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Dados econômicos decepcionantes e revés político inesperado colocam a presidente em situação, no mínimo, constrangedora
A candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), durante debate promovido pela Band (Ivan Pacheco/VEJA.com)
A divulgação, nesta sexta-feira, do resultado do Produto Interno Bruto (PIB), do rombo nas contas públicas e da pesquisa Datafolha, que aponta não só a vitória de Marina Silva (PSB) no segundo turno das eleições presidenciais, como também o empate com Dilma no primeiro turno, encerrou aquela que foi, até agora, a pior semana do governo da presidente desde que assumiu, em janeiro de 2011.
O rosário de notícias ruins começou logo na segunda-feira, com o debate eleitoral transmitido pela Band, em que Dilma foi atacada por Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) e se defendeu lançando mão de dados duvidosos. Ao longo da semana, todos os indicadores econômicos divulgados corroboraram um cenário de crise ocasionado, essencialmente, por erros cometidos pelo próprio governo brasileiro. O PIB, como esperado, veio negativo. Como houve a revisão (também negativa) do resultado do primeiro trimestre, o país entrou na chamadarecessão técnica.
Rombo nas contas externas, juros recordes para pessoas físicas, piora na confiança do consumidor e aumento da inadimplência são apenas alguns dos indicadores ruins publicados ao longo dos últimos dias e que ajudaram a fazer com que a percepção do brasileiro em relação ao governo da presidente piorasse – o Datafolha mostra que o porcentual dos que acreditam que o governo da presidente é péssimo aumentou de 23% para 26%. Veja alguns dos principais acontecimentos econômicos que fizeram com que o mês de agosto da presidente terminasse péssimo — e não pessimista, como ela costuma se referir aos seus críticos.
A semana que Dilma quer esquecer
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Recessão econômica
A economia brasileira entrou em recessão técnica, caracterizada por dois trimestres consecutivos de contração, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Produto Interno Bruto (PIB) recuou 0,6% no segundo trimestre ante o primeiro, enquanto o resultado de janeiro a março foi revisado para queda de 0,2% ante o quarto período de 2013. O país não entrava em recessão técnica desde a crise financeira global de 2008 e 2009.