Candidato do PSB acusou o Ministério da Fazenda de esconder intenções do governo sobre aumento de impostos
O candidato do PSB à presidência da República, Eduardo Campos, disse nesta sexta-feira em Pelotas (RS), onde cumpre agenda eleitoral, que o setor naval do país já sente os efeitos de uma Petrobras que foi entregue ao fisiologismo.
— Já se percebem em Pelotas e Rio Grande os efeitos de uma Petrobras que perdeu o fôlego de seus investimentos, que foi entregue ao fisiologismo. A Petrobras tem que ser resgatada para uma governança capaz e equlibrada — disse.
Campos vai inaugurar na cidade gaúcha comitês de campanha e se reunir com a juventude socialista. À tarde, ele visita o pólo naval de Rio Grande.
Eduardo Campos acusou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, de esconder a intenção do governo de promover um aumento de impostos como forma de combater o desequilíbrio fiscal do governo. Segundo Campos, "tudo o que ele diz acontece ao contrário".
— Ele disse que não haveria aumento de juro e o juro explodiu. Então, se está dizendo que não haverá um tarifaço é porque já está na gaveta para depois da eleição - atacou.
Na quinta-feira, o candidato do PSB participou de um congresso de prefeitos em Porto Alegre, no qual disse que as articulações políticas para manter a governabilidade da presidente Dilma Rousseff estão levando o país para o “atoleiro”. Em relação a Aécio Neves, candidato do que chamou de “oposição clássica”, afirmou que o senador já dá sinais de que também “vai se entregar à velha política”.
Em Porto Alegre, Campos prometeu ainda que não vai governar com apoio do ex-presidente José Sarney (PMDB), do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB), e nem do senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB), e disse que vai “botar aquelas raposas na oposição”.
— Não se iludam, essas raposas estão com o pé em duas canoas. Uma canoa da Dilma e outra canoa do Aécio. A Dilma quer governar com eles, o Aécio também quer governar com eles. Mas vocês vão ver pela primeira vez, nos últimos 20 anos, essas raposas sentarem nas cadeiras da oposição – afirmou.
No final da tarde, Campos e Marina participaram da inauguração do comitê central da campanha do PSB no Rio Grande do Sul.
