terça-feira, 29 de abril de 2014

Rebelião em prisão deixa 6 mortos e 7 feridos em Eunápolis (BA). É a guerra civil de Dilma

Tiago Décimo - O Estado de S. Paulo


Motim teria começado pouco antes da revista nas celas; detentos foram queimados vivos


 

Os detentos iniciaram o motim às 9h40, quando era realizada uma revista nas celas - procedimento que, segundo a secretaria, é de rotineiro, e durou todo o dia. Chamada para auxiliar nos trabalhos, a Polícia Militar chegou a tentar conter a rebelião, sem sucesso. Os presos foram queimados vivos.
A Seap confirmou que os policiais lançaram bombas de efeito moral e atiraram durante o tumulto. Os detentos depredaram uma das alas do presídio e atearam fogo em colchões.

Do lado de fora do presídio, houve discussões entre familiares dos presos, que tentavam obter informações sobre o que acontecia dentro da unidade, e policiais.

Os parentes chegaram a atirar pedras contra os policiais militares - dois deles ficaram levemente feridos - e tentaram atear fogo a pneus que foram levados para o local, mas acabaram impedidos.

O motim só foi controlado no fim da tarde, com a chegada de reforço de policiais de companhias independentes da PM que atuam na região. A Seap informou que, após a ocupação do presídio pelos policiais, foi iniciada a vistoria nas celas da unidade. Uma investigação foi aberta para determinar a causa da rebelião e a circunstância da morte dos presos.

Transferência. Por causa da depredação, segundo a secretaria, parte dos 587 presos do conjunto terá de ser transferida para outras unidades da região.

Inaugurado no ano passado, o Conjunto Penal de Eunápolis tem capacidade para 450 detentos.