quarta-feira, 30 de abril de 2014

Banco Central dos EUA mantém ritmo de corte de estímulos: US$ 10 bilhões

 

Autoridade monetária também vai manter taxas de juros baixas
 
O GLOBO
Com agências internacionais
 
 
WASHINGTON - No encerramento de seu encontro, o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, avisou que fará o quarto corte de US$ 10 bilhões nas compras de títulos, levando o volume a US$ 45 bilhões por mês, pois acredita que o mercado de trabalho do país já não precisa de tanta ajuda.

A decisão dos integrantes do comitê de política monetária do Fed (Fomc) foi unânime. Os cortes foram de US$ 5 bilhões nos títulos do Tesouro e de igual quantia nos papéis lastreados pelas hipotecas.

A autoridade monetária também reafirmou seu plano de manter as taxas de juros de curto prazo entre 0% e 0,25% por um “tempo considerável” após o fim da compra de títulos.
Com poucos sinais de inflação e o desemprego ainda elevado (6,7%), a presidente do Fed, Janet Yellen, disse que há bastante "frouxidão" na economia, e que as taxas precisam ser mantidas baixas.
Ao fim dos dois dias de reuniões, o banco central disse que a economia "vai se expandir a um ritmo moderado e as condições do mercado de trabalho vão continuar a melhorar gradualmente".

O Fed informou ainda que "o crescimento da economia se recuperou recentemente, depois de ter desacelerado bruscamente durante o inverno, devido, em parte, às condições climáticas adversas". A expansão do PIB, anualizada, de 0,1%, ficou bem abaixo das expectativas.

O resultado fraco no primeiro trimestre já havia sido antecipado pelo banco central. Apesar de o mais recente relatório do crescimento do PIB não ter desviado o Fed da rota, o documento pode influenciar as discussões daqui para frente.

As expectativas dos analistas a respeito da reunião não eram elevadas, à medida que o Fomc entra em uma espécie de compasso de espera enquanto encerra as compras de títulos e debate quando um aumento inicial das taxas de juro pode ser garantido. Os investidores esperam que a primeira alta das taxas ocorra no meio do ano que vem.