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Ex-diretor do Banco Rural trabalhará de segunda a sexta como radiologista em Garanhuns (PE)
Pedro Corrêa, condenado no mensalão, irá trabalhar como radiologista em clínica médica a partir desta terça-feira(29) (Jose Varella/CB/D.A Press )
Condenado a sete anos e dois meses de prisão em regime semiaberto por corrupção e lavagem de dinheiro no julgamento do mensalão, o ex-deputado federal e ex-diretor do Banco Rural Pedro Corrêa (PP-PE), que é formado em Medicina, deverá começar a trabalhar em uma clínica médica em Garanhuns, Pernambuco, nesta terça-feira usando uma tornozeleira eletrônica. A clínica popular é mantida pela Associação Comercial de Garanhuns, município a 36 quilômetros de Canhotinho, onde Corrêa cumpre pena desde o início do ano. A permissão para trabalho externo foi concedida pela Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
Já a vaga de radiologista foi viabilizada pelo prefeito de Garanhuns, Izaías Régis (PTB), membro e ex-presidente da associação comercial. O prefeito diz conhecer "muito pouco" o mensaleiro, mas afirma ter contato com Fábio, um dos filhos de Corrêa. "Foi o filho dele quem falou comigo para que eu arranjasse um espaço para ele", afirmou Régis. "Não vejo nada demais em uma pessoa trabalhar. É melhor do que ficar sem fazer nada dentro de uma penitenciária, principalmente as penitenciárias brasileiras que não recuperam ninguém", disse o prefeito.
De acordo com Régis, Corrêa não terá contato direto com pacientes. Ele fará os laudos das radiografias, que, desde 1998, quando a clínica foi aberta, eram feitos por radiologistas no Recife, que recebiam os exames via internet. Segundo o prefeito, o ex-diretor do Banco Rural cumprirá jornada de seis horas diárias, de segunda a sexta, e receberá mensalmente três salários mínimos - o equivalente a 2.172 reais. Após o trabalho, ele terá que dormir na penitenciária. Corrêa tem direito a 35 saídas por ano.