Felipe Frazão - Veja
Luiz Moura foi flagrado em reunião da qual participaram dezoito integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC)
EXPULSO - Moura virou problema para o PT (Vera Massaro/ALESP/VEJA)
O diretório do PT em São Paulo ratificou nesta sexta-feira a expulsão do deputado estadual Luiz Moura, anunciada na quinta-feira pela executiva estadual do partido. A decisão do diretório foi unânime – até a corrente de Moura, a PT de Lutas e de Massas (PTLM), votou por sua expulsão. O deputado foi flagrado em reunião da qual participaram dezoito integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele também é investigado pelo Ministério Público de São Paulo por ter sido sócio de uma empresa de transporte de passageiros suspeita de lavar dinheiro para o PCC.
O nome do parlamentar é citado em apuração de promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) sobre vínculos da facção criminosa com cooperativas de perueiros que operam na capital paulista.
Sem filiação partidária, o parlamentar deve ser impedido de concorrer à reeleição na Assembleia Legislativa. Mas seu registro de candidatura ainda será julgado pela desembargadora Diva Malerbi, do Tribunal Regional Eleitoral.
Luiz Moura terá dez dias para recorrer ao diretório nacional. Se o fizer, a expulsão ficará suspensa temporariamente. O deputado alega que o processo disciplinar a que foi submetido estava "viciado". A direção nacional do PT, porém, deu aval à destilação do parlamentar. Moura afirma que só entregará seu mandato por ordem da Justiça. "É muito difícil o diretório nacional reverter a posição unânime do diretório estadual. Isso nunca aconteceu", disse o secretário de Comunicação do PT, Aparecido Luiz da Silva.