folha informou no domingo (23).
Relatório do Ministério Público do Trabalho e um levantamento sobre incidentes recentes em embarcações, apurados pelo sindicato dos trabalhadores, apontam que a Petrobras precisa melhorar de forma significativa a manutenção das plataformas, para dar condições mais seguras de trabalho aos profissionais embarcados e prevenir tragédias no mar.
O documento do MPT lista irregularidades de diversos níveis de gravidade nas cinco plataformas escolhidas para vistoria em 2013, e em outra fiscalizada em 2012.
Descontrole sobre emissões de gases, rotas de fugas mal delineadas, despejo de dejetos sem tratamento no mar, botes salva-vidas incapazes de salvar, ferrugem acentuada, controle de manutenção deficiente e jornadas excessivas de profissionais de saúde foram os problemas que chamaram a atenção do MPT.
Três episódios foram registrados na bacia de Campos desde novembro pelo Sindicato dos Petroleiros no Norte Fluminense. Houve incêndio nas plataformas P-62 e P-20, ambas lançadas inacabadas no mar, e explosão na P-55, no fim de semana passado.
Questionada na ocasião sobre essas informações, a Petrobras disse que está "implementando melhorias em práticas de inspeção e de manutenção das plataformas" e que "todas as plataformas estão adequadas às normas" para "equipamentos nos quais haja gás, garantindo a segurança das pessoas e integridade das instalações".
Editoria de Arte/Folhapress | ||