Gabriel Garcia - Blog do Noblat
O Tribunal de Contas da União adiou pela terceira vez, nesta quarta-feira (27), o julgamento sobre o bloqueio dos bens da presidente da Petrobras, Graça Foster, no caso da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, em 2006. O ministro Aroldo Cedraz pediu vista - mais prazo para analisar o processo.
Até o momento, são 5 votos favoráveis - no total de 8 ministros - ao não bloqueio dos bens de Graça e do ex-diretor da empresa Jorge Zelada, no negócio que causou prejuízo de US$ 792,3 milhões à estatal. Dois ministros, incluindo o relator do processo, José Jorge, votaram pelo bloqueio dos bens.
Se não houver mudança de voto, o Tribunal de Contas vai livrar a presidente da Petrobras da responsabilização da compra de Pasadena.
A decisão sobre a indisponibilidade de bens de Graça estava prevista para semana passada. O relator pediu a retirada do processo de pauta após “O Globo” revelar que Graça e o ex-diretor da Área Internacional Nestor Cerveró doaram imóveis a familiares quando estourou o escândalo sobre a compra da refinaria.
Por enquanto, está mantido o bloqueio patrimonial de 11 dirigentes e ex-dirigentes envolvidos no caso, entre eles José Sérgio Gabrielli, Paulo Roberto da Costa, Cerveró e Almir Barbassa.
Presente a todo instante no julgamento, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, vem pressionando os ministros, numa forma de reforçar o posicionamento do governo.
Por determinação da presidente Dilma Rousseff, Adams defende a individualização do bloqueio de bens e, em plenário, pediu a exclusão da responsabilização de Graça.
Presidente da Petrobras, Graça Foster - Foto: Veja