Zero Hora
Empresário não economizou críticas ao falar no evento "Brasil de Ideias" nesta segunda-feira
Um dos empresários com maior trânsito no governo federal, Jorge Gerdau Johannpeter não poupou críticas ao Planalto durante o evento Brasil de Ideias, que ocorreu nesta segunda-feira em Porto Alegre.
Ex-integrante do conselho de administração da Petrobras até pouco tempo e ainda no comando da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, afirmou que o país passa por uma "bagunça gerencial."
A conclusão surgiu a partir de levantamento realizado com 35 dos 39 ministérios.
– O índice de gestão é realmente muito baixo. Ninguém sabe onde quer chegar. E, infelizmente, isso não se resolve do dia para noite. Uma mudança de cultura demora anos dentro de uma empresa e no Estado tende a demorar ainda mais. Mas a mudança precisa ser feita. Acontece que os políticos assumem o poder e para não se incomodar deixam as coisas como estão – disse Gerdau, sem citar nomes.
O empresário criticou também o que considera uma acomodação do Estado brasileiro, que perdeu o bom momento vivido no cenário internacional de anos passados, quando houve aumento do preço das commodities, para realizar reformas importantes – tributária e previdenciária – e economizar.
– Tivemos três anos de baixo crescimento, e a perspectiva para 2014 não é boa. No atual quadro, dificilmente vamos sair do patamar de 2%. O governo precisa fazer poupança. Quem investe menos de 20% do PIB não cresce mais do que isso – afirmou, ironizando o fato de os gastos públicos crescerem em ritmo mais acelerado do que o Produto Interno Bruto (PIB).
Gerdau ainda teorizou sobre os motivos dos problemas no governo:
– Deus deu duas coisas maravilhosas para o homem. A dor, que ensina que não somos indestrutíveis, e o medo da morte, que motiva a melhorar para seguir vivos. O problema do Estado é que não tem medo da morte, da falência, e por isso não se obriga a ser melhor.
Diretor-geral do Instituto Brasileiro de Mercados de Capitais (Ibmec-RJ), Fernando Schüler, também convidado do evento, citou o trânsito brasileiro "caótico" para ilustrar a incapacidade de planejamento dos governos brasileiros.
– E o ministro da Fazenda ainda fala em incentivos à indústria automobilística. O Estado tem sido incapaz de responder à velocidade das transformações da sociedade – afirmou.
Ex-integrante do conselho de administração da Petrobras até pouco tempo e ainda no comando da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, afirmou que o país passa por uma "bagunça gerencial."
A conclusão surgiu a partir de levantamento realizado com 35 dos 39 ministérios.
– O índice de gestão é realmente muito baixo. Ninguém sabe onde quer chegar. E, infelizmente, isso não se resolve do dia para noite. Uma mudança de cultura demora anos dentro de uma empresa e no Estado tende a demorar ainda mais. Mas a mudança precisa ser feita. Acontece que os políticos assumem o poder e para não se incomodar deixam as coisas como estão – disse Gerdau, sem citar nomes.
O empresário criticou também o que considera uma acomodação do Estado brasileiro, que perdeu o bom momento vivido no cenário internacional de anos passados, quando houve aumento do preço das commodities, para realizar reformas importantes – tributária e previdenciária – e economizar.
– Tivemos três anos de baixo crescimento, e a perspectiva para 2014 não é boa. No atual quadro, dificilmente vamos sair do patamar de 2%. O governo precisa fazer poupança. Quem investe menos de 20% do PIB não cresce mais do que isso – afirmou, ironizando o fato de os gastos públicos crescerem em ritmo mais acelerado do que o Produto Interno Bruto (PIB).
Gerdau ainda teorizou sobre os motivos dos problemas no governo:
– Deus deu duas coisas maravilhosas para o homem. A dor, que ensina que não somos indestrutíveis, e o medo da morte, que motiva a melhorar para seguir vivos. O problema do Estado é que não tem medo da morte, da falência, e por isso não se obriga a ser melhor.
Diretor-geral do Instituto Brasileiro de Mercados de Capitais (Ibmec-RJ), Fernando Schüler, também convidado do evento, citou o trânsito brasileiro "caótico" para ilustrar a incapacidade de planejamento dos governos brasileiros.
– E o ministro da Fazenda ainda fala em incentivos à indústria automobilística. O Estado tem sido incapaz de responder à velocidade das transformações da sociedade – afirmou.