Lauro Jardim - Radar - Veja
A reunião de ontem no Palácio da Alvorada entre Dilma Rousseff e os presidentes dos partidos da base aliada apontou a estratégia do PT para enfrentar a subida de Marina Silva nas pesquisas.
A desconstrução de Marina passará por explorar as suas contradições políticas. Se nega a política, por que passou por quatro partidos (PT, PV, Rede e PSB)? Se nega a política, por que quando acabaram as eleições de 2010 não buscou um emprego ao invés de continuar atuando na vida político-partidária? Será este o tom para as próximas semanas.
Na área econômica, o ataque será ainda mais contundente. O PT dirá que dar autonomia ao Banco Central equivalerá a entregar aos banqueiros o comando da economia brasileira.
“Não há condições de dar autonomia e manter programas sociais”, afirmou Dilma quando retomou a palavra.
Pelo governo, Aluizio Mercadante manteve-se otimista durante toda a reunião e Ricardo Berzoini nada falou.
O papo entre 19h10 e 21h foi regado a sopa de galinha, risoto de carne seca e bacalhau. Dilma, que normalmente faz um longo discurso inicial neste tipo de encontro, entregou imediatamente a palavra para os presidentes de partidos ávida por ouvir opiniões.
Foi quase consenso entre os presentes que Marina estará no segundo turno com Dilma – Carlos Lupi do PDT discordou e Eurípedes Junior do PROS, mudo por quase duas horas, não opinou.
Foi quase consenso entre os presentes que Marina estará no segundo turno com Dilma – Carlos Lupi do PDT discordou e Eurípedes Junior do PROS, mudo por quase duas horas, não opinou.