quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Há ministros que estão no Supremo para julgar. Outros, estão lá especificamente para absolver bandidos

MENSALÃO: Há ministros que estão no Supremo para julgar. Outros, estão lá especificamente para absolver

Blog Ricardo Setti - Veja

O STF análisa recursos que podem livrar alguns dos principais condenados no processo do mensalão (Ação Penal 470) da punição pelo crime de formação de quadrilha (Foto: José Cruz / Agência Brasil)
O STF analisa recursos que podem livrar alguns dos principais condenados no processo do mensalão (Ação Penal 470) da punição pelo crime de formação de quadrilha (Foto: José Cruz / Agência Brasil)

O acompanhamento da cobertura ao vivo do julgamento dos embargos infringentes apresentados por mensaleiros condenados que querem se livrar do crime de formação de quadrilha, ou bando, e, portanto, livrar-se também da condenação à pena de prisão em regime fechado, conduz a uma conclusão.

A sessão acaba de terminar, com o ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF e relator do processo do mensalão, precisando quase extorquir do ministro Luís Roberto Barroso a palavra “absolvo” — relativa a TODOS os réus que o Supremo havia condenado por formação de quadrilha, que Barroso absolveu sem que, em seu voto, utilizasse, até então, o verbo “absolver”.

A conclusão a que se chega, com absoluta clareza, é que há ministros no Supremo que para lá foram guindados com a missão de “cooperar” com o lulopetismo no poder — inclusive aliviando a vida dos criminosos já condenados pela maioria da alta Corte, antes que aposentadorias compulsórias mudassem a composição do Plenário.

Essas figuras apequenam a grandeza histórica do Supremo Tribunal Federal e enodoam seus quase 125 anos de existência sob a República.