sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Após divulgação do PIB, Aécio diz que sucessor receberá "herança maldita"

UOL

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, criticou duramente nesta sexta-feira (29) o governo da presidente Dilma Rousseff, que busca a reeleição pelo PT, ao comentar a queda do PIB no segundo trimestre deste ano, levando o país, tecnicamente, a uma recessão na economia.
"Hoje é um dia triste extremamente triste para o Brasil, porque estamos tecnicamente em recessão. Esse governo acabou antes da hora. Tudo que nós apontávamos - o pouco esforço do governo no combate à inflação e também esse absurdo intervencionismo em várias áreas da economia, e que o governo considerava uma bobagem - nos levou hoje a um quadro extremamente grave", afirmou Aécio em São Paulo.
"Mais do que nunca, é a hora de encerrar esse ciclo de governo e iniciarmos outro, que resgate minimamente a confiança de quem investe no Brasil. Infelizmente, esse governo deixará uma maldita herança para o seu sucessor", completou.
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29.ago.2014 - O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, e o governador do Estado de São Paulo e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin, visitam as obras do monotrilho na Vila Prudente, zona leste de São Paulo, nesta sexta-feira (29). Aécio Neves criticou duramente o governo da presidente Dilma Rousseff, que busca a reeleição pelo PT, ao comentar a queda do PIB no segundo trimestre deste ano. "Infelizmente, esse governo deixará uma maldita herança para o seu sucessor", afirmouCris Faga/Fox Press Photo/Estadão Conteúdo
O Produto Interno Bruto do Brasil caiu 0,6% no segundo trimestre em relação aos primeiros três meses do ano, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira. Em valores correntes, o PIB do 2º trimestre alcançou R$ 1,27 trilhão.
Como o resultado do primeiro trimestre sobre os últimos meses de 2013 foi revisado para queda de 0,2%, o país entrou no que os economistas chamam de recessão técnica, que é quando a atividade econômica cai por dois trimestres seguidos. Esse cenário não acontecia desde a crise financeira global de 2008 e 2009.
Também nesta sexta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse não considerar que o Brasil está em recessão. "Recessão é quando você tem desemprego aumentando e renda caindo. Aqui temos o contrário. Na minha opinião, não estamos em recessão", disse, durante entrevista coletiva após a divulgação dos dados do PIB.
O ministro afirmou que o crescimento foi afetado por causa da menor quantidade de dias úteis na primeira metade do ano, devido à realização da Copa do Mundo, e previu um terceiro trimestre "positivo".
* Com Reuters

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