- Despesas do governo central cresceram em ritmo maior que as receitas
- No acumulado do ano, o esforço fiscal está em R$ 13 bilhões.
Martha Beck - O Globo
O governo central (composto por Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrou superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) de R$ 3,2 bilhões em março de 2014. Em fevereiro, o resultado havia sido um déficit primário de R$ 3,1 bilhões.
No acumulado do ano, o esforço fiscal está em R$ 13 bilhões, o que representa uma queda de 35% em relação ao mesmo período no ano passado. O número trimestral é o pior dos últimos quatro anos.
O Tesouro Nacional informou que as receitas do primeiro trimestre somaram R$ 248,3 bilhões, o que representa um aumento de 10,6% em relação ao mesmo período no ano passado. Já as despesas atingiram R$ 235,3 bilhões e cresceram num ritmo mais forte, de 15%.
Entre janeiro e março, os desembolsos que mais cresceram foram os com custeio, que somaram R$ 51,14 bilhões e registraram alta de 28,8%. Os gastos com pessoal e encargos foram de R$ 51,9 bilhões e subiram 12,3%. Já os investimentos ficaram em R$ 20,4 bilhões, o que representa um aumento de 21,5% sobre 2013. Os desembolsos com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), por sua vez, foram de R$ 2,77 bilhões no trimestre.
Segundo o Tesouro, o resultado primário acumulado até março, de R$ 13 bilhões, ou 1,08% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país), equivale a 46% da meta fiscal prevista para o primeiro quadrimestre do ano, de R$ 28 bilhões. Para o ano, o esforço fiscal fixado para o governo central é de R$ 80,8 bilhões,1,55% do PIB.