Horas após participar de encontro do PMDB em Jales (a 585 km de São Paulo), que contou com a presença da presidente Dilma Rousseff (PT), o candidato do partido ao governo do Estado, Paulo Skaf, afirmou que o PT é seu rival e que sua candidatura é "independente".
A afirmação foi feita em Barretos (a 423 km de São Paulo), em visita à Queima do Alho, espaço que reproduz na Festa do Peão de Barretos a comida típica de peões em estradas boiadeiras.
Skaf limitou-se a dizer, como já fez em debates, que votará em seu partido na disputa presidencial. O peemedebista Michel Temer é candidato a vice na chapa de Dilma.
"Reitero que o PT, assim como o PSDB, são meus adversários. Assim como todos os partidos que tenham candidatos a governador. Minha candidatura é independente. Queremos uma opção nova para o eleitor de São Paulo", disse Skaf.
O candidato também recusou-se a comentar as semelhanças entre seu discurso de terceira via e o da presidenciável Marina Silva (PSB). "Estou focado em São Paulo. Para presidente o meu voto será para o meu partido."
Na visita, que durou pouco mais de 30 minutos, Skaf foi recebido pelos participantes da festa, tirou fotos com eleitores e até mesmo deu conselhos sobre tratamentos capilares a um eleitor careca.
Skaf fez um assessor passar para um dos presentes na Festa do Peão o telefone do médico que o ajudou a reduzir a calvície.
INGRATO
Ao comentar as críticas feitas na propaganda eleitoral do adversário Geraldo Alckmin (PSDB) em função da aliança com o ex-governador Fleury (PMDB), Skaf disse que a crítica indica "desespero" da campanha do ex-governador.
"O governador mostra com isso que é ingrato, pois ele foi 16 anos filiado ao PMDB. O partido que ele fala de 20, 30 anos é o PMDB dele, onde ele foi prefeito, vereador e deputado. O PMDB do Skaf começa agora."
Alckmin lidera a corrida ao governo do Estado, conforme pesquisa Ibope divulgada no último dia 26. Ele tem 50% das intenções de voto, ante 20% de Skaf e 5% do petista Alexandre Padilha.