sábado, 30 de agosto de 2014

Ao lado de Romário, Marina faz campanha na Rocinha


A candidata do PSB à presidência da República, Marina Silva, visitou hoje a comunidade da Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A presidenciável chegou às 13h para cumprir a agenda eleitoral, mas devido a quantidade de pessoas, não conseguiu transitar pela favela e se retirou antes do previsto.
Ao chegar, Marina foi cercada pelos moradores, que queriam falar com a candidata. Ao lado do candidato a vice-presidência, Beto Albuquerque e dos deputados federais Miro Teixeira (PROS) e Romário (PSB), Marina conversou rapidamente com moradores e jornalistas. A candidata se disse surpresa com o tamanho da população local na Rocinha e também com a força do comércio na localidade.
Marina Silva foi cercada pelos moradores da Rocinha
Marina Silva foi cercada pelos moradores da Rocinha
Marina falou que seu primeiro compromisso é "tratar e respeitar as comunidades como elas merecem, em um esforço continuado para que segurança pública possa, de fato, resolver o problema da violência e questões importantes, como a qualidade da moradia das pessoas". A candidata prometeu "acesso aos serviços como saúde, segurança e habitação". Segundo Marina, "uma das formas de fazer isso é destinando recursos para que comunidades possam ser urbanizadas e para que pessoas possam ter regularização dos lugares onde moram. Nosso compromisso é tratar as comunidades com respeito ao seu território e à sua identidade cultural. Temos metas de aumentar em quatro milhões as moradia dentro do programa Minha Casa, Minha Vida".
Marina também comentou sua campanha e os resultados das recentes pesquisas eleitorais. "Quanto mais estrelas no céu, mais claro é o caminho. São legítimas todas as candidaturas. Estou mostrando que é  possível unir o Brasil em lugar da separação. A união, para que nosso país não entre na recessão, volte a crescer, controle a inflação", discursou.
Sobre a possibilidade de vencer do primeiro turno, a candidata foi sucinta: "ainda temos muito chão pela frente", disse. Depois, acrescentou: "queremos que esse movimento continue. É um movimento do cidadão que quer a mudança e que encontrou na minha candidatura e do Beto a expressão da mudança".
A presidenciável voltou a falar sobre o que chama de "polarização" entre o PT e o PSDB. "A sociedade brasileira não suporta mais isso. O PT e PSDB lutam entre si e não lutam pelo interesse da nação. Por isso queremos trabalhar com todas pessoas independentes de partido, que estejam comprometidas com agenda para o país". Marina disse ainda que tem "muita esperança no povo brasileiro e muita fé em Deus de que esse movimento cresça e o cidadão se sinta responsável, autor dessa vitória".
Sobre a polêmica exclusão do trecho sobre a legalização do casamento LGBT de seu plano de governo, Marina explicou que não se tratava de uma revisão, mas sim de um engano. Segundo ela, houve dois problemas do programa do PSB: em relação à energia nuclear e ao casamento gay. "Na parte de ciência e tecnologia foi incluída uma questão que não havia sido acordada entre eu e Eduardo. Na parte LGBT, o texto que foi para publicação foi o texto tal qual apresentado pela demanda dos movimentos sociais. Todos os movimentos apresentaram demanda, foram feitas mediações e se contemplou o quanto possível as propostas", esclareceu.
Ela afirmou que respeita o estado laico, a liberdade individual e a liberdade religiosa. "O estado laico é para defender os interesses de todos: de quem crê, de quem não crê e da condição social", ressaltou. Marina acrescentou que "o texto que foi publicado não é o texto que havia sido mediado. Foi apenas retornado o texto da mediação porque havia sido cometido o engano". Perguntada sobre de quem foi o engano, a candidata disse: "da própria coordenação da campanha. Na medida em que coordenadores fizeram revisão, reconheceram que foi problema no processo".
Depois de sair da Rocinha, Marina seguiu para o Centro da cidade, onde continuará a cumprir a agenda de campanha. Às 17h, ela se encontrará com jovens cariocas na Avenida Mem de Sá, na Lapa.