Às vésperas das eleições e com o barril do petróleo no maior nível dos últimos quatro anos, o governo realiza nesta sexta-feira, 28, seu último leilão de petróleo. Se conseguir vender as quatro áreas de pré-sal da 5ª Rodada de Partilha, vai arrecadar R$ 6,82 bilhões ainda neste ano, quando os contratos forem assinados. Em 35 anos, mais R$ 180 bilhões devem ser arrecadados em royalties, calcula a Agência nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A expectativa é de que os reservatórios das quatro áreas que serão oferecidas – Saturno, Titã, Pau-Brasil e Sudoeste de Tartaruga Verde – guardem mais de 12 bilhões de barris de óleo equivalente (boe).
Ao todo, 12 empresas se inscreveram para participar, incluindo as grandes petroleiras: Chevron, ExxonMobil, Shell e Total, além da chinesa CNOOC, uma das sócias de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. A Petrobrás garantiu posição de liderança apenas em uma das áreas, a Sudoeste de Tartaruga Verde. A estatal tem o direito de decidir previamente se ficará à frente dos projetos de pré-sal, com participação mínima de 30%.
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- 20h5827/09/2018Entre as petroleiras, o clima é de insegurança quanto à possível entrada de um novo presidente que interrompa os leilões retomados por Temer. Presidentes de grandes petroleiras afirmam, porém, que nenhuma decisão de investimento será tomada em função do cenário eleitoral. André Araujo, da Shell Brasil, diz que vai se comportar na 5ª Rodada da mesma forma que nos leilões passados. "Avaliaremos as oportunidades seguindo critérios técnicos, geológicos", disse o executivo, após participar de palestra no congresso Rio Oil&Gas, no Riocentro.Já o presidente da norueguesa Equinor no Brasil, Anders Opedal, disse que o País é "um excelente lugar para estar" e que "toda eleição tem sua peculiaridade", mas que a empresa projeta seus investimentos pensando no longo prazo e não no momento das apostas. (Fernanda Nunes e Denise Luna)
- 20h5527/09/2018Este leilão contará com duas áreas – Saturno e Titã – que chegaram a ser incluídas em leilões de concessão no passado, mas foram retiradas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e inseridas na 5ª Rodada de Partilha, que é focada no pré-sal e, por isso, tende a gerar mais benefícios para o governo do que os tradicionais leilões de pós-sal.Além disso, o TCU exigiu que o governo aumentasse o compromisso de retorno mínimo à União, o lucro-óleo, que representa uma fatia da produção devolvida ao governo – o que só deve acontecer num período de cinco a oito anos. Ganhará a concorrência quem oferecer o maior lucro-óleo, enquanto o conjunto de bônus de assinatura pago pelas companhias vencedoras na assinatura dos contratos é predefinido em R$ 6,82 bilhões.(Fernanda Nunes e Denise Luna)