A ex-presidente cassada, Dilma Rousseff (PT), candidata ao Senado por Minas Gerais nas eleições 2018, foi punida, nesta quinta-feira, 27, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) com a perda de tempo de propaganda de televisão e rádio no horário eleitoral. O tribunal considerou que o candidato ao governo mineiro, Antonio Anastasia (PSDB), foi “degradado” em propagandas eleitorais.
A juíza Cláudia Cruz já havia pedido a suspensão da propaganda. Por quatro a dois, o TRE não só confirmou a retirada, como também optou pela punição à ex-presidente. A campanha de Dilma afirmou que irá recorrer da decisão. Foram dadas 24 horas para apresentar o plano de mídia, a partir do qual será calculado o tempo efetivo que será retirado da candidata ao Senado.
A sentença do TRE considerou que Dilma “degradou o candidato e empregou meios publicitários destinados a criar, artificialmente, na opinião pública, estados mentais ou emocionais”. Pelo pedido da ação, Dilma teria usado imagens violentas, fazendo menção ao processo de impeachment sofrido por ela em 2016.
Antonio Anastasia acionou o TRE com quatro representações. Por meio de nota divulgada pela assessoria de imprensa do senador, a campanha de Dilma tentou denegrir não apenas a imagem de Anastasia, como também das instituições brasileiras, como o Senado e o Supremo Tribunal Federal (STF). “O horário eleitoral não é ambiente próprio para ataques e ofensas, com críticas destrutivas ao adversário, com nítido desvirtuamento do espaço reservado à propaganda eleitoral”, disse o candidato.
Jonathas Cotrim, O Estado de S.Paulo